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● Transferência de Energia na Atividade Física - Atividade física impõe a maior demanda de energia - Corrida e natação de alta velocidade: a produção de energia pelos músculos ativos ultrapassa seu valor de repouso em 120 vezes ou mais - Durante um exercício menos intenso, porém contínuo, como uma corrida de maratona, a demanda de energia do corpo aumenta em 20 a 30 vezes acima dos níveis de repouso - Depende da aptidão do atleta ● Sistemas de Energia - Três tipos de sistemas para produção de energia: # ATP – PCr # Ácido lático (Glicolítico) # Aeróbico (Oxidativo) - Objetivo: # O objetivo de cada sistema é liberar energia dos produtos químicos ou alimentos e transforma-la em ATP # Assim esta energia pode ser utilizada nas contrações musculares e atividades físicas ● Tempo da utilização dos Sistemas de Produção de Energia ● Substratos Energéticos ● Sistema ATP-PCr = Energia Imediata - Exercício de alta intensidade e curta duração (corrida de 100m, levantamento de peso) - Provém dos fosfatos intramusculares de alta energia (fosfagênios): ATP e fosfocreatina (PCr) - Cada Kg de músculo esquelético contém 3 a 8mmol de ATP e 4 a 5x mais de PCr - Ritmo máximo de transferência de energia dos fosfagênios ultrapassa em 4 a 8 vezes a transferência máxima do metabolismo aeróbico - Todos os esportes utilizam os fosfatos de alta energia Iara Brandão @futura_fisio. | Fisiologia do exercício | 4º Período | Fisioterapia CMMG ● Sistema do Ácido Lático (Glicolítico) = Energia a Curto Prazo - Energia para fosforilar o ADP durante o exercício intenso provém do glicogênio muscular armazenado através da glicólise anaeróbica - Produção de 3 ATPs e subsequente formação de lactato - Envolve quebra incompleta de carboidrato (CHO) em ácido lático - A taxa máxima de transferência de energia é de 45% daquela dos fosfatos de alta energia - Fosforilação ao nível de substrato leva a uma formação rápida de ATP - Combustível de reserva ativado quando uma pessoa acelera durante o início do exercício ou durante o pique final do mesmo - E quando realiza um esforço máximo do início ao fim na natação de 100m ● Acúmulo de Lactato - Os acúmulos rápidos e significativos de lactato sanguíneo ocorrem durante o exercício máximo que dura entre 60 e 180 segundos - Exercícios leves em indivíduos treinados (< 50% da capacidade aeróbica), não ocorre acúmulo de lactato sanguíneo - Se a oxidação do lactato é igual à sua produção, o nível sanguíneo do lactato permanece estável - Pessoas sadias, porém destreinadas, o lactato sanguíneo começa a acumular-se e sobe de maneira exponencial para 55% da capacidade máxima do indivíduo para o metabolismo aeróbico ● Acúmulo de Lactato ● Limiar de Lactato no Sangue - A produção e o acúmulo de lactato são acelerados quando o exercício aumenta - As células musculares não conseguem atender às demandas energéticas adicionais aerobicamente nem oxidar o lactato com o mesmo ritmo de produção - Limiar de lactato no sangue: ocorre com um percentual mais alto da capacidade aeróbica do atleta - Atletas de endurance, realizam um exercício aeróbico em ritmo estável com intensidades entre 80 e 90% de sua capacidade máxima aeróbica - Acúmulo de ácido lático é fator limitante da atividade (fadiga) e não a falta de CHO ● Sistema Aeróbico (Oxidativo) = Energia a Longo Prazo - As reações de glicólise anaeróbica produzem pouco ATP - O metabolismo aeróbico proporciona a maior parte da transferência de energia quando o exercício intenso passa de alguns minutos - Consumo de oxigênio aumenta exponencialmente durante os primeiros minutos do exercício, a seguir permanece durante toda a duração do esforço (ritmo estável) - Ritmo estável reflete um EQUILÍBRIO entre a energia de que os músculos ativos necessitam e a produção de ATP no metabolismo aeróbico ● Resposta Aeróbica Favorável - Características genéticas do atleta: tipo de fibras musculares e responsividade do fluxo sanguíneo muscular - Adaptações locais específicas ao treinamento: favorecem uma menor produção de lactato - Um ritmo mais rápido de remoção do lactato: maior depuração ou renovação do lactato para qualquer intensidade no exercício - Manutenção de um baixo nível de lactato: conserva as reservas de glicogênio, o Iara Brandão @futura_fisio. | Fisiologia do exercício | 4º Período | Fisioterapia CMMG que permite prolongar a duração de um esforço aeróbico de alta intensidade ● Sistema Aeróbico (Oxidativo) = Energia a Longo Prazo - Utiliza CHO / ácidos graxos / glicerol / proteínas e oxigênio para gerar ATP - Mobiliza diversas reações químicas complexas e enzimas - Fornece maior quantidade de ATP (36 ATP – CHO e 460 ATP – 3 moléculas de ácidos graxos + 1 molécula de glicerol) - Eliminação de CO2 e H2O pela evaporação ou radiação - Energia usada para ressintetizar ATP - Tipo de esforço: sustentação de esforço de baixa e média intensidade que não ultrapasse 70% da frequência cardíaca máxima (220-idade) ● Ritmo Estável de Metabolismo Aeróbico - Teoricamente o exercício poderia prosseguir indefinidamente se o indivíduo tivesse vontade de fazê-lo = determinante da capacidade de realizar um exercício submáximo - Perda de líquidos e depleção eletrolítica representam fatores limitantes, especialmente durante o exercício em clima quente - A depleção de glicogênio reduz a capacidade de realizar exercícios ● Consumo de Oxigênio em Ritmo Estável ● Consumo de Oxigênio Durante o Exercício - Nesse platô, as reações que consomem oxigênio fornecem a energia para o exercício - Todo lactato produzido será oxidado ou transformado em glicose pelo ciclo de Cori no fígado - Não ocorre acúmulo de lactato sanguíneo nestas condições ● Consumo Máximo de Oxigênio Durante o Exercício - Realização de um exercício mais intenso somente será possível com a transferência de energia da glicólise, com inerente acúmulo de lactato - O VO2máx é uma medida quantitativa da capacidade do indivíduo para a ressíntese aeróbica do ATP Iara Brandão @futura_fisio. | Fisiologia do exercício | 4º Período | Fisioterapia CMMG ● Integração dos Sistemas ● Interpretação do VO2máx ● Resumo: Sistema de Produção de Energia Iara Brandão @futura_fisio. | Fisiologia do exercício | 4º Período | Fisioterapia CMMG
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