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– – – – – – – – – – – – – – – – – – – FILOSOFIA ANTIGA I- PRÉ-SOCRÁTICOS Os pré-socráticos foram os primeiros filósofos da história, anteriores a Sócrates Pré-socráticos foram os primeiros a construir uma explicação racional da realidade como um todo Os primeiros passos da filosofia consistiram na ineficiência das explicações míticas e na procura da origem do mundo por elementos racionais Para os pré-socráticos, a physics (Filósofos) ou arché é o elemento primordial de todas as coisas, a essência do mundo, de onde tudo se originou Physis = princípio de todas as coisas Todos os pré-socráticos acreditavam na physis, mas cada um identificava com um elemento diferente Cosmologia = Lógos: narrativa; Cosmo: universo Narrativa racional do universo Natureza: Princípio Universal e Fundamental Eles vão pegar elemento da natureza para explicar a própria natureza (princípio de todas as coisas) Causalidade: toda causa tem um efeito (regressivo) Os pré-socráticos também são conhecidos como filósofos da natureza Os pré-socráticos buscaram através da observação da natureza, explicar o funcionamento do mundo, que antes só podia ser explicado pelos mitos Os Pré-Socráticos vão resgatar elementos da própria natureza, através de observações da mesma, para explicar o funcionamento do mundo e de todas as coisas, que antes era explicado pelos mitos Principais teóricos Tales de Mileto Tales de Mileto é considerado o primeiro filósofo de todos os tempos Ele foi o primeiro a propor uma explicação racional do mundo e afirmar que existe um elemento primordial Observando a natureza, chegou à conclusão de que a essência do mundo, o elemento primordial, é a água A água é o princípio universal que explica todas as coisas A explicação de Tales se distanciava do mito, pois estava baseada em argumentos racionais e em observações Várias coisas ao nosso redor são compostas de água Os outros pré-socráticos, assim como Tales, vão – – – – – – – – – – – – – – – – pensar que há uma physis, mas vão discordar de que ela é a água Anaximandro de Mileto Para ele, a physis é o apéiron, um palavra que em grego significa infinito, ilimitado, indeterminado O universo é infinito e ilimitado Para ele, a physis não poderia ser um elemento específico, como a água, mas sim uma matéria infinita e indeterminada Anaxímenes de Mileto Diante do conflito entre Tales e Anaximandro, surgirá Anaxímenes, propondo uma teoria própria Para ele, a physis, o princípio de todas as coisas é o ar O ar está presente em todo espaço, sendo assim, ilimitado Também teoria baseada em observações da natureza e de seu funcionalismo Para ele, assim como é o ar que, pela respiração sustenta o corpo vivo, também é o ar que sustenta toda a realidade As teorias dos pré-socráticos inauguraram o pensamento racional e tiveram grande influência na história Todos os pré-socráticos,apesar de suas visões diferentes, tinham como objetivo centrar encontrar a essência do mundo Pitágoras Para ele, o princípio de todas as coisas é o número Pitágoras percebeu que toda a realidade é formada por uma série de relações numéricas, quantitativas Pitágoras percebeu a importância dos números em diversos campos, como a música, a formação dos corpos, etc. Segunda a tradição, foi Pitágoras quem criou a palavra “filosofia” Parmênides de Cleia Teoria imobilista (imobilismo) A essência não muda, portanto é imutável A aparência muda, portanto é mutável O movimento é ilusão: Sentidos – – – – – – – – – – – – – – – – – – Tudo que existe no universo é um ser Na minha capacidade de pensar (Razão) eu acesso o essência do ser Através dos meus sentidos eu acesso a aparência dos seres Não existe oposição na natureza, nada tem seu oposto “O ser é e o não-ser não é” Heráclito de Éfeso O elemento primordial de todas as coisas é o fogo por sua capacidade de movimentar, agitar e transformar as coisas Tudo se move, tudo muda O mundo e a natureza são constantes movimentos. Tudo muda o tempo todo, tudo flui (movimento constante) O mobilismo de Heráclito se dá por meio da realidade, em que tudo que existe na vida é passageiro. Já Parmênides afirma que a realidade em que vivemos não muda, mantendo-se em um uma constante inércia. Para você entender melhor citarei um exemplo. A velhice para Heráclito é a consequência da mudança que a vida gera no ser humano mas para Parmênides, a velhice não é uma mudança, afinal a essência daquele ser humano continua intacta. FILOSOFIA ANTIGA II: SÓCRATES Período Antropológico (Século V a VI a.c) Inaugura as reflexões do homem quanto a Política, conhecimento, ética Superação do Naturalismo Sofistas, Socrates, Platão e Xenofonte Elementos Introdutórios Nasceu em Atenas (470 a 399 a.c) Morreu envenenado Pai: Sofronisco era escultor Mãe: Fenarete era parteira (maiêuta) Entre os seus discípulos tínhamos Platão e o Xenofonte (desenvolve a teoria socrática) Críticos: Sofistas e Aristófanes (comediante) Filosofia: Oralidade Prático Muitas das coisas que a gente sabe sobre Sócrates vem de Platão – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – Virtudes O reconhecimento do autoconhecimento Antes de conhecer qualquer coisa é preciso ter o autoconhecimento Consciência racional de si mesmo, para organizar racionalmente a própria vida, ou seja, conhecer a si mesmo antes de tudo Consciência da própria ignorância (reconhecermos que nós não sabemos de nada) e portanto, supera-lá através da ciência Sócrates foi ao Oráculo (Delfos): “Conhece-te a ti mesmo” “Só sei que nada sei”: Conhecimento da sua própria ignorância Socrates é o fundador da ciência, em particular da ciência moral Virtude é inteligência, razão, ciência, não sentimento, rotina, costume, tradição, opinião comum. Tudo isso tem que ser criticado, superado, alcançando assim a razão “Uma vida não examinada não vale a pena viver” Não tem sentido viver sem a reflexão (inteligência) A base da filosofia é o ato de questionar (crianças e jovens) Justiça Universal: Busca do belo (pela essência da verdade) Busca pelo conhecimento verdadeiro Primeiro buscar as virtudes, o aperfeiçoamento da alma, e depois, as riquezas do mundo A arte do diálogo como forma de obtenção (chegar) da verdade A busca pela verdade é uma virtude Sócrates durante sua vida teve muito contato com os jovens, de acordo com ele, o principal filósofo é a criança, devido a sua forte busca pelo conhecimento (pergunta, curiosidade) Sócrates é acusado de corromper a juventude por desacreditar dos Deuses, das crenças, ou seja, da tradição grega De acordo com o oráculo de delfos, Sócrates era o homem mais sábio da Grécia Oráculo de Delfos: é um templo religiosos, onde as pessoas iam com a intenção de buscar orientações, conselhos, previsões do futuro dos Deuses A partir disso, Sócrates começa a desacreditar dos Deuses Para provar que ele não era um grande sábio, ele vai na rua e fazia uma série de perguntas aos considerados sábios A pergunta sobre a resposta do outro gera a quebra do conhecimento Maiêutica: Produção de conhecimento através da multiplicação das perguntas Provando que todo nos somos ignorantes por essência O sábio é aquele que reconhece primeiro que não sabe de nada “Só sei que nada sei” —-> Só um verdadeiro sábio reconhece a própria ignorância Método Socrático # Busca da verdade, da essência das coisas , busca – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – do conhecimento verdadeiro IRONIA Através de um conjunto de questionamentos, perguntas irônicas Desconstrução do falso sábio Os sábios são levados a contradição MAIÊUTICA: “Parto das ideias” Através do diálogo vai promover a reconstrução do conhecimento A Morte de Sócrates “Apologia de Sócrates” - Platão Acusadores: Meleto, Ânito, Lícon Acusações: Corromper os jovens Desacreditar nos deuses Criar novas crenças Punição: Ostracismo (exílio, ir embora de Atenas) #Não Aceita# Indenização (pegar pelos seus crimes) #NãoAceita# Não escolhe nenhuma pena, por que se não ele estaria se auto acusando Então, sua única opção seria a morte Pena de Morte (Morreu envenenado) Aceita a morte, a morte não é um mal em si A morte é a libertação do corpo, as ideias e as virtudes são eternas O corpo perece, mas a alma é eterna Imortalidade da alma FILOSOFIA ANTIGA III - PLATÃO Nasceu na cidade de Atenas em 427a.c e morreu 347a.c Origem Aristocrática: Platão é um apelido, seu nome verdadeiro é Aristocles de Atenas Guerreiro na Guerra do Peloponeso Discípulo: Crátilo (Heráclito) e Sócrates Passa um tempo viajando, quando volta em 387a.c funda a “Academia de Platão” OBRAS: “Diálogos” —> Livro: “A República” Reconfigurou a mitologia – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – ● – – TÓPICO I- TEORIA DAS IDEIAS OU DAS FORMAS Síntese de três grandes teorias: Heráclito, Parmênides e Pitágoras Influência dos Pré-Socráticos Heráclito: Movimento- “Dialética” Parmênides: Ilusão dos Sentidos Pitágoras: Transmigração da alma (a alma habitava outro lugar e depois cai no corpo) Estamos em contato permanente entre dois mundos: Mundo Sensível (o mundo em que vivemos) e o Mundo Inteligível (o mundo das ideias) SENSÍVEL Mundo acessado pelos Sentidos Mundo do Corpo O corpo é provisório (limitado, ele morre) Mundo Ilusório (a ilusão nasce dos sentidos) O movimento é uma ilusão gerada pelos sentidos Cópia Imperfeita das Ideias Ex: Todos nos temos uma ideia perfeita do que é uma bicicleta e como ela é, porém ao representá-la fisicamente não é possível, pois ela é uma cópia imperfeita das ideias É impossível atingir o conhecimento verdadeiro do mundo inteligível, mas podemos a todo momento, buscar conhecimento (a alma jamais seria perfeita no mundo sensível) Doxa: Opinião O conhecimento vindo dos sentidos é uma mera opinião INTELIGÍVEL Mundo da Razão / Ideias Mundo da Alma (inteligência) A alma é eterna, enquanto o corpo é perecível (acaba) A alma é perfeita, e o corpo é uma cópia imperfeita das ideias (alma) Realidade da Essência (conhecimento verdadeiro) Na minha capacidade de pensar (Razão) eu acesso o essência A essência não muda, portanto é imutável A aparência muda, portanto é mutável Bem ou belo em si (ideias perfeitas) Episténe: Verdade do Conhecimento TÓPICO II- TEORIA DO CONHECIMENTO “Mito da Linha do Conhecimento” e “Mito da Caverna” A Alma habitava uma realidade perfeita (mundo inteligível), quando o mundo sensível nasce, essa alma vem ao corpo. Nesse processo de transmigração da alma, a alma passa por um processo de – – – – – – – – – – – – – – – – – – – esquecimento, pois alma é eterna, enquanto o corpo é perecível (acaba). Portanto, quando a alma chega ao corpo, ela perde conhecimento. Para voltar para o mundo inteligível é preciso relembrar o que a alma conhece (recuperar o conhecimento perdido) “Conhecer é lembrar” O esforço que nós fazemos ao estudar, ao refletir, ao produzir conhecimento ou portanto, buscar conhecimento, é pra relembrar daquilo que a alma já sabe Esse processo chama ANAMINESE TÓPICO III- TEORIA POLÍTICA Primeira doutrina idealista Platão cria uma cidade ideal, ou seja, justa, harmônica e perfeita. Na qual cada pessoa atuasse conforme sua natureza Ideal: algo justo, harmônico e perfeito Quando cada pessoa realiza seus deveres da melhor maneira possível conforme sua natureza, é alcançado o bem comum, a felicidade e a perfeita justiça Sophocracia = Sophos - Sophia (Sabedoria) e Kratia - Kratos (Poder) Melhor forma de governo para Platão é a Aristocrática (governo dos privilegiados ou dos melhores). Cidade perfeita = Callipólis (Calli - Belo e Pólis - Cidade) República ou monarquia Aversão a democracia TRIPARTIÇÃO DA ALMA Existem 3 tipos de almas que possuem diferentes características e alcançam diferentes virtudes A Alma Racional tem como característica a razão, está localizada na “cabeça”. Essa alma alcança a virtude através da sabedoria, conjunto de conhecimentos que constitui a própria essência da alma (29 - 50 anos). Estás estão dispostas na classe política, os filósofos, governantes e magistrados que são capazes de comandar a cidade com sua racionalidade e sabedoria, agindo com justiça = supremo bem, atendendo da melhor forma possível os interesses de toda cidade OBS: A justiça é a virtude fundamental que deve ser comum a todos. Através da justiça ocorre o relacionamento harmonioso entre os indivíduos da (pólis) sociedade. É a justiça que faz com que todos os direitos sejam respeitados. A Alma Irascível tem como característica os impulsos de ira, agressividade e força, presentes no coração / tórax. Essa alma alcança a virtude através da coragem, atitude firme, sem medo e sem fraqueza. (15 - 29 anos). Estás estão dispostas na classe militar, os guerreiros e soldados que são capazes de enfrentar situações emocionalmente difíceis e perigosas. A Alma Concupiscente tem como característica os desejos, a busca pela satisfação dos – – – – – – – – – – – – – – – – – – desejos, localizado no “baixo ventre”. Essa alma alcança a virtude através da temperança, que é o controle dos instintos e impulsos do corpo, ou seja, consegue equilibrar suas próprias vontades (7 - 15 anos). Estás estão dispostas na classe econômica, os artesãos, comerciantes e trabalhadores em geral que conseguem exercer sua liberdade, onde não estão dispostos de grandes responsabilidades, o trabalho é autônomo (exerce suas atividades por conta própria, sem depender de segundos) FILOSOFIA ANTIGA IV: ARISTÓTELES Pensador “Sistemático” Sistematização do conhecimento Baseado em três formas de conhecimento: Teorético, Prático e Poética Seu pensamento era baseado nas Ciências da natureza (Ciências: Teoréticas, Poiéticas, Práticas) Identificar e qualificar os graus de conhecimento: o conhecimento humano definido pela sensação, memória, experiência, arte e ciência (importâncias iguais) Valorização das ciências empíricas DIVISÃO DAS CIÊNCIAS: Práxis: Serve para a vida humana prática, para administrar a vida humana, uma ciência que mistura a teoria e a prática. Ex: Política e Ética (serve para aperfeiçoar a política) Poiésis: Ciências artísticas (estética e técnica). Ex: Arte Teórico: Ciência que estuda o ser enquanto ser. Ex: Metafísica (Física, Matemática e Filosofia Primeira) Origem do conhecimento —> Sentidos (visão) Valorização do conhecimento empírico (vivenciado na prática - experiências) Aristoteles estudou o pensamento de Platão (discordava) PLATÃO X ARISTÓTELES Aristóteles se opõe às ideias de Platão Para ele, não existia dois mundos, o mundo sensível e o mundo inteligível, existia apenas um Platão acreditava no Dualismo corpo X alma, enquanto Aristóteles se opõe ao dualismo, onde a unidade corpo e alma não se separam (são apenas um só) Para Platão o mundo sensível só era um cópia imperfeita das ideias, ou seja, do mundo inteligível, sendo ele que detinha o conhecimento absoluto das coisas. Já para Aristóteles o mundo sensível era capaz gerar conhecimento, pois a essência das coisas estão nas próprias coisas, não no mundo inteligível Para Aristoteles tudo tem um propósito de existir TÓPICO 1: METAFÍSICA – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – – Escritos sobre “Filosofia Primeira” Propedêutica (antecede as ciências particulares, como a física, química, matemática) Objeto Geral: Ser (estuda o ser enquanto ser) Por meio da metafísica se procura uma interpretação do mundo, sobre a natureza, a constituição e estruturas básicas da realidade. Ao contrário de Platão, Aristóteles pensava que os princípios da realidade não estão no mundo inteligível e sim no nosso mundo, o sensível. A realidade está submetida ao tempo e ao espaço. Aristóteles afirmava que quatro causas condicionam a existência dos seres TÓPICO 2: TEORIA DAS 4 CAUSAS Tudo tem um causa de existir (nada existe por acaso) O ser é formado a partir da substância ou essência + categorias SUBSTÂNCIA = MATÉRIA +FORMA A substância define o que é determinado objeto, pela sua matéria e forma (você olha pra determinado objeto e sabe o que ele é, qual é sua essência) Essência (qualidade indissolúvel, ou seja, aquilo que não pode se desfazer) CATEGORIAS: MATERIAL: Todo ser é constituído de alguma coisa, nada é constituído do nada FORMAL: Todo ser assume alguma forma (individualiza o ser, representação do ser) Ex: Madeira (representação da madeira: árvore) “Tudo tem uma forma associada a matéria” EFICIENTE: Quem deu origem ao ser, que transforma alguma coisa. Ex: Pintor foi a causa eficiente de uma tela que ele pintou, ou o marceneiro é a causa eficiente de uma mesa que ele fez FINAL: Finalidade do ser. Ex: A finalidade da caneta é escrever Todo objeto está em constante mudança na natureza, tudo muda, tudo se transforma Todo ser carrega em si, a sua própria finalidade POTÊNCIA: Possibilidade do ser, aquilo que ainda não é mais pode vir a ser (aquilo que o ser pode vir a se tornar) Ex: Semente se transforma em uma árvore ATO: A situação atual do ser, aquilo que ele já é (Ou seja, é a realização da potência) Ex: A própria árvore TÓPICO 3: ÉTICA Para Aristóteles, a ética está diretamente ligada a felicidade, pois todos buscamos algo na vida (um objetivo de vida), e todos desejamos ser felizes de alguma maneira EUDAIMONIA: Doutrina que busca a nossa causa final, o nosso sumo bem, o bem final que todos almejamos, nossa felicidade EUDAIMONIA = Felicidade, Sumo-Bem – – – – – – – – 1. 2. – – – – – – – – ÉTICA: Busca da felicidade, o sumo bem Para buscarmos a ética, precisamos desenvolver a racionalidade, pois é através dela que nos temos a consciência para discernir o que é certo e errado RETA RAZÃO: É o uso correto da racionalidade A Reta Razão só pode existir através da virtude VIRTUDE (Areté): É a excelência moral (qualidade que se desenvolve ao longo da vida, capacidade intelectual de controlar nossos desejos e impulsos) Assim como devemos viver no equilíbrio, no meio termo JUSTA MEDIDA: É saber agir sem excessos, evitando os extremos Ex: Assim como o corpo saudável é aquele que evita exageros, uma pessoa ética e feliz é aquela que age com prudência na vida Virtude intelectual: Desenvolvida no campo da aprendizagem, conhecimentos teóricos (ex: escola) Virtude Prática: Execução da virtude intelectual, aplicada cotidianamente na moral, ou seja, baseada no exercício Ex: Professor me ensina Aristóteles (Virtude Intelectutal) e a prova é a aplicação daquele conhecimento que eu desenvolvi na virtude intelectual (virtude prática) “Eu aprendo e aplico” A ética é um valor individual, a busca pelo sumo bem. A política está ligada a valores coletivos, o bem comum TÓPICO 4- POLÍTICA, FAMÍLIA E ESCRAVIDÃO Para Aristóteles, a Política trata a felicidade coletiva, realizada dentro das Cidades- Estados, enquanto a Ética é a busca pela felicidade individual, a justa medida, ou melhor, dizendo, o equilíbrio entre o excesso e a falta. A política é realizada pelos cidadãos dentro das Cidades-Estados, independente do regime adotada sendo a monarquia, democracia, entre outros. Para Aristóteles, a cidade surge para os seres humanos assegurarem a sua subsistência, e de forma natural, precedendo uma formação da família e do indivíduo. Visando a conservação das espécies, por natureza, existe um ser que comanda e outros que obedecem: aquele que é capaz de assegurar o bem comum, por sua inteligência é por natureza o senhor (homem). E aquele que é capaz pelo vigor de seu corpo, de por em ação aquilo que o senhor prevê, é um súdito e, por natureza, um escravo Dessa maneira, o escravo e o senhor tem o mesmo interesse que é garantir o bem comum A Família é a associação por natureza, para atender às necessidades do dia-a-dia, em busca da ética. Como o crescimento dessas famílias e o surgimento de novas, se formam como aldeias, e posteriormente, como polis. – – – – – – – – – – – – O homem é por natureza um animal político "Ora, o homem que não consegue viver em sociedade, ou que não necessita nela porque basta a si mesmo, não faz parte da Cidade; por conseqüência, deve ser uma besta ou um deus. Assim, há em todos os homens uma tendência natural a uma tal associação; aquele que a fundou no princípio foi o maior dos benfeitores. Pois, o homem, quando atinge esse grau de perfeição, é o melhor dos animais, mas quando está separado da lei e da justiça, ele é o pior dentre todos. " Em relação à escravidão, Aristóteles defendia a escravidão como natural e um bem de direito, sendo considerado um instrumento animado, pertencente ao governo doméstico (família). A escravidão da possibilidade para o cidadão dedicar o tempo de vida dele para exercer a política (em prol do bem comum) O senhor, dono do escravo, poderia dedicar-se a atividades próprias aos cidadãos, aos homens livres, ou seja, colaborar para o desenvolvimento pleno da cidade FILOSOFIA ANTIGA V: HELENISMO A filosofia helenístico se desenvolveu na Grécia durante a dominação do Império Macedônico, onde aconteceram várias invasões macedônicas de Felipe II e seu filho Alexandre o Grande Decadências das Pólis (cidades-estados) gregas que perderam sua autonomia e independência, fazendo parte agora de um único Império, o Império Macedônico Fim da Democracia, começo da tirania A maior preocupação dos filósofos helenísticos é com a ATARAXIA dos seres humanos O ser humano tem que atingir um estado de espírito onde sua alma é imperturbável, ou seja, atingir um bem estar, uma mente tranquila livre de inquietações, uma felicidade (bem comum), harmonia social CINISMO Filosofia que defende que a Ataraxia pode e deve ser buscada independente dos bens materiais e dos sentimentos de pertencimento a grupos sociais Tenta excluir os bens materiais da vida, pois a felicidade não está nos prazeres materiais DIÓGENES DE SÍNOPE Renunciou todos os bens materiais que ele poderia ter – – – – – – – – – – ● ● ● ● – – – – – – – – Ele vivia na simplicidade, de acordo com sua natureza Diógenes era um homem que vivia nu dentro de um barriu rodeado de cachorros Cínico = cachorro O Diógenes saia pela cidade e apontava uma lamparina da cara das pessoas e falava: “Procuro o homem”, ou seja, o homem honesto Ele não precisava de bens materiais para se atingir a felicidade, o seu estado de espírito Ele era totalmente debochado e fazia uso da ironia em suas falas CETICISMO As pessoas que se identificam como céticas são aquelas que apresentam uma posição crítica geralmente baseando-se no pensamento crítico e nos métodos científicos para constatar a validade das coisas. Devemos suspender nossos juízos de valores (julgamentos) sobre as ideias que se opõem, respeitando-as como ideias válidas e diferentes, pois se não julgarmos poderemos atingir a ataraxia Assim, para os céticos viver bem é viver sem emitir juízos ATARAXIA: O ser humano tem que atingir um estado de espírito onde sua alma é imperturbável, ou seja, atingir um bem estar, uma mente tranquila livre de inquietações, uma felicidade (bem comum), harmonia social defende que a felicidade consiste em não julgar coisa alguma; mantém uma postura de neutral em todas as questões; questiona tudo o que lhe é apresentado; não admite a existência de dogmas, fenômenos religiosos ou metafísicos. PIRRO DE ÉLIS Impossível atingir a essência das coisas, a verdade absoluta Para o cético, a renúncia a qualquer certeza é condição para a felicidade Por isso, a melhor maneira é aceitar e respeitar as opiniões e ideias opostas, sem nenhuma dúvida ou suspeita, ou seja, suspender todo e qualquer julgamento Portanto, se estivermos dispostos a alcançar a ataraxia, é preciso não emitir opiniões sobre qualquer tema. Assim, entramos no estado de ataraxia (despreocupação) e somente assim, poderemos viver a felicidade. EPICURISMO Devemos vencer os nossos medos, como a morte, Deuses, sofrimento e dor. Todo esses medos são alimentados por crençasvãs, que nos prejudica na busca pela ataraxia EPICURRO Há a presença constante do medo em nossas vidas (nós temos muitos medos na vida), e muitos deles são desnecessários, pois os medos só nos trazem preocupações Temos 4 MEDOS que são extremamente desnecessários: Medo da MORTE, dos DEUSES (medo das punições caso não tivermos uma vida de devoção), do SOFRIMENTO e da DOR – – – – ● ● ● – – – – – – – – – – – Esses medos são psicológicos e são alimentados por crenças vazias, por isso, não devemos nos preocupar com eles. Assim, poderemos alcançar a ataraxia (uma vida sem preocupações, repleta de felicidade) Para Epicuro, nossas vidas são movidas por prazeres, e por isso, nós devemos busca-los Devemos buscar os prazeres necessários (ou seja, que se precisa para viver e sobreviver), dispensando os não necessários 3 TIPOS DE PRAZERES Devemos ter apenas os prazeres naturais e necessários, como por exemplo, se alimentar bem Devemos evitar os prazeres não naturais, nem necessários, como por exemplo, consumo em excesso. Devemos evitar os prazeres naturais, porém desnecessários, como por exemplo, se alimentar com supérfluos (que é mais do que se necessita, como comer chocolate) ESTOICISMO ZENÃO Precisamos viver sempre através da ética, nos preocupando apenas com o que podemos transformar, como os nossos sentimentos e as nossas ideias. O que não podemos transformar, não devemos nos preocupar, como a morte, o e as opiniões alheias. Para que assim, possamos atingir a ATARAXIA FILOSOFIA MEDIEVAL: PATRÍSTICA Elaboração doutrinal do cristianismo Transição da antiguidade ao medievo Século II - VIII Pater = Padres da Igreja AGOSTINHO DE HIPONA (SANTO AGOSTINHO) Filósofo do século V, de formação neoplatônica (cristianizou as ideias de Platão) Considerado doutor da Igreja Católica, que contribuiu por grande parte do pensamento cristão Fase pré Cristā: Agostinho foi um jovem que buscava respostasa través da Razāo. Inicialmente tevecrítica sao antigo testamento por se opor a ideia de um Deus punitivo. Também teve contato com o maniqueísmo, mas posteriormente também se opós por não aceitar a naturalidade do bem e do mal Agostinho se converte ao cristianismo a pós o contato com sepístolas Paulinas e com uma obra do filósofo Platão TÓPICO 1: REINOS MUNDO SENSÍVEL = Reino dos Homens (corpo) – – – – – – – – – – – – – – – – – MUNDO INTELIGÍVEL = Reino dos Céus (alma) Para chegar ao reino dos céus, onde está Deus, é preciso garantir a salvação. A salvação é atingida através da conversão, aceitação de Deus, ou seja, através da fé TÓPICO 2: REMINISCÊNCIA PLATÔNICA No processo de Reminiscência Platônica nos lembramos do mundo inteligível através de uma iluminação divina, onde Deus irá nos fornecer uma luz (razão) para adquirimos a verdade eterna. Ou seja, é através da busca pela verdade, utilizando-se da razão fornecida pelo nosso Deus é possível adquirir conhecimento. Assim, passamos pelo processo de Reminiscência (lembrar daquilo que a alma já sabe) “É preciso fé para crer e crer para compreender” TÓPICO 3: RAZÃO E FÉ Para Agostinho, há conciliação entre fé e razão, desde que a fé esteja como prioridade A razão é importante porque ela serve para entendermos a nossa fé. A razão sem a fé é uma razão vazia, que seria preenchida pela fé. TÓPICO 4: CRIADOR DE TUDO E TODAS AS COISAS A criação do Reino dos Homens é uma ação de pura e exclusiva bondade de Deus Segundo Agostinho, existe o início (criação), o meio (Reino dos Homens) e o fim (salvação no Reino dos Céus) Deus criou o antes, o agora e o depois Para Agostinho, o amor verdadeiro vem de Deus TÓPICO 5: O BEM E O MAL Deus é o supremo bem e o único caminho possível para o bem. No entanto, há a possibilidade deixada pelo livre arbítrio de que o homem afaste-se do bem e vá em direção ao mal, ou seja, a possibilidade de escolha do bem (Deus) ou do mal (ausência de Deus). Deus seria o bem e a distância de Deus seria o mal, o caminho oposto à iluminação divina. O mal não é algo natural a vida, como dizia o maniqueísmo. O mal é ausência do bem, ou seja, ausência de Deus Por ser bom, Deus não pode criar o que lhe é oposto, o mal FILOSOFIA MEDIEVAL: ESCOLÁSTICA Expansão cultural do cristianismo Educação: Escola que concilia a razão e a fé TOMÁS DE AQUINO – – – 1. – 2. 3. 4. 5. – – – – – – Influência Aristotélica Aquino cristianizou as ideias de Aristoteles, mostrando que o mundo sensível é capaz de gerar conhecimento para compreende a fé cristã e a existência de Deus “Conhecer para crer” É POSSÍVEL PROVAR A EXISTÊNCIA DE DEUS ATRAVÉS DE 5 VIAS / ARGUMENTOS O PRIMEIRO MOTOR IMÓVEL: Em todo o Universo, há movimento, e para que haja movimento, é necessário haver um movente (motor). Nesse sentido, se tentarmos encontrar as causas de todos os movimentos do Universo, nunca findaríamos essa tarefa infinita, o que faz necessário pensar que para todo o movimento existiu um primeiro motor, imóvel, que deu origem a todo o movimento posterior. Esse primeiro motor era Deus. Um motor que pode gerar o movimento dos seres, das vidas, das coisas (Deus é o motor que iniciou tudo) A PRIMEIRA CAUSA EFICIENTE: Admite que para todo efeito ocorrido no mundo, existe uma causa anterior (toda causa há um efeito). Ou seja, se algo aconteceu, existiu um fenômeno anterior que provocou o acontecimento. Portanto, devemos pensar que essa causa existe e que não foi causada por mais nada. Essa causa seria Deus. SER CONTINGENTE E NECESSÁRIO: As coisas tem um motivo de existirem como tais formas, e apenas Deus pode ter criado e arquitetado tudo como de fato é GRAUS DE PERFEIÇÃO: Deus é a referência geral de perfeição. Portanto, precisamos de um parâmetro maior para compararmos as coisas, como maior e menor, forte e fraco, por exemplo. O parâmetro de comparação é Deus CAUSA FINAL / FINALIDADE DO SER: Existe um finalidade de existirmos e vivermos. Por isso, a vida não pode acabar após a morte. Há uma busca por um ser supremo FILOSOFIA MODERNA I: MAQUIAVEL TÓPICO 1: CONTEXTO Vivia na Península Itálica que estava sofrendo fragmentação política Península formada por pequenas cidades-estados que não conseguiam se unir para formar um estado maior e mais fortalecido Maquiavel nasceu e cresceu em Florença, governada por Lourenço de Médice Sua obra, o príncipe, foi dedicada a Lourenço de Médice, de uma importante família europeia Sua obra, o príncipe, se baseava na forma de como um governante poderia fazer para conquistar e manter o poder Objetivo: Unificação da Península Itálica, Estabilidade política, Centralização do Estado e Fortalecimento da Cultura Romana – – – – – – – – – – – TÓPICO 2: MORAL X POLÍTICA Rompimento com a Moral Cristã Para Maquiavel, a política está acima de qualquer moral Não importa os meios utilizados para alcançar o poder, e sim a conquista do poder TÓPICO 3: O HOMEM Maquiavel define o homem como um ser: pautados por interesses, de forma que suas ações sejam imprevisíveis e inconstantes. Os homem são imprevisíveis, dissimulados (estão onde os convém), covardes e ambiciosos O governante nunca deve confiar em seus súditos Maquiavel não confiava em homens, pois pensava que em algum momento até seu braço direito iria o trair TÓPICO 4: TODO GOVERNANTE PRECISA TER Os governantes precisar ser completo, tendo a força de um leão, para utilizar a violência quando necessário, e a astúcia de uma raposa, para utilizar da inteligência VIRTÚ = Virtudes e qualidades (para lidar com qualquer situação) FORTÚ (Fortuna) = Oportunidades / Sorte / Momento oportuno TÓPICO 5: “É MELHOR SER TEMIDO DO QUE AMADO” Como o governante não pode ser temido e amado ao mesmo tempo, é melhor que seja temido, para manter o respeito de seus súditos porém, esse temor não deve se transformar em ódio, pois assim causaria revoltas “A partir daqui surge a pergunta: se vale mais ser amado do que temido ou temido do que amado. A resposta é que ambas as coisas seriamdesejáveis; mas porque é difícil colocá-los juntos, é muito mais seguro ser temido do que amado, quando um dos dois está faltando, porque os homens geralmente podem ser considerados ingratos, inconstantes, simuladores, covardes e gananciosos por lucro, e enquanto tu lhes fazes bem, eles são inteiramente teus, oferecem-te sangue, bens, vida e filhos, quando, como já disse, o perigo está longe; mas quando ele chega, eles se revoltam.” FRIEORICH NIETZSCHE – FRIEORICH NIETZSCHE Continuação… Ubermensch: Além-homem e Super-homem a existência precede a essência não há natureza dada ou definitiva dos homens liberdade possibilidade de escolha condições a piori: limites consciência: responsabilidade das consequências Angústia: Incerteza / vazio existencial
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