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Periodicidade Química UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE CIÊNCIAS NATURAIS E EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA Periodicidade Química Parte I Marcelo Pedroso Alguns elementos são conhecidos desde a antiguidade. Com aprimoramento da ciência e descoberta de novos elementos, surge a necessidade de organizá-los Desenvolvimentos preliminares 2 Lothar Meyer e Dimitri Mendeleev, independentemente, descobriram a lei periódica e organizaram os elementos de acordo com suas propriedades e massas atômicas Desenvolvimentos preliminares 3 Lei periódica – quando os elementos são listados em ordem crescente de número atômico Z, é observada uma repetição periódica em suas propriedades Lei periódica 4 Gases nobres Gases a T e P ambientes, e pouco reativos Metais alcalinos Posterior aos gases nobres, se apresentam como metais bastante reativos Halogênios Anterior aos gases nobres, são também bastante reativos e quimicamente semelhantes aos não- metais Grupos – As colunas de uma tabela periódica representam os grupos. São numerados de 1 – 18 (IUPAC) Grupos representativos � Os grupos 1,2, 13-18. Os elementos desses grupos são chamados de elementos representativos Grupos de transição � Os grupos 3-12. Os elementos desses grupos são chamados de elementos de transição Tabela periódica moderna 5 Alguns grupos recebem nomes especiais: Metais alcalinos - 1 Metais alcalino terrosos - 2 Calcogênios - 16 Halogênios - 17 Gases nobres - 18 O hidrogênio por ter propriedades particulares deve ser considerado como um grupo a parte Períodos – Filas horizontais da tabela periódica. São numerados de 1 a 7e variam de tamanho Os períodos 6 e 7 compreendem os lantanóides (La - Yb) e actinóides (Ac - No), os quais são chamados de elementos de transição interna Tabela periódica moderna 6 Tabela periódica moderna 7 A periodicidade química é resultado das configurações eletrônicas dos elementos Periodicidade nas configurações eletrônicas Cada período inicia com elemento com a configuração ns1 Li (Z = 3) Na (Z = 11) Bloco 8 Na (Z = 11) K (Z = 19) Be (Z = 4) Mg (Z = 12) Ca (Z = 20) Átomos do grupo seguinte, dentro de um mesmo período ns2 Bloco s Um período é iniciado com o preenchimento de uma nova camada – camada externa 9 Periodicidade nas configurações eletrônicas Elementos do bloco p B (Z = 5) Al (Z = 13) Ga (Z = 31) 10 Quando a configuração ns2np6 é atingida, o elemento é um gás nobre – octeto completo. Essa configuração confere a ele especial estabilidade Periodicidade nas configurações eletrônicas A partir do quarto período as configurações iniciando com ns1 e terminando com ns2np6 é interrompida pelo atraso na complementação do subnível 3d. Ti (Z = 22) Elementos do bloco d - O “último elétron” a ser adicionado nesses átomos é um elétron de um orbital d 11 Ti (Z = 22) Y (Z = 39) O mesmo observamos na série da lantanóides e actinóides, onde a subcamada (n - 2)f é a última a ser preenchida – Bloco f U (Z = 92) - [Rn] 7s2 6d1 5f3 Propriedades Periódicas 12 Propriedades Periódicas Carga Nuclear Efetiva As propriedades dos átomos estão diretamente associadas à intensidade da força de atração do núcleo sobre os elétrons mais externos. Chamamos de carga nuclear efetiva (Zef) a carga “sentida” por um elétron devido à influência da carga do núcleo menos o efeito da blindagem do elétrons de camadas internas 13 De modo grosseiro, podemos dizer que Zef = Z - S Z – número atômico S – n° médio de e- entre o núcleo e o e- em questão (não precisa ser inteiro) Exemplo: carga nuclear efetiva sobre os e- mais externos do Mg, Z = 12 Z aproximada. Carga Nuclear Efetiva 14 Os e- mais internos blindam ou protegem os e- mais externos da carga total do núcleo e- de um mesmo nível dificilmente blindam uns aos outros Logo, a Zef sofrida pelos e- mais externos é determinada basicamente pela diferença entre a carga do núcleo e a carga dos e-mais internos Zef aproximada. Real = + 3,3 Os e- 3s têm alguma probabilidade de estar dentro do cerne de Ne. Como consequência dessa “penetração”, os e- mais internos não são totalmente eficientes em blindar os e- 3s do núcleo. Assim, a Zef sofrida pelo e- 3s é maior que +2 Carga Nuclear Efetiva 15 Dentro de um período da TP � aumento da Zef Carga Nuclear Efetiva 16 Descendo um grupo da TP � Zef aumenta em menor grau que em um período Tamanho dos átomos 17 dos átomos Raio atômico A mecânica quântica não define o limite de um átomo, mas podemos definir seus tamanhos com base nas distâncias entre os átomos em várias situações Raio aparente ou não ligante ou de van der Waals� distâncias mais próximas que separam os núcleos de dois átomos em uma colisão Raio covalente – metade da distância de ligação entre dois átomos idênticos 18 Distância de ligação – distância entre os núcleos de dois átomos ligados Raio atômico 19 Raio atômico Tendências periódicas: descendo um grupo da TP, ocorre aumento no raio atômico devido ao aumento do número quântico principal (n) dos elétrons mais externos Em um período o raio atômico tende a diminuir da esquerda para direita devido ao aumento da Zef 20 Quando comparamos elementos de grupos e períodos diferentes, para elementos representativos, o aumento observado num grupo é mais significativo. Ex: P < Se 21 Raio iônico Na formação de um cátion ocorre a perda de e- mais externos e, por consequência, há diminuição das repulsões e- - e-. Logo, cátions são menores que os átomos que lhe dão origem. Na formação de um ânion há incremento no número de e-, logo aumenta a repulsão entre eles e, por isso, sãomaiores que os átomos que lhe dão origem 22 Raio iônico Em uma série isoeletrônica, o raio atômico diminui com o aumento da carga nuclear 23 Energia de Ionização 24 Ionização Energia de ionização Energia de ionização é a mínima energia necessária para remover um e- de um átomo ou íon gasoso no seu estado fundamental Primeira energia de ionização, I1, é a energia necessária para remover o primeiro e- de um átomo neutro 25 Na(g) � Na+(g) + e- Segunda energia de ionização, I2, é a energia necessária para remover o segundo e- Na+(g) � Na2+(g) + e- Energia de ionização A energia de ionização aumenta a medida que os e- são removidos (I1<I2<I3) Ocorre um aumento brusco na energia de ionização quando e- de um nível mais interno é removido 26 Energia de ionização Tendências periódicas 1. No geral, em um período, I1 aumenta com o número atômico 2. Em um grupo geralmente diminui com o aumento do número atômico 3. Elementos representativos sofrem maior variação na I1 que os metais 27 que os metais Por que I1 B < I1 Be E I1 O < I1 N ? Energia de ionização 28 Energia de ionização Quando um e- é removido de um átomo de lítio (1s2, 2s1), é o e- 2s1 que é removido 29 Quando e- são adicionados a um átomo para formar um ânion, são adicionados a um orbital vazio ou parcialmente preenchido com os mais baixos valores de n disponíveis Afinidades Eletrônicas 30 Eletrônicas Afinidade eletrônica Afinidade eletrônica é a variação de energia que ocorre quando um e- é adicionado é adicionado a um átomo no estado gasoso. Para muitos átomos, ocorre liberação de energia nesse processo [Ne]3s23p5 [Ne]3s23p6 31 Quanto maior for a atração entre um determinado átomo e um e-, mais negativa será a afinidade eletrônica [Ne]3s23p5 [Ne]3s23p6 [Ne]3s23p6 [Ne]3s23p62s1 Afinidade eletrônica 32 Halogênios – apresentam grandesafinidades eletrônicas porque o ânion produzido por ele apresenta configuração de gás nobre Be e Mg – são positivas porque os e- devem ser acomodados em um subnível p antes desocupado Grupo 5 – Tem subníveis semi-preenchidos, logo a adição de um e- aumenta as repulsões e- - e-
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