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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
A Administração Pública tem o PODER-DEVER de fiscalizar a execução de seus 
contratos para assegurar-se de que o objeto contratado seja executado a contento, 
as obrigações decorrentes sejam realizadas no tempo e modo devidos e que as 
cláusulas contratuais sejam rigorosamente observadas. 
Em decorrência da supremacia do interesse público, não pode a Administração assumir 
posição passiva e aguardar que o contratado cumpra todas as suas obrigações 
contratuais.
Lei 8.666/93
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante 
da Administração especialmente designado, permitida a contratação de terceiros para 
assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
Art. 2o ...
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se contrato todo e qualquer ajuste 
entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares, em que haja um 
acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de obrigações recíprocas, 
seja qual for a denominação utilizada
(...)
Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que couber, aos convênios, acordos, 
ajustes e outros instrumentos congêneres celebrados por órgãos e entidades da 
Administração.
Acórdão nº 2.632/2007 - Plenário
9.2.3. Organize a gestão dos contratos de modo que sejam designados, formalmente, 
servidores públicos qualificados que serão responsáveis pela execução de atividades e/ou pela 
vigilância e garantia da regularidade e adequação dos serviços(...)
O FISCAL DE CONTRATO - - Requisitos Fundamentais
a) conhecimento do contrato
b) conhecimento das Leis e Normas referenciadas no Contrato
c) conhecimento do projeto básico ou termo de referência e do projeto executivo
d) conhecimento técnico, na medida do possível, dos serviços que serão executados
O FISCAL DE CONTRATO - CONHECIMENTOS
LEI 8.666/1993 - LEI DE LICITAÇÕES E CONTRATOS
CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS
DECRETO 2.271/1997 
IN 02/2008 (alterada pela IN 03/2009, IN 04/2009 e IN 05/2009).
CONVÊNIOS E CONTRATO DE REPASSE 
IN STN 01/1997 (até maio de 2008)
Decreto 6.170/2007 
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
Portaria Interministerial 127/2008 
IFES E FUNDAÇÕES DE APOIO
LEI Nº 8.958/1994 (Lei nº 12.349/2010) 
LEI No 10.973/2004 (Lei nº 12.349/2010)
DECRETO Nº 7.423/2010
MANUAIS INTERNOS
EXEMPLOS: NORMA OPERACIONAL/SPOA Nº 07/2006
Acórdão nº 859/2006 – Plenário- TCU
A negligência de fiscal da Administração na fiscalização de obra ou acompanhamento de 
contrato atrai para si a responsabilidade por eventuais danos que poderiam ter sido 
evitados, bem como às penas previstas nos arts. 57 e 58 da Lei n° 8.443/92. 
LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DA DESPESA
Lei 4.320/64 – 
Art. 62 - “O pagamento da despesa só será efetuado quando ordenado após sua regular 
liquidação.”
Art. 63, § 2º
“A liquidação da despesa por fornecimentos feitos ou serviços prestados terá por base:
 I - o contrato, ajuste ou acôrdo respectivo;
 II - a nota de empenho;
 III - os comprovantes da entrega de material ou da prestação efetiva do serviço.”
• Conforme prevê a Lei nº 4.320/64, arts. 62 e 63, antes de efetuar qualquer 
pagamento por serviços contratados, a Administração deve verificar a efetiva 
execução do contrato e a regular execução dos serviços. Ou seja, deve haver a 
regular liquidação.
• A atestação é o ato pelo qual o fiscal do contrato declara na nota fiscal/fatura a fiel 
execução dos serviços pela contratada e o adimplemento das demais prestações 
pactuadas, satisfazendo, assim, condição necessária para liquidação e pagamento 
da despesa.
• O fiscal do contrato, ao atestar a prestação dos serviços e o cumprimento das 
obrigações contratuais, declara que a contratada cumpriu o pactuado. Com o 
adimplemento, nasce, para a contratada, o direito de receber o pagamento. (*)
O adimplemento não se resume à execução dos serviços propriamente ditos, mas, 
também, refere-se ao cumprimento das prestações a que se obrigou a contratada, por 
força do contrato e que, se adimplidas, dão a ela o direito de emitir documento de 
cobrança, como, por exemplo, a apresentação de documentos comprobatórios do 
cumprimento das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias. Esse entendimento é 
amparado por interpretação do art. 40, § 3º da Lei nº 8.666/93.
Art. 40 (...) 
§ 3º Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se como adimplemento da obrigação 
contratual a prestação do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de parcela 
destes, bem como qualquer outro evento contratual a cuja ocorrência esteja vinculada a 
emissão de documento de cobrança.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
• Nesse sentido, a IN nº 03/2009 acresceu ao art. 19, que trata do edital de 
convocação, a informação de que a execução completa do contrato somente se dá 
com a comprovação do cumprimento das obrigações trabalhistas.
Art. 19. Os instrumentos convocatórios devem conter o disposto no art. 40 da Lei nº 
8.666, de 21 de junho de 1993, indicando ainda, quando couber:
(...)
XVIII - disposição prevendo que a execução completa do contrato só acontecerá quando 
o contratado comprovar o pagamento de todas as obrigações trabalhistas referentes à 
mão de obra utilizada, quando da contratação de serviço continuado com dedicação 
exclusiva de mão de obra.
• O fiscal do contrato deve acompanhar a execução dos serviços mediante o uso de 
instrumentos de medição adequados e definidos no planejamento da contratação, 
constantes do contrato e ajustados com a contratada no início da contratação.
• A IN nº 02/2008 traz vários artigos sobre o assunto, ganhando destaque os arts. 31, 
33 e 34.
• Assim, os aspectos de verificação descritos nos artigos anteriores são realizados 
por meio dos seguintes instrumentos formais, além de outros julgados pertinentes 
conforme a natureza do objeto:
a) conformidade dos serviços prestados com o previsto nas especificações 
técnicas do termo de referência.
b) cumprimento de todas as obrigações contratuais.
c) caso haja Acordo de Níveis de Serviço, alcance das metas pactuadas.
d) alcance dos resultados pactuados, em termos quantitativos e qualitativos, 
colhendo-se a manifestação, quanto à satisfação, do público usuário.
e) emprego dos recursos humanos no quantitativo e com a qualificação exigida nas 
especificações técnicas do termo de referência.
f) emprego de materiais e equipamentos em quantitativo definido na proposta da 
contrata, atentando-se para a qualidade definida.
g) observância das rotinas de execução definidas nas especificações técnicas do 
termo de referência.
h) cumprimento das demais obrigações constantes do contrato.
• Toda documentação que sustenta a atestação deve ser anexada aos autos do 
processo de fiscalização e pagamento, juntamente com a nota fiscal/fatura, para 
que possa ser autorizado o pagamento com segurança.
• O que não se admite é um simples carimbo de atestação aposto na nota 
fiscal/fatura sem a presença no processo de elementos com informação que 
permitam concluir, com segurança, pela efetiva prestação dos serviços e 
cumprimento pela contratada das obrigações assumidas.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
• Ao receber a nota fiscal/fatura, o fiscal deve anotar no documento a data do 
recebimento e juntá-la ao processo de fiscalização e pagamento. É a partirdo 
recebimento que começa a ser contado o prazo para pagamento. Essa regra é usual 
e tem previsão na IN 02/2008.
Art. 36 (...)
§ 3º O prazo para pagamento da Nota Fiscal/Fatura, devidamente atestada pela 
Administração, não deverá ser superior a 5 (cinco) dias úteis, contados da data de sua 
apresentação, na inexistência de outra regra contratual.
• O fiscal deve certificar-se de que nota fiscal/fatura expressa os elementos 
necessários e essenciais à liquidação e pagamento, tais como:
a) data da emissão (importante, para fins de retenção de 11%).
b) menção ao contrato e ao órgão contratante.
c) indicação do período de prestação dos serviços.
d) indicação correta do valor a pagar.
e) destaque do valor da retenção de 11%.
f) destaques de outras despesas – dedutíveis da base de cálculo da retenção.
g) destaques dos tributos retidos na fonte pagadora.
• Nesse momento é importante o fiscal confrontar os valores contidos na nota 
fiscal/fatura emitida pela empresa prestadora dos serviços com os constantes da 
sua proposta de preços, verificando o valor a ser pago e, especialmente, quanto à 
retenção dos tributos.
• Primeiramente, quanto às alíquotas do IRPJ, CSLL, COFINS e PIS, o Anexo I da 
Instrução Normativa SRF nº 480, de 15 de dezembro de 2004, elenca os percentuais 
a serem aplicados e os respectivos códigos de retenção, conforme a natureza do 
serviço prestado ou quando se tratar de aquisição de bens.
Para os serviços de terceirização, por exemplo, vigilância e conservação e limpeza, 
sobre o valor total da nota fiscal deve ser aplicada a alíquota de 9,45%, código de 
retenção 6190. Não há qualquer dedução para formação de base cálculo.
• Quanto à responsabilidade pelo recolhimento das contribuições sociais 
previdenciárias, o art. 78, inciso VI, da Instrução Normativa RFB nº 971, de 13 de 
novembro de 2009, estabelece que a empresa contratante é responsável pela 
retenção de 11% (onze por cento) sobre o valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do 
recibo de prestação de serviços executados mediante cessão de mão-de-obra ou 
empreitada, inclusive em regime de trabalho temporário, e pelo recolhimento do 
valor retido em nome da empresa contratada.
• A base de cálculo da contribuição previdenciária é o valor total da nota fiscal, 
podendo ser deduzido desta os valores referentes a materiais ou equipamentos, 
bem como os relativos ao auxílio-alimentação e vale transporte, conforme descrito 
nos arts. 121 e 124 da Instrução Normativa RFB nº 971/2009.
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Art. 121. Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, 
exceto os equipamentos manuais, fornecidos pela contratada, discriminados no 
contrato e na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, não 
integram a base de cálculo da retenção, desde que comprovados. (...)
§ 3º Considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos a 
material ou equipamentos, ou os previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte 
integrante do contrato mediante cláusula nele expressa.
Art. 124. Poderão ser deduzidas da base de cálculo da retenção as parcelas que 
estiverem discriminadas na nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços, 
que correspondam:
I - ao custo da alimentação in natura fornecida pela contratada, de acordo com os 
programas de alimentação aprovados pelo MTE, conforme Lei nº 6.321, de 1976.
II - ao fornecimento de vale-transporte, de conformidade com a legislação própria.
• Ressalta-se que é muito comum as empresas deduzirem valores não permitidos da 
base de cálculo da contribuição previdenciária, como por exemplo, vale transporte 
custeado pelo empregado (6%) – coloca o valor total do vale na dedução, EPI, 
equipamentos manuais, sendo que em alguns casos, até mesmo o BDI. O fiscal e o 
responsável pelo pagamento da fatura devem aferir se os valores a serem 
deduzidos estão corretos.
• A empresa não está obrigada a fazer a dedução de qualquer parcela, pois essa 
retenção de 11% corresponde a uma antecipação da receita, que no futuro pode ser 
reembolsada ou compensada com os valores devidos, fica a critério da empresa.
• O Imposto Sobre Serviços de qualquer Natureza (ISSQN) é disposto por meio de 
legislações locais, que definem as alíquotas que devem ser aplicadas e que variam 
com o tipo de serviço prestado. Dessa forma, chama-se atenção para o fato de que 
a alíquota do ISSQN não é uniforme. 
De acordo com o Art. 88 dos Atos das Disposições constitucionais Transitórias – 
ADCT, enquanto a lei complementar não definir as alíquotas máximas e mínimas do 
ISSQN, a alíquota mínima a ser adotada é de 2,0%. A alíquota máxima admitida é de 
5%.
O que tem se percebido é que as empresas, normalmente, utilizam-se da alíquota 
máxima (5%) no momento da apresentação das propostas e, durante a execução, 
recolhe outro valor, o que gera prejuízo para o erário.
O TCU se pronunciou algumas vezes sobre o assunto.
Acórdão nº 2.194/2009 – Plenário. Relator Ministro Walton Alencar Rodrigues. DOU 
25/09/2009.
9.1. Determinar à Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infra-
Estrutura de Transportes no Rio Grande do Sul que promova a recuperação dos 
valores pagos a maior a título de ISSQN, a partir de janeiro de 2008, no âmbito do 
contrato nº PG-00257/00, tendo em vista a alteração de alíquotas determinada pela 
Lei Complementar Municipal nº 584/2007, mediante desconto dos valores apurados 
nas faturas vincendas, comunicando ao Tribunal de Contas da União, no prazo de 
30 (trinta) dias, as medidas adotadas.
Acórdão nº 1.508/2009 – Plenário. Relator André Luís de Carvalho. DOU 08/07/2009.
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Voto do Ministro Relator
9.1.2. Apure os valores pagos indevidamente ao consórcio Ecoplan/Planave pelo 
superfaturamento relativo aos itens de pessoal e pela inclusão, na taxa de 
bonificações e despesas indiretas - BDI, de 5% a título de imposto sobre serviços de 
qualquer natureza - ISSQN, enquanto que a lei municipal exige 4%.
9.1.3. Efetue retenções dos valores indevidamente pagos nas faturas vincendas do 
contratado.
9.1.4. Realize a adequação do contrato, mediante a substituição da alíquota do 
ISSQN e (...) bem como ajuste os valores constantes na planilha de preços do 
contratado de acordo com os salários efetivamente pagos aos seus empregados.
(*)
• Dessa forma, caso seja detectada divergência entre o valor da proposta e o contido 
na nota fiscal, deve ser feita a glosa, nas faturas vincendas, dos valores pagos a 
maior e a celebração de apostilamento estabelecendo o novo valor contratual.
• O Anexo IV da IN nº 02/2008 - Guia de Fiscalização dos Contratos de Terceirização, 
estabelece o roteiro de verificação a ser executado antes da realização de cada 
pagamento.
2. Fiscalização mensal (a ser feita antes do pagamento da fatura)
2.1 Elaborar planilha-mensal que conterá os seguintes campos: nome completo do empregado, 
função exercida, dias efetivamente trabalhados, horas extras trabalhadas, férias, licenças, 
faltas, ocorrências.
2.2 Verificar na planilha-mensal o número de dias e horas trabalhados efetivamente. Exigir que 
a empresa apresente cópias das folhas de ponto dos empregados por ponto eletrônico ou 
meio que não seja padronizado (Súmula 338/TST). Em caso de faltas ou horas 
trabalhadas a menor, deve ser feita glosa da fatura.
2.3 Exigir da empresa comprovantes de pagamento dos salários, vales-transporte e auxílio 
alimentação dos empregados.
2.4 Realizar a retenção da contribuição previdenciária(11% do valor da fatura) e dos impostos 
incidentes sobre a prestação do serviço.
2.4.1 Realizar a retenção e o depósito do FGTS dos trabalhadores da contrata, caso 
exista autorização da empresa contratada, conforme definido no instrumento 
convocatório. (novo)
2.5 Exigir da empresa os recolhimentos do FGTS por meio dos seguintes documentos:
a) cópia do Protocolo de Envio de Arquivos, emitido pela Conectividade Social (GFIP).
b) cópia da Guia de Recolhimento do FGTS (GRF) com a autenticação mecânica ou 
acompanhada do comprovante de recolhimento bancário ou o comprovante emitido 
quando recolhimento for efetuado pela Internet.
c) cópia da Relação dos Trabalhadores Constantes do Arquivo SEFIP (RE).
d) cópia da Relação de Tomadores/Obras (RET).
2.6 Exigir da empresa os recolhimentos das contribuições ao INSS por meio de:
a) cópia do Protocolo de Envio de Arquivos, emitido pela Conectividade Social (GFIP).
b) cópia do Comprovante de Declaração à Previdência;
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
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REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
c) cópia da Guia da Previdência Social (GPS) com a autenticação mecânica ou 
acompanhada do comprovante de recolhimento bancário ou o comprovante emitido 
quando recolhimento for efetuado pela Internet.
d) cópia da Relação dos Trabalhadores Constantes do Arquivo SEFIP (RE).
e) cópia da Relação de Tomadores/Obras (RET).
2.7 Consultar a situação da empresa junto ao SICAF.
2.8 Exigir a Certidão Negativa de Débito junto ao INSS (CND), a Certidão Negativa de Débitos 
de Tributos e Contribuições Federais e o Certificado de Regularidade do FGTS (CRF), 
sempre que expire o prazo de validade.
• O mesmo Anexo IV estabelece, no item 4, outros controles a serem utilizados pelo 
fiscal do contrato.
4. Fiscalização especial
4.1 Observar qual é a data-base da categoria prevista na Convenção Coletiva de Trabalho 
(CCT). Os reajustes dos empregados devem ser obrigatoriamente concedidos pela 
empresa no dia e percentual previstos (verificar a necessidade de proceder ao equilíbrio 
econômico-financeiro do contrato em caso de reajuste salarial).
4.2 Controle de férias e licenças dos empregados na planilha-resumo.
4.3 A empresa deve respeitar as estabilidades provisórias de seus empregados (cipeiro, 
gestante, estabilidade acidentária).
• Resumidamente, a empresa contratada deverá, de forma a comprovar a 
regularidade fiscal, previdenciária e trabalhista, enviar os seguintes documentos 
juntamente com a nota fiscal/fatura:
- Documentação Fiscal
a) certidão negativa de tributos administração pela União e à divida ativa.
b) certidão negativa de débitos junto à Previdência Social.
c) certidão negativa de débitos junto à fazenda estadual da sede da contratada.
d) certidão negativa de débitos junto à fazenda municipal/distrital da sede contratada.
e) certificado de regularidade junto ao FGTS.
f) extrato de consulta do SICAF – em substituição aos documentos acima.
- Documentação Previdenciária (relativa ao mês anterior da prestação dos serviços)
a) folha de pagamento.
b) GFIP.
c) guia de recolhimento da contribuição previdenciária.
d) guia de recolhimento da contribuição para o FGTS.
- Documentação Trabalhista (relativa ao mês anterior da prestação dos serviços)
a) comprovantes de pagamento dos salários e adicionais (incluindo férias).
b) comprovantes de entrega dos benefícios: vale-transporte, vale-alimentação etc.
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
CONTROLADORIA-GERAL DA UNIÃO
REGIONAL NO MATO GROSSO DO SUL
Atualização do Valor Devido e Juros (pagamentos com atrasos) 
• O fiscal do contrato deve estar atento, para que não seja o causador de atrasos nos 
pagamentos devidos à contratada, hipótese em que será exigido dele ressarcir a 
Administração do prejuízo decorrente dos encargos pelo atraso, conforme 
determina a IN nº 02/2008, art. 36, § 5º.
Art. 36 (...)
§ 5º Na hipótese de pagamento de juros de mora e demais encargos por atraso, os autos 
devem ser instruídos com as justificativas e motivos, e ser submetidos à apreciação da 
autoridade superior competente, que adotará as providências para verificar se é ou não 
caso de apuração de responsabilidade, identificação dos envolvidos e imputação de ônus 
a quem deu causa.
Retenção do Pagamento
• A Lei nº 8.666/93 estabelece nos arts. 80 e 86 a possibilidade de retenção de 
pagamento à empresa contratada.
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo anterior acarreta as seguintes 
consequências, sem prejuízo das sanções previstas nesta Lei:
(...)
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até o limite dos prejuízos causados à 
Administração.
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à multa de mora, 
na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato. (...)
§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda desta, 
responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos 
eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada 
judicialmente.
• A Instrução Normativa nº 02/2008 regulamenta casos de retenção do pagamento 
quando há o descumprimento das obrigações trabalhistas - arts. 34-A e 36.
Art. 34-A O descumprimento das obrigações trabalhistas ou a não manutenção das condições 
de habilitação pelo contratado deverá dar ensejo à rescisão contratual, sem prejuízo das 
demais sanções, sendo vedada a retenção de pagamento se o contratado não incorrer 
em qualquer inexecução do serviço ou não o tiver prestado a contento.
Parágrafo único. A Administração poderá conceder um prazo para que a contratada 
regularize suas obrigações trabalhistas ou suas condições de habilitação, sob pena de 
rescisão contratual, quando não identificar má-fé ou a incapacidade da empresa de 
corrigir a situação.
Art. 36. O pagamento deverá ser efetuado mediante a apresentação de Nota Fiscal ou da 
Fatura pela contratada, que deverá conter o detalhamento dos serviços executados, 
conforme disposto no art. 73 da Lei nº 8.666, de 1993, observado o disposto no art. 35 
desta Instrução Normativa e os seguintes procedimentos: 
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PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
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(...)
§ 6º A retenção ou glosa no pagamento, sem prejuízo das sanções cabíveis, só deverá 
ocorrer quando o contratado: 
I - não produzir os resultados, deixar de executar, ou não executar com a qualidade 
mínima exigida as atividades contratadas; ou
II - deixar de utilizar materiais e recursos humanos exigidos para a execução do serviço, 
ou utilizá-los com qualidade ou quantidade inferior à demandada.
Resumindo : 
• No caso de a empresa contratada descumprir as obrigações trabalhistas com seus 
empregados ou não mantiver as condições habilitatórias, a Administração:
a) deverá rescindir o contrato, sem prejuízo de aplicação das penalidades cabíveis;
b) poderá ser concedido prazo para a regularização da falha, caso não esteja 
caracterizada a incapacidade de a empresa regularizar a situação ou má-fé;
c) não pode reter o pagamento a não ser se estiver relacionada com a inexecução 
do serviço ou à prestação insatisfatória.
d) não pode, em nenhuma hipótese, pagar sem tomar alguma das providências 
anteriores.
• Garantia poderá ser utilizada para pagamento de verbas trabalhistas - IN nº 03/2009.
Art. 19. Os instrumentos convocatórios devem conter o disposto no art. 40 da Lei nº 
8.666, de 21 de junho de 1993, indicando ainda, quando couber: (...)
XIX - exigência de garantia, com validade de 3 (três) meses após o término da vigência 
contratual, devendo ser renovadaa cada prorrogação efetivada no contrato, nos moldes 
do art. 56 da Lei nº 8.666, de 1993, para os serviços continuados com uso intensivo de 
mão de obra com dedicação exclusiva, com a previsão expressa de que a garantia 
somente será liberada ante a comprovação de que a empresa pagou todas as verbas 
rescisórias trabalhistas decorrentes da contratação, e que caso esse pagamento não 
ocorra até o fim do segundo mês após o encerramento da vigência contratual, a garantia 
será utilizada para o pagamento dessas verbas trabalhistas diretamente pela 
Administração, conforme estabelecido no art. 19-A, inciso IV desta Instrução Normativa.
Outras garantias do cumprimento das obrigações trabalhistas – Súmula nº 331 TST
Art. 19-A Em razão da súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho, o edital poderá 
conter ainda as seguintes regras para a garantia do cumprimento das obrigações 
trabalhistas nas contratações de serviços continuados com dedicação exclusiva da mão 
de obra: 
I - previsão de que os valores provisionados para o pagamento das férias, 13º salário e 
rescisão contratual dos trabalhadores da contratada serão depositados pela 
Administração em conta vinculada específica, conforme o disposto no anexo VII desta 
Instrução Normativa, que somente será liberada para o pagamento direto dessas verbas 
aos trabalhadores, nas seguintes condições:
a) parcial e anualmente, pelo valor correspondente aos 13º salários, quando devidos.
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b) parcialmente, pelo valor correspondente às férias e ao 1/3 de férias, quando dos gozos 
de férias dos empregados vinculados ao contrato.
c) parcialmente, pelo valor correspondente aos 13ºs salários proporcionais, férias 
proporcionais e à indenização compensatória porventura devida sobre o FGTS, quando 
da demissão de empregado vinculado ao contrato.
d) ao final da vigência do contrato, para o pagamento das verbas rescisórias.
e) o saldo restante, com a execução completa do contrato, após a comprovação, por 
parte da empresa, da quitação de todos os encargos trabalhistas e previdenciários 
relativos ao serviço contratado.
II - a obrigação da contratada de, no momento da assinatura do contrato, autorizar a 
Administração contratante a fazer a retenção na fatura e o depósito direto dos valores 
devidos ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS nas respectivas contas 
vinculadas dos trabalhadores da contratada, observada a legislação específica.
III - previsão de que o pagamento dos salários dos empregados pela empresa contratada 
deverá ocorrer via depósito bancário na conta do trabalhador, de modo a possibilitar a 
conferência do pagamento por parte da Administração.
IV - a obrigação da contratada de, no momento da assinatura do contrato, autorizar a 
Administração contratante a fazer o desconto na fatura e o pagamento direto dos salários 
e demais verbas trabalhistas aos trabalhadores, quando houver falha no cumprimento 
dessas obrigações por parte da contratada, até o momento da regularização, sem 
prejuízo das sanções cabíveis.
RENOVAÇÃO DO CONTRATO - A quem cabe o controle da vigência do Contrato? 
• O fiscal deve manter um controle da vigência do contrato para que possa 
representar tempestivamente pela prorrogação ou pela realização de nova licitação.
• Cabe ao fiscal promover ações com intuito de evitar a indesejável contratação 
direta, com fundamento em situação emergencial (art. 24, IV, da Lei nº 8.666/93).
Acórdão nº 1.378/2008 – 1ª Câmara - TCU
9.4.1. Realize o controle da vigência dos contratos, possibilitando o planejamento dos 
procedimentos licitatórios visando diminuir a possibilidade de realizar contratações 
emergenciais e com extrapolação temporal (Lei 8.666/1993, art. 24, inciso IV).
Onde encontrar a Cartilha de Perguntas e Respostas “ Licitação e Contratos Administrativos” - 
Coleção CAPACITA:
http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/CartilhaGestaoRecursosFederais/index.asp
Onde encontrar a Lei 8.666/93, sempre atualizada:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8666cons.htm
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	FISCALIZAÇÃO DE CONTRATOS
	O FISCAL DE CONTRATO - CONHECIMENTOS
	Portaria Interministerial 127/2008 
	LIQUIDAÇÃO E PAGAMENTO DA DESPESA
	Atualização do Valor Devido e Juros (pagamentos com atrasos) 
	Retenção do Pagamento
	RENOVAÇÃO DO CONTRATO - A quem cabe o controle da vigência do Contrato?

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