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Julia S Crescencio P5 TUT 1 UC 15 FEBRE 1. Descrever a resposta imunológica na infecção ok 2. Compreender a fisiopatologia da febre ok 3. Descrever a caracterizar a febre de origem indeterminada 4. Entender a tuberculose Resposta imunológica na infecção Barreiras naturais: pele, mucosas, lisozimas Resposta inata: neutrófilos e complemento – inespecífica • TNF alfa, IL-1 e IL-6 são citocinas pirogênicas endógenas o O aumento da temperatura ajuda na ativação do complemento, na proliferação linfocitária, na ação fagocítica e na síntese de proteínas Resposta adaptativa: humoral e celular – específica -> th1 - celular Linfócitos naive ->th2 -humoral ->th3 - regulação Fisiopatologia da febre Citocinas pirogênicas que organum vasculosum (OVLT) no hipotálamo Exógenos (*LPS das gram-)-> ativam TLR-4 na BHE -> aumento da PG Endógenos (citocinas) -> liberam PG Ativam de receptor hipotalâmico -> aumento no ponto de ajuste hipotalâmico -> ativa o centro vasomotor -> vasoconstricção periférica • ‘’Acúmulo central’’ para proteger os órgãos. Frio, calafrio, tremores. Obs.: hipertermia: aumento descontrolado que excede a capacidade de dissipar calor. Não tem alteração no ponto de ajuste hipotalâmico. Ex.: exercícios físicos Febre de origem indeterminada >38,3 > 2 semanas > s/diagnóstico depois de 1sem em investigação hospitalar * Não precisa mais estar internado * Associação com neutropenicos, HIV+ e com cuidados de saúde Etiologias: infecciosas > neoplasias > reumáticas Terapêutica de prova: não fazer em pacientes estáveis Tratamento sintomático: antipiréticos. Tuberculose (Mycobacterium tuberculosis) Espécies: M. tuberculosis (bacilo de Koch), M. bovis, M. africanum, M. Canetti, M. microti, M. pinnipedi e M. caprae • É um bacilo-ácido resistente (BAAR), aeróbio, com parede rica em lipídios, conferindo baixa permeabilidade e reduzindo a efetividade da maioria dos antibióticos. • Acomete prioritariamente o pulmão, que também é a porta de entrada na maioria dos casos Epidemiologia • Doença mais comum da imunidade. 1/3 da população infectada Fatores de risco • Infecção pelo HIV • Dois primeiros anos após a exposição • Idade menor que 2 anos ou mais que 60 • Doenças e/ou tratamentos imunossupressores ajuste Julia S Crescencio P5 TUT 1 UC 15 • Moradores de rua > hiv+ > presos > indígenas* *Pessoas vulneráveis no Brasil Obs.: • A TB primária, logo após a primo-infecção é mais comum em crianças e imunodeprimidos – grave, porém baixa transmissibilidade • Os bacilos podem permanecer como latentes por muitos anos até a reativação – TB secundária o Pode ocorrer reinfecção se a pessoa tiver uma nova exposição, já que o adoecimento prévio não confere imunidade Transmissão • Via aérea: aerossóis da tosse, fala ou espirro contendo bacilos eliminados pelos doentes • Pele e placenta são vias raras desprovidas de importância epidemiológica • As gotículas exaladas (de Pfluger) rapidamente se tornam secas e se transformam em partículas menores (núcleos de Wells), contendo 1-2 bacilos, que podem se manter em suspensão no ar por muitas horas e são capazes de alcanças os alvéolos, onde podem se multiplicar e provocar a primo-infecção • Os que tem BAAR + no escarro são os que mais transmitem a doença. • Depois de 15 dias do tratamento, a transmissão encontra-se muito reduzida → deve fazer baciloscopia de escarro de controle • Ambientes ventilados e com luz natural direta diminuem o risco porque o bacilo é sensível a luz solar e a circulação permite a dispersão das partículas Fisiopatologia Gotículas de Plufger → núcleos de Wells → vencem a barreira mucociliar → VAI (*alvéolos) → ambiente propício (temperatura, umidade, nutrientes) → multiplicação – Fase simbiótica ou de crescimento Obs.: resposta imune normal Ligação da bactéria ao macrófago -> internalização no fagossoma -> fusão com o lisossoma -> grânulos e produtos tóxicos (peróxido de hidrogênio, ânion superóxido, óxido nítrico) -> morte do bacilo Porém, o M. tuberculosis rompe a parede do fagossoma, crescendo livremente dentro do macrófago (parasitismo intracelular facultativo), inibe a fusão lisossomal e impede novas fagocitoses • A parede bacteriana produz substâncias que impedem a ligação do macrófago à bactéria. Estudos demonstraram que as micobactericas conseguem produzir amônia, que alcalizando o conteúdo dos lisossomos, impede sua ligação ao fagossoma Incapacidade macrocítica por desconhecimento imunológico ou depressão imunitária -> multiplicação com destruição celular e tecidual -> resposta inespecífica com acúmulo de polimorfos que fagocitam bacilos -> retorno desses a corrente sanguínea -> disseminação hematogênica primária Obs.: as vacinas impedem o aparecimento das formas extrapulmonares por estimular mecanismos imunológicos que evitam essa disseminação Depois de 2-12 semanas há a resposta mediada por células (adaptativa) Mecanismos de defesa inicial falhos → célula infectada se rompe → liberação dos bacilos → acúmulo de macrófagos e linfócitos T ativados → granuloma para evitar a disseminação -> resposta suficiente -> infecção latente • Se a imunidade estiver comprometida, os bacilos, depois do rompimento, não se disseminar para a corrente linfática -> linfonodos hilares -> linfonodos paratraqueais e vertebrais -> ducto torácico -> regiões superiores do pulmão e outros órgãos (rins, cérebro, osso) Quadro clínico • Os sintomas podem ser indolentes e de intensidade crescente, podendo apresentar períodos de remissão e de bem-estar Julia S Crescencio P5 TUT 1 UC 15 RESPIRATÓRIOS GERAIS EXAME FÍSICO Tosse > 3 semanas *no início seca e pode ficar mucosa/purulenta e as vezes com sangue Hemoptise *expectoração de sangue Dispneia *pouco comum, aparece mais nas avançadas pelo padrão fibrótico ou pela presença de derrame/pneumotórax Dor torácica *acometimento da pleura. Precoce e frequente. Pequena intensidade Rouquidão *comprometimento da laringe; pouco relatada Febre e sudorese *Baixa *Vespertina: multiplicação bacilar é ao redor das 12h, no pico do cortisol *Sudorese noturna *Com exceção na disseminação maciça Perda ponderal *Proporcional ao tempo de existência Estertores *apicais e posteriores Sibilos e roncos *comprometimento brônquico Diminuição do murmúrio e da broncofonia *derrame pleural Sopro anfórico Hipersensibilidade Eritema Ceratoconjuntivite Polisserosite Diagnóstico • Inespecíficos o Hemograma: normo ou pancitopenia o PCR • Específicos o PPD: analisa o tamanho, depois da aplicação de um derivado proteico (48- 72h após – hipersensibilidade tardia). Normal acima de 10mm em imunocompetentes e acima de 5mm em imunodeprimidos o BAAR – Baciloscopia direta de escarro ▪ Sintomático respiratório ▪ Suspeita clínica e/ou radiológica ▪ Acompanhamento e controle de cura o Teste rápido molecular para tuberculose (TRM-TB) ▪ TB pulmonar e laríngea ▪ Amostra de escarro ▪ Técnica PCR ▪ Detecta os bacilos e faz triagem de cepas resistentes à rifampicina Obs.: Baciloscopia + e clínica -> pode tratar TRM positivo + clínica -> pode tratar • O padrão ouro é a cultura de escarro, mas é demorado Se a baciloscopia der negativa -> faz a cultura PPD + -> precisa de outros achados, como radiografia • Imagem – radiografia de tórax*, tc Investigação da latente • Contato nos últimos 20 anos, HIV+, uso de inibidor de TNFalfa ou corticoesteroides, alterações radiológicas sugestivas de sequelas de TB, pré-transplante, neoplasias de cabeça e pescoço, IR e diálise Julia S Crescencio P5 TUT 1 UC 15 Tratamento
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