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FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA – TÉCNICAS E HABILIDADES PROF. CAMILA AUGUSTA DOS SANTOS 1. OBJETIVO DO APRENDIZADO Treinar a habilidade de manutenção e cuidados necessários para a execução do dreno de tórax evitando intercorrências. 2. INDICAÇÃO DA TÉCNICA (cuidados necessários) Observar o aspecto e a quantidade da drenagem; Manter uma boa fixação do dreno; Manter frasco abaixo do nível do tórax; Manter dreno conectado de forma adequada; Manter frasco sempre com selo d’água e manter sua identificação correta; Manter cabeceira elevada; Anotar quantidade e aspecto drenado a cada 6 horas; Manter curativo sempre limpo; Realizar curativo a cada 24 horas e quando necessário; Verificar a oscilação da coluna líquida (na inspiração sobe e na expiração desce, se houver alguma alteração nessa oscilação pode ser por obstrução do sistema, comunique o médico responsável); Manter extensão do dreno sem dobras; Ordenhar o dreno somente com orientação médica; Manter clampe sempre aberto; Verificar se não há exteriorização do dreno; Observar presença de bolhas no frasco; Manter aspiração contínua do dreno; Orientar paciente e familiar sobre os cuidados com o dreno. 3. CONTRA-INDICAÇÃO DA TÉCNICA(o que não deve ser feito) Elevar o frasco selo d’água ao nível do tórax do paciente sem clampear (possibilidade de refluxo do líquido); Fixar a extensão do dreno no berço ou na cama do paciente (possibilidade de acidentes na movimentação); 4. QUAIS PARÂMETROS CLÍNICOS UTILIZOU PARA INDICAR ESSA TÉCNICA O quadro clínico do paciente acidentado (hemotórax) requiriu o uso de dreno de tórax para tratamento. No entanto, em sua reavaliação, foi notado que o dreno já estava cheio para os parâmetros necessários de troca, de forma que quando se atinge cerca de ¾ da capacidade de volume do frasco, perde-se a eficiência de ação do dreno. Assim, fez-se necessária a troca e demais cuidados requeridos nela para garantir que o tratamento funcionasse adequadamente. Ainda, foi realizada a troca de curativo do paciente, ação que possui indicação de troca a cada 24horas ou estado de umedecimento, sujeira ou mal posicionamento dele e, portanto, a realização da troca em apenas 12horas deve indicar o segundo caso. 5. MATERIAL NECESSÁRIO SF 0.9% 500 ml; Agulha 40 x 1,2; Gaze estéril; Frasco coletor de dreno de tórax; Etiqueta para identificação do selo d’água; Frasco coletor sanfonado de dreno de portovac; Frasco medida; Bolsa de colostomia; Kit curativo (tesoura reta, pinça anatômica e pinça Kelly reta); Fita microporosa; Caneta; Manequins com ostomia; Manequins com drenos de portovac e de tórax; Capote não estéril; Máscara cirúrgica; Óculos de proteção; Luvas de procedimento DISCIPLINA: Treinamento de Habilidades ALUNO: Sofia Lamatta TEMA DA AULA: Cuidados com o dreno de tórax FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO 6. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA TROCA DE CURATIVO DOS DRENOS (PENROSE, PORTOVAC, TUBULAR) 1. Higienizar as mãos; 2. Reunir o material e levar ao quarto (próximo ao paciente); 3. Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante. 4. Conferir o nome do paciente pela pulseira de identificação; 5. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante. 6. Realizar fricção das mãos com preparação alcoólica; 7. Colocar o avental descartável de mangas longas; 8. Colocar máscara descartável e óculos protetor; 9. Calçar luvas de procedimento; 10. Posicionar o paciente no leito de forma a expor a área a ser limpa; 11. Manter o dreno clampeado durante o procedimento; 12. Remover o curativo anterior tracionando a pele do paciente. 13. Retirar luvas de procedimento; 14. Realizar fricção das mãos com preparação alcoólica; 15. Calçar luvas de procedimento; 16. Abrir kit de curativo estéril; 17. Iniciar o curativo pelo sítio de inserção do dreno, com gaze estéril e S.F. 0,9% ampliando o campo e secá-lo com gazes. 18. Colocar 4 gazes abertas na parte inferior da incisão do dreno e 4 gazes abertas na parte superior da mesma. 19. Fixar as gazes com fita microporosa hipoalergênica. 20. Deixar secar espontaneamente. 21. Proteger a pele do paciente com fita microporosa hipoalergênica e fixar, neste local, o dreno com esparadrapo. 22. Desprezar o material utilizado em local próprio. 23. Retirar luvas de procedimento; 24. Identificar fixação da punção da seguinte forma: P = data da punção T = data da troca do curativo e nome do profissional que realizou o curativo. 25. Deixar o paciente confortável no leito. 26. Desclampear o dreno; 27. Retirar óculos, máscara descartável, retirar avental descartável de mangas longas; 28. Higienizar as mãos; 29. Manter o ambiente em ordem. 30. Realizar as anotações no prontuário do paciente. OBSERVAÇÕES: 31. Realizar a troca do curativo diariamente, independentemente do tipo de dreno; 32. Nunca elevar o dreno acima da região a ser drenada. CUIDADOS E LIMPEZA COM O DRENO DE TORAX (TUBULAR): 33. Higienizar as mãos; 34. Reunir o material e levar ao quarto (próximo ao paciente); 35. Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante; 36. Conferir o nome do paciente pela pulseira de identificação; 37. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante; 38. Conferir o nome da paciente pela pulseira de identificação; 39. Explicar o procedimento à paciente e/ou ao acompanhante; 40. Colocar máscara descartável, óculos de proteção; 41. Calçar luvas de procedimento; FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO 42. Preparar o material sobre a mesa auxiliar; 43. Abrir o frasco de água destilada; 44. Clampear o dreno (fig. 1); 45. Fazer a leitura da quantidade de líquido drenado e observar seu aspecto; 46. Abrir a tampa do dreno sem contaminar a haste central (fig. 1).; 47. Desprezar o volume drenado; 48. Lavar o frasco do dreno com água destilada (AD); 49. Selar frasco do dreno com água destilada (fig. 1); 50. Utilizar 500 ml de AD para frasco do dreno com capacidade de 2000 ml ou 300 ml para capacidade de 1000 ml.; 51. Tampar o frasco do dreno, de modo que a que sua haste fique submersa em torno de 2,5 cm na solução (fig. 1); 52. Marcar o nível original do líquido com fita crepe no lado de fora do frasco; 53. Anotar data, horário, volume e assinar; 54. Desclampear o dreno e deixá-lo próximo do paciente; 55. Deixar o paciente confortável no leito; 56. Desprezar o material utilizado em local próprio; 57. Retirar luvas procedimento, máscara descartável, óculos de proteção 58. Higienizar as mãos; 59. Manter o ambiente em ordem; 60. Realizar as anotações do volume e aspecto drenado na folha de balanço hídrico do paciente. CUIDADOS E LIMPEZA COM O DRENO DE PORTOVAC: 61. Higienizar as mãos; 62. Reunir o material e levar ao quarto (próximo ao paciente); 63. Identificar-se para o paciente e/ou acompanhante; 64. Conferir o nome do paciente pela pulseira de identificação; 65. Explicar o procedimento ao paciente e/ou acompanhante; 66. Conferir o nome da paciente pela pulseira de identificação; 67. Explicar o procedimento à paciente e/ou ao acompanhante; 68. Colocar máscara descartável, óculos de proteção; 69. Calçar luvas de procedimento; 70. Preparar o material sobre a mesa auxiliar; 71. Abrir o frasco de água destilada; 72. Clampear o dreno; 73. Fazer a leitura da quantidade de líquido drenado e observar seu aspecto; 74. Desprezar o fluído drenado pelo portovac a cada 6 horas, desde que o volume não ultrapasse dois terços da capacidade máxima; 75. Comprimir a bolsa sanfonada, fechar o dreno e desclampear a extensão;76. Verificar se todas as conexões do dreno estão bem presas e fixadas; 77. Observar presença de coágulos ou fibrina na extensão do dreno de portovac, quando houver interrupção ou diminuição súbita do débito. Tentar deslocar o coágulo/fibrina para o coletor; 78. Desclampear o dreno e deixá-lo próximo do paciente; 79. Deixar o paciente confortável no leito; 80. Desprezar o material utilizado em local próprio; 81. Retirar luvas procedimento, máscara descartável, óculos de proteção 82. Higienizar as mãos; 83. Manter o ambiente em ordem; 84. Realizar as anotações do volume e aspecto drenado na folha de balanço hídrico do paciente. FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS DE MINAS GERAIS FUNDAÇÃO EDUCACIONAL LUCAS MACHADO 7. RELATO DE EXPERIÊNCIA VIVENCIADA NA REALIZAÇÃO DA TÉCNICA A aula foi de grande proveito para compreender melhor os cuidados necessários com a técnica de dreno e dá-los a devida importância, mesmo que na rotina hospitalar costumem ser negligenciados. Entretanto, obtive dificuldade inicial na compreensão pela falta de base de conhecimento sobre a técnica de dreno em si, mas que logo foi melhor esclarecida. 8. REFERÊNCIAS REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Boas Práticas. Dreno de Tórax. São Paulo, SP. 2011. Disponível em: inter.coren-sp.gov.br/sites/default/files/dreno-detorax.pdf Mozachi, N.; Souza, V. H. S. O Hospital. Manual do Ambiente Hospitalar, 1a Edição. Curitiba, 2005. LAGOEIRO, Bruno. Os 3 pilares para cuidados com Dreno de Tórax. PEBMED.
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