ARNALDO TCC BIOLOGIA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
Programa de qualificação de docente - pqd
CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE BACABAL - CESB
CURSO DE BIOLOGIA
ARNALDO ALVES DA SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO E DE OUTRAS ATIVIDADES ACADêMICAs
Poção de Pedras - MA
2009
ARNALDO ALVES DA SILVA
RELATÓRIO DE ESTÁGIO E DE OUTRAS ATIVIDADES ACADEMICAS
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Biologia da Universidade Estadual do Maranhão, como requisito para obtenção de titulo de Graduação em Biologia.
ORIENTADORA: Lourdes Mary A. de Sousa
Poção de Pedras - MA
2009
IDENTIFICAÇÃO
Aluno: Arnaldo Alves da Silva 
Universidade Estadual do Maranhão -UEMA
Centro: Centro de Estudos Superiores de Bacabal – CESB
Pólo: Poção de Pedras - MA
Curso: Biologia
Turma: Única
Período: 23/01/2006 a 12/08/2009
Código: 06 PPB BI 10
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO - UEMA
Programa de qualificação de docente - pqd
COORDENAÇÃO DA DIMENSÃO PRÁTICA - CDP
Trabalho de conclusão de curso - tcc
avaliação Do Trabalho de conclusão de curso
Aluno: ARNALDO ALVES DA SILVA Código: 06 PPB BI 10
Pólo: POÇÃO DE PEDRAS -MA		Curso: BIOLOGIA	 Turma: ÚNICA
	itens
	pontuação
	nota
	RELATÓRIO escritO
	Desenvolvimento do texto 
(cientificidade, significação, desenvoltura em abordar os conhecimentos, capacidade de análise, capacidade argumentativa, capacidade crítica, capacidade de síntese, articulação e organização lógica das idéias, criatividade e coerência.).
	
0 a 5,0
	
	Redação do texto 
(estrutura dissertativa, originalidade, concisão, adequação e clareza da linguagem, ortografia, concordância e regência verbal e nominal, pontuação, formulação do fraseado.).
	
0 a 3,0
	
	Normalização
	0 a 2,0
	
	RESULTADO FINAL 
	
	
CATEGORIA DO TCC:
Nota: ________ Por extenso: _____________________________
Local: __________________________________		Data: ______/_____/_______ 
Professor avaliador PQD/uema: __________________________________________
AGRADECIMENTOS
A Deus – Senhor absoluto de nossas almas – pelas realizações em minha vida familiar e profissional. Aos meus familiares, em especial a minha esposa pelas palavras de incentivo, disposição e lealdade nesta jornada acadêmica. Aos amigos, pelo afeto, apoio integral, longanimidade e bondade. Aos docentes pelo ensino qualificado, voltado para minha formação.
“Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, por que os teus testemunhos são a minha meditação.”
 (Salmo 119:99)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO........................................................................................................................
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS DA GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA................................
2.1 Referencias básicos das disciplinas do núcleo comum e pedagógico.....................................
2.2 Referenciais básicos das disciplinas específicas da licenciatura em Biologia.....................
2.3 Atividades acadêmicas desenvolvidas no componente curricular Prática e outras 
formas de atividades acadêmico – científico – culturais..........................................................
2.4 Atividades acadêmicas desenvolvidas no Estágio Curricular Supervisionado.......................
2.4.1 Campo de estágio.................................................................................................................
2.4.2 Atividades desenvolvidas...................................................................................................
2.4.3 Avaliação das atividades desenvolvidas..............................................................................
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................................................
 REFERÊNCIAS.......................................................................................................................
 APÊNDICES.............................................................................................................................
 ANEXOS..................................................................................................................................
1 INTRODUÇÃO
O presente documento apresenta as experiências vivenciadas e o aprendizado no contexto teórico e prático dos quatro anos de PQD – Programa de Qualificação de Docentes, desde as atividades trabalhadas em sala de aula, até as atividades acadêmicas junto a comunidade, planejamento, organização da prática de ensino com os alunos e a participação dos estágios nas escolas-campos.
Deste modo, procura-se fornecer um vislumbre das etapas de estudo que culminaram numa formação na área de Biologia. Foi através deste curso que surgiu a oportunidade de aprimorar os conhecimentos sobre os seres vivos e construir um novo ponto de vista em relação a Citologia e Histologia, Genética e outras disciplinas afins.
Por este motivo, faz-se necessário relatar as situações de aprendizagem coletiva, as pesquisas em suas diversas nuances, alguns impasses que são típicos das jornadas de estudo de cunho científico e cultural.
No tocante as atitudes, aos questionamentos mais intrigantes também é mister que se faça uma abordagem, para que em épocas vindouras seja possível usar este material como referência, quer na prática de ensino, quer nas situações cotidianas.
Em vista disso, pode-se afirmar que um trabalho como este, na fase concludente do curso se torna importante para resgatar toda a essência do que representou o Curso de Biologia nesta caminhada incessante em busca de mais informação e amadurecimento profissional.
Trata-se de uma nova experiência que ficará marcada para sempre, pois ao construir este relatório e torná-lo público constrói-se uma forma excelente de compartilhar os momentos memoráveis do processo de ensino aprendizagem do curso.
Assim, está-se prestando uma contribuição para o crescimento profissional também de outras pessoas e estimulando seu ingresso em um curso desta natureza e abrangência.
Para que fique bem claro os acontecimentos mais marcantes do curso, bem como a análise das disciplinas que o fundamentou, foi utilizado uma linguagem acessível, pautada na clareza e objetividade, mas sem perder a cientificidade que se espera no nível acadêmico.
Espera-se que todos possam folhear este documento e aproveitar as informações contidas em suas laudas para se inspirar em seus estudos posteriores. No entanto, o mais importante é que entendam que apesar das dificuldades que tal curso apresentou, foi possível superá-las com o trabalho coletivo, força de vontade e principalmente graças ao apoio familiar, e dos professores competentes que estiveram a frente das atividades acadêmicas, estimulando o raciocínio lógico, a pesquisa, a organização e execução de projetos sobre o lixo e sobre a violência conforme serão narrados mais adiante neste TCC.
2 REFERENCIAIS TEÓRICOS DA GRADUAÇÃO EM BIOLOGIA
Para reafirmar o que se aprendeu durante o curso é essencial que se faça um exame minucioso de algumas das principais disciplinas oferecidas pelo curso de Biologia. A começar pelas disciplinas do núcleo comum e pedagógico (Didática, Psicologia da Educação e Estrutura e Funcionamento da Educação). Em seguida serão analisadas algumas das disciplinas específicas do curso de Biologia, ou seja, Botânica Geral, Fisiologia animal, Fisiologia vegetal.
2.1 Referenciais básicos das disciplinas do núcleo comum e pedagógico.
O profissional da educação a frente de uma turma não pode ficar alheioaos conhecimentos didáticos. São eles que orientam sua prática. No caso do professor de Biologia, há uma necessidade maior destes conhecimentos para melhor transmitir o conteúdo, não apenas de modo vago, porém com ênfase na reflexão do aluno em relação as ações do homem na natureza, bem como sobre o desequilíbrio ecológico que nasce com o processo de industrialização.
Assim, a Didática ajudará o docente a repassar as informações de modo mais significativo para o aluno. Assim, a Didática é: “o estudo das teorias de ensino e aprendizagem aplicadas ao processo educativo que se realiza na escola bem como dos resultados obtidos” (MASETTO, 1997, p.13). Entende-se por processo educativo não o simples gesto de falar e o aluno ouvir, pois isso é a educação tradicional, ou seja, educação bancária, ou processo de adaptação. Tal fenômeno deve ser evitado na escola, pois não aproveita a criatividade e criticidade do aluno e seu potencial de mudar a realidade por meio de sua ação cultural.
A cultura consiste em recriar e não em repetir. O homem pode fazê-lo porque tem uma consciência capaz de captar o mundo e transformá - lo. Isto nos leva a uma segunda característica da relação: a conseqüência, resultante da criação e recriação que assemelha o homem a Deus. O homem não é, pois, um homem para a adaptação. A educação não é um processo de adaptação do indivíduo à sociedade. O homem deve transformar a realidade para ser mais. (FREIRE, 1998, p.16)
Baseado nisso, pode-se dizer que em Biologia, a Didática vem mostrar estratégias tais como apresentação de vídeos, no qual os alunos possam ver e ouvir a respeito dos seres vivos ou destruição ambiental e passar a produzir um vídeo semelhante na comunidade, através de um trabalho coletivo, crítico, que para ser melhor organizado exigirá pesquisas mais aprofundadas seja na internet, seja na biblioteca, com troca de idéias e formulação de soluções.
No entanto, antes de qualquer atitude em relação às atividades a serem propostas é necessário que as ações didáticas sejam devidamente planejadas. E tal planejamento exige um amplo conhecimento prévio da sua sala de aula, de maneira que se organize melhor. De acordo com Turra (1995, p.20):
O professor, ao planejar o trabalho, deve estar familiarizado com o que pode pôr em prática, de maneira que possa selecionar o que é melhor, adaptando tudo isto às necessidades e interesses de seus alunos. Na maioria das situações, o professor dependerá de seus próprios recursos para elaborar seus planos de trabalho. Por isso, deverá estar bem informado dos requisitos técnicos para que possa planejar, independentemente, sem dificuldade. 
É no ato de planejar que se percebe a maior ligação da Didática com outra disciplina também muito importante para a prática de ensino, trata-se da Psicologia da Educação. Nas palavras de Goulart (2009, p.14): “A Psicologia da Educação compreende, pois, a utilização de conclusões obtidas em diversas áreas da ciência psicológica sobre assuntos que interessam especificamente à educação e a investigação de problemas relacionados às pessoas sob a ação educativa.”
Trazendo isso para o campo dos saberes biológicos, nota-se a total necessidade de trabalhar a mente do aluno deste século para questões que exigem a sensibilidade, aliada a razão. O destino da humanidade depende da consciência ecológica. Convencer o aluno a respeitar a biodiversidade deve partir do afeto que ele tem com a família e com os colegas. Não é possível valorizar os animais e plantas se não há o valor ao próximo como a si mesmo.
Neste sentido, a Psicologia da Educação orienta o educador a encontrar o coração do aluno, a motivar suas emoções para o bem, para o desejo de aprender e usar isso para melhorar sua vida e a do planeta Terra. Essa motivação para aprendizagem pode ser fruto das seguintes atitudes do professor ao agir como facilitador: 
A autenticidade do facilitador diz respeito à sua disposição para ter e viver os sentimentos e as idéias do momento. A confiança básica é a convicção de que a outra pessoa (o aluno) é fundamentalmente merecedora de crédito; é designada também como apreço ou aceitação. A compreensão empática é a capacidade de compreender as reações íntimas do aluno, de estar na situação do outro, de ver pelos olhos do aluno. (GOULART, 2009, p.96)
Diante de tais situações, o educador deve saber direcionar seu ensino, levando em conta as limitações dos alunos, compreendendo que nem todos estão emocionalmente preparados para executarem determinada tarefa escolar.
É por conta disso que tanto a Didática como a Psicologia da Educação favorecem o processo de ensino aprendizagem, pois ambas mexem com o requisito do planejamento: como ensinar?
Além destas duas disciplinas é indispensável que o educador conheça a fundo a Estrutura e o Funcionamento da Educação. Em outras palavras faz-se necessário compreender como se organizam os sistemas escolares, quais os princípios que regem Educação, quais as suas incumbências como educador conforme a LDB - Lei de diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/96). Esta lei ajuda a orientar a atividade educacional no país.
Se a Didática e a Psicologia da educação orientam o docente sobre como ensinar, na LDB ele é lembrado de que sua principal missão é zelar pela aprendizagem do aluno, contando é claro com o auxílio das duas disciplinas já mencionadas. O artigo que traz essa e outras incumbências docentes é o seguinte:
Art. 13º. Os docentes incumbir-se-ão de: I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; III - zelar pela aprendizagem dos alunos; IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao desenvolvimento profissional; VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com as famílias e a comunidade.
É interessante que a missão de zela pela aprendizagem dos alunos apreça no inciso III e não no primeiro. Mas, é lógico que tal função não existiria sem as duas primeiras, ou seja, é preciso participar da elaboração da proposta pedagógica, elaborar e cumprir plano de trabalho que resultará na aprendizagem do alunado. Então, essas não tiram o brilho do papel da terceira incumbência, ou seja, elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino, respeitando as diferenças dos alunos. Segundo Brandão (2004, p.43): 
Dentre todas as funções a serem desempenhadas pelos docentes, a mais importante é, sem dúvida nenhuma, zelar pela aprendizagem dos alunos e, conseqüentemente, criar diferentes estratégias de recuperação para aqueles alunos que não lograrem atingir, num primeiro momento, um grau adequado de aprendizagem. É importante frisar que a obrigação dos docentes em criar estratégias adequadas de recuperação limita-se ao processo educativo realizado dentro da sala de aula, não sendo correto culpá-los pelos erros advindos das formas inadequadas de organização dessa recuperação escolar.
Estas declarações deixam claro que nem sempre o educador tem culpa pelo fracasso escolar. Porém, é seu dever cumprir com o que a LDB estabelece. E no caso de montar estratégias de ensino e de recuperação, fazer uso da Didática e da Psicologia da Educação pode fazer muita diferença, beneficiando o aprendizado de qualidade.
Percebe-se assim o valor destas três disciplinas para a formação como professor de Biologia. Educar significa mais do que repassar informação. É preciso despertar o senso crítico do aluno, respeitar sua criatividade, estimular o raciocínio e mobilizar para a consciência ecológica.
O mais importante em tudo foi aprender que para bem exercer a profissão, sintonizado com o momento histórico, cada educador precisa estar disposto a realizar permanentes investimentos em sua qualificação: comprar livros, assinarrevistas especializadas; disponibilizar tempo para estudo; construir uma disciplina pessoal que favoreça sua atualização continuada e permanente.
No entanto, a atualização permanente está longe de ser a receita que vai resolver todos os problemas do ensino em nossas escolas. Somente a capacitação em serviço não é condição suficiente para produzir as mudanças necessárias que a legislação vigente e a sociedade requerem. É preciso que os educadores trabalhem em conjunto e que haja mais recursos didáticos que garantam um ambiente mais agradável de estudo. Isso contribuirá para o crescimento de toda a equipe escolar.
2.2 Referenciais básicos das disciplinas específicas da licenciatura em Biologia
É preciso fazer uma abordagem de algumas disciplinas específicas do curso de Biologia, como forma de validar a aprendizagem adquirida. As escolhidas foram: Biologia Geral, Citologia e Histologia e Genética e evolução. 
A Biologia Geral é fundamental para se ter uma visão panorâmica sobre as especificidades do curso de Biologia oferecido pelo PQD. No entanto, faz-se necessário esclarecer o que ela realmente é:
Biologia é o estudo da vida. Mas o que é vida? Definir vida não é simples, podemos definir o que é um ser vivo. Assim, a Biologia passa a ser a Ciência que estuda os seres vivos. Várias são as listas de características que os cientistas apresentam para definir um ser vivo, e essas listas muitas vezes diferem entre si. Uma caracterização mais geral tem sido feita por alguns pesquisadores: seres vivos são entidades que apresentam as propriedades de reprodução, variação e hereditariedade. (LOPES & ROSSO, 2005, p.13) 
Todas essas características servem para que se possa identificar os seres vivos, sendo que entre estas, merece destaque as propriedades de reprodução, uma vez que só os seres vivos conseguem realizar tal façanha.
Uma função importante da Biologia é o ato de classificar os seres vivos, o que facilita seu estudo. De acordo com Gowdak & Martins (2006, p.94-95):
Além da necessidade de critérios comuns para a classificação, também é necessário um método para agrupar e dar nomes aos seres. Em 1735, o naturalista seco Karl von Linné (Lineu) propôs um sistema de classificação e nomenclatura que, com alguns aperfeiçoamentos é usado até hoje. Nesse sistema todos os seres vivos são agrupados em reinos diferentes, cada reino é subdividido em diversos filos. Cada filo é subdividido em classes. Cada classe é subdividida em diversas ordens. Cada ordem é subdividida em famílias. Cada família é subdividida em gêneros. Cada gênero é subdividido em espécies.
Dentro das áreas da Biologia, o Biólogo, pode trabalhar em diversas funções. Segundo o Conselho Federal de Biologia (CFB), o biólogo pode ser professor, consultor, administrador de parques, reservas e estações biológicas, curador de acervos biológico, diretor de museus e instituições culturais e científicas, técnico de biologia em organizações não-governamentais ou empresa além, é claro, de pesquisador nos diversos campos da ciência. Como biólogo, você pode também trabalhar em órgãos públicos como Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Ministério do Meio Ambiente, em secretarias, laboratórios e outras instituições ligadas à pesquisa e ao ensino. 
No serviço público de algumas Unidades Federativas, o biólogo está enquadrado funcionalmente na categoria/cargo de biólogo; ele recebe outras denominações: Biologista, Professor, Docente, Agente de Saúde, Sanitarista, Técnico, Laboratorista, Pesquisador, Analista e outros. Estas categorias têm como condições essenciais para o exercício profissional: ser portador de Diploma Superior na Área das Ciências Biológicas e estar devidamente inscrito no Conselho Regional de Biologia e em dia com suas obrigações perante o mesmo.
A Biologia Geral traz em seu rol de disciplinas as Citologia e histologia, que serão estudadas na seqüência.
Citologia é o estudo das células em todos os seus aspectos, fornecendo uma visão externa e interna destas pequenas unidades que podem assumir diferentes formas.
Há células dos mais variados formatos; por exemplo, uma célula nervosa do ser humano parece uma estrela com uma longa cauda; uma célula da pele é fina e achatada; uma célula muscular é alongada. Cada formato é adequado para permitir à célula cumprir bem sua função no organismo. Assim, uma célula nervosa deve conduzir impulsos de um lugar para outro no organismo. (GOWDAK & MARTINS, 2006, p.89)
Nota-se que a natureza é realmente bem organizada, pois se todas as células fossem iguais ficaria difícil realizarem as funções que atualmente realizam. Apesar das diferenças, as células apresentam certas características comuns, como o citoplasma.
No citoplasma, de aspecto gelatinoso, ficam muitos corpúsculos, cada um com uma função bem definida. Nas células vegetais, por exemplo, os corpúsculos mais comuns são os cloroplastos, de forma arredondada. É nos cloroplastos que fica a clorofila, pigmento que absorve a luz para realização da fotossíntese. Mergulhado no citoplasma fica o núcleo. (SILVA JÚNIOR, 1998, p.17)
Outro ponto relevante a considerar é a característica da célula de se juntar com suas semelhantes e formar os tecidos.
No corpo humano células semelhantes se organizam em grupos, desempenhando, em cooperação, uma função determinada. Esses agrupamentos celulares são chamados tecidos. Existem quatro tipos principais de tecidos em nosso corpo: epitelial (ou epitélio), conjuntivo, muscular e nervoso. (BARROS & PAULINO, 2004, p.29)
Assim, a Biologia reserva uma disciplina somente para investigar cientificamente os tipos de tecidos existentes. “O ramo da biologia que estuda os tecidos e as células que o formam é a Histologia (histo=tecido; logia=estudo)”(LOPES & ROSSO, 2005, p.160).
Na verdade, só existem quatro tipos de tecidos no corpo humano. Mas um deles, o conjuntivo se subdivide em outras partes.
No corpo humano células semelhantes se organizam em grupos, desempenhando, em cooperação, uma função determinada. Esses agrupamentos celulares são chamados tecidos. Existem quatro tipos principais de tecidos em nosso corpo: epitelial (ou epitélio), conjuntivo, muscular e nervoso. (BARROS & PAULINO, 2004, p.29).
Convém analisar a definição de tecido na visão de outros atores, a fim de compreender melhor do que se trata.
Tecidos são conjuntos de células que atuam de maneira integrada, desempenhando determinadas funções. Alguns tecidos são formados por células que possuem a mesma estrutura; outros são formados por células que têm diferentes formas e funções, mas que juntas colaboram na realização de uma função integral maior. (LOPES & ROSSO, 2005, p.160).
Assim, existem variados tecidos que vão constituir os órgãos, tanto dos humanos como dos outros animais. Entre os tecidos mais abundantes encontra-se o tecido conjuntivo, que possui subdivisões.
Existem vários tipos de tecido conjuntivo; um deles forma a derme, a camada da pele logo abaixo da epiderme. Entre os vários tipos de tecido conjuntivo, estudaremos os seguintes: cartilagíneo (ou cartilaginoso), adiposo, ósseo e sangüíneo. Tecido cartilagíneo. Constitui a chamada cartilagem e está presente em várias partes de nosso corpo: no nariz, na orelha e na traquéia, por exemplo. (BARROS & PAULINO, 2004, p.31)
É precisos estar a par das informações acerca dos tecidos que formam os ossos e por sua vez o esqueleto humano.
Um dos tecidos que formam o esqueleto de nosso corpo é o tecido ósseo. Sua substância intercelular, chamada matriz óssea é sólida, dura e resistente. A matriz óssea contém muitas fibras colágenas e sais de cálcio e de fósforo, que proporcionam rigidez e resistência aos ossos. Assim, o tecido conjuntivo ósseo é o principal tecido responsável pela consistência do esqueleto. (BARROS & PAULINO, 2004, p.31)
Conclui-se que as células e os tecidos que dela se originam são realmente essenciais em todos os aspectos. Mas há um destes aspectos que vem sendo objeto de estudo não da citologia ehistologia mas da Genética e evolução.
Qual seria realmente a importância e a função desta disciplina? “A Genética é hoje uma das áreas da Biologia que se tem desenvolvido bastante, trazendo muitas informações novas a respeito dos genes e dos mecanismos de herança”.(LOPES & ROSSO, 2005, p.429).
Essa área da Biologia ganhou novo impulso com os experimentos de Gregor Mendel. Este cientista fez pesquisas com ervilhas e formulou suas leis. Assim, é indispensável que se analise sua primeira lei, também chamada de Primeira Lei de Mendel. Segundo essa lei: “As células somáticas contém fatores aos pares, específicos para um determinado caráter; esses pares de fatores separam-se durante a formação dos gametas, de maneira que cada um dos gametas contém apenas um fator de cada par”. (PAULINO, 2005, p.64).
Entende-se que é por este motivo que alguém herda apenas um gene para um determinado caráter do pai e outro da mãe, por conseqüência da fecundação. 
Depois de novas experiências ele construiu outra lei. A segunda Lei de Mendel traz o seguinte enunciado: “Na formação dos gametas, o par de fatores responsável por uma característica separa-se independentemente de um outro par de fatores responsável por outra característica”. (LOPES, 1998, p.440).
Essas duas leis até hoje são bem aceitas no meio científico. Desde esse tempo até agora a genética passou por muitas transformações. Assumiu um lugar de destaque, ajudando a desvendar mistérios sobre a vida na terra.
No entanto, nem só de polêmicas é composto o estudo dos genes, afinal a genética conseguiu oferecer ao mundo a esperança de cura para muitas doenças hereditárias. Entre os benefícios que ela traz está a formulação de vacinas genéticas. 
As vacinas genéticas não contêm microorganismos vivos ou atenuados como as vacinas tradicionais e são consideradas mais estáveis e de conservação mais fácil. Essas vacinas encontram-se em fase experimental e sua aplicação será indolor. Elas poderão prevenir doenças como Aids, tuberculose e malária, além de diabetes e certos tipos de câncer...o sucesso dessa empreitada será possível quando os receios da população forem vencidos. (BARROS & PAULINO, 2004, p.83).
A genética também favoreceu a teoria evolucionista, que defende a evolução das espécies animais e vegetais ao longo do tempo.
Essa idéia surgiu a muito tempo, mas foi com Lamarck e depois Darwin que ela ganhou repercussão no meio cientifico.
A idéia de evolução é muito antiga, mas só mais ou menos recentemente passou-se a aceitar que ela é um processo natural e contínuo para todos os seres vivos. Os biólogos, desde Lamarck (1809) e Darwin (1859), vêm tentando elaborar uma explicação para a origem das espécies pela evolução. O desenvolvimento da Genética, já neste século veio colaborar para melhor compreensão desse complexo mecanismo. (SILVA JÚNIOR, 1998, p.19)
Seja como for, o certo é que eles conseguiram criar um método de estudo baseado em comparações de fósseis e outros fatores como o estudo dos embriões. 
O estudo dos embriões de espécies diferentes freqüentemente revela uma grande semelhança no desenvolvimento embrionário, sobretudo nas primeiras etapas. Isso indica a existência de parentesco evolutivo entre as espécies consideradas o que sugere a existência de ancestrais comuns. (PAULINO, 2005, p.148)
Uma das idéias básicas da evolução é a seleção natural. Quem a formulou foi Charles Darwin e defende que só os mais fortes sobrevivem.
A ação da seleção natural consiste em selecionar indivíduos mais adaptados a determinada condição ecológica, eliminando aqueles desvantajosos para essa mesma condição. A expressão mais adaptado refere-se à maior probabilidade de determinado indivíduo sobreviver e deixar descendentes em determinado ambiente. (LOPES & ROSSO, 2005, p.517)
Em síntese, a teoria da evolução ainda está em crescimento mais tem ganhado mais respaldo atualmente do que no passado.
2.3 Atividades acadêmicas desenvolvidas no componente curricular Prática e outras formas de atividades – acadêmico - científicas - culturais.
Nestes quatro anos de estudos do PQD em Biologia muitas foram as aprendizagens teóricas. Mas o que chama mesmo a atenção e ficam marcadas profundamente na memória são as atividades acadêmicas científicas ou culturais. Estas dão um novo verniz ao espírito profissional de cada sujeito envolvido. Além disso, constituíram-se em oportunidades de se conhecer na prática muito do que se estudou entre quatro paredes. 
A organização e engajamento de todas as equipes colaboraram para o sucesso destas tarefas, que tinham caráter social e ecológico. Assim, os temas desenvolvidos foram o lixo e a violência em suas diversas dimensões, o que possibilitou a cada equipe a trabalhar um sub-tema em ambas as atividades.
Deste modo, a primeira AACC teve como foco o lixo. A mesma foi realizada a partir de 22 a 27 de novembro de 2006 no Povoado Alegria, município de Poção de Pedras – MA. Para atividade foi feito folders para informar os riscos de um lixo mal armazenado, uma coleta seletiva do lixo de casa em casa; entregando sacos de lixo para a arrecadação de lixos de diferentes materiais; aplicação de 170 questionários.
Essa coleta se deu com o auxílio de um caminhão. Depois houve uma minipalestra em carro de som informando os riscos do contato com o lixo, e com os insetos atraídos pelo mesmo e com o mau cheiro do chorume. Entre as informações mencionadas destaca-se a que diz respeito às crianças, pois muitas apresentam problemas de verminose, o que pode ser causado pelo contato direto com o lixo. O mais revoltante é que os pais dessas crianças acham isso natural.
Essa iniciativa de informar a população tinha como objetivo levá-la a compreender que os moradores desempenham um papel importante na manutenção da limpeza urbana ou rural, para preservação do meio ambiente e promoção da saúde, contribuindo em manter seu quintal, a frente e o interior da casa sempre limpa; colocar o lixo em recipiente próprio; juntar o lixo do dia num recipiente próprio e enterrar.
Vale ressaltar que o crescimento populacional do Povoado Alegria Provocou a expansão do meio urbano e trouxe como conseqüência vários problemas ambientais, como o caso da poluição.
No local não há coleta do lixo pela prefeitura e isso implica em jogar o lixo nos quintais (já bem reduzidos) a céu aberto. Como conseqüência atraem muitos insetos que podem provocar doenças como: dengue, malária, febre amarela, leishmaniose; pulgas, (mordidas, urinas, fezes, picadas) que provocam leptospirose, peste bubônica; porco, que ao inserir os alimentos contaminados provoca teníase e cisticercose; Gato, urina e fezes provoca toxoplasmose, estão em contato direto com o lixo e com as pessoas que podem infectar com essas doenças.
Na pesquisa, constatou-se que 100% da população acha o bairro sujo; 54% dos habitantes colaboram com a limpeza do povoado, queimando o seu lixo, 19% enterra a 27% não faz nada para colaborar com a mesma. 
Ainda vimos que 15% dos materiais encontrados com mais freqüências na comunidade é o plástico, 18% é metal, 31% é de vidro e 36% é o lixo orgânico. O destino dado ao lixo no povoado é distribuído da seguinte maneira: 0% jogado nos rios e 53% queimado. 100% da população disseram que não existe aterro sanitário no povoado. O recolhimento do lixo no povoado é de 100% não existe esse recolhimento.
Segundo a comunidade o maior culpado pela sujeira do bairro é 100% a população, e ela mesma é responsável pela manutenção da “limpeza” do povoado.
Os problemas que acontecem com mais freqüência devido o drama do lixo segundo a comunidade é 41% doenças e 59% insetos atraídos pelo lixo, 100% das pessoas conhecem outras ou elas mesmas já adoeceram por conseqüência do lixo sendo que 39% já se cortaram; 38% de verminose, 23% tiveram coceira. Esses dados revelam que é preciso realmente uma campanha de conscientização. 
Todos da comunidade estão insatisfeitos com o serviço de coleta do lixo pela prefeitura e da comunidade, respectivamente, quando a problemáticado lixo, assim como, suas conseqüências.
Mediante a pesquisa, constatou-se que a população do Povoado Alegria além de não ter o serviço de coleta de lixo feita pela prefeitura municipal, não tem a total ou até parcial conscientização ambiental. A explicação para tal comportamento é a falta de informação e apoio dos órgãos governamentais ou, até mesmo por falta de higiene dos próprios moradores.
Lixo como material de construção, podas de árvores, animais mortos, são jogados igualmente a céu aberto e muito próximo às casas.
Cabe ressaltar, porém, que com a Atividade Acadêmica Cientifico Cultural realizada na comunidade há uma expectativa em torno da possibilidade de mudança em vários fatores. Além disso, essa atividade foi de suma importância par a sensibilização dos moradores e esperamos que também do governo municipal para a tomada de providências para mudar essa triste realidade.
A segunda AACC teve como foco a violência contra a mulher. Para a atividade foi feita uma entrevista, com 150 pessoas entre homens e mulheres da cidade de Igarapé Grande, com 10 perguntas relacionadas à violência contra a mulher. Entre as perguntas elaboradas, havia aquela onde queríamos saber se a comunidade conhecia alguma lei que protege a mulher, além de verificar quantos casos denunciados desse tipo de violência há na mesma.
Foram feitos folder para informar direito das mulheres, e para convidar a comunidade para participar de uma passeata e uma palestra dada por pessoas que trabalham diretamente com esse tipo de violência como a presidente do centro da mulher e de mulheres que já sofreram esse tipo de violência e denunciaram e hoje estão livres e felizes.
Apesar de não haver delegacia especializada na comunidade, foi muita proveitosa a palestra, pois houve a participação real das mulheres e até alguns homens de Igarapé Grande se fizeram presente.
Na maioria das cidades, as mulheres sofrem com a ignorância de homens que acham que o desrespeito com suas esposas, só existem quanto há agressão física, mas a lei Maria da Penha diz que há descaso e desrespeito e mesma sofre agressão verbal e/ou psicológica, ou seja, qualquer palavra de baixo calão, de cunho pejorativo que cause a mulher sentimento de baixa estima, e se sentir inútil, causando depressão à mesma é considerado violência.
De acordo com a pesquisa 63% dos entrevistados já presenciaram pelo menos uma maneira de violência contra a mulher e 28% o agressor é o marido, enquanto que 19,7% são próprios namorados, mas a família biológica também tem participação nesse tipo de violência, no caso em 10% o agressor é o irmão seguido de 6% em que os pais agridem suas filhas. Os motivos das agressões são mais variados, mas, a traição é a mais pontada com 52,7% dos casos e o ciúme vem em seguida com 37,7%. As drogas têm participação nos casos de violência contra a mulher 7,3%. Na opinião dos entrevistado as mulheres agredidas não denunciaram seus agressores por vergonha, para 26,7% dos mesmos e 6,6% por medo enquanto 7,3% acham que é por falta de apoio.
O mais surpreendente é que para 20% dos entrevistados a violência contra a mulher é considerada um ato leve, ainda bem que a maioria 80% acha esse tipo de violência grave. 
Quanto ao que se deve fazer para que esse tipo de violência diminua 35,5% acham que deve ocorrer mais denúncias, mais, 100% dos entrevistados disseram que por não haver delegacia da mulher na comunidade, nem nas cidades circunvizinhas as denúncia desse tipo de agressão por ano é de 0 a 10 casos. 
Para 40% das pessoas, deveria haver uma educação mais voltada para esse tipo de informação, pois apenas 26% conhecem ou ouviram falar da lei Maria da Pena, contra mulher 74% que nunca ouviram falar em uma lei que protegesse a mulher contra qualquer agressão, seguida de 20% que acham que o diálogo pode amenizar o problema. 
A grande surpresa é que 100% das pessoas nunca viram um agressor de mulher ser punido, em contra partida 78,7% acham que deve haver punição para o agressor e que esta por sua vez deve ser exemplar, para que entenda que esse ato é ilegal e nunca deve ser praticado, mas, 21,3% ainda usam o velho provérbio que diz: “em briga de marido e mulher não se mete a colher”, e que por isso não se deve ser punidos, essas mesmas pessoas são contra a liberdade feminina, e dizem que lugar de mulher é em casa cuidando dos filhos e obedecendo em tudo os maridos.
A boa nova é que a mulher a cada dia conquista seu espaço e mesmo na política, que antes era somente para os homens, elas conquistaram não só o direito de se candidata e ser eleita. Os números mostram que 2000 mulheres disputam as eleições de 2008 para cargos de vereadoras e prefeitas e que destas, 458 foram eleitas. Isso mostra que não só mulheres votam em mulheres, mas também que homens já entenderam que a mulher é capaz e competente no que faz.
2.4 Atividades acadêmicas desenvolvidas no Estágio Curricular Supervisionado.
2.4.1 Campo de Estágio (fase de observação)
A Unidade Integrada Dep. Francisco Sá, localiza-se no povoado Alegria, no município de Poção de Pedras – MA. 
A mesma foi reconstruída recentemente e apresenta um ótimo aspecto físico, com as salas todas revestidas de lajota; novas instalações elétricas e hidráulicas; sala de informática; parquinho para as crianças etc. entre seus materiais convém destacar o bebedouro, fogão, carteiras, birôs, mimeografo, TV, DVD, microsysten, mapas etc.
Funciona em três turnos, sendo que educação infantil e as turmas do 1º ao 3º ano são atendidas no período matutino; as do 4º ao 8º ano no vespertino, enquanto as do 9º ano, incluindo as três séries do ensino médio funcionam no turno noturno.
A escola possui 217 discentes matriculados. Tem em média 20 alunos por sala, na faixa etária de 05 a 19 anos, predominando o sexo masculino. A situação econômica familiar é precária, pois a maioria é de baixa de renda, o que leva muitos alunos a ajudarem os pais em atividades agrícolas, comuns na região.
Deste modo, o planejamento escolar busca adaptar-se a estas situações, trazendo para a sala de aula conteúdos ligados a vida cotidiana do alunado, a fim de que as propostas educativas estabeleçam boa correspondência entre teoria e prática. Tal planejamento é realizado pelos professores com acompanhamento da coordenação pedagógica. É quinzenal, flexível, democrático, todos participam dando sugestões.
O calendário escolar é elaborado pela secretaria de educação, adequando-o a realidade local. O mesmo está de acordo com o que determina a LDB, no tocante as 800 horas em 200 dias letivos. Nele é incluído também as datas comemorativas, as quais a escola procura realizar como forma de integrar a comunidade ao contexto escolar. Neste intento, também vale destacar as reuniões entre pais e mestres, realizadas periodicamente.
Os docentes ministram suas aulas com uma linguagem clara, acessível ao nível das turmas, repassando um conhecimento com segurança. Isso tudo, associado ao otimismo e compromisso dos professores reflete-se em um trabalho educativo motivador e eficaz. Os alunos, por sua vez, demonstram certo interesse nas atividades, cooperando nos trabalhos em classe ou extra-classes.
2.4.2 Atividades desenvolvidas (Fase de Regência)
Foi feita uma reflexão sobre os métodos e recursos a empregar durante esta fase, bem como a seleção de conteúdos coerentes com a realidade dos discentes. Em fim, fez-se uma busca dos fatores contribuintes para a motivação em sala de aula.
Nesta perspectiva, nas aulas de ciências naturais do 6º ao 9º foram aplicadas várias técnicas de ensino, como por exemplo, a organização de trabalhos em grupo, pesquisas, confecção de cartazes ilustrados etc.
Nas aulas sobre o fruto, por exemplo, os alunos foram incentivados a trazerem frutas de casa e analisarem as características dos mesmos, destacando a importância alimentar que estes frutos representam ao organismo.
No ensino médio, aos educandos do 1º ano foi mostrado um vídeo sobre a biodiversidade brasileira e de outras partesdo globo. Após isso, eles foram incentivados a montarem um painel com animais e plantas que constituem a biodiversidade da região. No 2º ano, uma tarefa importante foi a pesquisa que eles fizeram sobre o uso de vírus em prol da agricultura. Visto que a maioria trabalha no campo, o interesse por este assunto foi muito significativo. Já a turma do 3º ano foi motivada a pesquisar sobre os tipos de reprodução. Este trabalho também tinha a ver com realidade dos alunos que desenvolvem atividades agrícolas, afinal a reprodução de plantas como a mandioca e a batata ocorrem através da propagação vegetativa. Segundo Paulino (2005, p.16): 
A propagação vegetativa consiste na formação de novos indivíduos a partir de partes destacadas do corpo vegetal, como pedaços de caule ou de folhas. Os caules e ramos caulinares contêm gemas portadoras de tecidos meristemáticos, cujas células dotadas de elevada capacidade proliferativa, são capazes de originar uma nova planta. 
Diante de tais informações, os estudantes puderam ter uma noção maior da técnica que já vinham utilizando em seu trabalho. Por este motivo, foram estimulados a trazerem amostras de batatas ou mandiocas em estágio inicial de propagação vegetativa, a fim de reforçar a tese apresentada no livro didático e refletir mais sobre esse fenômeno em que a vida se multiplica.
Ao longo de todas as atividades de estágio nestas turmas, houve ainda instantes de descontração, com dinâmicas, músicas envolvendo assuntos ecológicos de defesa a biodiversidade, além da leitura de poemas sobre a importância da biologia para melhorar a qualidade de vida na Terra.
2.4.3 Avaliação das atividades desenvolvidas
Ao refletir sobre o trabalho desenvolvido com os alunos do ensino fundamental e médio na referida escola, notou-se que houve um bom aproveitamento, mesmo em face de alguns contratempos, típicos das salas de aulas convencionais.
Conseguir a atenção da turma de modo geral não foi nada fácil, mas também não foi impossível, com o passar dos dias o relacionamento com eles consolidou esse objetivo. Assim, o aprendizado aconteceu gradativamente. Essa experiência pode, então, ser considerada um positivo momento de aperfeiçoamento profissional, dado seu caráter desafiador, em que se procura dar o máximo de si, indo além dos conteúdos livrescos. 
As atividades propostas eram adequadas ao nível das turmas e sem dúvida isso foi um dos fatores que mais colaboraram para o sucesso da atividade docente. Enquanto ponto negativo, apenas a falta de interesse de uma minoria de alunos pode ser alistada.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A união de todos os aspectos envolvidos no processo de ensino aprendizagem do PQD resultou, indiscutivelmente, numa melhor performance acadêmica, constituindo-se em um passaporte seguro rumo a profissionalização.
Nasceram diante das adversidades o conhecimento teórico e prático, por meio do debate, da pesquisa de campo, bem como da troca de experiências com colegas e docentes na dinâmica da sala de aula ou no exercício das atividades acadêmicas ao lado da comunidade.
Percebe-se assim, que o conhecimento se constrói ao longo da árdua jornada de estudos, mas é com as pessoas em seu ambiente social e em suas relações com o meio ambiente que a Biologia pode ser compreendida em sua essência. 
É por este motivo, que pode-se afirmar a relevância de um curso com tamanha proporção e seriedade. Vinculado a prática cotidiana das famílias que estão a mercê das transformações ocorridas pela falta de controle na exploração de recursos naturais e destino inadequado do lixo.
Na questão da violência contra a mulher a Biologia também se faz sentir, no eu diz respeito ao tratamento que se dá a própria espécie humana. Se não há respeito entre os seres da mesma espécie, como se respeitará as demais vidas do planeta. É preciso dizer não a violência contra a mulher e contra a natureza, aliás, contra toda as formas de violência e exclusão social
Por falar em exclusão, uma das formas mais visíveis está no setor educacional. O analfabetismo deve ser reduzido. As pessoas informadas e educadas vivem mais e melhor. Em harmonia com os seus semelhantes e com a mãe natureza. Neste contexto, o estágio supervisionado foi uma maneira eficaz de o educador de Biologia entender melhor essas questões e saber seu verdadeiro papel como estimulador da aprendizagem.
Assim, o curso de Biologia deixou de herança ótimas lições, cujos reflexos se farão sentir para sempre nas salas de aula onde atuarem cada docente formado nesta área.
REFERÊNCIAS
BARROS, Carlos; PAULINO, Wilson Roberto. Ciências: o corpo humano. São Paulo: Ática, 2002.
BRANDÂO, Carlos da Fonseca. Estrutura e funcionamento do ensino. São Paulo: Avercamp, 2004.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da educação Nacional. Lei 9.394/96. Brasília: MEC, 1996.
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. São Paulo: Paz e Terra, 1998.
GOULART, Íris Barbosa. Psicologia da Educação: fundamentos teóricos, aplicações à prática pedagógica. 15 ed. Petrópolis: Vozes, 2009.
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia – volume único. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
LOPES, Sônia Godoy Bueno C. Bio – volume único. 1 ed. São Paulo: Saraiva, 1998
MASETTO, Marcos. Didática: a aula como centro. São Paulo: FTD, 1997.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Vol 2: Seres vivos/fisiologia. São Paulo: Ática, 2005.
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia. Vol 3: Genética/evolução/ecologia. São Paulo: Ática, 2005.
TURRA, C. M. G. Planejamento de ensino e avaliação. 11 ed. Porto Alegre: Sagra-DC Luzzato, 1995.
APÊNDICES
ANEXOS
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