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Resumo P1 Dimitri Alexy – escola moralista Direito é um sistema de normas que tem pretensão de correção e um mínimo de eficácia social que não sejam extremamente injustas. São as três principais características do sistema jurídico. O conceito definido de direito inclui a validade da norma As normas extremamente injustas não devem fazer parte do sistema jurídico, a pretensão de correção tem, portanto, um significado classificante, uma vez que a não satisfação da pretensão de correção constitui um defeito da norma, mas não invalida. As normas que não pretendem realizar aquilo que é correto também não fazem parte do sistema jurídico, ou seja, existe uma dimensão ideal do direito. A eficácia social é referente ao respeito à lei e sua fiscalização. Um assassino que deixa de ser preso não faz com que o direito deixe de ser válido. O conceito de eficácia social envolve as noções de coação e dominação. Ou a norma é obedecida ou deve ser aplicada uma sanção. Só tem o poder legítimo para aplicar uma sanção o Estado, possuidor do direito de coação e coerção. Ainda assim, em alguns casos prevalece a dominação do mais forte. É o caso dos salteadores, a coação e a sanção aplicados são válidos, mas não são legítimos. As normas que não possuem um mínimo de eficácia ou a probabilidade de eficácia perdem sua validez, são letra morta. O direito é um sistema aberto que pode ser influenciado pela moral Existe uma dimensão real, do legislador, e uma dimensão ideal, da exigência de justiça. A Constituição é socialmente eficaz se o sistema jurídico com ela promulgado também for. Por eficácia social se entende a obediência da norma, ainda que seja por meio de coação. A validez jurídica de um sistema depende mais da validez social do que da validez moral (o apelo social é mais interessante do que o aprendizado moral quando se pretende maior grau de aceitação). Princípios morais e não escritos também são importantes para reconhecer a eficácia social O objetivo do direito é padronização das normas, pregando essencialmente o que é certo e justo. A crítica a este posicionamento diz respeito à maleabilidade dos conceitos de justo e correto, mas Alexy se defende dizendo que esta é uma conceituação ideal do direito. De outro lado, Kelsen diz que o principal objetivo do direito é a segurança social. Auden – Law Like Love Mutabilidade do Direito e estabilidade do principio do Direito. O jardineiro tem como referência o sol, desta forma regula a vida, mas não é compulsório que obedeça a esta referência, visto que a obediência vem da conveniência. Mas ainda assim, o sol rege a vida conforme a percepção de cada um. Visão externa do autor sobre o Direito, como se fosse algo natural tal como o sol. O mesmo objeto pode ser interpretado sobre diferentes óticas. Na segunda estrofe se põe uma disputa entre a experiência dos velhos e o sentimento dos jovens. Nesse caso Kelsen poderia concordar com qualquer um deles, desde que um tivesse poder maior que o outro. Subjetividade do Direito x Definição concreta do Direito. Law is the Law – complexidade e abstração, Law is only crimes – Kelsen diria que o Direito é aquilo que possui característica coercitiva. Law is neither wrong nor right – o direito não é certo nem errado, é o que está lá, ao mesmo tempo em que se relaciona com a mutabilidade da interpretação e a temporalidade, tanto porque muda no tempo quanto porque não se sabe o que será no final. A única coisa que se sabe é que o direito é como a roupa, segundo cientista. Ainda se pode interpretar que é mutável, tal qual a roupa, que pode ter um significado de mínima liberdade. Comparações com outros fenômenos. Norberto Bobbio – Teoria da Norma Juridica O direito tem funções descritivas, expressivas e prescritivas, podendo o legislador recorrer a qualquer uma das funções para reforçar seus preceitos. Há predominância do discurso prescritivo. As funções prescritivas são distintas das descritivas no que tange a função, o destinatário e o critério de valoração. Norma prescritiva: tem função de modificar o comportamento; é aceita pelo destinatário enquanto ele executa; são classificadas de acordo com as nocoes de justiça ou injustiça, bem como de validade ou invalidade (não é possível dizer se a afirmação “é proibido estacionar” é verdadeira ou falsa) Norma descritiva: tem objetivo de informar; é aceita à medida que o destinatário crê na informação e pode ser classificada em verdadeiro ou falso. Normas expressivas: utilização do recurso expressivo para enfatizar a norma. Não se pode reduzir somente a esse conceito, pois nem todos compartilham do mesmo estado de espirito, e importa apenas a funcionalidade da norma, não o sentimento evocado. A lei continua tendo função de comando e validade, independente das valorações que lhe deram origem. Nem todo comando se executa pelo caráter de sanção. Hobbes – O Leviatã O estado de natureza é o estado de guerra de todos contra todos. Em um estado de guerra não há segurança. O direito de natureza é a liberdade absoluta dos homens de fazer tudo aquilo que sua própria razão julgue ser bom para sua vida. Por liberdade se entende a ausência de impedimentos externos. A lei natural diz respeito à proibição de destruir a vida e de retirar os meios de preservação à vida. É regra geral estabelecida pela razão. Enquanto a lei determina a ação ou omissão, o direito trata das liberdades. A lei natural fundamental é baseada na procura pela paz e dela deriva a segunda lei, que ordena que os membros de um ordenamento renunciem parte de seus direitos em nome da paz. O ato voluntario de transferir ou renunciar não pode se tornar nulo, desfazê-lo constitui injustiça. O objetivo é sempre o bem de si próprio. A transferência mutua dos direitos é o que se chama de contrato. O direito é imposto pelo Estado e este tem o poder de usar a força para fazer valer o pacto. A maneira de forçar que o homem cumpra é pacto é por meio do medo das consequências ou o orgulho que o individuo sente por não precisar desobedecer. O Estado é constituído de uma multidão de homens que concordam que seja atribuído poder a um representante das suas vontades, sendo este o soberano. O soberano não pode contrariar o pacto. Cada súdito é também autor dos atos do soberano, uma vez que este os representa. Kelsen – Teoria Pura do Direito Kelsen - Teoria pura do Direito.docx Positivismo jurídico Teoria pura do direito Norma hipotética fundamental Direito e coerção – o direito regulamenta a conduta humana, mesmo contrariando a vontade do individuo, tendo o poder de usar a força física para que se faça cumprir a norma Validade da norma – uma norma é valida desde que seja criada por autoridade competente e deve estar em conformidade com a hierarquia normativa A eficácia do direito deve ser duradoura. A legitimação da atuação do estado se da pelo monopólio da violência (ao contrario dos salteadores) A lei existe em sentido subjetivo. O sentido objetivo, gerador da aplicação, é delegado aos órgãos de aplicação da norma. (o juiz é o responsável por traduzir o sentido subjetivo, isto é, aplicar ao caso real). A norma jurídica é um imperativo sancionador, ou seja, se não há sanção não há norma. (normas autônomas, prescrevem conduta e sanção ou normas dependentes, prescrevem condutas e a sanção esta disposta em outra norma). Deve-se prezar a interpretação discricionária, mas existe um caráter cognitivo, uma vez que existe exercício da vontade do juiz na interpretação da norma Ao contrário de Alexy, para Kelsen a justeza da norma não serve como critério de validez, uma vez que a concepção de justiça é mutável. Sabadell – Função da Sociologia Jurídica Sabadell - Manual de Sociologia Juridica.docx Tridimensionalidade do direito: justiça, validade e eficácia Efeito da norma é qualquer repercussão que essa produza Grau de cumprimento da norma: eficácia espontânea, eficácia da sanção Fatores que determinam a eficácia: Instrumentais: divulgação do conteúdo, clareza da redação, estudos do tema, preparação do aplicador, consequência jurídicaem concordância com o contexto vigente Relações sociais entre cidadão e estado: participação do cidadão na elaboração da norma, coesão social, adequação à situação política Adequação interna da norma: capacidade de atingir a finalidade estabelecida pelo legislador Adequação externa da norma: sociedade deve considerar a norma justa Norma simbólica: apelo pedagógico ou para satisfazer anseios da população.
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