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Doenças Causadas por Bactérias Doenças Sexualmente Transmissíveis – DST’s Aula 08 Faculdade Metropolitana de Anápolis Microbiologia Prof. Reinan de Oliveira da Cruz 1 1 INTRODUÇÃO As doenças venéreas – DST’s são infecções transmitidas através de relações sexuais. Mudança do comportamento sexual dificultado. Os vírus, bactérias e fungos acabam sendo transportados pelo sêmen e por fluídos sexuais. Poucas vacinas disponiveis. DST: possibilidade de infecção múltipla! INTRODUÇÃO Portadores assintomáticos; Período de Incubação (Transmissão). Estas doenças devem ser tratadas de forma rápida e correta, pois o desenvolvimento delas no corpo humano podem acarretar sérios problemas de saúde. Infertilidade; Doenças neonatais; Câncer anogenital; Comprometimento do aparelho reprodutor Morte. TRATO GENITAL MASCULINO Uretra: ECN; Corynebacterium spp; Estreptococcos α e não hemolíticos; Neisserias não patogênicas; anaeróbios. TRATO GENITAL FEMININO Vulva: ECN; Corynebacterium spp; Estreptococos α e não hemolíticos; neisserias não patogênicas; anaeróbios. Vagina: depende da idade (pH e hormônio). “Lactobacilos ou Bacilos de Döderlein” PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS – DST’s – BACTÉRIAS Neisseria gonorrhoeae: Gonorréia Treponema pallidum: Sífilis Haemophilus ducreyi: Cancróide ou Cancro Mole Chlamydia trachomatis (sorotipos D-K): Uretrite Não-gonocócica (UNG) Ureaplasma urealyticum: UNG Mycoplasma hominis e M. genitalium: UNG Uretrite por Clamídias Cancro mole, por H. ducreyi Cancro duro, por T. pallidum Uretrite por N. gonorrhoeae PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS – DST’s – BACTÉRIAS Chlamydia trachomatis (sorotipos L1, L2, L3): Linfogranuloma Venéreo (doença sistêmica) Calymatobacterium granulomatis: Granuloma Inguinal (donovanose) Gardnerella vaginalis, Mobiluncus, M. hominis e anaeróbios: Vaginose (primária na mulher) Corrimento vaginal fétido pH vaginal > 4,5 Presença de “clue cells” (células guia) Células guia: Vaginose Linfogranuloma venéreo, por C. tracomatis Granuloma inguinal, por C. granulomatis PRINCIPAIS AGENTES ETIOLÓGICOS – DST’s – PROTOZOÁRIOS Trichomonas vaginalis: Vaginite, Uretrite FUNGOS Candida albicans: Vaginite (primária), Balanite ARTRÓPODES Sarcoptes scabiei: Escabiose Genital Phthirus pubis: Pediculose Genital DST’s – SINTOMAS Presença de corrimento: Gonorréia Uretrite não gonocócica Tricomoníase Candidíase Vaginose (cheiro de “peixe’) Presença de úlceras (aumentam risco de aquisição): Sífilis Cancro mole Linfogranuloma venéreo Granuloma inguinal Herpes DST’s – SINTOMAS Assintomáticos: Gonorréia UNG (clamídia) Tricomoníase DST’s – TRANSMISSÃO Transfusão T. pallidum HIV HBV Fômites HPV* (sauna, toalhas, banheiros) HBV*, HIV (seringas, tatuagens, alicates) Trichomonas (sauna, toalhas, banheiros) Phthirus pubis Congênita (via placenta ou canal do parto) Sífilis (Qualquer fase da gestação, especialmente no 1º trimestre) Gonorréia (oftalmite neonatal), Clamídia (conjuntivite, pneumonia) HIV, HBV, Herpes Gonorréia Agente etiológico: Neisseria gonorrheae Doença infecto-contagiosa que se caracteriza pela presença de abundante secreção (corrimento) purulenta pela uretra no homem e vagina e/ou uretra na mulher. Gonorréia Este quadro frequentemente é precedido por prurido (coceira) na uretra e disúria (ardência na hora de fazer xixi). Em alguns casos podem ocorrer sintomas gerais, como a febre. Nas mulheres os sintomas são mais brandos ou podem estar ausentes. A mulher tem 50% de chance de ser infectada, após um único intercurso com um homem infectado Homem tem 20% de chance de adquirir infecção de uma mulher Infectada Gonorréia Pode disseminar-se através da corrente sanguínea para outras partes do corpo, especialmente para a pele e para as articulações.” Nas articulações pode causar artrite. Artrite séptica Diplococos Gram negativos Corrimento purulento Oftalmite neonatal Oftalmia gonocócica Sinais e sintomas No homem Dor e dificuldade para urinar; Corrimento de cor amarelada ou esverdeada ou até mesmo sangue, que sai do pênis. Uretrite. Complicações: infecção crônica da próstata, estreitamento uretral, esterilidade Mulher Corrimento vaginal; Aumento da frequência urinária; Dor ao urinar. Uretrite, cervicite, bartholinite Complicações: endometrite, infecção das tubas e ovários, Doença Inflamatória Pélvica (DIP), esterilidade Contágio Transmitida pelo ato sexual, mas eventualmente pode ser transmitida a um recém-nascido durante o parto causando conjuntivite gonocócica. Profilaxia e controle Não manter relações sexuais com pessoas infectadas; Usar preservativo; Limitar o número de parceiros sexuais; Realizar exame ginecológico, ao menos uma vez por ano; Urinar após o ato sexual; Lavar os órgãos genitais com água e sabão logo após a relação. Diagnóstico Materiais Clínicos: Secreções (uretral, endocervical, prostática, retal, orofaringe, conjuntival) Urina (1º jato) Esperma Sangue Líquido sinovial Cuidados: NÃO REFRIGERAR! Não utilizar swabs de algodão (dracon ou rayon) Diagnóstico Exame clínico: outras DST apresentam sintomas semelhantes (Chlamidia, Trichomonas) Esfregaço corado pelo Gram e Microscopia Secreção uretral masculina: 95% de sensibilidade e especificidade Secreção vaginal ou endocérvix: 50% sensibilidade e baixa especificidade (microrganismos da microbiota apresentam morfologia semelhante). Cultura: agar Thayer Martin (agar chocolate adicionado de antibióticos). Colônias de N. gonorrhoeae em Thayer Martin Tratamento Cefalosporinas ou quinolonas (resistência à penicilina) Co-infecção com Clamídia frequente: acrescentar tetraciclina ou doxiciclina no tratamento Clamídia: diagnóstico através de cultura de células, imunoensaios, métodos moleculares. Sífilis Causada pela Treponema pallidum; É uma infecção crônica que pode atingir qualquer tecido de qualquer parte do corpo. Pode ser transmitida sexualmente (adquirida) ou passada da mãe para o feto (congênita). Cancro duro Lesão única, indolor – Sífilis primária Lesões cutâneas – Sífilis secundária Sífilis congênita Sinais e sintomas – Adquirida Estágio primário. Única ferida (chamada de cancro), Incubação: 10 – 90 dias (média 21 dias). Morfologia: O cancro é geralmente firme, redondo, pequeno e sem dor. Localização: Ele aparece no local onde a sífilis entrou no corpo. Tempo de duração: 3 a 6 semanas regride sem tratamento. SÍFILIS PRIMÁRIA 29 Sinais e sintomas – Adquirida Estágio secundário. Tempo de aparecimento: 2 – 10 semanas após o cancro primário; Múltiplas feridas: Erupções na pele e lesões na membrana mucosa; As erupções geralmente não causam coceira e podem aparecer enquanto o cancro está sarando; Algumas vezes as erupções do estágio secundário são tão leves que não são notadas. Outros sintomas: Febre, dor na garganta, cefaléia (dor de cabeça), perda de peso, dores musculares e fadiga. Os sintomas do estágio secundário da sífilis sumirão com ou sem tratamento. SÍFILIS SECUNDÁRIA – MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 31 Sinais e sintomas – Adquirida Estágio terciário Tempo de aparecimento: Anos após o cancro. Sintomas iniciais: danos aos órgãos internos incluindo cérebro, olhos, nervos, coração, vasos sanguíneos, fígado e ossos. Complicações: Dificuldade de coordenar os movimentos musculares, paralisia, cegueira gradual e demência. Não reversíveis SÍFILIS TERCIÁRIA 33 Sinais e sintomas – Congênita Ocorrência Aborto espontâneo – 5 meses; Natimorto; Morte logo após o parto; Sintomas Feridas no corpo; Pneumonias; Cegueira; Surdez; Defeitos nos ossos da face e dentes; Retardamento mental. Contágio Adquirida Relação sexual; Beijo e mordedura; Transfusão de sangue contaminado. Congênita Mãe sifilítica passa a infecção através da placenta para o feto. Diagnóstico T. pallidum: não cultivável em meio de cultura artificial Células não coradas pelo Gram (0,2 mm) Diagnóstico baseado em: Microscopia (detecção do microrganismo) Sorologia (detecção de anticorpos em soros de pacientes) Agente: bactéria Haemophilus ducreyi Transmissão: sexo vaginal, anal ou oral Freqüência na população: 01 mulher para cada 20 homens Sintomas: de 02 a 05 dias após o contágio acompanhado por: Dor de cabeça, Febre e prostração. Pequenas e dolorosas feridas, úlceras, nos genitais externos, que podem se única ou múltiplas. Cancróide 37 As lesões apresentam fundo de aspecto "sujo", a parte central purulenta, amarelada, e as bordas nítidas e irregulares Diagnóstico Diferencial: são mais dolorosas que o cancro sifilítico e em contraste com as úlceras herpéticas não exibem margens endurecidas. Vista superior de úlcera no pênis. Ulcerações no pudendo feminino Cancróide 38 Agente: bactéria Chlamydia trachomatis. Transmissão: sexo vaginal com pessoa contaminada. Sintomas: Leve secreção matinal com aspecto de "clara de ovo", Ardor ao urinar e às vezes alterações na freqüência urinária, Lesão genital transitória, única e indolor tipo erosão superficial, que cicatriza espontânea e rapidamente em mais ou menos três a quatro dias. Diagnóstico Diferencial: a pústula 1ª pode parecer com a do herpes simples acompanhada por intensa adenopatia inguinal bilateral necrotizante. Linfogranuloma Venéreo 39 Fase Aguda Fase Crônica Apresentação: úlcera + bulbão inguinal Linfogranuloma Venéreo 40 Agente: bactéria Callymatobacterium granulomatis. Sintomas: lesão inicial indolor, na forma de vesículas endurecidas na pele dos órgãos genitais, as quais se rompem formando uma única úlcera, que aumenta causando destruição dos tecidos. Seqüência: Nódulo – Úlcera – Tumor Os casos não tratados, podem evoluir causando sérias complicações tais como: ulceração estreitamento da uretra, vagina ou ânus. Donovanose – Granuloma Inguinal 41 Donovanose – Granuloma Inguinal 42 Obrigado!
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