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Apostila_TJ_Oficial_de_Justica_Proc_Civil_Giuliano_Tamagno_II

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Tribunal de Justiça
(Oficial de Justiça)
Processo Civil
Prof. Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br
Processo Civil
Professor: Giuliano Tamagno
www.acasadoconcurseiro.com.br
Processo Civil
Atos processuais 
Art. 154 a 261 
Conceito de Ato 
processual 
Atos processuais são atos das partes, juiz e auxiliares da Justiça que provocam conseqüências jurídicas no 
processo. 
Os atos processuais impulsionam o processo no sentido de obter uma decisão final. 
Destarte, é ato processual qualquer ato praticado por quaisquer das pessoas envolvidas na relação jurídica 
processual e que de qualquer forma possuem relevância para ela, criando, modificando e extinguindo a relação 
processual. 
 
 
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Cuidado com Fato processual e Ato Processual	
  
 	
  
Fato processual = morte da parte, perda da capacidade, decurso de 
tempo, independe da vontade humana.	
  
 	
  
Ato processual = petição inicial, interrogatório, sentença. 	
  
Classificação dos atos processuais 
	
  
Existem inúmeras formas de classificar os atos processuais, usaremos aquelas que é 
adotada pelo Código de Processo Civil:	
  
¥  Ato das Partes: art. 158/161 
¥  Atos do juiz: 162/165	
  
¥  Atos do escrivão ou chefe de secretaria: 166 a 171	
  
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Ato das partes: 
	
  
São praticados pelo autor, réu, terceiros intervenientes e pelo MP, 
em regra produzem efeitos imediatos. 
Determinados atos, entretanto, para produzir efeitos dependem de 
homologação judicial (desistência da ação, conciliação). 
 
Art. 158 - Os atos das partes, consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de 
vontade, produzem imediatamente a constituição, a modificação ou a extinção de direitos 
processuais. 
Parágrafo único - A desistência da ação só produzirá efeito depois de homologada por 
sentença 
	
  
 	
  
Atos do juiz 
 
Os atos do juiz consistem em sentenças, decisões interlocutórias e despachos. 
O rol é exemplificativa, pois contém apenas os provimentos, subscritos pelo 
juiz que encerram conteúdo decisório ou ordinatório. 
 
Art. 162 - Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos 
 
Além destes atos, o juiz exerce outros, que são levados a termo pelo escrivão, 
tais como; inquirição de testemunha (413) interrogatório (342) inspeção 
judicial (440) e interrogatório do interditando (1.181). 
 
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Sentença 
	
  
A atual redação do art. 162 §1º dada pela lei 11.232/2005 diz que a sentença é 
ato pelo qual o juiz implica uma das situações previstas nos art. 267 e 269 CPC.	
  
Antes da lei 11.232/2005 a redação era, “ato pelo qual o juiz põe termo ao 
processo”.	
  
 
Porque deixou de ser? Pois o processo não acaba mais na sentença, a partir de 
2005 a sentença é somente mais uma das fases do processo, que vai terminar 
somente com o cumprimento definitivo da sentença.	
  
 
Antes desta lei, a sentença era um título executivo judicial que deveria ser 
executado por meio de um novo processo, hoje em dia não precisa mais, se faz 
tudo no mesmo processo.	
  
Decisão Interlocutória	
  
 	
  
Decisão interlocutória é ato pelo qual o juiz, no curso do processo resolve questão 
incidente (162§2º).	
  
 	
  
O que não é sentença, e tiver cunho de decisão, é decisão interlocutória.	
  
 
Nos tribunais também há prolação de decisões interlocutórias. Julgamento de 
Agravo de Instrumento por meio de decisão de interlocutória. 
 
Exemplos de decisão interlocutória: Ato que indefere requerimento de prova, que 
exclui litisconsórcio do processo por ilegitimidade, que defere ou indefere o 
pedido de assistência judiciaria gratuita, que defere ou indefere a antecipação de 
tutela, que recebe a apelação. 
 
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Despachos	
  
 	
  
É todo provimento emitido pelo juiz com a finalidade de dar andamento ao 
processo, que não decide qualquer questão, seja de cunho processual ou 
material. 
	
  
Por não ter cunho decisório, não podem causar lesão à nenhuma das partes e por 
isso são irrecorríveis.	
  
Art. 504. Dos despachos não cabe recurso.	
  
 	
  
Art. 162. Os atos do juiz consistirão em sentenças, decisões interlocutórias e 
despachos. 
§ 3o São despachos todos os demais atos do juiz praticados no processo, de ofício 
ou a requerimento da parte, a cujo respeito a lei não estabelece outra forma.	
  
Atos do Escrivão 
	
  
 Os atos do escrivão ou chefe de secretaria estão elencados nos art. 141 e 166 a 
171, classificam-se em atos de documentação, como a lavratura de termos e 
comunicações (citações e intimações). 
Art. 166 - Ao receber a petição inicial de qualquer processo, o 
escrivão a autuará, mencionando o juízo, a natureza do feito, o 
número de seu registro, os nomes das partes e a data do seu 
início; e procederá do mesmo modo quanto aos volumes que se 
forem formando. 
Art.167 - O escrivão numerará e rubricará 
todas as folhas 
dos autos, procedendo da mesma forma 
quanto aos suplementares. 
Parágrafo único - Às partes, aos 
advogados, aos órgãos do Ministério 
Público, aos peritos e às testemunhas é 
facultado rubricar as folhas 
correspondentes aos atos em que 
intervieram 
 
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FORMA DOS ATOS PROCESSUAIS	
  
 	
  
Os atos jurídicos podem ser solenes ou não solenes. Solenes são aqueles para os 
quais a lei prevê uma forma como condição de validade, subordinam-se, 
geralmente, à forma escrita, a tempo e lugar previstos na lei. Não solenes são os 
atos que podem ser praticados de forma livre.	
  
 	
  
Art. 107 CC: A validade da declaração de vontade não dependerá de forma 
especial, senão quando a lei expressamente a exigir. 
 
154, CPC: os atos e termos processuais não dependem de forma determinada 
senão quando a lei expressamente a exigir, reputando-se válidos os que, realizados 
de outro modo, lhe preencham a finalidade essencial. 	
  
O direito processual é direito formal, pois visa garantir o regular 
desenvolvimento do processo e dos direitos das partes. Caso o ato não seja 
praticado conforme a forma estabelecida e não atinja o seu fim o mesmo será 
declarado nulo.	
  
O atual CPC prestigia o sistema que se oriente no sentido de aproveitar ao 
máximo os atos processuais, regularizando, sempre que possível, as 
nulidades sanáveis. 
Prevalece, então, o princípio da instrumentalidade das formas como meio 
para atingir a finalidade do ato.	
  
Assim, a substância do ato (sua finalidade) prevalece sobre a forma. Atingida 
a finalidade, ainda que a lei prescreva a formalidade, não há nulidade. O ato 
só é declarado nulo se não observadas as suas formas processuais e por isso 
não alcançar seu fim.	
  
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PRAZO DOS ATOS PROCESSUAIS	
  
 	
  
Prazo é o lapso de tempo que um ato processual pode ser validamente praticado. É 
delimitado pelo termo inicial e termo final	
  
 	
  
Para melhor didática, vamos classificar os prazos processuais quanto: 
 
-  Origem 
– Consequência processual 
– possibilidade de dilação. 
 	
  
Quanto à origem pode ser: 
 
Legal: a lei determina que o prazo do Agravo de 
Instrumento é de 10 dias 
 
 
Judicial: juiz defere 10 dias para juntar um 
documento.	
  
 
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Quanto às consequências, podem ser próprios ou impróprios:	
  
 	
  
Próprios são aqueles destinados as partes para a pratica de 
determinado ato, uma vez não observados ensejam a perda da 
possibilidade
(preclusão temporal). 
	
  
Impróprios, são aqueles destinados ao juiz, que a não observância 
não representa nenhuma sanção. Esta consequência fere a garantia 
da razoável duração do processo (art. 5º LXXVII CF).	
  
Quanto à possibilidade de dilação os prazos podem ser dilatórios ou 
peremptórios. 
	
  
Dilatórios são aqueles que podem ser ampliados ou reduzidos de 
acordo com a convenção das partes. Por exemplo, prazo que o 
advogado continuará a representar o cliente após a revogação (45) – 
prazo de suspensão do processo por convenção das partes (265,II).	
  
 	
  
Peremptórios são fixados em lei de forma imperativa, não permitem 
alteração, NEM COM A CONCORDANCIA DO JUIZ. Ex. prazo para 
contestar, recorrer.	
  
 	
  
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ATENÇÃO 
	
  
Qualquer que seja a natureza do prazo, o 
juiz pode prorroga-lo por até 60 dias nas 
comarcas onde for difícil o transporte 
(182). 
Em casos de calamidade a prorrogação 
não tem limite (182, parágrafo único) 
Curso dos prazos	
  
 	
  
Via de regra, todo prazo é continuo, não se 
interrompendo nos feriados, mesmo os prolongados 
como natal, semana santa, carnaval. (178)	
  
O recesso e as férias (coletivas) do judiciário no fim do 
ano suspendem os prazos. (179) 
	
  
Suspende-se também o curso do prazo por obstáculo 
criado pela parte (retirada indevida dos autos de 
secretaria), pela morte de uma das partes, interdição, 
impedimento. (180).	
  
 
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Marco inicial dos prazos	
  
 	
  
Os prazos são contados excluindo o dia do começo e incluindo 
o dia do vencimento (184), sendo a INTIMAÇÃO o marco inicial 
do prazo (240).	
  
 	
  
O prazo começa a fluir no primeiro dia útil subsequente ao dia 
da publicação. 
 
Art. 241. Começa a correr o prazo: 
I - quando a citação ou intimação for pelo correio, da data de juntada aos autos do 
aviso de recebimento; 
II - quando a citação ou intimação for por oficial de justiça, da data de juntada aos 
autos do mandado cumprido; 
III - quando houver vários réus, da data de juntada aos autos do último aviso de 
recebimento ou mandado citatório cumprido; 
IV - quando o ato se realizar em cumprimento de carta de ordem, precatória ou 
rogatória, da data de sua juntada aos autos devidamente cumprida; 
 V - quando a citação for por edital, finda a dilação assinada pelo juiz 
 	
  
Quando o último dia cair num final de semana, transfere-se o marco final para segunda-
feira.	
  
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Com relação aos processos informatizados, temos que atentar ao art. 4º da lei 
11.419/2006, 	
  
Art. 4o Os tribunais poderão criar Diário da Justiça eletrônico, disponibilizado em 
sítio da rede mundial de computadores, para publicação de atos judiciais e 
administrativos próprios e dos órgãos a eles subordinados, bem como comunicações 
em geral.	
  
 §3o Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte ao da 
disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.	
  
 
se foi disponibilizada dia 1º, será publicada dia 2, e 
o início do prazo será dia 3. 
 (contando que todos são úteis). 
Prazos para a o MP, FP, e DP	
  
 	
  
Computar-se-a em quadruplo o prazo para contestar, e em dobro 
para recorrer quando a parte for a Fazenda Pública ou o 
Ministério Público (188).	
  
Entende-se por Fazenda Pública: 	
  
 
UNIÃO, ESTADO, DISTRITO FEDERAL, TERRITÓRIOS, 
MUNICÍPIOS, AUTARQUIAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS.	
  
 	
  
Quanto à Defensoria Pública, todos os prazos serão em dobro 
(art. 5º §5º lei 1.060/50 - Estados) e (Art. 89, I LC 80/94 - 
União) 	
  
 
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COMUNICAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS	
  
 	
  
A comunicação dos atos processuais se dá através de carta rogatória, carta de ordem, 
carta precatória, citação e da Intimação.	
  
 	
  
¥  A carta rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É 
similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional. A 
carta rogatória tem por objetivo a realização de atos e diligências processuais no 
exterior, como, por exemplo, audição de testemunhas, e não possui fins executórios.	
  
 	
  
¥  Carta precatória é um instrumento utilizado pela Justiça quando existem indivíduos 
em comarcas diferentes. É um pedido que um juiz envia a outro de outra comarca. 
Assim, um juiz (dito deprecante), envia carta precatória para o juiz de outra 
comarca (dito deprecado), para citar/intimar o réu ou intimar testemunha a 
comparecer aos autos. É uma competência funcional horizontal, não havendo 
hierarquia entre deprecante e deprecado. 
¥  Carta de ordem é um instrumento processual pelo qual uma autoridade judiciária 
determina a outra hierarquicamente inferior, a prática de determinado ato 
processual necessário à continuação do processo que se encontra no tribunal. 
Ambas autoridades judiciárias precisam ser, obrigatoriamente, do mesmo Tribunal 
e estado. 
¥  Citação: ato pelo qual o juiz chama à juízo o réu ou interessado, a fim de se 
defender (213). Pode ser pessoal ou através de representante e procurador, se o 
réu for incapaz. É Ato indispensável a relação processual que deve ser 
estabelecida – AUTOR – JUIZ RÉU. 
O comparecimento espontâneo supre a falta de citação (214§1º) 
 
A citação pode ser ficta ou pessoal. 
 
Ficta é quando o réu não é encontrado pessoalmente, mas há previsão legal para 
que se possa presumir que ele terá ciência do processo (p.e. Hora certa e edital) 
Pessoal é quando o réu é encontrado diretamente. 
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O art. 221 do CPC prevê as seguintes modalidades de citação: 
 
- Por correio 
 
- Por oficial de justiça 
 
- por Edital 
 
- por meio eletrônico 
Citação por correio: 
 
 
É a forma mais rápida e eficaz das citações, já que pode ser feita em qualquer 
lugar do país. Entretanto, a lei permite ao autor optar pela citação por mandado 
sempre que o desejar, sendo que no seu silêncio far-se-á a citação por carta. 
 
Importante dizer que a citação por correio não será admitida nas ações de estado; 
quando for ré pessoa incapaz; quando for ré pessoa de direito público; nos 
processos de execução; quando o réu residir em local não atendido pela entrega 
domiciliar de correspondência, conforme disposição do art. 222, do CPC. 
 
A carta será registrada e o funcionário deverá exigir que o destinatário assine o 
recibo. O prazo para contestação terá início da juntada aos autos do aviso de 
recebimento cumprido. 
 
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Citação por oficial de justiça 
 
A citação por mandado é realizada por oficial de justiça, que deverá encontrar o réu, 
cientificá-lo do mandado e emitir certidão sobre suas diligências. 
 
O mandado de citação deverá preencher os requisitos do art. 225, do CPC. 
 
Caso a diligência seja bem sucedida, o prazo para contestação começará a correr da 
juntada aos autos do mandado cumprido, salvo quando existir vários réus, hipótese em 
que o prazo terá início da juntada aos autos do último mandado cumprido (art. 241, III 
do CPC). 
 
A citação será feita pelo próprio oficial do juízo quando o réu residir na mesma comarca 
ou em comarca contígua, de fácil comunicação, e nas comarcas da mesma região 
metropolitana, caso contrário, a citação far-se-á por carta precatória, espécie de citação 
por mandado, mas realizada por oficial de justiça que não está subordinado ao juízo que 
a ordenou. 
 
Expedida a carta precatória, o juízo deprecado determinará seu cumprimento. 
Citação por hora certa: 
 
A citação por hora certa
só deve ser realizada em situações bens específicas, é ficta, pois 
será entregue a uma pessoa próxima ao réu. 
 
Esse tipo de citação só será realizada se o oficial tiver procurado o réu por mais de três 
vezes, em seu domicílio ou residência sem o encontrar; e que tenha fundada suspeita de 
que ele esteja ocultando-se para não ser citado (art. 227 do CPC). Tais requisitos são 
cumulativos. 
 
O oficial deverá informar na certidão as ocasiões em que procurou o réu e os motivos 
que o levam a desconfiar da ocultação do citando. 
 
O juiz analisará a desconfiança do oficial e, se entender que não é fundada, mandará 
realizar novo ato citatório. Constatada a ocultação, o oficial intimará qualquer pessoa da 
família, ou, em sua falta, um vizinho, comunicando que no dia seguinte voltará para 
efetuar a citação na hora estipulada. 
 
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Nada impede que o oficial intime outra pessoa que tenha contato como o réu, tal 
como um colega de trabalho. 
 
No dia designado, o oficial volta ao local e, se o réu estiver presente, realiza a 
citação diretamente (não será mais citação por hora certa). Do contrário, o oficial 
dará por feita a citação, caso constate a ocultação. 
 
Neste caso, a contrafé será entregue a pessoa da família ou ao vizinho, e lavrará a 
certidão, sendo necessário que o escrivão envie ao réu a carta dando-lhe ciência de 
todo o ocorrido. 
 
A expedição da mencionada carta é indispensável para a validade da citação, porém 
não é necessário que seja entregue ao destinatário. 
 
A contagem do prazo para resposta começará a fluir da juntada aos autos do 
mandado de citação, e não da expedição da carta. Se o prazo da resposta 
transcorrer in albis, o juiz nomeará curador especial para dar continuidade ao 
processo. 
Citação por edital: 
 
A citação por edital é forma de citação ficta que se aperfeiçoa pela publicação de 
editais que, por seu conhecimento geral, faz presumir que se tornem conhecidos pelo 
réu. Por essa razão, tal forma de citação é usada em situações excepcionais como, 
por exemplo, quando desconhecido ou incerto o réu; quando ignorado, incerto ou 
inacessível o lugar em que se encontrar; e nos casos expressos em lei, conforme 
preleciona o art. 231, do CPC. 
 
Para que se dê a citação por edital quando ignorado o local em que se encontrar o 
réu, é necessário que o citando tenha sido procurado em todos os endereços que 
constam dos autos e que não haja meios de localizá-lo. 
 
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São requisitos da citação por edital, segundo o art. 232 CPC: 
 
I - a afirmação do autor, ou a certidão do oficial, quanto às circunstâncias 
previstas nos ns. I e II do artigo antecedente; 
II - a afixação do edital, na sede do juízo, certificada pelo escrivão; 
III - a publicação do edital no prazo máximo de 15 (quinze) dias, uma vez no 
órgão oficial e pelo menos duas vezes em jornal local, onde houver; 
IV - a determinação, pelo juiz, do prazo, que variará entre 20 (vinte) e 60 
(sessenta) dias, correndo da data da primeira publicação; 
V - a advertência a que se refere o art. 285, segunda parte, se o litígio versar 
sobre direitos disponíveis” 
 
O edital deverá conter o nome das partes, o ato que deve ser praticado pelo 
réu, o prazo para sua realização, e as consequências jurídicas de sua omissão. 
 
Se o prazo para resposta transcorrer in albis, o juiz nomeará curador especial 
para dar continuidade ao processo. 
INTIMAÇÃO 
 
Determina o art. 234, do CPC, que "intimação é o ato pelo qual se dá ciência a alguém 
dos atos e termos do processo, para que faça ou deixe de fazer alguma coisa". 
 
A intimação dos atos e termos processuais é necessária quando o interessado não 
toma ciência diretamente, como ocorre com as decisões prolatadas em audiência, em 
que a parte já sai intimada. 
 
A intimação das partes é quase sempre feita na pessoa do advogado. Porém, há 
certos casos em que a lei exige que a intimação seja feita pessoalmente, como 
acontece na intimação para dar andamento ao processo, em 48 horas, sob pena de 
extinção do feito sem resolução do mérito. 
 
As intimações serão pessoais quando se tratar de decisão judicial para que a parte 
cumpra determinado ato para qual não se exige capacidade postulatória, TAMBÉM É 
NECESSÁRIA A INTIMAÇÃO PESSOAL NO CASO DO MP (246)

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