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Atualidades do Mundo - para concurso da PM

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Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
Resumo para concurso da PM 
Atualidades do Mundo 
1. A População Mundial 1.1. População Global: Aspectos Globais em 2020 
A população global em 2020 era de 7,7 bilhões de habitantes, e esse 
número continuará a aumentar. As previsões para 2030 são de 8,5 bilhões 
(aumento de 10%); 9,7 milhões em 2050; e 10,9 milhões em 2100. 
Maiores países (2018): 
• 1. China: 1.384.688.986; 
• 2. Índia: 1.296.834.042; 
• 3. Estados Unidos: 329.256.465; 
• 4. Indonésia: 262.787.403; 
• 5. Brasil: 208.846.892; 
• 6. Paquistão: 207.862.518; 
• 7. Nigéria: 195.300.340; 
• 8. Bangladesh: 159.453.001; 
• 9. Rússia: 142.122.776; 
• 10. Japão: 126.168.156. 
 
• O bônus demográfico: em alguns países em desenvolvimento, o alto 
crescimento populacional em décadas anteriores promove agora 
oportunidades econômicas, à medida que essas nações (o Brasil incluso) 
possuem, de fato, grande contingente de adultos – ou seja, de força de 
trabalho ou PEA (População Economicamente Ativa). Sendo assim, é 
dever dos governos locais saberem como promover a seu favor esse tal 
“bônus demográfico”, com vistas a canalizar tal abundância de mão de 
obra na produção de valor econômico, através da consolidação de 
políticas de ofertas de empregos. 
O Brasil é um dos países com maior quantidade de adultos no mundo 
atualmente, com quase 60 % de PEA. 
• As taxas de fecundidade: a taxa de fecundidade – ou seja, o número 
médio de filhos por mulher em idade reprodutiva – é um indicador que 
revela bastante sobre a fase demográfica em que determinada 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
sociedade se encontra. Globalmente, as mulheres vêm tendo menos 
bebês, mas as taxas de fecundidade (o número médio de filhos por 
mulher em idade reprodutiva) ainda permanecem elevadas em algumas 
partes do globo. 
Hoje, cerca de metade da população global reside em áreas onde a 
taxa de fecundidade é menor que 2 filhos por mulher (taxa do tipo não 
repositiva), incluindo o Brasil. A maior média de filhos por mulher no 
Planeta ocorre na África Subsaariana, com 4.6. Em Níger, este indicador 
chega a 7 filhos por mulher, em média. 
Em termos globais, a fecundidade caiu de 3,2 filhos por mulher em média, 
em 1990, para 2,5, em 2019. 
A expectativa de vida: a expectativa de vida no mundo subiu de 64,2 
anos, em 1990, para 72,6 anos, em 2019. 
• Envelhecimento populacional: a população mundial está 
envelhecendo, sendo que o grupo etário que mais cresce no Planeta é 
de pessoas acima de 65 anos. Atualmente, 9% da população global 
possui mais de 65 (em média parecida com a brasileira), sendo que em 
2050, essa taxa será de 16%. Na Europa, este indicador deve estar, em 
2050, em alguns países (e também no Japão), na casa dos 35-40%. 
• A depressão populacional: um número crescente de países 
experimenta uma redução no tamanho da população. Desde 2010, 27 
países ou áreas sofreram uma redução de 1% na dimensão das suas 
populações. Isso é causado por baixos níveis de fertilidade e, em alguns 
lugares, altas taxas de emigração. 
Entre 2019 e 2050, projeta-se que as populações diminuam em 1% ou mais 
em 55 países ou áreas, dos quais 26 podem ver uma redução de pelo 
menos 10%. 
Na China, por exemplo, prevê-se que a população diminua em 31,4 
milhões, ou 2,2%, entre 
2019 e 2050. 
• O contexto migratório: entre 2010 e 2020, 14 países ou áreas terão uma 
entrada líquida de mais de 1 milhão de migrantes, ao passo que dez 
países terão uma saída líquida de migrantes de dimensões similares. 
Algumas das maiores saídas de migrantes são impulsionadas pela 
demanda por trabalhadores migrantes (Bangladesh, Nepal e Filipinas) ou 
por violência, insegurança e conflito armado (Mianmar, Síria e 
Venezuela). Belarus, Estônia, Alemanha, Hungria, Itália, Japão, Rússia, 
Sérvia e Ucrânia terão uma entrada líquida de migrantes ao longo da 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
década – o que ajudará a compensar perdas populacionais causadas 
por um excesso de mortes em relação aos nascimentos. 
Segundo o diretor da Divisão de População do Departamento das 
Nações Unidas de Assuntos Econômicos e Sociais, John Wilmoth. Esses 
dados constituem uma parte crítica da base de evidências necessárias 
para monitorar o progresso global rumo ao cumprimento dos Objetivos 
de Desenvolvimento Sustentável até 2030. [...] 
Mais de um terço dos indicadores aprovados para uso como parte do 
monitoramento global dos ODS confiam em dados do Perspectivas 
Mundiais de População. 
 
2. Atualidades da América Latina e dos EUA (+ Coreia do Norte) 
2.1. A América Latina: Conceito Cultural e Geográfico e um pouco de 
História 
O conceito (termo) América Latina atende a um viés cultural que se 
encontra relacionado aos países que possuem línguas latinas (no caso, 
português, castelhano e francês) como sendo línguas oficiais. 
A região em tela engloba 20 países (em azul no mapa acima): Argentina, 
Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Equador, El Salvador, 
Guiana Francesa, Haiti, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, 
Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Vale 
destacar que no subcontinente da América do Sul não constam dentro 
desta divisão dois países: o Suriname e a Guiana. 
No caso do subcontinente da América do Norte – Estados Unidos, 
Canadá e México –, apenas o mais ao sul é considerado um país latino-
americano. 
Obs.: Não é necessário decorar o nome de todos os países da América 
Latina, mas é fundamental que entendamos o contexto linguístico-
cultural de tais países dentro desta importante esfera de regionalização. 
Considera-se que o termo “América Latina” foi utilizado pela primeira vez 
no ano de 1856 pelo filósofo chileno Francisco Biloba e, no mesmo ano, 
também pelo escritor colombiano José María Torres Caicedo, sendo 
expressão aproveitada pelo imperador francês Napoleão III durante sua 
invasão francesa no México como forma de incluir a França – e excluir, 
assim, os anglo-saxões – entre os países com influência na América, 
citando também a Indochina como área de expansão da França na 
segunda metade do século XIX. Devemos também observar que na 
mesma época foi criado o conceito de “Europa Latina”, que englobaria 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
as regiões de predomínio de línguas românicas. Michel Chevalier, político 
e economista liberal francês que mencionou o termo “América Latina” 
em 1836, durante uma missão diplomática feita aos Estados Unidos e ao 
México, o fez com o mesmo objetivo de Napoleão III – ou seja, atrair para 
o seio da França os países em descolonização na América. 
2.2. A Esquerdização na América Latina na Década de 2000 
e o Atual Momento Político e suas Diferenças (2020/2021) 
Um processo político de extrema relevância observado na América 
Latina se encontra na entrada no poder de uma série de governos de 
esquerda ao longo da década de 2000 (2001-2010), em inúmeros países 
da América do Sul. Foi um período de apogeu na ascensão de governos 
de esquerda, todos eleitos democraticamente, tendo seu início em 1999, 
na Venezuela, quando Hugo Chávez toma posse pela primeira vez e 
declara que seu país, a partir de então, tornar-se-ia uma “República 
Bolivariana”. 
Essa mesma retórica de Chávez fora também utilizada pelos Presidentes 
Rafael Correa, do Equador (Presidente entre 2007-2017), e Evo Morales, 
da Bolívia (Presidente entre 2005- 2017), todos inspirados por Cuba – uma 
República socialista desde 1959 comandada pelos ditadores Fidel Castro 
e seu irmão Raul Castro até bem recentemente. Cuba, inclusive, em 2018, 
passou o bastão da presidência para o engenheiro Miguel Canel. E outros 
países adotaram também (via democrática) governos de esquerda ao 
longo da década de 2000 (contudo, menos radicais que Venezuela e 
Bolívia), tais quais o Brasil, com Lula e Dilma, a Argentina (com Christina 
Kirchner) e o Chile (Michelle Bachelet). 
Contudo, caro(a)aluno(a), o mapa político latino-americano que 
“avermelhou”, tal qual vimos acima, entre o fim da década retrasada 
(que abrange de 2001 a 2010) e o início da década passada (2011 a 
2020), sofreu mudanças consideráveis. Se há exatos 10 anos (em 2011 - e 
muita atenção a isso), apenas Colômbia e Suriname ostentavam 
Presidentes de direita, estando todos os outros países (incluindo Brasil, 
com Dilma, e a Argentina, com Christina Kirchner) com Presidentes à 
esquerda, de lá (2011) até aqui (2022), houve transições significativas 
neste quadro. 
Mas quais foram estas mudanças? 
Respondo: é simples. Uma série de países que optaram nessa época 
(década de 2000) por 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
governos declaradamente de esquerda, em sua maioria, cambiou pelas 
mesmas vias democráticas rumo a governos de direita em tempos mais 
recentes. Vejamos abaixo os casos mais importantes, então: 
• Brasil: Michel Temer (direita) sucede a Dilma Rousseff (esquerda) em 
2016, sendo seguido pela eleição de Jair Bolsonaro (direita mais radical) 
em fins de 2018; 
• Paraguai: Fernando Lugo, o único Presidente de esquerda do Paraguai 
em todos os tempos, assume em 2008, sendo impichado em 2012. O atual 
mandatário local se chama Mario Benítez, que tomou posse em 2018, 
estando vinculado aos quadros da direita radical paraguaia, tendo sido 
seu pai, inclusive, ajudante de primeira ordem do ditador Alfredo 
Strossner; 
• Uruguai: após 15 anos de governos de esquerda (Pepe Mujica e Tabaré) 
em fins de 2018 o Uruguai elege Luis Lacalle Pou, Presidente de viés 
político de direita; 
• Peru: Pedro Pablo Kuczynski toma posse em 2018 (Presidente de direita), 
sucedendo Ollanta Humala (Presidente de esquerda), sendo, contudo, 
preso por corrupção no final de 2018, ao longo do mandato. Em 17 de 
abril de 2019, uma tragédia se sucede no país, quando o ex-Presidente 
Alan Garcia (centro-direita e possuidor de 2 mandatos entre 2005-2011), 
acusado de corrupção, estando prestes também de ser preso, se suicida 
com um tiro na cabeça ao ver a chegada da polícia em sua residência 
para cumprimento de mandado de prisão. Todos esses Presidentes 
peruanos são acusados de corrupção envolvendo, entre outras 
empresas, a construtora brasileira Odebrecht. Em junho e julho de 2021, 
houve eleições pareando a candidata de direita Keiko Fujimori e o de 
esquerda Pedro Castillo, com vitória apertada para o segundo; 
• Chile: Sebastián Piñera (Presidente de direita) toma posse em março de 
2018 para assumir o lugar de Michelle Bachelet (Presidente de esquerda). 
Vale destacar que há 15 anos o Chile vem alternando, por vias 
democráticas, governos de esquerda e de direita, com estes dois 
personagens citados sempre ao centro. Agora se encontra na vez da 
direita de Piñera; 
• Argentina: finalmente, em nosso vizinho vale destacar que o presidente 
Maurício Macri (de direita) assume em 2016, substituindo Cristina Kirchner 
(política declaradamente de esquerda), sem grande apoio popular e 
buscando realizar reformas estruturais, tais quais a previdenciária, além 
de tentar promover cortes em salários e combate ao déficit orçamentário 
apoiando-se em uma agenda neoliberal de direita. 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
− Em 2018, a economia regrediu (queda no PIB) em torno de -2%. A 
mesma previsão era esperada para 2019 e se confirmou; 
− A inflação de 2018 na Argentina foi uma das 5 mais altas no Mundo, 
atingindo o índice de 48% a.a. Em 2019, a taxa subiu ainda mais, para 
além dos 50% ao ano; 
− Em 2018, o peso argentino sofreu a incrível desvalorização de 115% em 
relação ao dólar; 
− Outros indicadores econômico-sociais iam (e ainda vão) muito mal na 
Argentina. O desemprego atinge taxa de mais de 10%, sendo que a 
pobreza já se instalou em 32% da população total do país; 
− Com vistas a respirar um pouco mais aliviada em meio à crise, em 2018 
a Argentina solicitou ao FMI a maior ajuda já paga pelo fundo monetário 
em toda sua história, recebendo nossos vizinhos mais de US$ 57 bilhões; 
− Como resultado, após 3 anos completos de governo, Maurício Macri 
viveu em seu último ano de mandato (2019) um cenário de enorme 
insatisfação popular. E os números não nos deixariam mentir. Em 2019, o 
nosso vizinho mais importante experimentou mais um ano de aguda crise 
econômica e Macri ao fim do ano perde as eleições para o grupo 
político oposicionista de esquerda. 
Em fins de outubro de 2019, como reflexo principalmente da crise 
econômica, o presidente Mauricio Macri perde as eleições na Argentina 
e não consegue se reeleger. O grupo de Cristina Kirchner (ex-Presidente 
de esquerda) volta ao poder, após 4 anos fora capitaneado pelo 
candidato de centro-esquerda Alberto Fernández. Kirchner fica com a 
Vice-Presidência, e Fernández se torna Presidente – destaco: com uma 
plataforma de governo de esquerda. 
Ou seja, a esquerdização da década de 2000 e a volta de governos a 
direita, principalmente entre 2015-2018 na América do Sul (como no Brasil, 
Chile e Argentina). Contudo, para efeitos de provas de Atualidades e do 
tema político na América do Sul podemos afirmar que hoje em dia (nessa 
entrada de 2022) a América do Sul não vivencia mais uma onda 
“esquerdizante”, sendo tal movimento uma realidade vinculada à 
década de 2000-2010. Porém, os rachas são imensos atualmente, e um 
novo balanceio (se é que isso é possível) entre governos de esquerda e 
direita é a tônica nesta década de 2020 que se inicia, com Argentina 
(esquerda novamente) e Brasil (direita), por exemplo, sem contar a 
manutenção de Nicolás Maduro na Venezuela (esquerda) e a eleição 
de Luis Arce, do Movimento ao Socialismo, um afilhado político de Evo 
Morales, na Bolívia (ambos de esquerda), mas com o Equador, Paraguai 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
e Uruguai com novos (desde 2018) Presidentes de direita. O Já no Chile 
retorna a esquerda, assim como no Peru a Presidência . 
Veja abaixo quem são atualmente os Presidentes na América do Sul - 
dados de 1º de janeiro de 2022 - com, no caso do Chile, já incluído o novo 
Presidente que tomará posse em lugar de Sebastian Piñera em fevereiro 
e quais suas direções políticas. 
• BRASIL: Jair Bolsonaro (direita); 
• ARGENTINA: Alberto Fernández (centro-esquerda); 
• URUGUAI: Luis Lacalle Pou (direita); 
• CHILE: Gabriel Boric* (esquerda) *Eleito em lugar de Sebastian Pinera de 
direita; 
• PARAGUAI: Mario Benítez (direita); 
• BOLÍVIA: Luiz Arce (esquerda); 
• PERU: Pedro Castillo* (esquerda). *Eleições em julho de 2021 e eleição 
do Presidente de Esquerda; 
• EQUADOR: Guillermo Lasso (direita); 
• COLOMBIA: Iván Duque Márquez (direita); 
• VENEZUELA: Nicolás Maduro (esquerda); 
• SURINAME: Chan Santokhi (direita). 
Obs.: A Guiana não possui qualquer expressão político-ideológica nem 
geopolítica no subcontinente sul-americano. Já a Guiana Francesa é 
governada pelo governo central da França. 
 
2.3. Atualidades e Questões mais Críticas na América Latina (em 
Especial na Pobre América Central) 
2.3.1. A Questão da Miséria e das Fragilidades Econômicas 
Segundo a CEPAL (Comissão Econômica para América Latina e Caribe), 
braço da ONU que promove estudos econômicos e sociais para a região, 
estima-se que, em 2018, 29% dos latino-americanos viviam na pobreza, e 
10% na pobreza extrema, uma porcentagem quase idêntica à de anos 
anteriores. São 184 milhões de pessoas, dos quais 62 milhões vivem na 
indigência, no limite da subsistência, situado em US$ 2 por dia. Estes 
indicadores, ou seja, de queda na pobreza ao longo das duas últimas 
décadas, foram bastante positivos, ou seja, houve de fato uma forte 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
retirada de pessoas da pobreza na América Latina. Contudo, atualmente 
considera-se que em grande parte do continente os governos perderam 
a força em manter o ritmo de retirada de população da pobreza e da 
miséria. 
 
2.3.2. A Mudança ClimáticaÉ fato que, muito provavelmente, em função de o aquecimento global 
ser uma intempérie que atinge todo o planeta, nenhuma região 
escapará dos efeitos dele. Entretanto, segundo a Organização das 
Nações Unidas, a América Latina é uma das áreas mais vulneráveis às 
mudanças do clima, as quais continuarão aumentando em frequência, 
força, fatalidades e custos. 
As razões dessa alta vulnerabilidade do território vão da geografia às 
condições socioeconômicas e demográficas. 
A América Latina é a região mais urbanizada do planeta: 80% de seus 
habitantes vivem em cidades, onde a pobreza é uma realidade gritante 
que se traduz em casas muito precárias e estruturas urbanas sujeitas ao 
caos diante de qualquer variação severa. A corrupção também 
aumenta a fragilidade da região diante da mudança climática – sendo 
frequente, por exemplo, que funcionários incumbidos de fiscalizar as 
estruturas locais autorizem construções inadequadas e façam vista 
grossa às violações de leis urbanísticas em troca de propinas. 
A mudança climática trará, muito provavelmente, os choques externos 
mais transformadores que a América Latina já viveu. Mudar-se-ão os 
locais e a maneira como vivem os latino-americanos, o que produzem e 
o que gastam – além de quais serão os conflitos domésticos e 
internacionais que precisarão enfrentar. 
2.3.3. A Revolução Digital e o Emprego 
Pressupostos do mundo moderno (inteligência artificial, big data, 
robótica, blockchain, computação quântica e redes neurais) são os 
campos em que as revoluções tecnológicas mudam o mundo hoje em 
dia de forma impactante. 
As possibilidades que essas novas tecnologias abrem são maravilhosas. 
Mas os problemas que apresentam também são enormes. Importante 
efeito indesejável da revolução digital é a possibilidade de destruir muitos 
postos de trabalho existentes, sem antes criar outros novos. Assim, na 
América Latina, o impacto da automação sobre o mercado de trabalho 
deverá ser ainda mais forte. De acordo com a ONU, nas próximas 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
décadas, dois em cada três empregos formais na América Latina serão 
automatizados. O choque externo produzido pela revolução digital pode 
ser tão determinante como o da mudança climática. 
2.3.4. A Diáspora na América Central 
A associação entre os contextos de letargia econômica, desemprego, 
pobreza e violência vem resultando em uma fuga contínua a qual vem 
ocorrendo, a bem da verdade, desde a década de 1980 e se estende 
adentro desta nova década que se inicia. Mesmo com políticas 
ultrarrígidas de contenção à entrada de imigrantes, principalmente por 
parte dos EUA, ainda se identifica de forma aguda um processo de 
evasão de população de países da América Central. 
Países tais quais Guatemala, Honduras, El Salvador, entre outros, formam 
hordas de pessoas que migram rumo aos Estados Unidos – e ao México 
também, por incrível que pareça. Ocorre nestes países mais pobres da 
América Central a eclosão de gangues urbanas e de milícias rurais 
internas formadas desde a década de 1990, a qual posicionou os países 
da América Central, entre outros aspectos, no topo do ranking global de 
violência: El Salvador e Honduras se revezam na liderança desta 
carnificina em 2020, com média de número de homicídios por grupo de 
100.000 habitantes em aproximadamente 3 vezes acima da média do 
Brasil. 
Por fim, vale destacar que a severidade adquirida ao longo dos últimos 
anos por parte das políticas antimigratórias dos Estados Unidos, estas 
declaradamente refratárias à entrada de população oriunda em 
especial de países latino-americanos, chegou a encrudescer a ponto de 
haver sido permitido (isso por um período superior a um ano), no governo 
de Donald Trump, que houvesse a separação de pais e filhos que 
estivessem a ingressar ilegalmente no país ou fossem pegos vivendo em 
situação análoga à de imigrantes ilegais no país. 
Para os pais, vigorava, portanto, um tipo de prisão. Já para as crianças, 
outro tipo de albergue separado. Após muitos protestos por parte dos 
grupos pró-direitos humanos, Trump revogou o ato. Contudo, 
consequências drásticas ocorreram, à medida que dezenas de crianças 
simplesmente não conseguiram reaver seus pais após o fim dessa 
separação forçada, seja porque vários desses pais chegaram a se matar 
ou fugiram das prisões e também porque os cadastros, em erro crasso por 
parte do governo norte-americano, não conseguiram localizar os 
parentes das crianças. 
 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
2.4. UNASUL X PROSUL 
A UNASUL é a União das Nações Sul-Americanas (composta por 12 países, 
originalmente). 
Embora não seja um bloco econômico, a UNASUL origina-se 
basicamente da fusão dos países do MERCOSUL + CAN (Comunidade 
Andina das Nações), este último um bloco econômico criado em 1969 
pelo Protocolo de Cartagena. 
A UNASUL foi criada em 2008, em Brasília. Formou-se através da intenção 
de se constituir uma mútua cooperação entre os países do subcontinente 
sul-americano com vistas a cooperações em setores como infraestrutura, 
energia, educação, transportes entre outros. Obteve êxito inicial por ser 
realidade um alinhamento entre quase todos os países sul-americanos 
em torno de governos de esquerda, que, tal qual já vimos em nossa aula, 
em fins da década de 2000-2010 e na entrada da década de 2010-2020, 
estiveram evidenciados como nunca antes na região. 
Com o passar dos anos, contudo, uma série de países que possuíam 
governos de esquerda mudaram os seus rumos político-ideológicos, 
migrando para a direita, tal qual o Brasil, a Argentina e o Chile. Sendo 
assim, a UNASUL se enfraquece, pois o seu propósito originário residia em 
torno de um alinhamento com base entre nações ideologicamente 
governadas pela esquerda. Nesse período (basicamente a partir da 
segunda metade da década de 2010), ocorre também o ocaso absoluto 
daquele que é considerado o país-bastião das esquerdas na América do 
Sul: a Venezuela. 
Por fim, para se discutir, ao menos em tese por parte da nova direita sul-
americana, acerca da crítica situação venezuelana, formou-se um fórum 
por parte de países de direita do continente – tais quais Brasil, Argentina, 
Colômbia (e até o Canadá se incluiu, em um total de 14 participantes), 
denominado como o Grupo de Lima: associação de países que vem à 
luz no âmbito das relações internacionais regionais exatamente com 
vistas a tentar estruturar uma agenda de reuniões e debates em que 
possam ganhar envergadura mecanismos que consigam dar solução ao 
drástico cenário de crise institucional e econômica que se arrasta há 
anos na Venezuela. Visto isto, o Grupo de Lima origina também o embrião 
para a formação de um nova mútua dos países sul-americanos, o 
PROSUL, englobando nesta mútua apenas países com direcionamentos 
políticos de direita. 
Em fevereiro de 2019, um acordo é formalizado no Chile com a presença 
do Presidente Jair Bolsonaro, resultando na formação do PROSUL, ou 
PRONASUL. Consolida-se, por este, a divisão entre a UNASUL e o PROSUL, 
Por Deise Emanuelle via Passei Direto 
sendo a primeira uma sociedade mútua mais antiga e agora esvaziada, 
a qual envolve os países ideologicamente à esquerda da América do Sul 
(atualmente apenas o Uruguai, a Bolívia e a Venezuela). Já a nova 
mútua, chamada PROSUL (ou PRONASUL), integra os países da direita, 
liderados pelo Brasil, Chile, Argentina e Colômbia. 
Em suma: 
UNASUL (União de Nações Sul-Americanas): iniciado em 2008, reúne, 
além dos países do MERCOSUL, Guiana e Suriname. Bolívia e Venezuela 
também são membros. 
PRONASUL (Foro para o Progresso da América do Sul): reúne em primeira 
fase Argentina, Brasil, Chile, Paraguai, Peru, Colômbia, Equador e Guiana. 
Exclui Bolívia e Venezuela, governados por Presidentes de esquerda. Bem 
verdade, diga-se, que o bloco ainda não mostrou ao que veio e 
depende de um forte alinhamento de países cm presidentes à direita naAmérica do Sul, o que vem mudando em tempos recentes (2020-2021-
2022). Vejam, por exemplo, o que aconteceu exatamente nas vitórias de 
Presidentes de esquerda em países como Argentina e Chile. 
2.5. O Mercosul 
Formalizado pelo Tratado de Assunção de 1991, o MERCOSUL tem seu 
início conceitual um pouco antes disto, exatamente quando, em 
meados da década de 1980, Brasil e Argentina iniciam tratativas bilaterais 
frente à promoção de escalas mais liberalizadas de comércio entre 
ambos. Ou seja, a origem do MERCOSUL se deve à formação de uma 
Zona de Livre Comércio (ZLC) com base nos interesses bilaterais do Brasil 
e da Argentina. 
Outro embrião importante do MERCOSUL se encontra na ALADI 
(Associação Latino-Americana de Integração), um organismo 
intergovernamental criado em 1980, que deu continuidade ao que 
buscara pela Associação Latino-Americana de Livre Comércio (ALALC), 
esta de 1960 – ou seja, promover a expansão da integração da região 
com vistas a garantir seu desenvolvimento econômico e social, tendo 
como ambiciosa meta finalística promover a criação de um mercado 
comum latino-americano.

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