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Aula de urinalise

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Curso de Auxiliar Técnico em Biodiagnóstico
Anna Eliza Pill Negocia
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Anatomia do sistema excretor
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Órgãos que compõe :
O Sistema excretor é formado por um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a urina - o principal líquido de excreção do organismo. É constituído por um par de rins, um par de ureteres, pela bexiga urinária e pela uretra. 
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Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou milhões de unidades filtradoras, os néfrons, localizados na região renal.
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Como funcionam os rins 
O sangue chega ao rim através da artéria renal, que se ramifica muito no interior do órgão, originando grande número de arteríolas aferentes, onde cada uma ramifica-se no interior da cápsula de Bowman do néfron, formando um enovelado de capilares denominado glomérulo de Malpighi 
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Dessa forma, estima-se que em 24 horas são filtrados cerca de 180 litros de fluido do plasma; porém são formados apenas 1 a 2 litros de urina por dia, o que significa que aproximadamente 99% do filtrado glomerular é reabsorvido.
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Regulação da função renal 
regulação da função renal relaciona-se basicamente com a regulação da quantidade de líquidos do corpo. Havendo necessidade de reter água no interior do corpo, a urina fica mais concentrada, em função da maior reabsorção de água; havendo excesso de água no corpo, a urina fica menos concentrada, em função da menor reabsorção de água. 
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Regulação hormonal
O principal agente regulador do equilíbrio hídrico no corpo humano é o hormônio ADH (antidiurético), produzido no hipotálamo e armazenado na hipófise 
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A concentração do plasma sangüíneo é detectada por receptores osmóticos localizados no hipotálamo. Havendo aumento na concentração do plasma (pouca água), esses osmorreguladores estimulam a produção de ADH. Esse hormônio passa para o sangue, indo atuar sobre os túbulos distais e sobre os túbulos coletores do néfron, tornando as células desses tubos mais permeáveis à água. Dessa forma, ocorre maior reabsorção de água e a urina fica mais concentrada. Quando a concentração do plasma é baixa (muita água), há inibição da produção do ADH e, conseqüentemente, menor absorção de água nos túbulos distais e coletores, possibilitando a excreção do excesso de água, o que torna a urina mais diluída. 
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Certas substâncias, como é o caso do álcool, inibem a secreção de ADH, aumentando a produção de urina 
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Além do ADH, há outro hormônio participante do equilíbrio hidro-iônico do organismo: a aldosterona, produzida nas glândulas supra-renais. Ela aumenta a reabsorção ativa de sódio nos túbulos renais, possibilitando maior retenção de água no organismo. 
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A produção de aldosterona é regulada da seguinte maneira: quando a concentração de sódio dentro do túbulo renal diminui, o rim produz uma proteína chamada renina, que age sobre uma proteína produzida no fígado e encontrada no sangue denominada angiotensinogênio (inativo), convertendo-a em angiotensina (ativa). Essa substância estimula as glândulas supra-renais a produzirem a aldosterona 
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RESUMINDO
Sangue arterial conduzido sob alta pressão nos capilares do glomérulo>>>à filtração à parte do plasma (sem proteínas e sem células) passa para a cápsula de Bowmann (filtrado glomerular)>>> à reabsorção ativa de Na+, K+, glicose, aminoácidos e passiva de Cl-  e água ao longo dos túbulos do néfron, 
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A ELIMINAÇÃO DE URINA 
Ureter
Os néfrons desembocam em dutos coletores, que se unem para formar canais cada vez mais grossos. A fusão dos dutos origina um canal único, denominado ureter, que deixa o rim em direção à bexiga urinária.
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Bexiga urinária
            A bexiga urinária é uma bolsa de parede elástica, dotada de musculatura lisa, cuja função é acumular a urina produzida nos rins. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro (250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra.
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Uretra
A uretra é um tubo que parte da bexiga e termina, na mulher, na região vulvar e, no homem, na extremidade do pênis. Sua comunicação com a bexiga mantém-se fechada por anéis musculares - chamados esfíncteres. Quando a musculatura desses anéis relaxa-se e a musculatura da parede da bexiga contrai-se, urinamos
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URINÁLISE
O exame de urina fornece uma ampla variedade de informações úteis no que concerne as doenças envolvendo os rins e o trato urinário inferior. Pode ser utilizado para avaliação diagnóstica de distúrbios funcionais (fisiológicos) e estruturais(anatômicos) dos rins e trato urinário inferior, bem como para acompanhamento e obtenção de informações prognósticas.
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A urinálise corresponde ao exame físico, químico e microscópico da urina. 
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Tipos de coleta da urina:
amostra de 24 horas
amostra colhidas por catéter
punção suprapúbica
jato médio de micção espontânea
amostras pediátricas ( uso de coletores de plástico).
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Cuidados que devem ser observados na coleta do material:
o recipiente para a coleta da amostra deve ser limpo e seco;
a amostra deverá ser entregue imediatamente ao laboratório, e analisada dentro de l hora, caso isto não seja possível, deve-se manter a amostra refrigerada, por no máximo 24 horas;
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o recipiente contendo a amostra deverá estar corretamente identificado, contendo: nome, data e horário;
as amostras obtidas por sonda ou punção suprapúbica, podem conter hemáceas devido ao trauma durante a coleta da amostra; 
deve-se coletar uma amostra de 20 a 100 ml;
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ao coletar a amostra por jato médio, os pacientes devem ser orientados para realizar a assepsia antes de coletar a amostra, e sempre desprezar a 1° porção da urina 
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A assepsia em mulheres, deve ser realizada através de uma cuidadosa lavagem da vulva e intróito vaginal com água e sabão, enquanto que nos homens, faz-se a assepsia da glande e meato uretral. 
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Para coletar a amostra por jato médio de micção espontânea, deve-se deixar que, uma porção da urina seje expelida no vaso sanitário antes de coletar a amostra, dessa forma, elimina-se a 1° porção da urina, para evitar possíveis contaminações.
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EXAME FÍSICO: Volume; Cor; Aspecto; Densidade.
O exame de urina fornece uma ampla variedade de informações úteis no que concerne as doenças envolvendo os rins e o trato urinário inferior. Pode ser utilizado para avaliação diagnóstica de distúrbios funcionais (fisiológicos) e estruturais(anatômicos) dos rins e trato urinário inferior, bem como para acompanhamento e obtenção de informações prognósticas.
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VOLUME:
O determinante principal do volume urinário é a ingestão hídrica. O volume varia também com a perda de fluidos por fontes não renais ( por ex. transpiração ), variação na secreção do hormônio antidiurético, e necessidade de excretar grandes quantidades de soluto.
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Procedimento:
A determinação do volume se faz através de provetas graduadas rigorosamente limpas. Na análise, o volume só tem valor clínico se o volume total de urina for colhido nas 24 horas.
Valor de referência: 600 a 2000 ml em 24 horas.
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Alterações no volume urinário 
Poliúria: aumento do volume urinário. Ocorre em diabetes melito, diabetes insípidos, esclerose renal, rim amiloíde, glomerulonefrite, uso de diuréticos, cafeína ou álcool que reduzem a secreção do hormônio antidiurético 
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Oligúria: diminuição do volume urinário. Ocorre em estados de desidratação do organismo, vômitos, diarréias, transpiração,
queimaduras graves, nefrose, fase de formação de edemas 
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Anúria: volume inferior a 50 ml em 24 h. Ocorre em obstrução das vias excretoras urinárias, lesão renal grave ou diminuição do fluxo sanguíneo para os rins (insuficiência renal aguda).
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COLORAÇÃO:
A cor da urina é devido a um pigmento denominado urocromo, que é um produto do metabolismo endógeno, produzido em velocidade constante. A coloração indica de forma grosseira, o grau de hidratação e o grau de concentração de solutos.
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Procedimento:
Observar macroscopicamente a coloração da urina.
Coloração da urina normal: amarelo-claro
 amarelo-citrino
 amarelo-ouro
Cada laboratório define as denominações de cores para a analise da cor
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Condições que alteram a coloração da urina 
-Presença anormal de bilirrubina : amarelo-escuro ou âmbar (com espuma amarela)
-Doenças hepáticas : amarelo-esverdeado, castanho ou esverdeado.
-Urina com hemáceas: desde rosa, vermelho ( observar em urinas de mulher, se a paciente não se encontra no período menstrual 
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-Urina com hipúria ou quilúria: branco (está relacionado com a obstrução linfática e ruptura dos vasos linfáticos).
-Medicamentos:
laranja – fanazpiridina, (pirydium), fenindiona (hedulin)
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Vermelha – sene e ruibarbo (laxantes a base de antraquinona), levodopa ( L-dopa) , fenolsulfonftaleína (corante para teste de função renal),
Castanho – nitrofurantoína (furadantin), metronidazol (flagyl), sorbitol de ferro, furazolidona ( furaxone),
Verde – metocarbamol (robaxin),
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ASPECTO:
Refere-se a transparência da amostra de urina. A urina normal, recém eliminada geralmente é límpida, podendo apresentar certa opacidade devido a precipitação de cristais , presença de filamentos de muco e células epiteliais na urina de mulher.
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Procedimento:
Observar visualmente a amostra homogeinizada num ambiente de boa iluminação.
Aspecto da urina: limpo
 ligeiramente turvo
 turvo
 Substâncias que provocam turvação: cristais, leucócitos, hemáceas, bactérias, sêmen, linfa, lipídios, células epiteliais, muco, e contaminantes externos ( talcos, medicamentos).
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DENSIDADE :
Avalia a capacidade de reabsorção renal, uma das mais importantes do organismo. O complexo processo de reabsorção muitas vezes é a primeira função renal a se tornar deficiente. O volume de urina excretada , e sua concentração de solutos variam nos rins, para a manutenção da homeostase dos fluidos corporais e eletrolíticos.. O valor da densidade medida na amostra, é influenciado pelo número de partículas químicas dissolvidas bem como pelo tamanho das mesmas. 
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Existem vários métodos disponíveis para medir a densidade específica: fitas reagente, refratômetro, e o urinomêtro(hidrômetro). 
Valor normal: 1.014 a 1.030
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Alterações na densidade específica: 
A densidade depende do grau de hidratação do paciente variando de 1.001 à 1.035. Observa-se também um aumento no valor da densidade em pacientes com proteinúria e glicosúria. 
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Semana que vem:
EXAMES QUÍMICOS: pH; PROTEÍNA; GLICOSE; CETONAS; BILIRRUBINA; SANGUE; UROBILINOGÊNIO; NITRITO; LEUCÓCITOS. 
EXAME MICROSCÓPICO: Exame Qualitativo do sedimento urinário e exame Quantitativo do sedimento urinário 
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Bom fim de semana e cuidado:::

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