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º O que é pessoa idosa? Segundo a legislação brasileira, é considerada idosa a pessoa com 60 anos ou mais de idade e para comprovar isto basta apresentar um documento oficial com foto. Contexto histórico O envelhecimento no Brasil ocorre de forma rápida e intensa. A expectativa de vida em 2016 aumentou para ambos os sexos, a média passou a ser de 75,72 anos, sendo 79,31 para a mulher e 72,18 para o homem. Dentre alguns fatores que favoreceram o aumento da expectativa de vida, podemos destacar os mais importantes: Melhoria da qualidade de vida; Ampliação de serviços médicos preventivos e curativos; Avanço da tecnologia médica; Ampliação da cobertura de saneamento básico; Aumento da escolaridade e da renda. A transição demográfica brasileira demonstra grandes desigualdades sociais no processo de envelhecimento, esse processo impactou e trouxe mudanças no perfil demográfico e epidemiológico em todo o país, produzindo demandas que requerem respostas das políticas públicas sociais, visto que são necessárias: Novas formas de cuidado, principalmente nos cuidados prolongados e na atenção domiciliar. Além de que, houve alteração no papel da figura feminina, onde ocorreu o aumento da sua inserção no mercado de trabalho e a diminuição da taxa de fertilidade e nupcialidade. Tais fatores, promovem a necessidade de cuidados dirigidos às políticas de saúde, assistência social e previdência social. Perfil epidemiológico da pessoa idosa É caracterizado pela tripla carga de doenças com forte predomínio das condições crônicas, prevalência de elevada mortalidade e morbidade por condições agudas decorrentes de causas externas e agudizações de condições crônicas. Vale a pena ressaltar que mesmo os idosos apresentando essas doenças ou disfunções, isso não acarreta na limitação total de suas atividades, restrição da participação social ou do desempenho de seu papel social. Marco importante conquistado pela ONU -> Plano Internacional para Envelhecimento (2002), que apresenta o objetivo de garantir o envelhecimento seguro e digno para todas as populações do mundo, bem como a participação e lugar nas sociedades como cidadãos plenos de direitos. Diretrizes da saúde da pessoa idosa A coordenação de Saúde da Pessoa Idosa do Ministério da Saúde é responsável por implementar a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (2006) que apresenta as seguintes diretrizes: Envelhecimento ativo e saudável; Atenção integral e integrada à saúde da pessoa idosa; Estímulo às ações intersetoriais; Fortalecimento do controle social; Garantia de orçamento; Incentivo a estudos; Pesquisas. Diretrizes para o cuidado das pessoas idosas no SUS Tem por objetivo orientar a organização do cuidado ofertado à pessoa idosa no âmbito do SUS, potencializando as ações já existentes e propondo estratégias para fortalecer, qualificar e ampliar o acesso da pessoa idosa aos pontos de atenção das redes de atenção à saúde. Algumas das estratégias são: Incluir a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, o Caderno de Atenção Básica (CAB 19) e a capacitação dos profissionais, a fim de conhecer as vulnerabilidades desse grupo populacional. O desafio está em incluir a discussão sobre o envelhecimento da população brasileira nas agendas estratégicas das políticas públicas. No referente à saúde, o desafio está em ampliar o º acesso, incluir e potencializar o cuidado integral, bem como concretizar ações intersetoriais nos territórios com foco nas especificidades e demandas de cuidado da população idosas. Estatuto do idoso (2003) Abrange as seguintes dimensões: Direito à vida; À liberdade; Ao respeito; À dignidade; À alimentação; À saúde; À convivência familiar e comunitária. No ano de 2013 foi lançado o Decreto Presidencial Compromisso Nacional para o Envelhecimento Ativo. Direitos da pessoa idosa na saúde Atenção integral à saúde da pessoa idosa por meio do Sistema Único de Saúde (SUS); Direito a acompanhante em caso de internação ou observação em hospital; Direito de exigir medidas de proteção sempre que seus direitos estiverem ameaçados ou violados por ação ou omissão do Estado, família, de seu curador ou de entidades de atendimento. Instituição de longa permanência para idosos Não existe consenso no Brasil para a definição de ILPIs, mas são instituições governamentais ou não governamentais de caráter residencial, destinadas ao domicílio coletivo de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos, com ou sem suporte familiar, em condições de liberdade e dignidade e cidadania. Inquérito nacional O papel do Estado é quase exclusivamente no abrigamento de idosos pobres, o número de instituições públicas é muito pequeno e dentre elas a maioria é municipal. Objetivos Traçar o perfil sociodemográfico, econômico e de saúde das pessoas idosas residentes nas instituições de longa permanência para idosos; Conhecer as condições estruturais (físicas, organizacionais e financeiras) das ILPIs cadastradas; Identificar a existência de integração e articulação das ILPIs com outros setores da comunidade; Conhecer as interfaces e parcerias estabelecidas entre as ILPIs e os serviços de saúde e outros serviços de assistência social nos territórios com vistas ao atendimento integral às pessoas idosas; Identificar os serviços e atividades que as instituições oferecem aos acolhidos, bem como identificar o tipo de vinculação com o poder público; Traçar o perfil dos profissionais que atuam nas ILPIs. Os resultados permitem atualizar informações qualitativas e quantitativas da realidade dessas instituições e dos seus moradores de forma a subsidiar a política de reordenamento dos serviços de acolhimento cadastrados no ministério da saúde. Metodologia Foram considerados os eixos: Características gerais da instituição; Características sócio demográficas e econômicas dos residentes; Desenho amostral dos residentes com representatividade regional para conhecer as condições de saúde dos residentes; Aceso dos residentes aos serviços de saúde e assistência social nos territórios. Foi realizado em duas fases: Levantamento amostral dos residentes com representatividade regional; Avaliação local de todas as instituições cadastradas no Censo SUAS 2014. Ações Para planejar as ações é necessário saber quantos idosos vivem no território e quais são suas diferentes necessidades. Uma forma de conhecer é classificar os idosos de acordo com sua capacidade funcional e com os cuidados que necessitam.
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