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AULA6-A_Produção_do_Capital_4

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1 
4. A PRODUÇÃO DO CAPITAL 
4.1. A Mais-Valia Absoluta 
4.2. A Mais-Valia Relativa 
4.3. Grande Indústria e Progresso Técnico 
 
 
 
 
2 
 
4. A PRODUÇÃO DO CAPITAL 
 
• produção capitalista é produção de mais-valia 
 
 6 horas 6 horas 
jornada 
 tempo de tempo de 
 trabalho trabalho 
 necessário excedente 
 
 
3 
 
4.1. A Mais-Valia Absoluta 
 
• forma de obtenção de mais-valia 
- aumento do trabalho excedente através da 
extensão e intensificação 
 
•••• o que é uma jornada de trabalho? 
- limites mínimo e máximo 
- trabalhador X capitalista 
 
 
4 
•••• natureza da troca não fixa limite para a 
jornada 
•••• trabalho de mulheres e crianças 
- aumento do tempo de trabalho extraído da família 
em relação aos salários totais 
- menor desigualdade sexual e extensão do tempo 
de trabalho da família (com duas fontes de renda) 
 
• mais-valia absoluta é uma forma limitada 
- predomina ao início do modo capitalista 
- sempre presente, combina-se com outra forma 
 
 
5 
4.2. A Mais-Valia Relativa 
 
•••• obtenção de mais-valia, mais trabalho 
excedente, mediante redução do tempo de trabalho 
necessário (valor da FT) 
- é compatível com aumento do salário real 
 
•••• mecanismo da mais-valia extraordinária 
explica redução dos valores das mercadorias 
- busca de vantagens competitivas 
- concorrência: introdução e difusão de novas 
técnicas que poupam trabalho 
 
6 
● mais-valia relativa cresce 
 com o aumento da produtividade 
- é um resultado social 
- torna-se forma dominante e geral 
- formas novas não excluem as anteriores 
 
•••• leis da produção de mais-valia: 
determinação, compensação, limitada 
 
MV = mv’ . V V = n . v 
 
7 
EXEMPLO NUMÉRICO: MAIS-VALIA RELATIVA 
 
• mecanismo da mais-valia extraordinária 
(superlucro) 
 
● trabalho social médio cria em 1 hora valor de 5$ 
 
● produção de casacos, durante uma jornada 
 
 
 
 
 
8 
a) situação inicial 
● em jornada de 12h produção de 6 unidades 
(casacos), valor total 75$ 
● valor total (produção): 
c (15$) + v (30$) + mv (30$) = (75$) 
● em horas de trabalho: 
3 horas + 12 horas = 15 horas (1,25 jt) 
● valor unitário (75/6): 
2,50$ + 5,00$ + 5,00$ = 12,50$ 
 
 
9 
● pagamento de salários: 
v = 30$ 
(equivale a 2,4 unidades; 6h da jornada) 
● taxa de mais-valia: mv / v = 100% 
● margem de lucro: l’ = mv / (c + v) 
= 30/45 = 67% 
 
 
 
 
 
10
b) introdução individual de inovação 
● nova situação: produtividade do inovador é 
dobrada na produção de casacos 
● em 12h produção de 12 unidades 
 
● valor total (produção) (dobro de insumos) 
medida individual: 
c (30$) + v (30$) + mv (30$) = 90$ 
unitário: 2,50$ + 2,50$ + 2,50$ = 7,50$ 
 
 
11
● porém, vale a média social 
medida social do valor: 
12 unidades x 12,50$ = 150$ 
 
● se o inovador tem produtividade dobrada em 
relação à média social, então vale como se 
- em 1h cria 10$ 
(12 x 10$ = 120$; + 30$ (c) = 150$) 
 
 
 
12
b.1) venda da produção por 150$ 
(preço = 12, 50) 
● mais-valia chega a: 150 - 30c - 30v = 90$ 
(60 mv extraordinária = diferença entre o preço 
médio da produção – valor social – e valor 
individual) 
● salários: 30$ são pagos com 2,4 unidades 
 (3h do tempo individual) 
● taxa de mais-valia: 90/30 = 300% 
● margem de lucro: 
l’ = mv / (c + v) = 90/60 = 150% 
 
13
b.2) venda da produção por 120$ 
(preço = 10$) 
(para colocar produção dobrada no mercado) 
● mais-valia chega a: 120 - 30c - 30v = 60$ 
(30 mv extraordinária = diferença valor social e 
valor individual) 
● salários 30$: pagos com 3 unidades 
(4h do tempo individual) 
● taxa de mais-valia: 60/30 = 200% 
● margem de lucro: l’ = mv / (c + v) = 
 60/60 = 100% 
 
14
c) com venda da produção por 90$ 
(preço = 7,50$) 
● situação final, após generalização de inovação 
● novamente, 1h cria 5$ para todos os produtores 
● mais-valia chega a: 90 - 30c - 30v = 30$ 
(somente mv normal) 
(não há diferença entre valores social e individual) 
● salários: 30$ são pagos com 4 unidades 
 (6h do tempo individual) 
 
 
15
● taxa de mais-valia: 30/30 = 100% 
● margem de lucro: l’ = mv / (c + v) 
= 30/60 = 50% 
 
● Observações: 
- redução do valor aparece inteiramente como 
aumento de salário real (de 2,4 para 4 unidades), 
para que se mantenha o mesmo salário em valor 
30$, mas poderia reduzir o valor da força de 
trabalho e permitir menor salário 
 
16
- se fosse mantido o salário em quantidade de 
casacos (salário real), bastariam ainda 2,4, com 
preço de 7,50$, total = 18$ 
(produção de mais-valia relativa de 12$) 
(mais-valia seria de 42$) 
(taxa de mais-valia seria: mv’ = 42 / 18 = 233%) 
(margem de lucro l’ = 42 / 48 = 88%) 
 
 
 
 
17
- se produtividade também dobrasse na produção de 
insumos, mantidos os salários, o valor individual 
cairia a: 
(15c + 30v+ 30mv =) 75$ / 12 = 6,25$ 
 
(margem de lucro retornaria ao nível inicial) 
 
 
 
18
4.3. Grande Indústria e Progresso Técnico 
 
•••• capital penetra a produção e a transforma 
- conforme a necessidade de ampliar a produção de 
mais-valia 
•••• busca de vantagens competitivas 
- contínua revolução da base técnica 
 
•••• cooperação simples 
- sem divisão de tarefas, ganhos do trabalho 
combinado, sob direção do capital 
 
19
•••• manufatura 
- divisão (técnica) do trabalho 
- parcialização das tarefas, instrumentos específicos, 
- desvalorização da força de trabalho 
- maior produtividade com a mesma base 
técnica artesanal 
 
•••• subordinação formal do trabalho ao capital 
- trabalhador conduz a operação sob propriedade 
do capitalista 
 
 
 
20
•••• grande indústria 
- resulta de revolução da base técnica 
- máquinas: de trabalho (máquina-ferramenta) 
 e de força motriz 
supera limites orgânicos do trabalho humano 
- objetivo: maior valorização via barateamento da 
mercadoria (redução do tempo necessário) 
 
● objetivação do processo de trabalho 
- produtividade definida na máquina 
- máquina é meio de produção de mais-valia 
 
21
- princípio subjetivo da divisão do trabalho é 
suprimido 
- aplicação do princípio da automação 
 
“[A fábrica é] um enorme autômato, composto por 
inúmeros órgãos mecânicos e conscientes, agindo 
em concerto e sem interrupção para a produção de 
um mesmo objeto, de modo que todo estão 
subordinados a uma força motriz, que se move por 
si mesma.” (Ure) 
 
 
 
22
 
“Na manufatura e no artesanato, o trabalhador se 
serve da ferramenta; na fábrica, ele serve a 
máquina. Lá, é dele que parte o movimento do meio 
de trabalho; aqui ele precisa acompanhar o 
movimento. Na manufatura, os trabalhadores 
constituem membros de um mecanismo vivo. Na 
fábrica, há um mecanismo morto, independente 
deles, ao qual são incorporados como um apêndice 
vivo.” 
 
 
 
23
•••• subordinação real do trabalho ao capital 
controle sobre propriedade e funcionamento dos 
MP 
 
•••• modo de produção especificamente capitalista 
- produção mecanizada de máquinas 
a grande indústria – mecanização 
- formação do Departamento 1, produtor de MP 
 
•••• transformação do modo de produção, para 
especificamente capitalista, em razão da subsunção 
(subordinação + inclusão) do trabalho ao capital 
 
24
● Revolução Industrial não é causada pelas 
invenções e máquinas 
 
•••• relação K x Trabalho é antagônica 
- contradição interna ao capital: o melhor 
trabalhador é a máquina 
- busca do capital por CONTROLE do processo de 
trabalho 
- progresso técnico tende a reduzir o trabalho 
vivo 
 
 
25
• maquinaria considerada em si e utilizada como 
capital 
- encurta o tempo de trabalho, aumenta a jornada 
- facilita o trabalho, aumenta sua intensidade 
- é vitória do homem sobre natureza, submete o 
homem pela força da natureza 
- aumenta a riqueza do produtor, o pauperiza 
 
• mais-valia relativa torna-se forma 
predominante 
- aumento da composição orgânica do capital 
 (C/ V) 
 
26
•••• aumento do capital fixo (riscos, obsolecência) 
- autonomização do capital no processo produtivo 
- contém todas as potências do trabalho humano 
força produtiva ciência (trabalho complexo 
acumulado) é mercadoria 
 
 
27
“Toda produção capitalista, à medida que ela não é 
apenas processo de trabalho, mas ao mesmo tempo 
processo de valorização do capital, tem em comum o 
fato de que não é o trabalhador quem usa as 
condições de trabalho, mas, que, pelo contrário, são 
as condições de trabalho que usam o trabalhador: só, 
porém, com a maquinaria é que essa inversão ganha 
realidade tecnicamente palpável. Mediante sua 
transformação em autômato, o próprio meio de 
trabalho se confronta, durante o processo de trabalho, 
com o trabalhador como capital, como trabalho morto 
que domina e suga a força de trabalho viva.” 
 
28
• capital como “vampiro”- 
trabalho morto alimenta-se de trabalho vivo 
os Meios de Produção usam o trabalho 
 
• mudança no caráter do trabalho produtivo, 
mediante o surgimento do trabalhador coletivo 
- composto de inúmeras habilidades e saberes, sem 
“colocar a mão na massa” 
- operário principal e ajudantes (supridores) 
- ao lado, há um pessoal numericamente 
insignificante, engenheiros, mecânicos, 
marceneiros, etc. 
 
29
•••• desqualificação e barateamento da força de 
trabalho 
- dissociação entre trabalhadores de execução - 
 engenharia e tecnologia - direção/gerência 
- trabalho intelectual e trabalho manual 
- empobrecimento do trabalho 
- trabalho é mero valor de uso do capital, trabalho 
abstrato, criador de valor e mais-valia 
 
 
30
“A separação entre as potências espirituais do 
processo de produção e o trabalho manual, bem 
como a transformação das mesmas em poderes do 
capital sobre o trabalho, se completa [...] na grande 
indústria erguida sobre a base da maquinaria. A 
habilidade pormenorizada do operador de máquina 
individual, esvaziado, desaparece como algo ínfimo e 
secundário perante a ciência, perante as enormes 
forças da natureza e do trabalho social em massa 
que estão corporificadas no sistema de máquinas e 
constituem com ele o poder do ‘patrão’.” 
 
 
31
“Enquanto o trabalho em máquinas agride o sistema 
nervoso ao máximo, ele reprime o jogo polivalente 
dos músculos e confisca toda a livre atividade 
corpórea e espiritual. Mesmo a facilitação do 
trabalho torna-se um meio de tortura, já que a 
máquina não livra o trabalhador do trabalho , mas 
[livra] seu trabalho de conteúdo.” 
 
• o produto do seu próprio trabalho se manifesta 
como uma potência que o subjuga e empobrece 
 
 
32
● a configuração autonomizada e alienada que o 
modo de produção capitalista imprime em geral às 
condições de trabalho e ao produto do trabalho 
em confronto com o trabalhador desenvolve-se 
com a maquinaria numa antítese completa 
- o meio de trabalho mata o trabalhador 
 
•••• direção do capital é técnica e despótica 
- a liderança da indústria: atributo do capital 
- trabalhadores manuais X supervisores do trabalho 
- códigos de fábrica: disciplina de caserna para o 
trabalho 
 
33
• condução do progresso técnico é subordinada a 
lógica de valorização 
- não leva em conta as condições sociais do trabalho 
e conseqüências sobre os recursos naturais 
 
• consequências imediatas da introdução da 
maquinaria 
- apropriação de forças de trabalho suplementares 
- prolongamento da jornada de trabalho 
- intensificação do trabalho 
 
 
 
34
• luta entre trabalhador e máquina 
- produz desempregados, não há compensação - 
revolta: destruição maciça de máquinas 
- inventos logrados para enfrentar motins de 
trabalhadores 
 
•••• limites à introdução de maquinaria: 
- poupa trabalho pago 
- deve garantir o controle capitalista do processo - é 
determinada pelas relações sociais contraditórias 
 
 
35
•••• contradições do desenvolvimento das forças 
produtivas com as relações capitalistas de 
produção 
- estas tornam-se obstáculo à ampliação, difusão 
do progresso técnico e ao desenvolvimento das 
forças produtivas

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