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AVD_Direito_Internacional

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Disc.: DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO E PRIVADO Período: 2022.1 
 
 
1,25 pts. 
 
1. 
 
 
No que diz respeito ao conflito de leis no tempo e no espaço, assinale a opção correta. 
 
 
 
 
Para resolver os conflitos de lei no espaço, o Brasil adota a prática 
do reenvio, mediante a qual se substitui a lei nacional pela 
estrangeira. 
 
Ao aplicar a lei estrangeira, o juiz pode pedir às partes que façam 
prova do seu teor e vigência. 
 
O reenvio corresponde à aplicação retroativa das leis, inserindo-se 
no campo do Direito Intertemporal. 
 
O direito estrangeiro é um fato, que deve ser invocado pelas 
partes no curso do processo, não podendo ser aplicado de ofício 
pelo juiz. 
 
O direito estrangeiro, para que possa ser aplicado no Brasil, 
precisa receber o exequatur do Superior Tribunal de Justiça. 
 
 
 
2. 
 
 
Considerando o conceito de nacionalidade, assinale a opção correta. 
 
 
 
 
O brasileiro nato e o brasileiro naturalizado que exerçam atividade 
contrária ao interesse nacional estão sujeitos à perda da 
nacionalidade, mediante processo judicial, assegurada ao réu 
ampla defesa. 
 
O brasileiro naturalizado há mais de 10 anos se equipara ao 
brasileiro nato, não estando sujeito à perda da nacionalidade 
mediante processo judicial. 
 
Além das condições previstas no texto constitucional, a Polícia 
Federal, por meio de decreto, pode estabelecer novos casos em 
que se exija a condição de brasileiro nato para a ocupação de 
cargos, empregos e funções públicas. 
 
A CF considera brasileiros natos, independentemente de 
formalidades, os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe 
brasileira, se qualquer deles estiver a serviço do Brasil. 
 
A exemplo dos países que se formaram a partir de grande 
contingente de imigrantes, o Brasil adota predominantemente o 
critério do jus sanguinis para definição da nacionalidade, 
admitindo, porém, em situações específicas, a aplicação do jus 
soli. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1,25 pts. 
 
3. 
 
 
Arnaldo, cidadão brasileiro, falece em Roma, Itália, local onde residia e tinha domicílio. 
Em seu testamento, firmado em sua residência poucos dias antes de sua morte, 
Arnaldo, que não tinha herdeiros naturais, deixou um imóvel localizado na Avenida 
Atlântica, na cidade do Rio de Janeiro, para a neta de sua enfermeira, que vive no 
Brasil. Inconformada com a partilha, Fernanda, sobrinha-neta do falecido, que há dois 
anos vivia de favor no referido imóvel, questiona no Judiciário brasileiro a validade do 
testamento. Alega, em síntese, que, embora obedecesse a todas as formalidades 
previstas na lei italiana, o ato não seguiu todas as formalidades preconizadas pela lei 
brasileira. Com base na hipótese acima aventada, assinale a alternativa correta. 
 
 
 
Fernanda tem razão em questionar a validade do testamento, pois 
a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro veda a partilha 
de bens imóveis situados no Brasil por ato testamentário firmado 
no exterior. 
 
O questionamento de Fernanda não será apreciado, pois a Justiça 
brasileira não possui jurisdição para partilhar o imóvel da Avenida 
Atlantica, já que o falecido não residia no Brasil. 
 
O questionamento de Fernanda não será apreciado, pois a 
jurisdição da Justiça brasileira é definida com base na 
nacionalidade do falecido. 
 
Fernanda não tem razão em questionar a validade do testamento, 
pois o ato testamentário se rege, quanto à forma, pela lei do local 
onde foi celebrado (locus regit actum). 
 
O questionamento de Fernanda não será apreciado, pois a Justiça 
brasileira não possui jurisdição para partilhar o imóvel da Avenida 
Atlantica, já que Arnaldo faleceu na Itália. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
4. 
 
 
Uma sociedade brasileira, sediada no Rio de Janeiro, resolveu contratar uma 
sociedade americana, sediada em Nova York, para realizar um estudo que lhe 
permitisse expandir suas atividades no exterior. Depois de várias negociações, o 
representante da sociedade americana veio ao Brasil, e o contrato de prestação de 
serviços foi assinado no Rio de Janeiro. Não há no contrato uma cláusula de lei 
aplicável. Por esse contrato, o estudo deveria ser entregue em seis meses. No 
entanto, apesar da intensa troca de informações, passados 10 meses, o contrato não 
foi cumprido. A sociedade brasileira ajuizou uma ação no Brasil, invocando a cláusula 
penal do contrato, que previa um desconto de 5% no preço total do serviço por cada 
mês de atraso. A sociedade americana, na sua contestação, alegou que a cláusula era 
inválida segundo o direito americano. Conforme a Lei de Introdução às Normas do 
Direito Brasileiro, qual é a lei material que o juiz deverá aplicar para solucionar a 
causa? 
 
 
 
Os princípios do UNIDROIT, por se tratar de contrato 
internacional. 
 
A lei americana, pois o réu é domiciliado nos Estados Unidos. 
 
A Lex Mercatoria, porque o que rege o contrato internacional é a 
prática internacional. 
 
A lei brasileira, pois o contrato foi firmado no Brasil. 
 
A lei brasileira, por ser a nacionalidade da parte que ajuizou a 
ação no Brasil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1,25 pts. 
 
5. 
 
 
Rafael é brasileiro naturalizado e casado com Letícia, de nacionalidade italiana. Rafael 
foi transferido pela empresa onde trabalha para a filial na Argentina, estabelecendo-se 
com sua esposa em Córdoba. Em 02/03/2009, lá nasceu Valentina, filha do casal, que 
foi registrada na repartição consular do Brasil. De acordo com as normas 
constitucionais vigentes, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
Valentina somente será brasileira nata se vier a residir no Brasil e 
fizer a opção pela nacionalidade brasileira antes de atingir a 
maioridade. 
 
Valentina não pode ser considerada brasileira nata, em virtude de 
a nacionalidade brasileira de seu pai ter sido adquirida de modo 
derivado e pelo fato de sua mãe ser estrangeira. 
 
Valentina é brasileira nata, não constituindo óbice o fato de seu 
pai ser brasileiro naturalizado e sua mãe, estrangeira. 
 
Valentina é brasileira nata, pelo simples fato de seu pai, brasileiro, 
ter se deslocado por motivo de trabalho, em nada influenciando o 
modo como Rafael adquiriu a nacionalidade. 
 
Valentina será brasileira nata se vier a residir no Brasil e fizer a 
opção pela nacionalidade brasileira depois de atingir a maioridade. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
6. 
 
 
Assinale a opção correta a respeito da nacionalidade no âmbito do direito 
internacional. 
 
 
 
A Declaração Universal dos Direitos do Homem consagra o direito 
à nacionalidade. 
 
Os sistemas jurídicos internos devem obedecer a definição de 
nacionais ou estrangeiros estabelecida pelo direito internacional. 
 
O direito internacional veda a múltipla nacionalidade 
 
A apatridia constitui o direito reconhecido internacionalmente aos 
indivíduos de não pertencer a nenhum Estado. 
 
Nessa esfera, natos são os detentores de nacionalidade derivada. 
 
 
 
1,25 pts. 
 
7. 
 
 
São formas de convenção de arbitragem: 
 
 
 
 
O juízo arbitral e o compromisso arbitral. 
 
A cláusula arbitral e o juízo arbitral. 
 
A cláusula compromissória e o juízo arbitral. 
 
A cláusula compromissória e o compromisso arbitral. 
 
A convenção compromissória e o compromisso arbitral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1,25 pts. 
 
8. 
 
 
Mohamed, filho concebido fora do matrimônio, requereu, na justiça brasileira, pensão 
alimentícia do pai, Said, residente e domiciliado no Brasil. Said negou o requerido e 
não reconheceu Mohamed como filho, alegando que, perante a Tunísia, país no qual 
ambos nasceram, somente são reconhecidos como filhos os concebidos no curso do 
matrimônio. A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta à luz da 
legislação brasileira de direito internacional privado. 
 
 
 
Nesse caso, não se aplicam normas de ordem pública, pois se 
trata de relação jurídica de direito internacional privado, e não de 
direito internacional público. 
 
O juiz, ao julgara referida relação jurídica, deve obedecer à lei da 
Tunísia, em vista da nacionalidade de Said. 
 
A lei brasileira assemelha-se à da Tunísia, razão pela qual esta 
deverá ser aplicada. 
 
O juiz não deverá aplicar, nessa situação, o direito estrangeiro. 
 
A reserva da ordem pública não está expressa na Lei de 
Introdução às Normas do Direito Brasileiro.

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