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Saúde do Trabalho

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Catarina Viterbo
SAÚDE DO TRABALHO
Medicina do Trabalho - Patologia Ocupacional
Patologia Ocupacional
Classificação (Schilling e Classificação Legal Brasileira)
Perda Auditiva Induzida por Ruído (PAIR - PAINPSE)
Pneumoconioses
Distúrbios Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho
(LER/DORT)
Toxicologia ocupacional
● chumbo (saturnismo)
● mercúrio (hidrargirismo)
● benzeno ( benzenismo)
Classificação de Schilling
Schilling I: Trabalho como causa necessária.
Schilling II: Trabalho como fator contributivo , mas não necessário.
Schilling III: Trabalho como provocador de um distúrbio latente ou
agravador de doença já estabelecida.
Classificação Legal Brasileira
Doença profissional:
● Desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a
determinada atividde.
○ Silicose
○ Saturnismos…
Doenço do trabalho
● Desencadeado em função de condições especiais em que o
trabalho é realizado.
○ PAINPSE
○ DORT…
Doença Ocupacional ou Doença Relacionadas ao trabalho
Schilling I: trabalho como causa necessária → D. Profissionais.
Schilling II: trabalho como fator contributivo, mas não necessário
Schilling III: trabalho como provocador de um distúrbio latente ou
agravador de doenças já estabelecidas. → II e III (D. do trabalho)
Perda Auditiva Induzida Por Ruída Ocupacional
PAIR: Perda auditiva induzida por ruído
PAIRO: Perda auditiva induzida por ruído ocupacional
PAINPSE: Perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora
elevados
Som/Ruído (onda sonora) → Agente físico
Risco ruído → Risco físico
Diminuição gradual da acuidade auditiva
● exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora
Lesão das células ciliadas do órgão de Corti dentro da cóclea
Diminuição gradual da acuidade auditiva
● exposição continuada a níveis elevados de pressão sonora
NR-15 → Limite de tolerância:
● intensidade máxima relacionada com a natureza e o tempo
de exposição ao agente que não causará danos à saúde do
trabalhador durante sua vida laboral
● LT para ruído contínuo: 85 dB para 8h de trabalho
Perda auditiva induzida por níveis de pressão sonora elevados
● Nível de pressão sonora
● Tempo de exposição
● Susceptibilidade individual
Características da PAIR
PAINPSE:
● é sempre neurossensorial
● é quase sempre bilateral
● uma vez instalada irreversível
● cessada a exposição NÃO há progressão
● a perda progride lentamente (anos)
● predomina nas frequências: 3, 4 e 6 KHz
PAIR pode ser agravada por:
● vibrações
● substâncias químicas
○ Fumos metálicos
○ Aminoglicosídeos, diuréticos
○ Solventes orgânicos (xileno, tolueno...)
Exposição a níveis elevados de pressão sonora:
● Perda auditiva
● Zumbido
● Dificuldade no entendimento da fala
Efeitos auditivos
● Perda auditiva
● Zumbido
● Dificuldade no entendimento da fala
Efeitos não auditivos
Catarina Viterbo
Catarina Viterbo
● Cefaleia
● Irritabilidade, ansiedade, insônia, fadiga
● Vertigem, variações na pressão arterial
Diagnóstico:
● anamnese: clínica e ocupacional
● informações: local de trabalho e exposição ao risco
Exame físico
Audiometrias (referência e sequenciais)
Principal medida → Prevenção
● reconhecimento do risco
● eliminação/neutralização do risco
● equipamento de proteção individual (EPI)
● controle médico de saúde ocupacional
○ audiometrias e programa de conservação auditiva
Pneumoconioses
Doenças pulmonares decorrentes da inalação e deposição de poeira
nos pulmões e da reação tecidual à sua presença
Poeiras → Agentes químicos
● Poeiras
● Fumos, fumaças
● Névoas
● Neblinas
● Gases, vapores
Poeiras Minerais
● Silicose
● Asbestoses
Silicose
Fibrose intersticial, nodular
Exposição prolongada à sílica cristalina
Mais prevalente das pneumoconioses
Maior gravidade
Atividades com exposição à silica cristalina
Jateamento de areia
Britagem de pedras
Perfuração de poços/escavação de túneis
Lapidação de pedras
Lixamento de peças de cerâmica
Polimento de fachadas
Corte e polimento de granito
Indústria da construção cerâmica e vidro
Atividades em pedreiras marmorarias
Beneficiamento de minérios
Formas de Silicose
Aguda ( silicoproteinose : meses a poucos
● material eosinofílico preenchendo os alvéolos
Acelerada (<10 anos)
Crônica
● exposição prolongada à poeira de sílica cristalina (décadas)
● evolução lenta
○ assintomático dispneia aos esforços/tosse/↓peso
Raios X/ TC de tórax na silicose
Opacidades micronodulares e nodulares
Predomínio em regiões superiores e posteriores
Nódulos podem coalescer → Grandes opacidades/massas
Aumento de linfonodos hilares/mediastinais
● calcificação em casca de ovo ( Eggshell
Diagnóstico de silicose
História clínica
Anamnese ocupacional (exposição compatível)
Imagem (RX/TC de tórax)
● características de imagem compatíveis
Biópsia (exceção)
● imagem incaracterística
● história de exposição ausente/não convincente
DOENÇAS ASSOCIADAS À SÍLICA CRISTALINA SILICOSE
Tuberculose (sílico Tuberculose)
● outras micobacterioses
Doenças autoimunes (ES, AR)
Sílica cristalina → Carcinogênica
● câncer de pulmão
Doença renal crônica
ASBESTOSE
Doença pulmonar intersticial com fibrose causada pela
inalação de fibras de asbesto/amianto
Atividades com exposição ao asbesto/amianto:
● mineração, moagem e ensacamento de asbesto
● fabricação de produtos de cimento amianto
● materiais de fricção (pastilhas de freio)
● materiais de isolamento e vedação
● produtos têxteis (mantas/tecidos antichama)
● construção civil
○ pisos vinílico
○ telhas
○ caixas d’água
○ tubulações
QUADRO CLÍNICO
Manifestação depende da carga e tempo de exposição
Pode se manifestar após cessada a exposição
Longo período de latência (>10 anos)
Assintomático → Dispneia de esforço progressiva // Tosse
//Baqueteamento // Cianose
RX// TC
RX: Opacidades reticulares, irregulares lineares
TC: Sinais de fibrose
● Espessamento de septos interlobulares
● Bronquiolectasias de tração
● Faveolamento
○ Predomínio em regiões basais e posteriores
DOENÇAS ASSOCIADAS AO ASBESTO
Asbestose
Espessamentos/Placas pleurais
Fibrose de retroperitônio
Cânceres
● pulmão
Catarina Viterbo
Catarina Viterbo
● laringe
● ovários
● estômago
● mesotelioma
○ pleura
○ pericárdio
○ peritônio
DIAGNÓSTICO DE ASBESTOSE
Evidência de exposição ao asbesto:
● anamnese ocupacional (exposição/latência plausível) e/ou
● marcador de exposição (placa pleural) e/ou
● corpos de asbesto
LBA, escarro induzido ou tecido
Evidência de alteração estrutural:
● imagem (RX/TC de tórax compatíveis)
● biópsia (exceção)
○ fibrose e corpos de asbesto
RECOMENDAÇÕES NAS PNEUMOCONIOSES
Diagnóstico de pneumoconiose → afastar da exposição
Manter monitoramento (mesmo após afastamento da exposição)
Atenção para tuberculose nos pacientes com silicose
● quimioprofilaxia: Isoniazida (6 meses) para expostos à sílica
com PPD>10 mm (afastada TB ativa)
Atenção para câncer de pulmão: sílica e asbesto
Atenção para mesotelioma : asbesto
Emissão de CAT
Notificação ao SINAN (Unidade Sentinela)
DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO
TRABALHO (LER/DORT)
Sobrecarga ao sistema musculoesquelético
Falta de tempo para recuperação → DORT
Etiologia multifatorial
Maior prevalência: mulheres
Dor, parestesia, sensação de peso, fadiga
Surgimento insidioso, geralmente em MMSS
Causas frequentes de afastamento do trabalho
Entidades neuro ortopédicas
Reumatismos de partes moles
● Tendinites, tenossinovites
● Bursites
● Epicondilites
● Neuropatias periféricas compressivas
Algumas condições que podem ser relacionadas
ao trabalho e enquadradas como DORT:
Mãe e punho:
● síndrome do túnel do carpo
● tenossinovite de DeQuervain
● tenossinovite flexores/extensores do carpo
● síndrome do canal de Guyon
Cotovelo
● epicondilite medial e lateral
● bursite do olecrano
Ombro:
● bursite de ombro
● síndrome do manguito rotador
● tendinite bicipital
● síndrome do desfiladeiro torácico
Avaliação Clínico
DORT?
O trabalho contribuiu?
Anamnese ocupacional
● Processo de trabalho, conteúdo das tarefas
Riscos ergonômicos
Biomecânicos
● posto de trabalho/ferramentas
● posturas inadequadas
● peso da carga levantada
Organização do Trabalho
● jornadas prolongadas● ausência de pausas
● ausência de revezamentos
● invariabilidade das tarefas
● exigência de produtividade/metas
Outros fatores
● vibração
● frio
ABORDAGEM EM DORT
Abordagem multiprofissional
Correções ergonômicas
Medicamentos
● analgésicos
● AINEs
● relaxantes musculare
● antidepressivos
Fisioterapia/Reabilitação
Órteses
Infiltrações
Psicoterapia
Cirurgia
TOXICOLOGIA OCUPACIONAL
Metais pesados
੦ saturnismo
੦ hidrargirismo
Solventes
੦ benzenismo
SATURNISMO
INTOXICAÇÃO POR CHUMBO INORGÂNICO
Fumos/Poeiras de chumbo
Fabricação de
baterias , acumuladores elétricos
Tintas, pigmentos
Indústria química
Afeta a biossíntese do heme
੦ acúmulo de ácido delta aminolevulínico
Catarina Viterbo
Catarina Viterbo
੦ acúmulo de zinco protoporfirina
Danos aos sistemas
੦ hematológico anemia
੦ Renal
੦ nervoso (central e periférico)
insuficiência renal
hipertensão arterial
gota
síndrome de
Fanconi cefaleia
↓
concentração
fadiga
irritabilidade
fraqueza neuromuscular
Dor abdominal, náuseas, vômitos
੦ confundido com abdome agudo
•
laparotomia branca
Tratamento Saturnismo
੦ interrupção da exposição
੦ durante crise álgica abdominal: hidratação
੦ terapia quelante (casos selecionados)
SATURNISMO
INTOXICAÇÃO POR CHUMBO
INORGÂNICO
Orla/Linha de Burton
੦ linha azulada/acinzentada no sulco gengival
੦ sulfeto de chumbo metabolismo oxidativo de bactérias
HIDRARGIRISMO
INTOXICAÇÃO POR MERCÚRIO
Garimpos
Produção de cloro soda
Fabricação de termômetros
Produtos dentários (amálgamas)
Lâmpadas fluorescentes
QUADRO CLÍNICO
Intoxicação aguda: Pneumonite, bronquite
Renal
Nervoso
Outros
alterações comportamentais
alucinações
perda de memória
tremores
síndrome nefrótica
(gengivite
sialorreia
diarreia
Catarina Viterbo

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