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Aula 7 - Direito Penal

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Aula 7 – Direito Penal 
Ação Penal Secundária
É aquela que abre oportunidade a ambas as partes - art. 225 CP (art. 213 a 218 do CP).
Art. 225.  Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. 
Parágrafo único.  Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável.
Ex de pessoa vulnerável: aquele que quebrou perna e braço e é abusado sexualmente no hospital. Independe da idade, será considerada incapaz.
É específica para crimes contra a dignidade sexual, em regra é uma ação pública condicionada à representação, pode preferir não passar esse art. 213, caput, CP.
Art .213 – conjunção carnal é só homem e mulher
A segunda parte do art. 213 trata de ato diverso da conjunção carnal que cabe tanto para como com homem, mulher com mulher ou homem e mulher. Ex: a mulher está dormindo no ônibus e o homem passa a mão nas pernas dela, ou o homem está dormindo e a mulher passa a mão nas pernas dele. OBS: a partir do momento em que se passa a mão não é mais tentativa.
 Então isso, seria uma ação penal secundária, pois o padrão é condicionado à representação. Se estiver no parágrafo único será pública e condicionada.
Também cabe na ação secundária a legitimação concorrente só é específico de crimes praticados contra funcionários públicos no exercício da atividade. Tanto o MP como a pessoa atingida pode propor a ação.
- Aditamento à denúncia 
 Tipos:
Próprios (é específico de coisa e pessoa) 
–> Real: vai incluir fatos 
–>Pessoal: Vai incluir novos acusados. Ex: eu tenho uma ação penal onde figura no polo passivo apenas um acusado. No curso do processo fica delineado na instrução probatória que tinham mais 2.
“Art. 384.  Encerrada a instrução probatória, se entender cabível nova definição jurídica do fato, em conseqüência de prova existente nos autos de elemento ou circunstância da infração penal não contida na acusação, o Ministério Público deverá aditar a denúncia ou queixa, no prazo de 5 (cinco) dias, se em virtude desta houver sido instaurado o processo em crime de ação pública, reduzindo-se a termo o aditamento, quando feito oralmente.
        § 1o  Não procedendo o órgão do Ministério Público ao aditamento, aplica-se o art. 28 deste Código. 
Quando ele fala “o MP deverá” entende-se que é um ato compulsório, obrigatório. Atenção! Toda a vez que o artigo disser deverá ou poderá, ele terá que realizar (art. 155 cp)
 Art. 28.  Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia, requerer o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer peças de informação, o juiz, no caso de considerar improcedentes as razões invocadas, fará remessa do inquérito ou peças de informação ao procurador-geral, e este oferecerá a denúncia, designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la, ou insistirá no pedido de arquivamento, ao qual só então estará o juiz obrigado a atender.
O art. 28 serve para pedido de arquivamento, mas Tb serve para todo ato especifico da mutatio liberis, quando o juiz entender que tem que aditar,ou seja, quando o juiz entende que tem que emendar a denúncia e o MP não quer emendar, ele vai socorrer por analogia do 28 do cpp. 
Os fatos novos que apareceram no contraditório e na ampla defesa, ou seja, após o oferecimento da denúncia, eles merecem o aditamento da denúncia.
Art. 383.  O juiz, sem modificar a descrição do fato contida na denúncia ou queixa, poderá atribuir-lhe definição jurídica diversa, ainda que, em conseqüência, tenha de aplicar pena mais grave. 
        § 1o  Se, em conseqüência de definição jurídica diversa, houver possibilidade de proposta de suspensão condicional do processo, o juiz procederá de acordo com o disposto na lei. 
        § 2o  Tratando-se de infração da competência de outro juízo, a este serão encaminhados os autos.
Trata-se de emendatio liberis, o juiz sem modificar os fatos descritos na denúncia, muda a capitulação, retifica a capitulação. Já na mutatio liberis, encerrada a instrução probatória, ele entende caber nova definição jurídica do fato porque na instrução probatória materializaram-se novos elementos, caso em que se deve aditar a denúncia.
No art. 383 a denúncia é a mesma, o que muda é a capitulação. O que está descrito é a mesma coisa o juiz muda na denúncia apenas a capitulação. Ex: a descrição feita na denúncia é de um furto qualificado, porém o MP colocou furto simples.
No art. 384, na instução probatória surgiram outras provas que fazem com que haja a necessidade de uma aditamento a denúncia para a inclusão, no caso real, de fatos, pessoal, mais acusados. Neste caso, ele está fazendo uma mudança da denúncia. 
OBS: o acusado se defende dos fatos descritos, a análise é dos fatos, então a emendatio liberis não tem aditamento à denúncia, apenas na mutatio liberis e tem o aditamento a denúncia porque os fatos se modificaram, e se os fatos se modificaram o acusado ou os acusados serão notificados dessa aderência feita.
No art. 383 não cabe notificação do acusado mesmo que ele já tenha sido citado, pois o acusado é chamado para se defender dos fatos narrados na denúncia e não na capitulação. 
Impróprios (é uma arrumação da denúncia)
 –> Retificação: complementação de dados do acusado. Ex: o MP denuncia Zé pela prática do ato, porem não apresenta qualificação por ser desconhecida. Depois que seus dados forem determinados, o MP vai retificar a qualificação de Zé.
–>Ratificação: Alteração de competência. Ex: quando uma pessoa é autuada por tráfico internacional, a atribuição é da justiça federal. Porém, posteriormente verificas-se que não é internacional e então ocorre o declínio par a justiça estadual. O MP estadual vai denunciar? Ele vai ratificar o que o MPF fez. 
–>Suplemento: Inclusão de elementos circunstanciais a denúncia. Ex: dia do fato
–>Esclarecimento: Esmiuçar mais o conteúdo da denúncia. Ex: o fato ocorreu do lado direito do automóvel. O fato de situar onde o individuo estava naquela artéria de forma miniciosa seria o esclarecimento.
- Recebimento da denúncia e interrupção da prescrição
Art. 117 - O curso da prescrição interrompe-se:  
I - pelo recebimento da denúncia ou da queixa;
Neste artigo, não se fala em nova denúncia, porém se o fato é novo vai se interromper a prescrição, ou seja, no caso de aditamento de fato novo próprio e real, ocorre interrupção. No caso de emendatio liberis não interrompe a prescrição, pois não ocorre aditamento a denúncia, serve apenas para definir uma definição jurídica do fato classificada pelo juiz, na denúncia, a narrativa é a mesma, mas o entendimento do juiz é diverso. a história contada na denúncia não coaduna com a capitulação feita pelo MP no entenndimento do juiz. O indivíduo se defende do fato, a capitulação é que o juiz entende que ela é incongruente à realidade. Então quando ele der a sentença, ele pode dar a sentença em um tipo mais gravoso. Ele não está transgredindo nada, ele não tem que mandar para o MP para aditar, pois o fato está lá, simplesmente na sentença ele vai fundamentar pelo que consta na denúncia. Quem dá jurisdição ao fato é o juiz, se o MP entender que o juiz está errado, apela.
Interromper a prescrição = voltar do zero
Suspender = voltar de onde parou

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