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AULA DE RECURSOS 3

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AULA DE RECURSOS 3- DIA 30/03
 O nosso ordenamento adota, como regra, o isolamento dos atos processuais. O que significa isso? A lei processual quando entra em vigor, ela atinge o processo em curso, os atos processuais praticados sob a vigência anterior são aproveitados. Essa é a regra do artigo 1211 do CPC atual, e no novo CPC está no artigo 1046. Então nós adotamos o isolamento dos atos processuais. Entraram em vigor, os processos que estão em andamento serão atingidos pela lei nova, a partir dali se aplica o novo Código, e os atos processuais já praticados não sofrem nenhuma ingerência, nenhum impasse. Essa é a regra. Agora, o novo CPC ele traz duas disposições, duas hipóteses, em que nós vamos aplicar o sistema da unidade processual e das fases processuais. E isso é importante, sobretudo, em relação aos recursos. Em relação ao parágrafo primeiro do 1046, podemos dizer que o novo CPC ele suprime o procedimento sumário, vai ter um procedimento comum, assim denominado, que pode sofrer adaptações casuísticas de acordo com a especificidade, complexidade da causa. Ele é mais singelo que o rito ordinário do CPC atual. E desaparece com o rito sumário. Desaparece também com alguns procedimentos especiais, como, por exemplo, a ação de usucapião de terras particulares, ação de depósito, esses estão desaparecendo. O que esse dispositivo está falando, parágrafo primeiro do 1046, que aqueles processos instaurados, antes da vigência no início da vigência do CPC de 2015, aqueles que foram propostos, instaurados antes, e que seguem um rito sumário ou algum desses procedimentos especiais revogados, eles até a sentença serão regulados pelo antigo CPC, o CPC de 73. 
Então vamos pensar que você ajuizou uma ação, você atravessou essa avenida correndo e foi atropelado, então você vai promover uma ação de reparo de acidente de veículo. Rito Sumário, artigo 275, inciso 2, alínea d. Essa ação foi proposta dia 10 de março de 2016, até a sentença é rito sumário do CPC de 73. 
 Outro ponto importante está em relação ao artigo 1047. Se você ajuizou uma ação pelo dia 10 de março de 2016, antes de vigência do CPC de 2015, as regras sobre provas, sobre direito probatório são do CPC de 73. O que vai prevalecer de regra de procedimento sumário, procedimento especial, daqueles que foram revogados, seriam as regras do procedimento em sentido estrito. As regras gerais, as disposições gerais devem ser do novo CPC. As de sistema recursal também. Isso é o que me parece, mas ainda é cedo pra dizer com convicção que realmente será essa a interpretação. 
TEMPESTIVIDADE ( VAI CAIR NA PROVA, KIRIDOS )
 Tempestividade é justamente a observância do prazo estabelecido em lei para interposição do recurso. E é um ponto importante, pq se ocorre a preclusão temporal, é a morte processual, transita em julgado. As regras de tempestividade nós vamos encontrar no artigo 506 e seguintes do CPC e do CPC de 2015 a partir do artigo 1003. O prazo dos recursos é um prazo próprio, pq é a cargo das partes, é um prazo legal, definido pelo legislador. A maioria dos recursos tem prazo de 15 dias. Ta no artigo 508. Tem recursos que tem prazos diferentes, como o agravo, tanto de instrumento quanto o retido, que tem prazo de 10 dias. Embargos de declaração, 5 dias, artigo 536. Agravo interno 5 dias, artigo 557, parágrafo primeiro. Existe um recurso que não tem prazo, deve ser interposto na hora, imediatamente que é o agravo retido, quando a decisão interlocutória é proferida da AIJ. Então o juiz indeferiu uma prova na hora, a parte agrava na hora e oralmente. 
 O novo CPC faz uma unificação dos prazos, todos os prazos serão de 15 dias, salvo embargo de declaração. 
 Agravo regimental tem prazo de 5 dias e eles são estabelecidos pelos regimentos internos, provavelmente não vai ter modificação. Mas houve uma unificação significativa dos prazos, parágrafo quinto, artigo 1003 novo CPC. 
 Existem algumas observações importantes sobre tempestividade de recursos. 
 1- o que está contido na regra do 507 CPC e no novo CPC está no 1004(que não tem modificação) .Que consiste em que, se tiver morte da parte ou do seu advogado, ou ocorrer motivo de força maior, que suspenda o curso do processo, será tal prazo restituído em proveito da parte, do herdeiro ou do sucessos, contra quem começará a ocorrer novamente depois da intimação. O que o artigo 507 aponta são causas de suspensão do processo. Nós vamos encontrar nos incisos primeiro e segundo do artigo 265 as hipóteses de suspensão do processo. As situações que geram suspensão do processo, também conduzem a suspensão de prazo, que por ventura esteja fluindo. Se pareceu a parte e já está fluindo o prazo da resposta, nós vamos ter a suspensão do processo e a suspensão do prazo da resposta. Acabou o evento que gerou a suspensão, vai haver a habilitação dos herdeiros. Nesse caso, o prazo que estava faltando é colocado a disposição da parte, ou seja, devolve-se apenas o remanescente do prazo. Isso é a conseqüência da suspensão de prazo, que é uma das conseqüências de suspensão do processo. No artigo 507, o legislador está dizendo que se acontecer essas duas situações de morte, da parte ou do advogado, ou ocorrer motivo de força maior, e estiver fluindo o prazo do recurso, a conseqüência não será a suspensão do prazo, será a interrupção do prazo. Ou seja, o prazo será restituído na integralidade. Então, a regra desse artigo é peculiar pq traz hipóteses de suspensão mas em regra ocasiona a interrupção do prazo. 
 2-se refere a interposição do recursos via correio, via postal. Começou a se observar a necessidade de se admitir com mais intensidade a interposição de recurso usando o serviço postal a partir de 95, quando o CPC foi alterado nesse particular, com o processamento do agravo de instrumento (recurso cabível pra colocar a decisão interlocutória na primeira instância). Então, para fazer a interposição por agravo de instrumento, teria que a parte, por intermédio do seu patrono, se deslocar até o Tribunal para fazer a interposição de recurso. Isso ia dificultar o acesso. Por esse motivo, o próprio momento da reforma lá em 95, passou a permitir que se utilize esse formato do agravo pelo correio. Ta no parágrafo segundo do 525. E assim a parte posta no correio, na agência de Macaé, dentro do prazo. E ai a sua tempestividade vai ser aferida com esse momento. Vai ter o carimbo da postagem. É esse o elemento que vai identificar se o recurso foi intempestivo ou não. Pq pode ser que você tenha utilizado o correio, ai teve algum problema, e mesmo com a tramitação normal demorou 15 dias pra chegar no Tribunal do RJ. O seu recurso vai ser intempestivo? Não. Pq a aferição da tempestividade é feita pela postagem. Parágrafo segundo, artigo 525. Agora, vamos pensar numa situação: você teve um recurso de apelação aqui no TJ que foi negado o provimento. Teve uma ação que você promoveu contra uma concessionária de serviço público de Macaé, tramitou numa das varas cíveis e a sentença foi de total improcedência. Ai você usa o recurso de apelação. Nesse caso você não vai precisar usar o correio pq a interposição da apelação é feita perante o órgão que proferiu a sentença. Depois que ele faz a análise dos requisitos de admissibilidade, ele vai pegar os autos e enviar por malote pro TJ. Mas os autos caminham junto com o recurso no caso da apelação. Ai você não tem o problema de ter que se deslocar pq você vai pagar por esse deslocamento, é oq se chama de porte de remessa de retorno. Que vamos estudar no preparo. Porte de remessa de retorno é a taxa que se paga pelo deslocamento. Ai vamos pensar que o seu recurso de apelação não foi provido, não foi acolhido pelo tribunal. Negou-se provimento a sua apelação por unanimidade de votos. Ou seja, todos os desembargadores que julgaram foram contrários. Mas você insatisfeito entende que nesse processo foi descumprida uma norma federal qualquer , ex: seu pedido foi improcedente por falta de provas. Quem é que pode dizer se isso aconteceu se o TJ não reconheceu? O STJ ,que é o guardião do ordenamento político federal. O recurso chegou no STJ, e não tinha um requisito de admissibilidade qualquer. 
súmula 216 STJ
 3- embargos de declaração- o artigo 538 CPC e 1026 do NCPC estabelece que os embargos de declaração interrompem o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes. Isso significa que você tem uma sentença, por exemplo, pode ser uma decisão interlocutória, um acórdão, não importa, a intimação da sentença de seu dia 12 . O prazo para recursos de apelação começou a fluir, 15 dias. Só que é possível pra impugnar sentença usar embargos de declaração, se tiver ponto obscuro, omisso, ou contraditório. E assim foi feito, a parte usou os 5 dias, embargos de declaração. O que vai acontecer com o prazo para apelação? Ele vai ficar paralisado enquanto os autos estão conclusos para se decidir sobre embargo de declaração. Então ficou lá 2 meses, não importa o tempo que fique. Teve a decisão dos embargos. Intima da decisão dos embargos, a partir daqui foi o prazo de 15 dias pro apelo. Esses embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de recurso por qualquer das partes. O prazo é paralisado e a partir da intimação desses novos embargos ele é restituído na integralidade. 15 dias conta-se novamente. Não vai ocorrer a interrupção se o embargo for intempestivo. Só vai influenciar na interrupção do prazo se a inadmissibilidade for pelo fundamento da intempestividade. Ai não interrompe. Qualquer outro fundamento que gere a inadmissibilidade do embargo de declaração vai gerar a interrupção e por qualquer das partes. 
4- embargos de declaração no juizado- os embargos de declaração nos juizados especiais não interrompem o prazo para interposição do recurso. O juizado especial não tem apelação, tem um recurso sem nome, que é praticamente uma apelação mas com alguns requisitos diferentes. O artigo 50 da lei 9009/95 diz que quando interpostos contra sentença, os embargos de declaração, suspenderão o prazo para recursos. Ou seja, é uma dinâmica diferente do CPC. No CPC embargo de declaração interrompe. Então teve a decisão da intimação dos embargos, você terá o prazo do recurso inteiro. No recurso subseqüente. No juizado é suspensão de prazo. O artigo 50 faz referência quando o embargo de declaração é interposto contra a sentença. O juizado especial tem duas sistemáticas de paralisação prazos por embargos de declaração: contra sentença, suspende, e contra acórdão, interrompe. 
PREPARO
 É o recolhimento das custas para o recurso. Em regra, o recurso para ser interposto exige do recorrente que recolha as custas pertinentes. O artigo 511 do CPC e artigo 1007 do NCPC vão trazer essa informação. Quando exigido pela legislação pertinente o recorrente no ato da interposição tem que apresentar a comprovação de que recolheu as custas do recurso, as custas exigidas para o recurso. Que se chama preparo recursal. Se as custas não forem recolhidas, o recurso será julgado deserto, ou seja, é não conhecer o recurso , não receber o recurso, pq as custas não foram recolhidas. Se recolher de modo insuficiente, o parágrafo segundo do 511 CPC diz que é possível completar, no prazo de 5 dias da intimação dessa informação. Então, o recurso será julgado deserto quando não tiver ocorrido o recolhimento de custas ou quando as custas não foram suficientes e parte intimada não complementou. Ai o recurso não irá caminhar. Quais são os recursos que na lei federal no código dispensam preparo? Embargos de declaração, art 536, não têm custas o embargo de declaração, agravo retido, p.ú do art 522, não tem custas agravo retido. Agravo em recurso especial ou recurso extraordinário, parágrafo segundo do 544, também não tem custas. As pessoas jurídicas de direito público tem isenção legal, União, Estado, a Fazenda Pública em geral e o MP não recolhem custas. É possível que se requeira a gratuidade na fase recursal. 
Observação importante sobre preparo recursal: os recursos excepcionais, especial e extraordinário, esses recursos passaram a ter custas próprias a partir de 2007. Nesse recursos, o recolhimento das custas era feito de forma local, e se transferia alguma cota pros tribunais anteriores, mas os tribunais superiores começaram a necessitar de mais recursos, pra estruturar melhor suas atividades. E em 2007, foi criada as custas dos tribunais superiores, através da lei 11636. 
 A apresentação do demonstrativo de pagamento se faz no ato da interposição do recurso. 
 Nos Juizados Especiais existe regra própria sobre o preparo do recurso. O artigo 42, parágrafo primeiro, da lei 9099/95, diz que o preparo será feito, independentemente de intimação, nas 48 horas seguintes à interposição do recurso, sob pena de deserção. E o parágrafo único do artigo 54 da mesma lei, diz que as custas do recurso vão compreender além daquelas referentes ao próprio recurso, todos os valores que foram dispensados no primeiro grau. Pq no Juizado o primeiro grau de jurisdição é completamente gratuito. Então isso faz com o que muitas vezes você tenha um custo significativo pra recorrer no juizado. Outra observação é que não existe complementação anterior, no juizado não se aplica o parágrafo segundo do artigo 511 do CPC, o recurso será julgado deserto. 
SEGUNDA PARTE DA AULA
 FORMAS DE RECURSOS
 
 Os recursos, em regra, são apresentados por escrito. Regularidade formal genérica dos recursos é a forma escrita, a maioria dos recursos darão esse indicativo expresso. Art 514 CPC pra apelação. Art 522, 524 CPC. Ou seja, indicam que o recurso é interposto de forma escrita. Existe situação em que o recurso será oral, é o que acontece com o agravo retido pra impugnar decisão interlocutória proferida na AIJ. O agravo retido para impugnar decisão da AIJ é oral. O agravo retido não tem previsão no NCPC.
 Outro aspecto importante sobre formas de cursos é o Juizado Especial. O art 49 da lei 9099/95, valerá não só para o Juizado Estadual, mas também para o Federal e para o Juizado da Fazenda Pública, essa regra de recursos é aplicada também nesses outros seguimentos. Pelo Juizado Especial, o embargo de declaração pode ser escrito ou oral. Somente no Juizado, não na Justiça comum. Na Justiça comum é forma é escrita, por petição. Alguns recursos vão apresentar aspectos sobre regularidade formal específico pra ele. Ex: o agravo de instrumento, aquele destinado a impugnar a decisão interlocutória em primeira instância, ele tem regra específica sobre regularidade formal. A regra está no artigo 525 CPC, que diz que o agravo de instrumento, como ele é interposto diretamente pelo Tribunal, a lei exige que o agravante apresente cópias de parte do processo que gerou a decisão. Só que ele fez isso de forma muito tímida. Ele só exigiu, ou seja, colocou como obrigatória a apresentação da cópia da decisão agravada da certidão ou outra prova da intimação dessa decisão e das intimações... ( não consegui entender de jeito nenhum) 
DINÂMICA DO JUÍZO DE ADMISSIBILIDADE 
 Juízo de admissibilidade é a variação dos requisitos de admissibilidade. Tanto intrínseco quando extrínsecos. 
A dinâmica dos recursos se passa basicamente por dois órgãos: a quo, que é aquele que profere a decisão decorrida, e o ad quem, que é o órgão competente para julgar o recurso. A maioria dos recursos passa pelo crivo de dois juízos. No mérito é só o ad quem que enfrenta. Mas a tramitação do recurso passa, em regra, por esses dois órgãos. Tem recurso que não passa por dois órgãos, passa diretamente pelo o que vai julgar, que é o caso do agravo de instrumento. Na primeira instância você não interpõe o agravo de instrumento perante o juízo que proferir a decisão, você interpõe direto no Tribunal. Essa dinâmica dos recursos é destinada a fazer um juízo de valor sobre a viabilidade do recurso, sobre os aspectos formais. 
 Vamos ter um juízo de admissibilidade, que se for positivo, abre espaço pra análise do mérito do recurso. Vai pro órgão que vai julgar. É o mesmo raciocínio para ação. 
A avaliação de admissibilidadeé adstrita aos requisitos de admissibilidade.

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