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S16P2 - Infecções genitais

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Maria Seiane - MEDICINA 
Infecções genitais 
DOENÇAS QUE CAUSAM CORRIMENTO: 
 Corrimento vaginal normal: Em mulheres em idade reprodutiva, o corrimento 
vaginal normal consiste em 1 a 4 mL de fluido (por 24 horas), branco ou 
transparente, grosso ou fino, na maioria das vezes inodoro e com pH entre 3,5 a 
4,5; Esta descarga fisiológica é formada por secreções endocervicais mucoides 
em combinação com células epiteliais descamativas, flora vaginal normal e 
transudato vaginal. 
o A secreção pode tornar-se mais perceptível às vezes ("leucorreia fisiológica"), 
como no meio do ciclo menstrual próximo ao momento da ovulação, durante 
a gravidez ou com uso de anticoncepcionais estrogênicos e progestínicos. 
o Dieta, atividade sexual, medicação e estresse também podem afetar o volume 
e o caráter do corrimento vaginal normal. 
o A secreção normal pode ser amarelada, levemente mal-cheirosa e 
acompanhada de sintomas irritativos leves; 
Corrimento patológico: 
 
 Uretral: 
o Dentre essas doenças, duas delas causam principalmente cervicite e uretrite 
que são a clamídia e gonorreia. 
o Clamídia: agente: Chlamydia tracomatis, gram negativa 
intracelular obrigatória; 
 Epidemiologia: Acomete preferencialmente menores 
de 25 anos. IST bacteriana crônica mais frequente. 
 Fatores de risco: idade menor que 25 anos; multiplicidade de parceiros 
ou parceiro novo nos últimos 90 dias, solteiros, uso inconsistente de 
métodos de barreira, ectopia de colo uterino (por maior exposição do 
epitélio), menor nível de escolaridade e socioeconômico, história de IST 
prévia. 
 Manifestações clínicas: O período de incubação dura de 6 a 14 dias. É 
comum apresentarem queixa de dispareunia (dor no final da penetração 
durante a relação sexual) e dor à mobilização de colo uterino ao exame 
especular. Cerca de 70% dos pacientes são assintomáticos, 
proporcionando assim um reservatório permanente da infecção. 
 Sequelas na mulher: esterilidade, gravidez ectópica, dor pélvica crônica. 
 Diagnóstico: Clínico, através das manifestações, e laboratorial, através da 
pesquisa de DNA (PCR), captura híbrida ou teste rápido por PCR real 
time; 
 Tratamento: doxiciclina; azitromicina; 
o Gonorreia: Agente: Neisseria gonorrhoeae, diplococo gram negativo. 
 Epidemiologia: Acomete mais mulheres do que homens, já que nelas 
geralmente ocorre de forma assintomática. 
 Manifestações clínicas: Período de incubação de 2 
a 5 dias. Cerca de 50% das pacientes são 
assintomáticas. Quando sintomáticos apresentar: 
cervicite mucopurulenta, já que o colo uterino é o 
local mais comum de infecção. 
Assim, a mucosa endocervical apresenta-se edemaciada, hiperemiada 
e sangrativa ao toque da espátula, além de leucorreia purulenta saindo 
pelo orifício externo do colo uterino. DIP, disúria e dispareunia podem 
estar presentes. 
 Diagnóstico: clínico e laboratorial; A bacterioscopia-gram com presença 
de diplococos gram negativos intracelulares é diagnostico de gonorreia. 
Caso negativa, não exclui a infecção, já que a sensibilidade é de 30% 
 Tratamento: ceftriaxone; ciprofloxacina; 
o Micoplasma: Agentes: Mycoplasma pneumoniae; Mycoplasma hominis, 
Ureaplasma urealyticum e Mycoplasma genitalium; 
 Epidemiologia: O M. hominis faz parte da flora vaginal e uretral de cerca 
de 20 a 50% de homens e mulheres sexualmente ativos; As mulheres são 
Maria Seiane - MEDICINA 
mais susceptíveis à colonização, enquanto os homens são, geralmente, 
assintomáticos. 
 Manifestações clínicas: Cerca de 50% das mulheres são assintomáticas. 
Quando sintomáticas, apresentam sinurragia, cervicite, sangramentos de 
escape e endometrite. Pode apreentar febre ou pielonefrite após 
cateterismo uretral ou citoscopia. 
 Diagnóstico: clínica; 
 Tratamento: azitromicina; levofloxacino. 
 Vaginal: 
o Tricomoníase: Agente: Trichomonas vaginalis, protozoário f lagelado 
anaeróbico falcultativo; 
 Epidemiologia: Corresponde a 20% dos casos de corrimento vaginal. É 
encontrada em 30 a 40% dos parceiros de mulheres infectadas. 
 Manifestações clínicas: Na maioria dos casos a mulher é sintomática, 
após a menopausa podem se tornar assintomáticas. Os homens são na 
maioria assintomáticos, funcionando como vetores, mas podem também 
desenvolver quadro de uretrite não gonocócica, epididimite ou prostatite. 
As características do corrimento são: amarelo ou 
amarelo-esverdeado, abundante, fétido e bolhoso. O 
pH vaginal, normalmente, é maior que 5. É comum 
ardência, edema e hiperemia. Ocasionalmente pode 
ocorrer disúria, polaciúria e dor pélvica. Na 
colposcopia, ou raramente a olho nu, é visualizada a 
colpite focal ou difusa em “colo de framboesa”, 
característica da tricomoníase e ocorre por dilatação 
capilar e hemorragias puntiformes; 
 Diagnóstico: clínico; Pode-se realizar medida do pH vaginal, teste de 
Whiff e microscopia a fresco do fluido vaginal. O pH vaginal, 
normalmente, é igual ou superior a 5. 
 Tratamento: metronidazol, VO, dose única e Tinidazol; 
o Candidíase: causada principalmente pela Candida albicans (80 a 90% dos 
casos) e ocasionalmente por outras espécies “não albicans”, como a C. 
glabrata e a C. tropicalis; é uma infecção endógena do trato reprodutivo e é a 
2ª causa mais frequente de vulvovaginite no menacme. 
 Fatores de risco: estados hiperestrogênicos, diabetes mellitus, 
imunossupressão por medicamentos ou doenças de base, gravidez, uso 
de tamoxifeno, uso de antibióticos, assim como hábitos alimentares e de 
vestimentas propícios ao crescimento contínuo dos fungos, e várias 
automedicações prévias inapropriadas. 
 Manifestações: prurido, ardência, corrimento (geralmente grumoso, sem 
odor), dispareunia, disúria externa, edema, eritema, fissuras, maceração, 
escoriações, placas aderidas à parede vaginal e colo uterino de cor 
branca. Nenhum desses achados é específico. 
 Diagnóstico: citologia vaginal; culturas especificas; pH vaginal: < 4,5 
sugere CVV; 
 Tratamento: miconazol tópico ou nistatina; fluconazol ou traconazol; 
o Vaginose bacteriana: é uma infeção endógena e é corrimento vaginal e mau 
cheiro. É uma síndrome a causa mais comum de polimicrobiana 
caracterizada pelo desequilíbrio da microbiota vaginal normal, com acidófilos 
(normais na microbiota vaginal) intensa redução dos lactobacilos e aumento 
expressivo de bactérias anaeróbias como Prevotella sp., Mobiluncus sp., G. 
vaginalis (mais frequente), Ureaplasma, Micoplasma e outros. 
 Emprega-se o termo vaginose (em vez de vaginite) devido à discreta 
resposta inflamatória pequeno ou inexistente) com ausência marcante 
de leucócitos; 
 Fatores de risco: multiplicidade de parceiros, novo parceiro, ducha 
vaginal, coito sem uso de preservativo , escassez de lactobacilos , sexo 
oral, raça negra, tabagismo, sexo durante a menstruação, dispositivo 
intrauterino e relação sexual em idade precoce. 
 Manifestações: corrimento branco-acinzentado cremoso ou bolhoso, 
com odor fétido (“cheiro de pescado”), principalmente após o coito e pós 
menstrual, aderente às paredes vaginais. Menos frequentemente, há 
dispareunia. 
 Diagnóstico: realizado pelos “critérios de Amsel” ou pela microscopia 
com a coloração de Gram, considerada o padrão ouro. 
 Tratamento: metronidazol; clindamicina. 
DOENÇAS QUE CAUSAM VERRUGAS GENITAIS: 
 São as doenças causadas pelo Papilomavírus humano (HPV), um DNA-vírus. 
 Epidemiologia: É, provavelmente, a IST mais comum. 1% da população 
sexualmente ativa manifesta HPV na forma de verruga genital. Como um todo, em 
cerca de 70% a 80% dos homens e mulheres sexualmente ativos adquiriu HPV em 
algum tempo de suas vidas. O HPV está envolvido no desenvolvimento do câncer 
do colo do útero em cerca de até 99,7% dos casos de CA de colo uterino. 
 Mecanismo: Para se estabelecer na epiderme, o HPV precisa infectar células 
metabolicamente ativas, como as da camada basal, ou seja, o ciclo do HPV está 
ligado a diferenciaçãoda célula escamosa. Assim, as proteínas E6 e E7 dos HPV 
Maria Seiane - MEDICINA 
16 e 18 formam complexos com as proteínas anti-oncogênicas p53 e pRB, 
respectivamente, e essas interações influenciam, pelo menos em parte, no poder 
de transformação desses dois vírus. 
 Manifestações clínicas: 
o Apresentação latente: ocorre quando as pessoas infectadas por HPV não 
desenvolvem nenhum tipo de lesão, sendo que tal condição pode permanecer 
durante toda a vida. 
o Apresentação subclínica: a lesão subclínica ocorre quando as microlesões 
pelo HPV são diagnosticadas por meio de exame de Papanicolaou e/ou 
colposcopia (lesões acetobrancas), com ou sem biópsia. 
o Apresentação clínica: a forma mais comum de apresentação é 
o condiloma acuminado (verruga), com lesões aparentes, 
vegetativas, vascularizadas, sesseis e múltiplas projeções 
papilares. As lesões se manifestam, principalmente, em região 
de fúrcula, grandes e pequenos lábios, região perineal e 
perianal. Nesses casos, a biopsia é indicada em condiloma 
acuminado atípico ou quando não há resposta ao tratamento. 
 Diagnóstico: A grande maioria das infecções por HPV é assintomática e 
autolimitada. Quando a doença se apresenta de forma clínica, como no caso do 
condiloma genital, o diagnóstico pode ser feito ao olho nu. O papanicolau é 
bastante utilizado como método de triagem, devido a boa sensibilidade. 
 Tratamento: O tratamento visa estimular o sistema imunológico, melhorando os 
sintomas, erradicando as lesões e prevenir a transmissão. 
DOENÇAS QUE CAUSAM ÚLCERAS GENITAIS 
 São lesões localizadas principalmente em região de vulva, vagina ou colo uterino. 
Os principais agentes etiológicos são o Herpes simplex vírus, Treponema 
Pallidum, Chlamydia trachomatis, Haemophilus ducreyi e Klebsiella granulomatis. 
 Herpes genital: Agente: Herpes simplex vírus (HSV--tipo 1 e HSV-tipo 2). 
o Epidemiologia: A causa mais comum de úlcera genital é a herpes genital, 
principalmente pelo sorotipo HSV-tipo2. A transmissão ocorre por contato 
sexual vaginal, oral ou anal, pela mucosa ou lesão infectante. Cerca de 50-
90% dos adultos têm anticorpos circulantes contra HSV-tipo1; 
o Classificação: 
 Primo-infecção herpética: Geralmente subclínica e a paciente torna-se 
portadora assintomática. Nos casos sintomáticos, período de incubação 
de 4-7 dias, observam-se lesões eritematopapulosas de 1 a 3 mm em 
pequenos lábios, clitóris, grandes lábios ou fúrcula vaginal que evoluem 
para vesículas agrupadas com conteúdo citrino, que se rompem e dão 
origem a ulcerações muito dolorosas. Adenopatia inguinal bilateral pode 
estar presente em 50% dos casos. Quando presente, a cervicite herpética 
cursa com corrimento genital aquoso. A paciente pode apresentar ainda 
sintomas gerais como febre, mal estar e mialgia. Após 3 semanas o vírus 
entra em estado de latência em gânglios medulares ou de nervos 
cranianos. 
 As lesões herpéticas são caracterizadas por 
vesículas agrupadas sobre uma base eritematosa, 
que evoluem para pequenas úlceras arredondadas, 
dolorosas, com bordas lisas. Posteriormente são 
recobertas por crostas sero-hemáticas até a 
cicatrização. A lesão tem regressão espontânea em 
7-10 dias. 
 Herpes recidivante: 90 – 60% dos pacientes tem recidiva em 1 ano por 
reativação dos vírus, que migram através dos nervos periféricos e 
promovem erupções em pele e mucosa. O quadro clínico é menos 
intenso do que na primo-infecção, sendo precedido por aumento da 
sensibilidade, prurido, queimação e “fisgadas” nas pernas, quadris e 
região anogenital. 
o Diagnóstico: clínico; laboratorial conta com a coleta do material para detecção 
direta de HSV; 
o Tratamento: aciclovir; 
 Sífilis: Agente: Treponema pallidum, bactéria Gram-negativa, do grupo das 
espiroquetas. 
o Transmissão: por contato, principalmente sexual, com 
pacientes com lesões genitais ativas. Na sífilis congênita, 
ocorre por meio da via hematogênica. 
o Classificação: 
 Sífilis primária: Conhecida por cancro duro. Possui 
incubação de 10- 90 dias, em média de 3 semanas; 
Inicialmente ocorre o aparecimento de lesão genital 
ulcerada, quase sempre única, indolor, de bordos 
endurecidos, de fundo limpo e rica em treponemas. 
-Além disso, ocorre adenopatia satélite inguinal bilateral, 
indolor. 
-A lesão dura cerca de 2 a 6 semanas e desaparece espontaneamente; 
 Sífilis secundária: surge entre 6 semanas a 6 meses após cancro duro, 
manifestando lesões cutâneo-mucosas, como roséola sifilítica 
Maria Seiane - MEDICINA 
(exantema morbiliforme não pruriginoso), sífilis papulosa palmo-plantar, 
alopecia areata e lesões pápulo-hipertróficas nas mucosas ou pregas 
cutâneas (condiloma plano ou condiloma lata); 
- Pode vir acompanhada de febre, mal--estar, cefaleia, 
adinamia, aumento dos linfonodos palpáveis presentes 
em região cervical posterior, axilar, inguinal e femoral. 
Mais raramente observa-se acometimento hepático, 
quadros meníngeos e comprometimento ocular (uveíte). 
As lesões desaparecem entre 4-12 semanas, sem 
cicatrizes. 
- Nesse estágio da doença, há resposta imune significativa, com 
aumento da produção de anticorpos contra o treponema; 
 Sífilis terciária: tardia, surge após 2 - 40 anos da infecção. Apresenta 
manifestações cutâneas (lesões gomosas e nodulares), neurológicas 
(tabes dorsalis, parestesia generalizada, meningite), ósseas (osteíte 
gomosa, periostite, osteíte esclerosante) e cardiovascular (aortite sifílica). 
o Diagnóstico: A microscopia de campo escuro é padrão-ouro no diagnóstico 
de sífilis, porém raramente está disponível; testes não treponêmicos: VDRL, é 
bastante sensível e utilizado como screening populacional (falsos positivos 
em portadores de doença autoimune) – positivo apenas 2-3 semanas após 
infecção. Se o teste for positivo realiza-se o teste treponêmicos (FTA-ABS), 
altamente especifico, fechando diagnóstico – reativo somente a partir de 15 
dias; 
o Tratamento: penicilina G benzatina ou ceftriaxona ou azitromicina; na 
neurosifilis é a penicilina G cristalina; 
 Cancro mole: Agente: Haemophilus ducreyi, coco bacilo gram negativo. 
o Epidemiologia: Houve declínio na sua incidência nos últimos anos. Porém, 
ainda se configura como terceira causa mais comum de úlceras genitais. 
o Transmissão: contato sexual; 
o Manifestações clínicas: Período de incubação de 3 a 
5 dias. Apresenta-se com uma ou múltiplas ulceras 
dolorosas hiperemiadas, com bordas irregulares e 
eritemato-edematosas, fundo purulento ou irregular, 
recoberto por exsudato necrótico, amarelado, com 
odor fétido e com tecido granulomatoso ao fundo. 
Compromete a genitália externa, mas pode acometer 
também ânus e, raramente, cavidade oral. 
Pode ainda atingir os linfonodos inguino-crurais (bubão); 
o Diagnóstico: O diagnóstico é clínico, deve ser pensado após excluir sífilis e 
pelas características das lesões. 
o Tratamento: azitromicina; ciprofloxacina; 
PREVENÇÃO 
 Manter uma boa higiene genital – evitar usar duchas vaginais, lenços 
umedecidos ou papel higiênico perfumado; 
 Roupa intima de algodão; 
 Usar preservativo durante a relação sexual; 
 Manter uma boa alimentação; 
 Evitar roupas apertadas. 
 Vacinação; 
REFERÊNCIAS: 
SILVA FILHO, Agnaldo; LARANJEIRA, Claúdia. Manual SOGIMIG de ginecologia e 
obstetrícia. 6. ed. Rio de Janeiro: Med Book, 2017. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de 
DST, Aids e Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para 
Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis. 
Brasília-DF, 2015. 
Tuddenham, S., Ghanem, K.G. Approach to the patient with genital ulcers. 
Uptodate, 2020. 
Hicks, C.B., Clement, M. Syphilis: Screening and diagnostic testing. Uptodate, 2019.

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