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Toxicologia Veterinária Os Piretroides são inseticidas sintéticos, produzidos a partir das piretrinas. Esses agentes foram produzidos com o intuito de obter um efeito praguicida, porém sem apresentar efeitos indesejáveis para o meio ambiente e aos demais organismos expostos a eles. Vantagens do uso de Piretroides: ─ Alta seletividade entre praga/mamífero; ─ Alta eficácia; ─ Baixa fotoestabilidade; ─ Alta biodegradabilidade; ─ Menos efeitos adversos sobre o meio ambiente e/ou sobre os organismos a eles expostos. Os piretroides são divididos em 2 grupos: ─ Tipo I ─ Tipo II Piretroides tipo I • Não possuem um componente alfaciano na sua estrutura. • São usados como inseticidas em ambientes domésticos em forma de spray. • Causam a síndrome T: Tremores. • Principais agentes: └ Aletrina └ Tetrametrina └ Permetrina └ Resmetrina └ Fenotrina Piretroides tipo II • Possuem um componente alfaciano na sua estrutura. • São usados como ectoparasiticidas, no controle de ácaros, carrapatos, moscas, pulgas e piolhos, em forma de shampoo. • Causam a síndrome CS: Coreoatetose e salivação. • Principais agentes: └ Cialotrina └ Deltametrina └ Flumetrina └ Cifenotrina └ Fenvalerato └ Cipermetrina Intoxicação por Piretroides @vetworldstudy As Piretrinas são compostos naturais derivados da flor Chrysanthemum cinerariaefolium, que possui propriedades inseticidas naturais. A presença ou ausência desse componente alfaciano determina o tipo de síndrome neurotóxica, observada em mamíferos e insetos intoxicados por Piretroides. Fontes de exposição • A intoxicação por piretroides ocorre através de duas fontes de exposição: ─ Direta: Manipulação, ingestão acidental, utilização incorreta e criminosa. ─ Indireta: Contaminação do meio ambiente e de alimentos. Processo de biotransformação: ─ A biotransformação dos piretroides ocorre no fígado. ─ Esses agentes são rapidamente absorvidos pelas vias oral, dérmica ou respiratória. ─ Excreção: Renal. Manifestações Clínicas • Salivação; • Vômito; • Hiperexcitabilidade; • Tremores e convulsões; • Dispneia e broncoespasmo; • Hipo ou hipertermia; • Fraqueza e prostração; • Insuficiência respiratória (leva à morte). Diagnósticos • História clínica: exposição ao agente. • Hemograma e bioquímicos: apresentam normalidade. Tratamento • Geral: ─ Banhos com água e sabão: desintoxicação dérmica. ─ Atropina: controle da sialorreia e hipermotilidade. └ 0,02 a 0,04 mg/kg. ─ Diazepam: Controle de convulsões. └ 0,5 a 1,0 mg/kg – IV. ─ Fluidoterapia: NaCl 0,9% (Soro Fisiológico) • Ingestão: ─ Lavagem gástrica: └ Uso de eméticos (em até 2h após a ingestão); └ Uso de carvão ativado. As piretrinas e os piretroides interferem nos canais de sódio, aumentando a excitabilidade do animal. Realizar ventilação mecânica/oxigenoterapia em casos de dispneia. Deve-se evitar o uso de FENOTIAZINICOS em casos de sinais neurológicos, pois eles potencializam os efeitos dos piretroides por atuarem nos mesmos receptores GABA, nicotínicos e ATPase. Prognósticos • Bom: Os pacientes se recuperam em até 24h. • Reservado: Os pacientes ficam mais de 24h em terapia intensiva. Além disso, não há medicamento reversor dos efeitos dos Fenotiazínicos. └ Utilizar Acepran 2% IM em dose mínima. └ NÃO ADMINISTRAR VIA IV. Os gatos possuem um prognóstico reservado, pois são mais sensíveis a esses compostos.
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