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IMEC_DIREITO-CONSTITUCIONAL_CONTROLE-DE-CONSTITUCIONALIDADE_2_2014.2

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Prévia do material em texto

02/09/2014
1
1
“Se projetas alguma coisa, ela te sairá
bem, e a luz brilhará em teus caminhos.”
(Jó 22:28)
2
02/09/2014
2
3
- Lei Complementar (Art. 59, II, 61, 63 a 66 e 69 da CRFB/88)
- Lei Ordinária (Art. 59, III, 61 e 63 a 67 da CRFB/88)
- Lei Delegada (Art. 59, IV e 69 da CRFB/88);
- Medida provisória (Art. 59, V e 62 da CRFB/88);
- Decreto Legislativo (Art. 59, VI e 62, §§ 3º e 11, da CRFB/88);
- Resoluções (Art. 59, VII, da CRFB/88);
- Decretos Autônomos (art. 84, inc. VI, da CRFB/88).
Normas 
Infralegais
N
or
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as
 I
n
fr
ac
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ci
on
ai
s
-Atos Normativos Expedidos Exclusivamente pelo Chefe
do Executivo (competência privativa) => Decretos
Regulamentadores (Art. 84, inc. IV, da CRFB/88);
- Atos Normativos Expedidos por Ministros de Estado
(art. 87, p.u., inc. II, da CRFB/88);
- Demais Atos Normativos Expedidos por Autoridades
Públicas (ex. instruções normativas).
4
CRFB/88 Normas 
Constitucionais
Normas 
Supralegais
Normas 
Legais
Preâmbulo 
(ADI 2.076 / AC);
Normas de Direitos Humanos (ex. Pacto de São José da Costa Rica)
=> sem o quorum qualificado das EC. (RE 466.343 e RE 349.703)
-Texto Orgânico da CRFB/88 c/ ADCT;
-Emendas Constitucionais (art. 59, inc. I, e 60 da
CRFB/88. (EC 1/92 a 71/12);
- Emendas Constitucionais de Revisão. (ECR 1/94 a
6/94);
- Tratados e Conv. Internacionais de Direitos
Humanos n/f do art. 5º, § 3º, da CRFB/88. (Status de
Normas Constitucionais e NÃO estão no texto da
CRFB/88). => Bloco de Constitucionalidade
02/09/2014
3
� Normas Constitucionais
5
Conceito: São normas que possuem status de
constitucionais ao decorrerem do poder constituinte
originário e do derivado reformador, sendo-as paradigmas
solares na criação de outras normas e regras jurídicas no
Ordenamento Jurídico, situando-se ou não no corpo da
Constituição, recebendo-as supremacia normativa formal e
material, por lhes serem responsáveis pela organização
político, administrativa, jurídica do Estado.
Obs.: Não incluem, como normas constitucionais os tratados e convenções
internacionais de Direitos Humanos inobstante observarem o quorum
qualificada dado às emendas constitucionais (art. 5º, § 2º e 3º c/c 60, § 2º, da
CRFB/88); contudo, sob a premissa de bloco de constitucionalidade, há quem
entenda serem normas constitucionais.
6
02/09/2014
4
7
Conceito pela CESPE: “A norma constitucional é uma
sobre-norma, porque trata do conteúdo ou das formas
que as demais normas devem conter, apresentando
princípios que servem de guias supremos ao exercício das
competências dos órgãos.” (CESPE, Questão 31,
MPS/Agente Administrativo/2010)
Conceito pela VESTCON: “As normas constitucionais
são aquelas que possuem , seja
porque
, seja por
.” => Bloco de Constitucionalidade
� Normas Constitucionais e Controle de
Constitucionalidade
8
02/09/2014
5
9
1) Supremacia da Constituição → material e formal;
2) Escalonamento Normativo → dentro do âmbito das espécies normativas (art. 59 da CF/88), as 
normas constitucionais, que são dotadas de supremacia formal e material, situam-se no ápice de uma 
relação hierárquica e vertical de normas;
3) Grau de Rigidez Constitucional → ante o status de supremacia constitucional, para que haja a 
efetividade do texto constitucional, dentro de um sistema de escalonamento vertical de normas 
jurídicas, é indispensável que seu texto tenha um nível firme de estabilidade político-jurídica quanto a 
sua alteração, seja por meio do poder de reformar (legislativo) seja pela mutação constitucional 
(judiciário), de tal maneira em que a própria Constituição ao se submeter a alteração de seu texto 
(reforma - alteração do texto constitucional), somente ocorre via processo mais complexo, dificultoso e 
solene de alteração, no caso via emendas constitucionais (art. 60 da CF/88);
4) Exercido sob atos normativos dos Poderes do Estado → por vontade da Constituição, somente 
os atos normativos se submetem ao controle de constitucionalidade, no caso pelo legislativo as leis 
propriamente ditas, no executivo as medidas provisórias e as deliberações administrativas em geral e 
pelo judiciário os regimento interno dos tribunais;
5) Proteção aos Direitos e Garantias Fundamentais e de suas regras e disciplinas → está 
relacionado ao porque próprio fenômeno do constitucionalismo, refletindo na tutela de bens jurídicos 
relevantes para todo o cidadão e a toda a sociedade, logo visa proteção às liberdades públicas; 
contudo, o controle atinge, t.b., normas eminentemente na seara das regras e das disciplinas sem 
densidade normativa, cujo assunto poderia ter se submetido ao normativo infraconstitucional, a ex. art. 
242, § 2º da CF/88 (previsão do Colégio Pedro II, no município do Rio de Janeiro, mantido por recursos 
da União);
6) O controle de constitucionalidade somente é exercido sob as normas constitucionais 
vigentes, ADI 1.552/DF, de 2002 (vide ADPF nº 33, de 2006 – controle de constitucionalidade 
exercido por normas pré-constitucionais, visando “a declaração de ilegitimidade ou de não-recepção 
da norma pela ordem constitucional superveniente”).
� Normas Constitucionais e Vigência
Constitucional
10
02/09/2014
6
11
Vigência 
Constitucional
Fenômeno da 
Recepcionalidade
(sob o pálio de regime jurídico 
anterior perante a atual vigência 
constitucional)
Obs.: Pelo princípio da recepção 
continuam válidos todos os atos 
legislativos editados à época da 
vigência do Sistema Constitucional 
anterior à atual Constituição (não 
precisam ser reeditados, recriados ou 
refeitos, mediante outra produção 
legislativa), ex. a Lei 5.172 de 1966, 
que instituiu o Código Tributário 
Nacional, foi recepcionada pela Carta 
Magna como norma geral em matéria 
de legislação tributária, por força do 
art. 146, inc. III, da CF/88;
Princípio da Recepção 
Material
Obs.: Pelo princípio da recepção 
material, a nova Constituição poderá 
assegurar a vigência de normas 
constitucionais pretéritas, mantendo-
se em vigor no novo Ordenamento 
Jurídico, ex. art. 34, caput, §1º, do 
ADCT. Nesta perspectiva, exige 
mandamento constitucional explícito, 
expresso no texto constitucional, 
provendo-lhe a incidência;
� Princípio da Recepção Material de
Normas Constitucionais
12
02/09/2014
7
São normas
constitucionais que no plano material são recepcionadas pela Nova
Ordem Constitucional, mantendo-se sua vigência na antiga qualidade
de constitucionais; as regras de tal recepção são dadas pelo Poder
Constituinte Originário (que é ilimitado, absoluto), na medida em
que a regra é que as normas constitucionais anteriores sejam
revogadas; daí serem comumente recebidas por prazo certo, ante sua
inevitável natureza precária, marca característica da recepção material
de normas constitucionais.
Obs.: A recepção sempre é material das normas constitucionais, pois estamos diante do
fenômeno da compatibilidade horizontal das normas de mesma hierarquia; a revogação
de normas constitucionais é a regra de manifestação do Poder Constituinte Originário
(lex posterior derogat priori); direfere a “Recepção Material de Normas
Constitucionais” da “Desconstitucionalização”, pois nesta, de maneira inequívoca e
expressa no texto constitucional, as normas constitucionais anteriores são mantidas na
nova Ordem Constitucional com status de Lei ordinária (ex. Constituição de Portugal
de 1976, art. 292).
13
O sistema
tributário nacional entrará em vigor a partir do
primeiro dia do quinto mês seguinte ao da
promulgação da Constituição, mantido, até então, o da
Constituição de 1967, com a redação dada pela Emenda
nº 1, de 1969, e pelas posteriores.
§ 1º - Entrarão em vigor com a promulgação da
Constituição os arts. 148, 149, 150, 154, I, 156, III, e 159,
I, "c", revogadas as disposições em contrário da
Constituição de 1967e das Emendas que a
modificaram, especialmente de seu art. 25, III.
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02/09/2014
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� Recepção de Normas Jurídicas
15
Recepicionalidade
CTN (Código Tributário 
Nacional)
- Publicado em 27.10.1966 e
Retidfcado em 31.10.1966;
-Por força do art. 7º do Ato
Complementar (ACP) nº 36 de
13.03.1967 passou a ser
denominado CTN;
- Desde a CF/1967 foi
recepcionado como Lcp, onde
por força do Art. 146, inciso III,
da CRFB/88, manteve o mesmo
status.
CTN (Código Tributário Nacional)
Por força do Art. 146, incisos I, II 
e III, o CTN (Lei Federal nº 5.172 
de 1.966), foi recepcionado, 
desde a CF/67, como lei 
formalmente ordinária e 
materialmente complementar.
Alterações no CTN após a CRFB/88
LCP 59, DE 22/12/1988;
LCP 91, DE 22/12/1997;
LCP 104, DE 10/01/2001;
LCP 118, DE 09/02/2005.
Controle de 
Constitucionalidade
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9
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- VIGÊNCIA CONSTITUCIONAL → consiste no período que vai da entrada em 
vigor da Carta Política até a sua revogação;
- VOCATIO CONSTITUTIONIS ou VOCATIO LEGIS CONSTITUTIONALIS → submete-se 
as normas constitucionais ao período em que são autorizadas a entrarem em 
vigor, ex.1 Constituição brasileira de 1967, que foi assinada em 24 de janeiro 
de 67, vigorou em 15 de março de 1967, ex.2 a EC nº 1/69 entrou em vigor 
em 17 de setembro de 1969 e sua vigência ocorreu em 30 de setembro de 1969 
(contudo, nosso texto atual – CF/88 –, submeteu-se ao fenômeno da 
promulgação-publicação, logo não ocorreu a vocatio constitutionis, nem 
trouxe cláusulas específicas de sua vigência, ressalvada a previsão de prazos 
de aplicabilidade de determinadas normas, ao nível de direito 
intertemporal, conforme disposição dada no ADCT, que em grande parte 
são normas constitucionais de eficácia exaurida e aplicabilidade esgotada);
- APLICABILIDADE CONSTITUCIONAL → relativo a realizabilidade, consiste na 
possibilidade de incidência da norma constitucional ao caso concreto, 
podendo-a ser mediata e imediata; 
- EFICÁCIA CONSTITUCIONAL → relativo a potencialidade, ligado a capacidade 
das normas constitucionais gerarem efeitos, podendo variar em grau e 
profundidade, cujos eficácia podem ser absoluta, plena, contida e exaurida.
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Normas de Eficácia Plena
Normas de Eficácia Contida 
ou Prospectiva
Aplicabilidade 
Integral
Aplicabilidade 
Reduzida
A
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 In
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=> Eficácia jurídica imediata, direta e vinculante ao legislador
quanto aos vetores dado na CF/88;
18
Normas de Eficácia 
Limitada
⇒Aplicabilidade redutível ou
restringível (≠ reduzida) quanto a
norma legal superveniente;
Aplicabilidade 
Não Integral
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Conceito: São normas constitucionais em que a Constituição
autoriza a produção de todos os seus efeitos jurídicos desde a
sua edição (promulgação), sendo-as autoaplicáveis, pois são
dotadas de suficiente carga de densidade normativa, sem
necessitar de regulamento e ressalvas legais, logo sua
aplicabilidade é integral.
Obs.: Nestas normas não há qualquer diploma infraconstitucional a vir a lhe reduzir seu
alcance/aplicabilidade (normas de eficácia contida => já nascem produzindo todos os
efeitos jurídicos como se fossem plena, contudo a CRFB/88 lhe impõe que lei
infraconstitucional contivesse determinados efeitos, reduzindo sua aplicabilidade) ou que
necessitem de norma infraconstitucional para que a norma constitucional possa produzir
todos os seus efeitos originariamente previstos (normas de eficácia limitada => necessitam
de lei infraconstitucional a lhe dar plena eficácia, pois sua aplicabilidade é reduzida,
vinculando o legislador aos vetores traçados na norma constitucional).
19
20
“As normas constitucionais de eficácia plena e 
aplicabilidade imediata não precisam de 
providência legislativa para ser utilizadas, já que 
possuem todo os elementos necessários à 
executoriedade direta e integral” (BULOS, Uadi
Lammego. Curso de direito constitucional. 6. ed. São 
Paulo: Saraiva, p. 470)
02/09/2014
11
21
Características – Segundo Pinto Ferreira (1979) Uadi de 
Lammêgo Bulos (2000)
1) Sinônimos: Normas de aplicação, Normas autoaplicáveis, normas completas, 
normas bastante em si ou normas autoexecutáveis (self-executing provisions, self-
enforcing provisions ou self-acting provisions);
2) Produzem efeitos desde o momento da promulgação-publicação do texto 
constitucional, ou seja desde 05 de outubro de 1988, em razão da potencialidade 
integral e direta da produção dos seus efeitos;
3) Criam situações de vantagem ou de vínculo jurídico que se tornam exigíveis desde
a publicação do seu texto (ex. art. 5º, § 1º, 7º, VIII e 39, § 2º, da CF/88);
4) Não seguem uma posição topográfica na Constituição, exceto no preâmbulo, em 
razão da ADI 2076/AC;
5) Segundo doutrina de Uadi Lammêgo Bulos que a distingue das normas de eficácia 
absoluta e aplicabilidade imediata, podem submeter-se a processo de alteração de seu 
texto via emendas constitucionais, o que lhes resulta que os preceitos indicadas nas 
normas de eficácia plena e aplicabilidade imediata assemelham-se às normas de 
eficácia absoluta e aplicabilidade imediata em razão de sua aplicabilidade independer 
de interpositio legislatoris; por outro lado, distinguem destas relativo ao fato de 
submeterem-se a processo de reforma constitucional, logo são tangíveis;
6) Ex. arts. 2º, 14, § 2º, 17, § 4º, 19, 20, 21, 22, 24, 28, caput, 30, 37, III, 44, parágrafo 
único, 45, caput, 46, § 1º, 51, 60, 156 etc..
(eficácia plena e aplicabilidade
imediata) – ADPF 130, rel. Min. Carlos Brito, J. 30/04/2009,
Plenário, DJE 06/11/2009;
: Neste caso o Supremo entendeu que, a Lei de
Imprensa (Lei Fed. 5.250/67)
, resultando no pronunciamento que o art. 5º, V “
.”
22
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Conceito: São normas constitucionais que produzem
todos os seus efeitos jurídicos a partir de sua edição,
como se fossem normas de eficácia plena, contudo a
Constituição autoriza que Lei superveniente venha a
determinar o grau de aplicabilidade da norma
constitucional, podendo assim resultar na diminuição
do seu alcance originário, logo sua aplicabilidade
não é integral. Ex. art. 5º, incs. XIII e XXII, da
CRFB/88.
Obs.: Por mais que, comumente as normas de eficácia contida venham com
referência a necessidade de lei infraconstitucional a reduzir seu alcance
normativo, aplicando-se o realismo jurídico, somente se pode cogitar que uma
determinada norma jurídica é contida ou limitada com base nos hard cases.
23
(OAB/117º/SP) São normas constitucionais de eficácia contida aquelas:
a) em que o legislador constituinte regulou suficiente os interesses
relativos a determinada matéria, mas deixou à atuação restritiva por
parte do legislador infraconstitucional;
b) que desde a entra em vigor da Constituição, produzem ou têm
possibilidade de produzir todos os seus efeitos;
c) por meio das quais o legislador constituinte traça esquemas gerais de
estruturação e atribuição de órgãos, entidades ou institutos, para que o
legislador ordinário os estruture, em definitivo, mediante lei;
d) em que o constituinte, em vez de regular, direta e imediatamente,
determinados interesses, limita-se a traçar-lhes os princípios para serem
cumpridos pelos seus órgãos (legislativos, executivos e jurisdicionais).
Obs.: Letra “A”; enquanto as normas constitucionais de eficácia limitada (que tem eficácia
imediata, direta e vinculante) possuem aplicabilidade reduzida ao necessitar de lei
integrativa infraconstitucional, nas normas de eficácia contida onde eficácia é imediata ou
direta, elas já nascem produzindo todos os efeitos jurídicos, contudo a Constituiçãoautoriza a
possibilidade do legislador infraconstitucional limitar o seu campo de aplicabilidade, logo
sua aplicabilidade é não integral;
24
=> Normas de Eficácia Plena
02/09/2014
13
Conceito: São normas constitucionais de aplicabilidade
reduzida ou diferida, onde somente podem produzir todos
os seus efeitos jurídicos a partir de lei infraconstitucional
regulamentadora ulterior, onde o legislador
infraconstitucional se vinculará aos vetores já traçados na
referida norma constitucional, ex.: normas constitucionais
programáticas (art. 3º da CRFB/88), Art. 37, inc. VII, da
CRFB/88 n/f do MI 670 e MI 708.
Ex. mais: Arts. 7,º inc. I (Art. 10 do ADCT) e 23 da CRFB/88.
Obs.: Importa-se frisar que as normas de eficácia limitada comumente não são
autoaplicáveis (ex. Art. 37, inc. I, da CRFB/88 n/f do RE 444.655-AgR, Min. Eros Grau, J.
09.09.2008), inobstante produzirem o efeito vinculante ao legislador infraconstitucional,
necessitam de normativo ulterior para a produção de seus efeitos jurídicos.
25
(eficácia limitada e
aplicabilidade reduzida e mediata) – Ext. 541, rel. p/ o ac.
Min. Sepúlveda Pertence, J. 07.11.91, DJ de 18.12.1992 e Ext.
934-QO, rel. Min. Eros Grau, J. 09.09.2004, Plenário, DJ de
12.11.2004);
: a CRFB/88 admite a extradição somente de brasileiro naturalizado, ante a
impossibilidade absoluta de extradição de brasileiro nato (princípio da inextraditabilidade
do brasileiro – Art. 5º, inc. LI, primeira parte, da CF/88); contudo, o brasileiro naturalizado
(≠ do brasileiro nato), ou seja o estrangeiro que adquire a nacionalidade brasileira poderá
ser extraditado se (i) antes da naturalização tenha praticado crime comum (norma
constitucional de eficácia plena) ou (ii) haja comprovado envolvimento seu em tráfico
ilícito de entorpecentes, na forma da Lei (norma constitucional de eficácia limitada e
aplicabilidade mediata - Ext. 541, rel. p/ o ac. Min. Sepúlveda Pertence, J. 07.11.91, DJ de
18.12.1992 e Ext. 934-QO, rel. Min. Eros Grau, J. 09.09.2004, Plenário, DJ de 12.11.2004) –
Vide: Art. 77, I, Lei Fed. 6.815/1980;
26
=> Art. 12, inc. II, da CRFB/88
02/09/2014
14
27
⇒Extradição de brasileiro naturalizado quando comprovado envolvimento 
em tráfico ilícito de entorpecentes;
⇒Acesso de estrangeiros aos cargos públicos nacionais; Obs.: Art. 12, § 3º, da 
CRFB/88.
⇒O STF decidiu que deve ser aplicado o art. 57, § 1º, da Lei Fed. 8.213/91 até 
que o Congresso Nacional (CN) regulamente a matéria;
⇒O STF adotando a posição concretista, julgou procedentes as Mis,
determinando que o Congresso Nacional (CN) legisle acerca da lei de iniciativa
privada para o funcionalismo público, sobre a não aplicação em serviços
essenciais, como o de polícia civil;
28
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29
NEL e de Princípio 
Institutivo
Programas, valores, 
direções a serem 
seguidas pelo 
Estado
Ato Legiferante
(PL)
(PE)
Políticas Públicas
⇒ Art. 5º, § 1º, da CRFB/88;
⇒ reserva do possível (financeira e
técnica);
⇒ Ativismo do Poder Judiciário.
NEL e de Princípio 
Programáticas
NEL que somente 
necessitam de Lei 
regulamentadora
30
⇒ Denomina-as de Norma de Eficácia Limitada, Declaratórias de Princípios 
Institutivos ou Organizados (orgânicos);
⇒ Denomina-as de Normas de Eficácia Limitada, Declaratórias de Princípios 
Programáticos.
⇒ São normas constitucionais de eficácia limitada, vinculadas ao princípio da 
legalidade, de natureza programáticas.
02/09/2014
16
(OAB/101.º/SP) Normas constitucionais de eficácia limitada:
a) é aquela que não produz qualquer efeito, antes da norma integrativa
infraconstitucional;
b) é aquela que produz todos os seus efeitos, mas restringe os direitos
individuais e coletivos;
c) é aquela que produz todos os seus efeitos, podendo ser limitada pelo
legislador infraconstitucional;
d) é aquela que produz alguns efeitos, sendo a vinculação do legislador
infraconstitucional aos seus vetores um deles.
Obs.: Letra “D”; as normas de eficácia limitada, que são àquelas de aplicabilidade
reduzida, mediata ou indireta, mas de eficácia imediata, direta e vinculante,
compreendem a um conjunto de normas constitucionais que ao momento em que
nascem (da promulgação) não tem o condão de produzir todos os efeitos jurídicos
(“são limitadas”), necessitando de uma lei integrativa infraconstitucional, o que lhes
resulta a produzir mínimos efeitos jurídicos com sua edição, principalmente “o efeito
de vincular o legislador infraconstitucional aos seus vetores”.
31
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Normas de Eficácia Plena
Normas de Eficácia Limitada
Normas de Eficácia Contida
Normas de Eficácia Absoluta
Normas de Eficácia Exaurida
Aplicabilidade 
Imediata
Aplicabilidade 
Diferida
Aplicabilidade 
Esgotada
32
02/09/2014
17
(Magistratura/MG/2003-2004) As normas constitucionais
denominadas de exauridas constam:
a) do preâmbulo constitucional;
b) do ato das disposições constitucionais transitórias;
c) do processo legislativo;
d) da ordem social;
e) da ordem econômica e financeira.
Obs.: Letra “B”; classificação trazida por Uadi Lammêgo Bulos, segundo
o qual: “(...) são aquelas, como o próprio nome diz, que já extinguiram a
produção de seus efeitos. Por isso, estão esgotadas, dissipadas, ou
desvanecidas, condicionando, assim sua aplicabildiade.”;
portanto, somente podem serem encontratadas no corpo da ADCT
compreendem normas constitucionais que já esgotaram todos os
seus efeitos jurídicos, a ex. Arts. 1º, 2º, 3º, 14, 20, 25, 48 etc.. da
CRFB/88.
33
=> não é norma constitucional (ADI 2076/AC)
=> Art. 59 da CRFB/88;
=> Predominantemente são normas 
de eficácia plena.
3/5 3/5
C.N.
C.D.
(2 turnos)
2X
S.F.
(2 turnos)
2X
34
02/09/2014
18
Poder de Reforma
Emendas Constitucionais de
Revisão => Art. 3º do ADCT.
Emenda Constitucional => Art.
60 da CRFB/88
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“O estudo do poder constituinte de reforma instrui sobre o modo como o
Texto Constitucional pode ser formalmente alterado. Ocorre que, por
vezes, em virtude de uma evolução na situação de fato sobre a qual
incide a norma, ou ainda por força de uma nova visão jurídica que passa
a predominar na sociedade, a Constituição muda, sem que as suas
palavras hajam sofrido modificação alguma. O texto é o mesmo, mas o
sentido que lhe é atribuído é outro. Como a norma não se confunde com
o texto, repara-se, aí, uma mudança da norma mantido o texto. Quando
isso ocorre no âmbito constitucional, fala-se em mutação constitucional.
A nova interpretação há, porém, de encontrar apoio no teor das palavras
empregadas pelo constituinte e não deve violentar os princípios
estruturantes da Lei Maior; do contrário, haverá apenas uma
interpretação inconstitucional.”
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Art. 174 da Constituição de 1984 (vedou emendas
durante 4 anos da outorga do texto).
Formais ou Procedimentais 
(Art. 60, inc. I, II, III e §§ 2º, 3º e 
5º, da CRFB/88)
-Iniciativa;
- Quorum de
aprovação;
- Promulgação;
- PEC rejeitada.Circunstanciais
(art. 60, § 1º, da CRFB/88);
Materiais
(art. 60, § 4º, da CRFB/88). => cláusulas pétreas
- Impossibilidade da aplicação da “teoria da
dupla revisão” ( );
- Impossibilidade de se alterar o titular pelo
titular do Poder Constituinte Originário;
- Impossibilidade de se alterada pelo Poder
Constituinte Derivado Reformador.
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� Normas Supralegais
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Normas 
Constitucionais
Normas 
Supralegais
Normas 
Infralegais
Normas 
Legais
N
or
m
as
 I
n
fr
ac
on
st
it
u
ci
on
ai
s
Obs.: preâmbulo
não é norma constitucional(ADI 2076/AC);
Obs.: incluem todos
os demais tratados e convenções internacionais
gerais.
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).
Normas 
Supraconstitucionais
Normas Constitucionais
Normas 
Infraconstitucionais
40
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21
).
Normas Constitucionais
Normas 
Infraconstitucionais
41
).
Normas 
Infraconstitucionais
Normas Constitucionais
42
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22
) .
Normas Constitucionais
Normas Supralegais
Normas 
Infraconstitucionais
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Normas 
Constitucionais
Normas 
Supralegais
Normas 
Infralegais
Normas 
Legais
N
or
m
as
 I
n
fr
ac
on
st
it
u
ci
on
ai
s
=> tratado e convenção internacional
de + processo legislativo das
emendas constitucionais (art. 5º, § 2º e 3º e 60, § 2º, da
CRFB/88) => equivalem a EC (≠ de EC);
=> tratado e
convenção internacional de + NÃO
OBSERVA o processo legislativo das emendas
constitucionais (art. 5º, § 2º e 3º c/c 60, § 2º, da
CRFB/88);
=> demais tratados e
convenções internacionais.
=> Obs.: A norma jurídica inserida no decreto
legislativo (norma primária), pode ocupar
hierarquia de (1) norma constitucional (direitos
humanos + quorum de EC), (2) norma supralegal
(direitos humanos – RE ) ou (3) norma legal
(demais casos), nesta como lei ordinária (RE
80.004/SE, Rel. Min. Xavier de Albuquerque, DJ
29.12.1977);
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(Questão 80) Os tratados e convenções internacionais sobre direitos
humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso
Nacional, em dois turnos, por três quintos (3/5) dos votos dos
respectivos membros, serão equivalentes:
a) às emendas constitucionais;
b) às leis complementares;
c) às leis ordinárias;
d) às leis delegadas;
e) aos decretos legislativos.
Resposta: Letra “A”, art. 5º, § 3º, da CRFB/88.
Obs.: Equivalem a emendas constitucionais (+) status de normas constitucionais.
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=> Letra D => Arts. 49, inc. I e 59, inc. VI, da CRFB/88; Art. 49 da CF/88: “É da competência exclusiva do Congresso
Nacional: I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou
compromissos gravosos ao patrimônio nacional;” Obs.: Atentar que, compete ao Congresso Nacional aprovar os
tratados e convenções internacionais (art. 49, inc. I, da CRFB/88), sendo que podem receber o status de lei ordinária
(1977); vale lembrar que, a referida espécie do processo legislativo é norma primária de competência exclusiva do
Congresso Nacional, com eficácia análoga comumente às leis ordinárias. Ao advento da EC nº 45/04, que incluiu o
art. 5º, §3º, da CRFB/88, desencadeou o nascedouro três espécies normativas a serem observadas ao decreto
legislativo (vejam mantêm-se a dimensão formal, mas lhe imprime determinados níveis de status): a primeira, a
tradicional, de hierarquia de lei ordinária (norma legal), a segunda, aos tratados e convenções internacionais que
disciplinem acerca de direitos humanos (art. 1º, inc. III, da CRFB/88), mas não observam quorum qualificado de
aprovação dado às emendas constitucionais, art. 5º, § 3º c/c 60, § 2º, da CRFB/88 (ou seja NÃO “forem aprovados, em
cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros”), possuindo
neste caso hierarquia de norma supralegal (RE 466.343 e RE 349.703), por fim, terceiro caso, tratados e convenções
internacionais que disciplinam acerca de direitos humanos e tenham quorum de aprovação ao dado às emendas
constitucionais, art. 5º, § 3º, c/c 60, § 2º, da CRFB/88, equivalendo à emendas constitucionais, recebendo hierarquia
de normas constitucionais (ex. Pacto de São José da Costa Rica versus art. 5º, inc. LXVIIII, da CRFB/88); Obs.: os
decretos-leis foram extintos com o advento da CRFB/88, sendo-os antecessores às medidas provisórias e
recepcionados como lei ordinária (arts. 46, inc. V c/c 55 da CF/67 c/ red. dada pela Ecm 1/69 c/c art. 25 do ADCT-
CRFB/88). 52
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