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DPAdap Saude Mental 2022 1

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1 
 
 
DP ADAP – 1º semestre 2022 
SAÚDE MENTAL 
 
PARTE I – Esquizofrenia 
o Transtorno mental crônico de causas desconhecidas. 
o Nenhum fator etiológico isolado é considerado como causador. 
o Caracterizado por sintomas psicóticos que prejudicam significativamente o funcionamento e envolve alterações 
das emoções, pensamento e comportamento. 
Tipos: 
• Paranóide: Delírios persecutórios e ou de grandeza; Alucinações; Hostilidade; Auto ou hetero agressividade 
verbal ou física. 
• Hebefrênica: Desorganização do pensamento; Risos imotivados; Afeto inadequado; Maneirismo. 
• Catatônico: Estupor; Mutismo; Negativismo; Flexibilidade Cérea. 
• Indiferenciado ou simples: Apatia mais proeminente; Abandono das atividades de vida diária (AVD); Lento 
empobrecimento; Início insidioso; Quase não há sintomas psicóticos; Perda gradual do impulso. 
• Residual: Não estão mais psicóticos. 
Classificação entre sintomas positivos e negativos: 
• Sintomas positivos: alucinações, delírios, comportamentos bizarros, ecolalia. 
• Sintomas negativos: afeto plano ou embotado, pobreza no discurso, anedonia, falta de motivação, apatia, 
bloqueio do pensamento, isolamento social. 
Observações: 
• Incidência de violência não é maior que na população geral. 
• Deterioração da vida laboral e social. 
• Diminuição da preocupação com a higiene e aparência pessoal. 
Tratamento: 
o Psicossocial: atendimento familiar, grupos, individual, reabilitação psicossocial. 
o Tratamento Medicamentoso 
o Antipsicóticos (durante toda a vida). 
Antipsicóticos atípicos (nova geração) – Diferenças na ligação dos receptores com as drogas atípicas. Maior 
eficácia nos sintomas negativos. 
Efeitos colaterais: ganho de peso. 
Desvantagens: alto custo. 
Exemplos: 
▪ Clozapina: hipotensão ortostática, sedação, sialorréia noturna, acima de 600 mg risco de convulsões, 
Agranulocitose (1 a 2%). Até as18 primeiras semanas coletar Hg semanalmente, após esse período 
mensalmente. 
▪ Clozapina (Leponex); 
▪ Risperidona (Risperdal); 
▪ Olanzapina (Zyprexa); 
▪ Quetiapina (Seroquel). 
o Drogas capazes de reduzir sintomas psicóticos. 
o Medicamentos mais sedativos tendem a ser usados para clientes mais agitados e os mais incisivos para uma 
ação antipsicótica que a exercem sem produzir grande sedação. 
o Neurolépticos (antiga geração): Haldol, Clorpromazina... 
Exemplos de neurolépticos: Clorpromazina (Amplictil),Tioridazina (Melleril) e Haloperidol (Haldol). 
2 
 
Desvantagens são os feitos extrapiramidais: 
▪ SÍNDROME PARKINSONIANA – Impregnação consiste na rigidez facial e de postura, lentificação motora 
de tremores. 
▪ ACATISIA - Sensação de inquietação física e psíquica, com incapacidade de ficar parado e contínua 
movimentação, especialmente das pernas, às vezes é difícil distinguir da ansiedade. 
▪ DISTONIA - Torção principalmente da face e pescoço. Contratura muscular aguda e intermitente 
(cãimbra), usualmente no pescoço, língua, face e costas. 
▪ DISCINESIA TARDIA - Movimentos involuntários de face, extremidades (coreatóticos de braços, mãos, 
dedos, pernas e pés) e tronco. 
▪ SÍNDROME NEUROLÉPTICA MALIGNA - Hipertermia de até 41ºC, hipertensão, taquicardia, taquipnéia, 
rigidez muscular, mutismo, sudorese, aumento da creatinina fosfoquinase, enzimas hepáticas, mioglobina 
plasmática e mioglobinúria e ocasionalmente insuficiência renal. Evolução de 24 a 72hs.Taxa de 
mortalidade entre 20 a 30%. 
Assistência de Enfermagem: 
o NÃO argumente ou tente persuadir racionalmente o paciente a “desligar-se” de um delírio ou alucinação. 
o Atente-se para os sentimentos por trás dos delírios como medo, tristeza, ira... Ex: o paciente relata: “Quando 
entro em um lugar, as pessoas podem olhar para dentro de minha cabeça e ler meus pensamentos.”, a(o) 
enfermeira(o) pode perguntar “Como você se sente com isso?” 
o Ajudar na expressão de sentimentos. 
o ESCUTA TERAPÊUTICA. 
o Possua flexibilidade nos encontros, por exemplo: se hoje o paciente tolera apenas15minutos. 
o Forneça sempre dados da realidade. 
o Uso de frases curtas e simples. 
o Evitar comentários em baixo tom de voz. 
o Observar: tom de voz, discurso quanto ao conteúdo, postura, higiene e aparência pessoal. 
o Estímulo à aparência pessoal e higiene, como vestuário também buscar alternativas para mantê-lo orientado 
no tempo e espaço, por exemplo: uso de calendários, relógio, planta física,... 
o Estímulo às atividades de vida diária, como: organização de pertences pessoais, cigarro... 
o Estímulo das AVD das simples e concretas as mais complexas 
o Observar o padrão alimentar e hidratação. 
o Controle de peso. 
o Fracionar dietas s/n. 
o Eliminações: realizar registro. 
o Sempre saber o porquê da dificuldade em se alimentar ou outras possíveis! 
o Estímulo às atividades físicas e de lazer 
o Permanecer ao seu lado, quando ele demonstrar inquietude. 
o Reforço positivo. 
o Estabelecimento de limites. 
o Minimizar estímulos!! 
o Sono: devido à sonolência provocada por algumas medicações, é possível haver inversão no padrão de sono, 
atenção. 
o Busca de atividades para o aumento da autonomia no ir e vir, nos cuidados pessoais e na medicação. 
o Demonstrar respeito. 
o Há diferença entre rir com e rir de alguém. 
o Atenção a ingestão medicamentosa. 
o Deixar que o cliente saiba que você compreende a doença e que é uma pessoa segura para conversar. 
o ESTABELECER VÍNCULO DE CONFIANÇA. 
 
 
 
3 
 
PARTE II – Transtorno do Humor 
Os transtornos do humor são transtornos de saúde mental nos quais as alterações emocionais consistem em 
períodos prolongados de tristeza excessiva (depressão), de exaltação excessiva ou de euforia (mania), ou ambos. A 
depressão e a mania representam os dois extremos opostos, ou polos, dos transtornos do humor. 
O humor encontra-se patologicamente polarizado para tristeza / melancolia ou para exaltação/irritabilidade. 
 
 
A) TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR 
o Incidência:10,7%. 
o A etiologia é multifatorial: 
o Gênero = 2:1mulheres para homens; 
o Início: súbito ou insidioso; 
o Bom prognóstico. 
o Sinais e Sintomas: Tristeza patológica (tristeza profunda que pode surgir sem motivo aparente); Desinteresse; 
Diminuição de autoestima; Lentidão psicomotora; Isolamento; Humor depressivo ou irritadiço (associado a 
angústia e a ansiedade), Anedonia; Diminuição da energia (desânimo, cansaço fácil); Dificuldade de 
concentração; Diminuição da preocupação com a higiene e aparência pessoal; Inquietação e aflição; 
Desesperança; Sentimentos de inferioridade, de inutilidade, de morte e ideação suicida; Pensamentos de 
cunho hipocondríaco, de culpa, de pecado, de ruína. 
o Físicos: alteração no padrão de sono (sonolência ou insônia), perda de apetite, dores diversas (precordialgia, 
cefaléia...), cansaço, obstipação, diminuição da libido. Relação com o aumento da idade. 
o Graus: leve, moderada e intensa. 
o Comorbidade orgânica: Hipotiroidismo; Hipertiroidismo; Dor crônica; Doenças crônicas; Câncer; Acidente 
Vascular Encefálico; Mal de Parkinson,... 
o Tipos: 
▪ Depressão psicótica – Além dos sintomas citados, existe a presença de delírios de ruína, culpa e 
alucinações auditivas. 
▪ Depressão sazonal – Episódios depressivos recorrentes no outono / inverno e ausência na primavera / 
verão. 
▪ Depressão puerperal* - *diferente da tristeza e da psicose puerperal. 
▪ Psicose puerperal - Incidência: 1/1.000. 
o Tratamento: 
o Atendimento individual e grupal. 
o Farmacológico: uso de antidepressivos (tricíclicos, IMAO e ISRS) e estabilizadores do humor. 
▪ Antidepressivos Tricíclicos: Amitriptilina (tryptanol), Nortriptilina (pamelor),Clomipramina (anafranil); 
▪ Antidepressivos IMAO: (Parnate, Aurorix); 
▪ Antidepressivos ISRS: Fluoxetina (Prozac), Citalopram (Cipramil), Sertralina (Zoloft), Paroxetina 
(Aropax)... 
o Familiar. 
o Hospitalização. 
Assistência de Enfermagem 
o Estímulo às AVD. 
o Controle de peso. 
o Estímulo às atividades físicas e de lazer. 
o Ajudá-loa reconhecer os pensamentos negativos e reforçar os positivos. 
o Oferecimento de apoio. 
o Observar o risco de suicídio. 
o Observar ingesta medicamentosa. 
 
B) Mania 
Idade de início: faixa de 20 a 30 anos. 
Início: pode ser abrupto, mas geralmente é insidioso. 
4 
 
Sinais e Sintomas: Euforia, Aceleração do curso do pensamento, Logorréia, Hipersexualidade, Hiperatividade, 
Irritabilidade, Alucinações visuais, Desinibição social, Gastos excessivos, Trajes extravagantes, Maquiagem excessiva, 
Aumento da energia, Ideias ou delírios de grandeza, Aumento da atenção involuntária, Inquietação, Agitação 
psicomotora e Heteroagressividade verbal e/ou física. 
Tratamento: 
▪ Farmacológico; 
▪ Atendimento individual; 
▪ Atendimento grupal; 
▪ Atendimento familiar; 
 
Tratamento farmacológico: 
• Estabilizador do Humor: Lítio (carbonato de lítio), valor da dosagem sérica entre 0,5 a 1,5 
mEq/mol. 
∙ Intoxicação por estabilizador do humor: 
∙ Intoxicação por lítio ocorre gradualmente, pode ocorrer pelo acúmulo de lítio em 
decorrência de alterações do cliente como: dieta hipossódica, introdução inadvertida de 
diuréticos tiazídicos ou variação de função renal. 
∙ Sintomatologia: sonolência, vômito, dor abdominal, debilidade muscular, disartria, crises 
convulsivas, estuporecoma. 
∙ Tratamento: restauração do equilíbrio- hidroeletrolítico e manutenção das funções vitais, 
hemodiálise é um dos meios mais eficazes. 
• Anticonvulsivante: Carbamazepina (tegretol); Ácidovalpróico (depakene); Gabapentina (Neurotin). 
• Ansiolítico: Clonazepan (rivotril). 
Assistência de Enfermagem 
o Minimizar estímulos (ruídos,...). 
o Estabelecer limites. 
o Ambiente terapêutico. 
o Observar aceitação alimentar e hídrica, fracionar s/n. 
o Controle de peso. 
o Incentivar o repouso. 
o A equipe deve possuir sempre a mesma conduta para evitar comportamentos de manipulação. 
o Auxiliar na expressão da raiva “mais sadia”. 
 
 
PARTE III – Transtornos Alimentares 
A) Anorexia Nervosa 
o Transtorno do comportamento alimentar caracterizado por limitações dietéticas auto-impostas, padrões 
bizarros de alimentação com acentuada perda de peso induzida e mantida pela cliente associada a um temor 
intenso de ganhar peso. Aspecto mais importante do quadro é a da distorção da imagem corporal: 
o Distorção da imagem corporal envolve uma discrepância entre o tamanho real e tamanho do corpo, que o 
paciente percebe. 
o A insatisfação com o corpo é o grau de infelicidade que um indivíduo sente em relação às dimensões de seu 
corpo. 
o Quadro inicia após a puberdade, com incidência maior ao redor dos 16 anos, e o acometimento de pacientes 
de classes sociais mais elevadas parece ser o mais frequente. 
o Aspectos principais são encontrados nos pacientes com anorexia nervosa, segundo os critérios do DSM V TR 
(Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais; 2015): 
▪ Recusa em manter o peso acima do mínimo normal adequado à idade e à altura; por ex: perda de peso, 
levando à manutenção de peso corporal 15% abaixo do esperado ou durante o período de crescimento, ter 
um peso corporal 15% abaixo do esperado. 
▪ Medo intenso do ganho de peso ou de se tornar gorda, mesmo com peso significativamente inferior. 
▪ Perturbação no modo de vivenciar o peso corporal, tamanho ou forma. Ex: a pessoa reclama que se sente 
“gorda”, mesmo quando obviamente tem peso inferior. 
5 
 
▪ A ausência de pelo menos 3 ciclos menstruais consecutivos, quando é esperado ocorrer o contrário. 
o Subtipos clínicos de anorexia nervosa: 
▪ Restritivo (não comer); 
▪ Compulsão periódica/purgativo; 
Anorexia nervosa tipicamente começa com uma simples dieta, iniciada em resposta a um excesso de peso real 
ou imaginário, com fins estéticos ou profissionais. No início, a cliente elimina os alimentos mais ricos em calorias, e a 
seguir os outros alimentos vão sendo paulatinamente restritos. Com a doença bem desenvolvida, é possível 
surpreender a cliente sobrevivendo com uma dieta de vegetais e uma fruta ou uma fatia de queijo, outras vezes apenas 
café preto é consumido o dia inteiro. Embora a perda de peso cada vez mais intensa, crescem os temores por parte da 
cliente de tornar-se obesa, fazendo frequentes consultas ao espelho, engajando-se em exercícios vigorosos, abusando 
de laxantes, diuréticos e, em 40% dos casos, provocando o vômito. A evolução é variável, podendo ir de um único 
episódio com recuperação ponderal e psicológica completa, o que é mais raro, até evoluções crônicas com inúmeras 
internações e recaídas sucessivas. Causas são desconhecidas. 
Fatores psicossociais são sugeridos fortemente na medida em que a maior incidência é encontrada: 
o Entre grupos profissionais submetidos a maior pressão social, exigindo um corpo magro. 
o Separação precoce, medo da maturidade biológica ou psicológica, morte na família, abuso sexual. 
o Prevalência é maior entre irmãs de 3 a10,0%. 
o Maior risco em parentes em primeiro grau do sexo feminino. 
Sintomatologia: 
Cabelo quebradiço, pele seca, lanugem, hipotensão arterial, hipotermia, diminuição da estatura, perda da capacidade 
de concentração, sintomas obsessivos e depressivos, irritação e fadiga são comuns se o emagrecimento é extremo. 
Conjunto de sintomas, acima, é similar a estados de desnutrição crônica. 
Tratamento: 
Hospitalização em casos mais graves. 
Dieta hipercalórica mesmo contra a vontade do paciente s/n. 
Técnicas comportamentais e cognitivas têm sido incorporadas em muitos, se não em todos, programas atuais. 
Psicoterapia individual. 
Farmacológico. 
Atendimento familiar. 
 
B) Bulimia 
o Mais prevalente que a anorexia nervosa. A cliente sabe que o seu comportamento é um sinal de que não estão 
no controle, mas não sabem por quê. As portadoras de bulimia podem manter um peso corporal normal. A 
compulsão periódica e os comportamentos compensatórios devem ocorrer em média 2X/semana por 3 meses. 
o Caracterizada pela ingestão compulsiva e rápida de grandes quantidades de comida, com pouco ou nenhum 
prazer alternada com comportamento purgativo (como vomitar ou abusar de laxantes), períodos de restrição 
alimentar e medo mórbido de engordar. 
o Comportamento direcionado para o controle do peso corporal inclui períodos de jejum prolongado, exercícios 
físicos excessivos, comportamentos purgativos como o uso diuréticos, laxantes, esteróides, (menos 
conhecidos: insulina, cocaína, hormônios tireoidianos, nicotina, alucinógenos, cafeína, BZD e antidepressivos). 
o Principais sinais da doença: 
▪ Hipertrofia bilateral das glândulas salivares (face de lua cheia). 
▪ Lesão de pele no dorso da mão (sinal de Russell) variando de uma calosidade até uma ulceração 
superficial. 
▪ Desgaste dentário provocado pelo suco gástrico dos vômitos, levando à descalcificação e ao aumento 
do risco de desenvolvimento das cáries. 
o A depleção de potássio e a hipocalemia são vistos com frequência como resultado do vômito e do abuso de 
laxantes ou de diuréticos. Sintomas de depleção de potássio incluem fraqueza muscular e arritmias cardíacas. 
o Em cerca de 50% encontra-se desidratação, hipocalemia, hipomagnesemia, hipocloremia, hiponatremia e 
alcalose metabólica. 
Assistência de Enfermagem 
o Relacionamento interpessoal. Assistência individualizada. 
o Perguntar a cliente o que precede esses episódios (hiperfagia, jejum e purgação) e como ela se sente depois. 
o Identificar os suportes sociais que a cliente possui (família, amigos, trabalho, entre outros). 
6 
 
o Estabelecer vínculo de confiança. 
o Buscar aliviar o sofrimento. 
o Foco de atenção não deve estar na recusa de alimentos. Auxiliar o cliente a selecionar seus próprios 
cardápios. 
o Supervisão das atividades físicas. 
o Estabelecimento de limites focados na alteração de comportamentos prejudiciais a si e aos outros. 
o Pesagem diária e vigilância na mesma. 
o Acompanhamento durante as refeições. 
o Controle dos sinais vitais (porém os parâmetros são outros). 
o Avaliar regularmente integridade e turgorda pele. 
o Atendimento familiar. 
o Participação em grupos. 
o Acompanhamento da enfermagem com a nutrição. 
 
 
PARTE IV – Dependência Química 
O que são drogas ? É tudo aquilo que quando: 
o FUMADO; INALADO; ENGOLIDO; INJETADO 
Provoca alterações experimentadas como AGRADÁVEIS... 
Histórico 
o Uso de drogas: fenômeno ancestral, universalizado, trans-cultural, diversos contextos sócio-culturais, diversas 
épocas históricas. 
o Adicção: conceito como doença ou transtorno surgiu nos últimos 200 anos, relacionado inicial e principalmente 
ao uso de álcool. 
Tipos de Drogas: 
o LÍCITAS: álcool; remédios para dormir; remédios para emagrecer; solventes; tabaco. 
o ILICITAS: maconha; cocaína; “crack”; heroína; LSD; ecstasy. 
o Depressoras da Atividade do SNC: álcool, calmantes e sedativos, tranqüilizantes ou ansiolíticos, solventes ou 
inalantes, opiáceos ou narcóticos, xaropes. 
o Estimulantes da Atividade do SNC: tabaco, cocaína, crack, anfetaminas, ICE-metaanfetamina. 
o Perturbadoras da Atividade do SNC: 
▪ Origem vegetal: maconha (THC), cogumelos (psilocibina), plantas alucinógenas (mescalina), anti-
colinérgicos (lírio, trombeteira, zabumba ou saia branca). 
▪ Origem sintética: LSD - 25("ácido"), ecstasy, anti-colinérgicos-medicamentos (Artane, Bentyl). 
 
Intoxicação Aguda 
o Fenômeno transitório. 
o A intensidade da intoxicação diminui como tempo e os efeitos desaparecem na ausência de uso posterior da 
substância. 
o A recuperação é completa. 
 
Uso Nocivo / Abuso 
o Um padrão de uso de substância psicoativa que está causando dano à saúde. 
o O dano pode ser físico ou mental. 
 
Dependência 
o Conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou de 
uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros 
comportamentos que antes tinham maior valor. 
o Para o diagnóstico definitivo é necessário apresentar 3 ou + dos seguintes requisitos durante 1 ano segundo a 
Classificação Internacional de Doenças (CID–10). 
1) Forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância. 
2) Dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término 
ou níveis de consumo. 
7 
 
3) Estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido. 
4) Evidência de tolerância (doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos 
originalmente produzidos por doses mais baixas). 
5) Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, 
aumento da quantidade de tempo necessário para obter ou tomar a substância ou para recuperar de seus 
efeitos. 
6) Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente 
nocivas, tais como dano ao fígado, estados de humor depressivos ou comprometimento cognitivo 
relacionado à droga. 
 
Síndrome de Abstinência Alcóolica 
o Sinais e sintomas: tremores grosseiros de extremidades incluindo a língua, náuseas e vômitos, mal-estar ou 
fraqueza, sudorese, taquicardia, aumento da pressão arterial, ansiedade, agitação, irritabilidade, cefaléia, 
ilusões e alucinações. 
o Complicação: delirium tremens. 
 
Delirium Tremens 
o Estado toxiconfusional breve, no qual ocorre rebaixamento do nível de consciência. 
o Consequência usual de abstinência absoluta ou relativa de álcool em usuários gravemente dependentes com 
longa história de uso. 
o Sinais e sintomas além dos característicos da SAA: desorientação temporo-espacial, comprometimento da 
memória, taquipnéia, hipertermia e crises convulsivas. 
o Tratamento: Administração de Diazepam 10 a 20mg VO de hora em hora até a sedação do paciente. 
o Consequências do uso crônico do álcool: Desnutrição; Desidratação; Encefalopatiade Wernicke; Hepatite; 
Cirrose; Pancreatite; Neuropatia periférica. 
o Tratamento medicamentoso para o alcoolismo: 
Álcool+Dissulfiram = cefaleia intensa, náuseas e vômitos, rubor, hipotensão, taquicardia, dispnéia, 
convulsões e morte. 
▪ Jamais administrar sem a ciência e consentimento do paciente. 
▪ Durante o uso não se deve ingerir: vinagre, xarope para a tosse, loção pós-barba e líquidos para o 
gargarejo. 
▪ Beber álcool deve ser evitado por 14 dias após a descontinuação do Dissulfiram. 
Naltrexona (REVIA). 
▪ Bloqueia os efeitos euforizantes do álcool no cérebro, pois atua no bloqueio das endorfinas. 
▪ É antagonista de opiáceos. 
▪ Eficácia comprovada na redução da quantidade do consumo de álcool, na intensidade e na recaída. 
 
Abstinência a Opiáceos 
o Sinais e sintomas: aumento da frequência respiratória, lacrimejamento, bocejos, tremores, irritabilidade, 
insônia, náuseas, diarréia, cólicas abdominais, fraqueza, câimbras, taquicardia, pico hipertensivo e hipertermia. 
o Psicose induzida por substâncias: Conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou imediatamente 
após o uso de substância psicoativa e que são caracterizados por alucinações, falsos reconhecimentos, 
delírios... 
o O transtorno tipicamente se resolve, pelo menos parcialmente, dentro de 1mês e completamente dentro de 
6meses. 
 
Assistência de Enfermagem 
o Auxiliar o cliente a identificar o problema de uso abusivo de substâncias. 
o Envolver o cliente ao descrever situações que levam ao comportamento de uso abusivo de substâncias. 
o Encorajar o cliente a concordar em participar de um programa de tratamento. 
o Ajudar o cliente a identificar e adotar respostas de adequação mais saudáveis. 
o Identificar e avaliar os sistemas de suporte social disponíveis para o cliente. 
o Fornecer apoio para outras pessoas significativas. 
o Observar os sintomas de abstinência. 
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Na síndrome de abstinência alcóolica: 
o Monitorar a abstinência através da escala CIWA-AR. 
o Manter uma iluminação suave. 
o Evitar ruídos altos. 
o A SAA deve ser tratada sintomaticamente. 
o O processo de ajudar um dependente químico a “passar” com segurança pela abstinência é o processo de 
desintoxicação. 
o Caso o cliente receba altas doses de BZD, monitorar sinais de toxicidade como ataxia e nistagmo. 
 
Escala CIWA AR 
 
 
Referência: 
Bastos MC. Psiquiatria para Enfermagem. São Paulo: Rideel; 2012.

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