a reconhecer os pensamentos negativos e reforçar os positivos. o Oferecimento de apoio. o Observar o risco de suicídio. o Observar ingesta medicamentosa. B) Mania Idade de início: faixa de 20 a 30 anos. Início: pode ser abrupto, mas geralmente é insidioso. 4 Sinais e Sintomas: Euforia, Aceleração do curso do pensamento, Logorréia, Hipersexualidade, Hiperatividade, Irritabilidade, Alucinações visuais, Desinibição social, Gastos excessivos, Trajes extravagantes, Maquiagem excessiva, Aumento da energia, Ideias ou delírios de grandeza, Aumento da atenção involuntária, Inquietação, Agitação psicomotora e Heteroagressividade verbal e/ou física. Tratamento: ▪ Farmacológico; ▪ Atendimento individual; ▪ Atendimento grupal; ▪ Atendimento familiar; Tratamento farmacológico: • Estabilizador do Humor: Lítio (carbonato de lítio), valor da dosagem sérica entre 0,5 a 1,5 mEq/mol. ∙ Intoxicação por estabilizador do humor: ∙ Intoxicação por lítio ocorre gradualmente, pode ocorrer pelo acúmulo de lítio em decorrência de alterações do cliente como: dieta hipossódica, introdução inadvertida de diuréticos tiazídicos ou variação de função renal. ∙ Sintomatologia: sonolência, vômito, dor abdominal, debilidade muscular, disartria, crises convulsivas, estuporecoma. ∙ Tratamento: restauração do equilíbrio- hidroeletrolítico e manutenção das funções vitais, hemodiálise é um dos meios mais eficazes. • Anticonvulsivante: Carbamazepina (tegretol); Ácidovalpróico (depakene); Gabapentina (Neurotin). • Ansiolítico: Clonazepan (rivotril). Assistência de Enfermagem o Minimizar estímulos (ruídos,...). o Estabelecer limites. o Ambiente terapêutico. o Observar aceitação alimentar e hídrica, fracionar s/n. o Controle de peso. o Incentivar o repouso. o A equipe deve possuir sempre a mesma conduta para evitar comportamentos de manipulação. o Auxiliar na expressão da raiva “mais sadia”. PARTE III – Transtornos Alimentares A) Anorexia Nervosa o Transtorno do comportamento alimentar caracterizado por limitações dietéticas auto-impostas, padrões bizarros de alimentação com acentuada perda de peso induzida e mantida pela cliente associada a um temor intenso de ganhar peso. Aspecto mais importante do quadro é a da distorção da imagem corporal: o Distorção da imagem corporal envolve uma discrepância entre o tamanho real e tamanho do corpo, que o paciente percebe. o A insatisfação com o corpo é o grau de infelicidade que um indivíduo sente em relação às dimensões de seu corpo. o Quadro inicia após a puberdade, com incidência maior ao redor dos 16 anos, e o acometimento de pacientes de classes sociais mais elevadas parece ser o mais frequente. o Aspectos principais são encontrados nos pacientes com anorexia nervosa, segundo os critérios do DSM V TR (Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais; 2015): ▪ Recusa em manter o peso acima do mínimo normal adequado à idade e à altura; por ex: perda de peso, levando à manutenção de peso corporal 15% abaixo do esperado ou durante o período de crescimento, ter um peso corporal 15% abaixo do esperado. ▪ Medo intenso do ganho de peso ou de se tornar gorda, mesmo com peso significativamente inferior. ▪ Perturbação no modo de vivenciar o peso corporal, tamanho ou forma. Ex: a pessoa reclama que se sente “gorda”, mesmo quando obviamente tem peso inferior. 5 ▪ A ausência de pelo menos 3 ciclos menstruais consecutivos, quando é esperado ocorrer o contrário. o Subtipos clínicos de anorexia nervosa: ▪ Restritivo (não comer); ▪ Compulsão periódica/purgativo; Anorexia nervosa tipicamente começa com uma simples dieta, iniciada em resposta a um excesso de peso real ou imaginário, com fins estéticos ou profissionais. No início, a cliente elimina os alimentos mais ricos em calorias, e a seguir os outros alimentos vão sendo paulatinamente restritos. Com a doença bem desenvolvida, é possível surpreender a cliente sobrevivendo com uma dieta de vegetais e uma fruta ou uma fatia de queijo, outras vezes apenas café preto é consumido o dia inteiro. Embora a perda de peso cada vez mais intensa, crescem os temores por parte da cliente de tornar-se obesa, fazendo frequentes consultas ao espelho, engajando-se em exercícios vigorosos, abusando de laxantes, diuréticos e, em 40% dos casos, provocando o vômito. A evolução é variável, podendo ir de um único episódio com recuperação ponderal e psicológica completa, o que é mais raro, até evoluções crônicas com inúmeras internações e recaídas sucessivas. Causas são desconhecidas. Fatores psicossociais são sugeridos fortemente na medida em que a maior incidência é encontrada: o Entre grupos profissionais submetidos a maior pressão social, exigindo um corpo magro. o Separação precoce, medo da maturidade biológica ou psicológica, morte na família, abuso sexual. o Prevalência é maior entre irmãs de 3 a10,0%. o Maior risco em parentes em primeiro grau do sexo feminino. Sintomatologia: Cabelo quebradiço, pele seca, lanugem, hipotensão arterial, hipotermia, diminuição da estatura, perda da capacidade de concentração, sintomas obsessivos e depressivos, irritação e fadiga são comuns se o emagrecimento é extremo. Conjunto de sintomas, acima, é similar a estados de desnutrição crônica. Tratamento: Hospitalização em casos mais graves. Dieta hipercalórica mesmo contra a vontade do paciente s/n. Técnicas comportamentais e cognitivas têm sido incorporadas em muitos, se não em todos, programas atuais. Psicoterapia individual. Farmacológico. Atendimento familiar. B) Bulimia o Mais prevalente que a anorexia nervosa. A cliente sabe que o seu comportamento é um sinal de que não estão no controle, mas não sabem por quê. As portadoras de bulimia podem manter um peso corporal normal. A compulsão periódica e os comportamentos compensatórios devem ocorrer em média 2X/semana por 3 meses. o Caracterizada pela ingestão compulsiva e rápida de grandes quantidades de comida, com pouco ou nenhum prazer alternada com comportamento purgativo (como vomitar ou abusar de laxantes), períodos de restrição alimentar e medo mórbido de engordar. o Comportamento direcionado para o controle do peso corporal inclui períodos de jejum prolongado, exercícios físicos excessivos, comportamentos purgativos como o uso diuréticos, laxantes, esteróides, (menos conhecidos: insulina, cocaína, hormônios tireoidianos, nicotina, alucinógenos, cafeína, BZD e antidepressivos). o Principais sinais da doença: ▪ Hipertrofia bilateral das glândulas salivares (face de lua cheia). ▪ Lesão de pele no dorso da mão (sinal de Russell) variando de uma calosidade até uma ulceração superficial. ▪ Desgaste dentário provocado pelo suco gástrico dos vômitos, levando à descalcificação e ao aumento do risco de desenvolvimento das cáries. o A depleção de potássio e a hipocalemia são vistos com frequência como resultado do vômito e do abuso de laxantes ou de diuréticos. Sintomas de depleção de potássio incluem fraqueza muscular e arritmias cardíacas. o Em cerca de 50% encontra-se desidratação, hipocalemia, hipomagnesemia, hipocloremia, hiponatremia e alcalose metabólica. Assistência de Enfermagem o Relacionamento interpessoal. Assistência individualizada. o Perguntar a cliente o que precede esses episódios (hiperfagia, jejum e purgação) e como ela se sente depois. o Identificar os suportes sociais que a cliente possui (família, amigos, trabalho, entre outros). 6 o Estabelecer vínculo de confiança. o Buscar aliviar o sofrimento. o Foco de atenção não deve estar na recusa de alimentos. Auxiliar o cliente a selecionar seus próprios cardápios. o Supervisão das atividades físicas. o Estabelecimento de limites focados na alteração de comportamentos prejudiciais a si e aos outros. o Pesagem diária e vigilância na mesma. o Acompanhamento durante as refeições. o Controle dos sinais vitais (porém os parâmetros são outros). o Avaliar regularmente integridade e turgor