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DPAdap Saude Mental 2022 1

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da pele. 
o Atendimento familiar. 
o Participação em grupos. 
o Acompanhamento da enfermagem com a nutrição. 
 
 
PARTE IV – Dependência Química 
O que são drogas ? É tudo aquilo que quando: 
o FUMADO; INALADO; ENGOLIDO; INJETADO 
Provoca alterações experimentadas como AGRADÁVEIS... 
Histórico 
o Uso de drogas: fenômeno ancestral, universalizado, trans-cultural, diversos contextos sócio-culturais, diversas 
épocas históricas. 
o Adicção: conceito como doença ou transtorno surgiu nos últimos 200 anos, relacionado inicial e principalmente 
ao uso de álcool. 
Tipos de Drogas: 
o LÍCITAS: álcool; remédios para dormir; remédios para emagrecer; solventes; tabaco. 
o ILICITAS: maconha; cocaína; “crack”; heroína; LSD; ecstasy. 
o Depressoras da Atividade do SNC: álcool, calmantes e sedativos, tranqüilizantes ou ansiolíticos, solventes ou 
inalantes, opiáceos ou narcóticos, xaropes. 
o Estimulantes da Atividade do SNC: tabaco, cocaína, crack, anfetaminas, ICE-metaanfetamina. 
o Perturbadoras da Atividade do SNC: 
▪ Origem vegetal: maconha (THC), cogumelos (psilocibina), plantas alucinógenas (mescalina), anti-
colinérgicos (lírio, trombeteira, zabumba ou saia branca). 
▪ Origem sintética: LSD - 25("ácido"), ecstasy, anti-colinérgicos-medicamentos (Artane, Bentyl). 
 
Intoxicação Aguda 
o Fenômeno transitório. 
o A intensidade da intoxicação diminui como tempo e os efeitos desaparecem na ausência de uso posterior da 
substância. 
o A recuperação é completa. 
 
Uso Nocivo / Abuso 
o Um padrão de uso de substância psicoativa que está causando dano à saúde. 
o O dano pode ser físico ou mental. 
 
Dependência 
o Conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou de 
uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros 
comportamentos que antes tinham maior valor. 
o Para o diagnóstico definitivo é necessário apresentar 3 ou + dos seguintes requisitos durante 1 ano segundo a 
Classificação Internacional de Doenças (CID–10). 
1) Forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância. 
2) Dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término 
ou níveis de consumo. 
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3) Estado de abstinência fisiológico quando o uso da substância cessou ou foi reduzido. 
4) Evidência de tolerância (doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos 
originalmente produzidos por doses mais baixas). 
5) Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, 
aumento da quantidade de tempo necessário para obter ou tomar a substância ou para recuperar de seus 
efeitos. 
6) Persistência no uso da substância, a despeito de evidência clara de consequências manifestamente 
nocivas, tais como dano ao fígado, estados de humor depressivos ou comprometimento cognitivo 
relacionado à droga. 
 
Síndrome de Abstinência Alcóolica 
o Sinais e sintomas: tremores grosseiros de extremidades incluindo a língua, náuseas e vômitos, mal-estar ou 
fraqueza, sudorese, taquicardia, aumento da pressão arterial, ansiedade, agitação, irritabilidade, cefaléia, 
ilusões e alucinações. 
o Complicação: delirium tremens. 
 
Delirium Tremens 
o Estado toxiconfusional breve, no qual ocorre rebaixamento do nível de consciência. 
o Consequência usual de abstinência absoluta ou relativa de álcool em usuários gravemente dependentes com 
longa história de uso. 
o Sinais e sintomas além dos característicos da SAA: desorientação temporo-espacial, comprometimento da 
memória, taquipnéia, hipertermia e crises convulsivas. 
o Tratamento: Administração de Diazepam 10 a 20mg VO de hora em hora até a sedação do paciente. 
o Consequências do uso crônico do álcool: Desnutrição; Desidratação; Encefalopatiade Wernicke; Hepatite; 
Cirrose; Pancreatite; Neuropatia periférica. 
o Tratamento medicamentoso para o alcoolismo: 
Álcool+Dissulfiram = cefaleia intensa, náuseas e vômitos, rubor, hipotensão, taquicardia, dispnéia, 
convulsões e morte. 
▪ Jamais administrar sem a ciência e consentimento do paciente. 
▪ Durante o uso não se deve ingerir: vinagre, xarope para a tosse, loção pós-barba e líquidos para o 
gargarejo. 
▪ Beber álcool deve ser evitado por 14 dias após a descontinuação do Dissulfiram. 
Naltrexona (REVIA). 
▪ Bloqueia os efeitos euforizantes do álcool no cérebro, pois atua no bloqueio das endorfinas. 
▪ É antagonista de opiáceos. 
▪ Eficácia comprovada na redução da quantidade do consumo de álcool, na intensidade e na recaída. 
 
Abstinência a Opiáceos 
o Sinais e sintomas: aumento da frequência respiratória, lacrimejamento, bocejos, tremores, irritabilidade, 
insônia, náuseas, diarréia, cólicas abdominais, fraqueza, câimbras, taquicardia, pico hipertensivo e hipertermia. 
o Psicose induzida por substâncias: Conjunto de fenômenos psicóticos que ocorrem durante ou imediatamente 
após o uso de substância psicoativa e que são caracterizados por alucinações, falsos reconhecimentos, 
delírios... 
o O transtorno tipicamente se resolve, pelo menos parcialmente, dentro de 1mês e completamente dentro de 
6meses. 
 
Assistência de Enfermagem 
o Auxiliar o cliente a identificar o problema de uso abusivo de substâncias. 
o Envolver o cliente ao descrever situações que levam ao comportamento de uso abusivo de substâncias. 
o Encorajar o cliente a concordar em participar de um programa de tratamento. 
o Ajudar o cliente a identificar e adotar respostas de adequação mais saudáveis. 
o Identificar e avaliar os sistemas de suporte social disponíveis para o cliente. 
o Fornecer apoio para outras pessoas significativas. 
o Observar os sintomas de abstinência. 
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Na síndrome de abstinência alcóolica: 
o Monitorar a abstinência através da escala CIWA-AR. 
o Manter uma iluminação suave. 
o Evitar ruídos altos. 
o A SAA deve ser tratada sintomaticamente. 
o O processo de ajudar um dependente químico a “passar” com segurança pela abstinência é o processo de 
desintoxicação. 
o Caso o cliente receba altas doses de BZD, monitorar sinais de toxicidade como ataxia e nistagmo. 
 
Escala CIWA AR 
 
 
Referência: 
Bastos MC. Psiquiatria para Enfermagem. São Paulo: Rideel; 2012.
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