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Aula 02 - Direito Administrativo.Text.Marked

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Administrativo- Min. Fazenda. Teoria e 
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AULA 02: Licitações (Lei nº 8.666/1993). 
 
SUMÁRIO 
1) INTRODUÇÃO À AULA 02 2 
2) LICITAÇÕES 2 
2.1. ASPECTOS GERAIS 2 
2.2. CONCEITO, FINALIDADE E OBJETO DA LICITAÇÃO 3 
2.3. PRINCÍPIOS 3 
2.4. NORMAS GERAIS DA LICITAÇÃO 4 
2.5. MODALIDADES DE LICITAÇÃO 7 
2.5.1. CONCORRÊNCIA 8 
2.5.2. TOMADA DE PREÇOS 11 
2.5.3. CONVITE 15 
2.5.4. CONCURSO 19 
2.5.5. LEILÃO 20 
2.5.6. PREGÃO (LEI 10.520/2002) 22 
2.6. PROCEDIMENTOS 25 
2.6.1. PROCEDIMENTO DA CONCORRÊNCIA 25 
2.6.1.1. ETAPA INTERNA 27 
2.6.1.2. ETAPA EXTERNA 34 
2.6.2. PROCEDIMENTO DO PREGÃO PRESENCIAL 45 
3) DISPENSA E INEXIGIBILIDADE 48 
3.1. ASPECTOS GERAIS 48 
3.2. LICITAÇÃO DISPENSADA 50 
3.3. LICITAÇÃO DISPENSÁVEL 53 
3.4. LICITAÇÃO INEXIGÍVEL 60 
3.5. PROCEDIMENTO 63 
4) RESUMO 66 
5) QUESTÕES 75 
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6) REFERÊNCIAS 79 
1) Introdução à aula 02 
 
Que bom que você está conosco hoje novamente para mais uma 
aula de direito administrativo do curso preparatório para o concurso de 
Assistente Técnico Administrativo do Ministério da Fazenda. 
Seguiremos com a análise de diversas questões que já caíram em 
concursos anteriores do ESAF. 
Nesta aula 02, abordaremos a matéria “4.Licitação: Princípios, 
Modalidades, Dispensa e Inexigibilidade.” 
A aula terá foco nas questões mais importantes relacionadas à Lei 
nº 8.666/93, abordando, por óbvio, as modalidades de licitação 
(inclusive o pregão). 
Com certeza haverá uma ou duas questões desta aula na sua 
prova, por isso, ABRA O OLHO!!! 
Não se esqueça que, ao final, você terá um resumo da aula e as 
questões tratadas ao longo dela. Use esses dois pontos da aula na 
véspera da prova! 
Chega de papo, vamos a luta! 
 
2) Licitações 
 
2.1. Aspectos gerais 
Os entes que compõem a administração pública direta e indireta de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados e dos Municípios são 
também, em última análise, consumidores de produtos indispensáveis 
ao bom andamento da atividade administrativa. Como a administração 
se vale do dinheiro público para satisfazer suas necessidades, não pode 
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o administrador sacar esse dinheiro no caixa eletrônico e pagar à 
empreiteira pela construção de um prédio público, por exemplo. 
 
2.2. Conceito, finalidade e objeto da licitação 
Antes de celebrar um contrato para aquisição ou alienação de um 
bem ou serviço, a administração deve realizar um procedimento 
administrativo vinculado e formal para selecionar a melhor proposta 
dentre os interessados que vierem a cumprir todos os requisitos e 
condições definidos em ato próprio (edital ou convite). Esse 
procedimento é denominado licitação. 
A licitação tem por finalidade uma disputa isonômica, na qual será 
selecionada a melhor proposta, a mas vantajosa. 
A regra geral que regula todo o sistema de aquisições e venda pela 
administração pública está no art. 37, XXI, da CF, que fala o que será 
objeto da licitação. Esse dispositivo assim dispõe: 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3. Princípios 
A licitação é regida pelos princípios gerais da administração pública 
(LIMPE) e outros elegidos pelo art. 3º da Lei 8.666/1993, são eles: 
promoção do desenvolvimento nacional sustentável, seleção da 
proposta mais vantajosa, isonomia, probidade administrativa, 
vinculação ao instrumento convocatório e julgamento objetivo. 
 
“ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação 
pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, 
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as 
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente 
permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações”. 
 
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1. (ESAF - 2010 - CVM – Analista) Recentemente alterada pela 
Medida Provisória n. 495/2010, a Lei n. 8.666/1993 passou a 
estabelecer que, além da observância do princípio constitucional da 
isonomia e da seleção da proposta mais vantajosa para a 
Administração, a licitação também se destina a garantir: 
a) a não-ocorrência de fraudes e danos ao erário. 
b) o fortalecimento do Mercosul. 
c) a promoção do desenvolvimento nacional. 
d) o cumprimento das obras do PAC. 
e) a observância do princípio constitucional da eficiência. 
Pessoal, a Lei 12.439/2010 trouxe nova redação para o artigo 3º 
da Lei 8.666/1993. Acredito que a melhor justificativa está na leitura do 
artigo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Questão muito parecida foi cobrada pelo CESPE. Por isso, fique 
atento! Letra “b” correta. 
 
2.4. Normas Gerais da licitação 
Por falar em Lei nº 8.666/1993, você já parou pra pensar se os 
Estados-membros e municípios podem legislar sobre licitações? 
Veja o que diz o art. 22, XXVII, da CF: 
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância do princípio 
constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a 
administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e 
será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios 
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, 
da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao 
instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são 
correlatos. 
 
Questão de 
concurso 
 
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Como se vê, a União legisla sobre normas gerais de licitação. Com 
isso, os aspectos específicos das licitações podem ser disciplinados por 
leis estaduais e municipais. 
Apesar da Lei nº 8.666/93 tratar também de aspectos específicos 
da licitação, ela é aplicável aos Estados-membros e municípios. 
Entretanto, esses entes não perderam a competência legislativa que a 
Lei Maior lhes assegura de editar leis locais de licitações acerca de 
aspectos específicos do procedimento licitatório. Essas leis podem ser 
editadas, desde que não violem as normas gerais da Lei federal. 
Outro tema que quero levantar nos aspectos gerais é o que 
concerne à obrigatoriedade da licitação. 
Como vimos, essa obrigatoriedade decorre do comando do art. 37, 
XXI, da CF. 
A Lei 8.666/1993,por sua vez, afirma, no parágrafo único de seu 
art. 1.º, que: 
 
 
 
 
 
Diante disso, quem estaria obrigado a licitar? 
Tanto a administração direta (todos os órgãos administrativos da 
União, Estados, Distrito Federal e Municípios no âmbito dos Poderes 
Executivo, Legislativo e Judiciário, todos os Tribunais de Contas e 
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as 
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas e 
fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, obedecido 
o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e sociedades de 
economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III; 
“subordinam-se ao regime desta Lei, além dos órgãos da administração 
direta, os fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as 
empresas públicas, as sociedades de economia mista e demais entidades 
controladas direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal 
e Municípios”. 
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órgãos do Ministério Público) como a administração indireta (autarquias, 
empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações públicas) 
se submetem à obrigatoriedade da aquisição e alienação de bens, 
produtos ou serviços por meio da licitação. 
Já nos casos previstos no art. 173, caput, da CF, o Estado atua 
como agente econômico, explorando diretamente determinada atividade 
econômica (ou por imperativo de segurança nacional ou por relevante 
interesse econômico). Essa atividade é prestada pelas empresas 
públicas e pelas sociedades de economia mista. 
Nesses casos, os arts. 22, XXVII, e 173, § 1.º, III, da CF/1988 
informam que a lei estabelecerá o estatuto jurídico das empresas de 
capital público, ou seja, a licitação e suas modalidades, as contratações 
e os casos de dispensa e inexigibilidade para essas empresas serão 
dispostos em lei específica. 
O Congresso Nacional, contudo, ainda não editou tal norma. Desse 
modo, persiste a discussão acerca da obrigatoriedade da licitação 
nesses casos. 
Di Pietro (2009, p. 363) ensina que a natureza empresarial das 
empresas estatais, independentemente da atividade que exercem, 
justifica o tratamento diferenciado. A partir dessa reflexão, a doutrina 
majoritária (CARVALHO FILHO, 2005, p. 188, e SUNDFELD, 1994, p. 
39) entende que as empresas públicas e as sociedades de economia 
mista somente devem licitar quando a contratação envolver produtos ou 
serviços que não estejam relacionados à sua atividade-fim ou ao seu 
objeto econômico. Isso porque, como tais empresas atuam em uma 
economia aberta, a obrigatoriedade da licitação para a compra ou a 
venda de produtos a retiraria do mercado competitivo, porquanto o 
procedimento licitatório é lento e caro. 
Com relação às organizações sociais e as OSCIPs, o STF, no 
julgamento da medida cautelar na ADI 1.923, entendeu que o art. 24, 
XXIV, da Lei 8.666/1993, que trata da dispensa de licitação para a 
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celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações 
sociais qualificadas, no âmbito das respectivas esferas de governo, para 
atividades contempladas no contrato de gestão, é constitucional. 
Por fim, no que tange à necessidade de licitação pelos conselhos de 
classe, após ajuizamento da ADIN 1.717, o STF reconheceu-lhes 
natureza jurídica de autarquia especial. Desse modo, são obrigados a 
licitar. 
No que tange à OAB, na ADI 3.026, o STF decidiu que “a Ordem 
não é uma entidade da Administração Indireta da União” e, por isso 
“não está sujeita a controle da Administração”. Analisando essa decisão 
do Pleno do STF, Di Pietro (2009, p. 432) afirma que “a OAB passa a 
ser considerada como pessoa jurídica de direito público no que esta tem 
de vantagens (...) mas não é considerada pessoa jurídica de direito 
público no que diz respeito às restrições impostas aos entes da 
Administração Pública direta e indireta (como licitação, concurso 
público, controle)”. 
Assim, conclui-se que a OAB, ao contrário dos demais conselhos de 
classe, não tem a obrigação de licitar. 
Desse modo, temos: 
Obrigados a licitar Não são obrigados 
Administração direta, autarquias, 
fundações. 
Organizações sociais e OSCIP 
(dispensável) 
Conselhos de classe OAB 
Atividade meio das EP e SEM que 
prestam atividade econômica 
Atividade fim das EP e SEM que 
prestam atividade econômica 
 
2.5. Modalidades de licitação 
Agora chegamos ao ponto nodal de nossa aula! 
OLHO ABERTO E NÃO PISQUE, POIS ESSE É O TEMA QUE TEM 30% 
DE CHANCES DE CAIR EM SUA PROVA! 
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O art. 22 da Lei 8.666/1993 define cinco modalidades de licitação: 
concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. 
O pregão, sexta modalidade, é definido no art. 1.º da Lei 
10.520/2002. 
A consulta, definida no art. 58 da Lei 9.472/1997, declarado 
constitucional pelo STF na ADI 1.668, e disciplinada pela Resolução 
Anatel 5, de 15.01.1998, tem aplicabilidade restrita às agências 
reguladoras, por força do art. 37 da Lei 9.986/2000, e, por isso, não é 
considerada uma modalidade, conforme lição de Fernanda Marinela 
(2007, p. 302). 
É bom lembrar que o art. 22, § 8.º, da Lei 8.666/1993, direcionado 
ao administrador, veda a criação de novas modalidades licitatórias ou a 
combinação das existentes. 
As modalidades não podem ser aplicadas indistintamente. Para 
determinar qual deve ser aplicada no caso concreto, o operador do 
direito deverá se valer dos critérios do valor e das 
especificações/natureza do objeto. 
No que importa ao valor, as modalidades são divididas em 
concorrência, tomada de preços e convite. No que concerne à natureza, 
as modalidades são o leilão, o concurso, a concorrência (em casos 
específicos) e o pregão. 
Passa-se à análise de cada uma das modalidades. 
2.5.1. Concorrência 
Concorrência, conforme redação do art. 22, § 1.º, da Lei 
8.666/1993: 
 
 
 
 
 
“é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase 
inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos 
de qualificação exigidos no edital para execução de seu objeto”. 
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É a modalidade que possui mais requisitos e, em tese, confere uma 
maior segurança ao procedimento. 
É possível ao administrador, de modo a conferir uma maior 
segurança ao procedimento, adotar a concorrência nos casos em que 
couberem o convite e a tomada de preço. 
Quanto ao critério do valor, a concorrência será adotada para (a) 
obras e serviços de engenhariacujos valores estimados sejam 
superiores a R$ 1.500.000,00 e (b) outros bens e serviços que 
não os de engenharia cujos valores superem R$ 650.000,00. 
Esses valores, assim como os demais definidos em lei para a 
caracterização das modalidades, podem ser atualizados anualmente 
pelo Poder Executivo Federal, observada como limite superior a 
variação geral dos preços do mercado (art. 120 da Lei 8.666/1993). 
Para os consórcios públicos, os valores das modalidades 
licitatórias ficam duplicados quando pelo menos três entes da 
federação estiverem participando do consórcio, e são triplicados 
quando for formado por um número ainda maior. 
Professor, há hipóteses em que a concorrência será sempre 
adotada, independentemente do valor? 
Sim, meu caro. Nesses casos estamos diante do critério da 
natureza do objeto. 
Segundo esse critério, a concorrência será adotada, 
independentemente do valor do objeto, nas seguintes hipóteses: 
 compras e alienações de bens imóveis; 
 concessão de direito real de uso; 
 licitações internacionais (23, § 3.º, da Lei 8.666/1993); 
 contratos de empreitada integral (21, § 2.º, I, b, da 
mesma Lei); 
 concessões de serviços públicos (art. 2.º, II, da Lei 
8.987/1995), inclusive as PPPs (art. 10 da Lei 11.079/2004); 
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 contratação de concessões florestais (art. 13, § 1.º, da Lei 
11.284/2006). 
Esse rol comporta exceções, professor? 
Sim, meu caro e sagaz aluno. Algumas exceções a esse rol 
merecem destaque. 
Se o imóvel foi adquirido pelo Poder Público em procedimento 
judicial ou mediante dação em pagamento, o administrador poderá 
optar pelo leilão para promover a alienação desse bem, conforme 
autoriza o art. 19 da Lei 8.666/1993. 
No tocante à licitação internacional, a lei autoriza a tomada de 
preços, quando a Administração dispuser de cadastro internacional, e o 
convite, quando não houver fornecedor do bem ou serviço no País, 
devendo o administrador observar, em ambos os casos, os limites de 
valor definidos para essas modalidades (art. 23, § 3.º). 
Nas concessões de serviço público comum, antecedidas ou não de 
obra pública, excepcionalmente será possível a utilização da modalidade 
leilão quando o serviço estiver previsto no Programa Nacional de 
Desestatização (art. 29, da Lei 9.074/1995). 
O procedimento da concorrência e de cada uma das modalidades 
será estudado em tópico próprio. 
 
 
 
2. (ESAF - 2009 - ANA - Analista Administrativo) Como regra 
geral, a alienação de bens imóveis da administração pública será 
precedida de avaliação e realizada por meio de licitação na modalidade 
de: 
a) Concorrência. 
b) Tomada de Preços. 
Questão de 
concurso 
 
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c) Convite. 
d) Pregão. 
e) Leilão. 
Como você acabou de estudar, a regra geral é alienação por 
concorrência. Porém, como vimos nas exceções, se o imóvel foi 
adquirido pelo Poder Público em procedimento judicial ou mediante 
dação em pagamento, o administrador poderá optar pelo leilão para 
promover a alienação desse bem, conforme autoriza o art. 19 da Lei 
8.666/1993. 
Gabarito: Letra “a”. 
 
2.5.2. Tomada de preços 
Tomada de preços, conforme redação do art. 22, § 2.º, da Lei 
8.666/1993, 
 
 
 
 
A característica principal da tomada de preços é que ela se 
restringe às pessoas previamente cadastradas, organizadas em 
função dos ramos de atividade, e aos que apresentaram pedido de 
cadastramento e atenderem a todas as condições exigidas até o terceiro 
dia anterior à data fixada para abertura das propostas. 
Isso faz com que a fase de habilitação seja bem mais célere do que 
na concorrência. O único trabalho da comissão na fase de habilitação 
será verificar o certificado de registro cadastral e os documentos 
daqueles que requereram o cadastramento. 
Se o requerimento for indeferido, cabe recurso administrativo 
(representação). 
“é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados 
ou que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até 
o terceiro dia anterior à data do recebimento das propostas, observada a 
necessária qualificação”. 
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As características essenciais da tomada de preços, segundo 
Carvalho Filho (2005, p. 211), são a inscrição, a habilitação prévia, que 
ocorre no momento da inscrição nos registros cadastrais, e a 
possibilidade de sua substituição pela concorrência. 
Conforme observado acima, a tomada de preços segue, 
exclusivamente, o critério do valor e se destina a contratos de 
médio vulto, ou seja, maiores que o limite do convite e menores que o 
da concorrência. 
É possível a tomada de preços para (a) obras e serviços de 
engenharia cujos valores situem-se entre R$ 150.000,00 e R$ 
1.500.000,00 e (b) outros bens e serviços que não os de 
engenharia cujos valores se situem entre R$ 80.000,00 e R$ 
650.000,00. 
ATENÇÃO! Não pode o administrador promover o fracionamento do 
objeto a ser licitado de modo a enquadrar o procedimento em 
modalidade que requer menor rigor. 
Esse ato, além de constituir-se em desvio de finalidade, provoca 
sérios prejuízos ao erário na medida em que uma maior quantidade de 
produto, normalmente, tem preço unitário menor do que uma pequena 
quantidade, segundo a lógica da economia de escala. 
Se a Administração pretende contratar uma empresa de 
engenharia para construir um hospital, não pode licitar, separadamente, 
a enfermaria para enquadrá-la na tomada de preços, a recepção para 
enquadrá-la no convite e assim por diante. Do mesmo modo, se a 
Administração necessita trocar a sua frota de automóveis, não pode 
fazer uma licitação para a metade dos carros no primeiro semestre e 
outra licitação para o restante no segundo semestre. 
É por essa razão que o § 5.º do art. 23 da Lei 8.666/1993 dispõe 
que: 
 
 
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Professor, há também exceção a essa regra? 
Há sim uma exceção a essa regra: é permitido o parcelamento e a 
utilização de modalidade mais simples quando se tratar de parcelas de 
natureza específica que possam ser executadas por pessoas ou 
empresas de especialidade diversa daquela do executor da obra ou 
serviço. Exemplo típico dessa permissão legal é a contratação separada 
de empresa especializada em ar condicionado para o fornecimento e 
instalação desse bem em determinada obra. 
A hipótese de fracionamento vedada pelo § 5.º não pode ser 
confundida com a previsão legal contida no § 7.º do mesmo dispositivo. 
Vejamos o que diz este último: 
 
 
 
 
O citado dispositivo autorizaa Administração a cotar quantidade 
inferior à demandada na licitação, visando a ampliação da 
competitividade, quando se tratar de bens de natureza divisível. É o 
que Marçal Justen Filho denomina de “fracionamento interno” (2008, 
p. 276). 
Nessa hipótese, a Administração promove a licitação de 
determinado objeto divisível e o divide em lotes, de forma a alcançar os 
fornecedores que não podem entregar quantidades maiores desse 
produto. Será publicado um único edital, mas o mesmo produto será 
dividido em vários lotes, como ocorre na licitação por itens (os 
fornecedores apresentam propostas para cada item). Serão 
“É vedada a utilização da modalidade „convite‟ ou „tomada de preços‟, 
conforme o caso, para parcelas de uma mesma obra ou serviço, ou ainda 
para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam 
ser realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o somatório 
de seus valores caracterizar o caso de „tomada de preços‟ ou 
„concorrência‟, respectivamente, nos termos deste artigo”. 
 
§ 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde que não haja 
prejuízo para o conjunto ou complexo, é permitida a cotação de 
quantidade inferior à demandada na licitação, com vistas a ampliação da 
competitividade, podendo o edital fixar quantitativo mínimo para 
preservar a economia de escala. 
 
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selecionadas tantas propostas quantas necessárias até que se atinja a 
quantidade demandada na licitação. 
Desse modo, se, por exemplo, a Administração pretende comprar 
cem carteiras escolares e houver, na localidade, apenas pequenas 
marcenarias, o edital poderá consignar que as marcenarias apresentem 
propostas para lotes de cinco, dez ou vinte carteiras. Quem apresentar 
a melhor proposta para cada lote será o vencedor daquele lote. É essa a 
situação autorizada pela lei. 
Por fim, vale lembrar que os valores-limite acima especificados são 
multiplicados quando se trata de consórcios públicos e que é admissível 
a tomada de preços nas licitações internacionais nas condições acima 
verificadas. 
Mais uma questão! 
 
 
 
3. (CESPE/2008/TJ-AL/Juiz) Licitação entre interessados prévia e 
devidamente cadastrados ou interessados que atendam a todas as 
condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data 
do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação, 
enquadra-se na modalidade de 
a) tomada de preços. 
b) convite. 
c) concorrência. 
d) pregão. 
e) concurso. 
Por óbvio, o item correto é o A, pois corresponde à definição legal 
de tomada de preços. 
 
 
Questão de 
concurso 
 
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2.5.3. Convite 
Convite, conforme redação do art. 22, § 3.º, da Lei 8.666/1993: 
 
 
 
 
 
 
 
Como se vê, a Administração, ao realizar o convite, não precisa 
se limitar a pessoas previamente cadastradas, pode encaminhar 
a carta-convite a pessoas não cadastradas. Em outro giro, os 
interessados em participar da licitação que não foram convidados pela 
Administração devem ser admitidos, desde que manifestem o interesse 
com antecedência de até vinte e quatro horas antes da apresentação 
das propostas e, cumulativamente, estejam previamente cadastrados. 
Os já cadastrados limitam-se a apresentar o “certificado de registro 
cadastral”. 
A Administração, contudo, deve tomar especial cuidado ao convidar 
pessoas não cadastradas, uma vez que, no convite, a fase de 
habilitação é presumida, conforme lição de Bandeira de Mello (2007, p. 
571). 
Gasparini (2008, p. 569) ensina que “nessa modalidade a entidade 
licitante presume como boas a habilitação jurídica, a qualificação 
técnica, a qualificação econômico-financeira e a regularidade fiscal dos 
convidados. Não é necessária qualquer medida para averiguar esses 
aspectos da pessoa do licitante, salvo quanto à prova de regularidade 
para com o INSS, pois nenhuma pessoa jurídica pode contratar com o 
Poder Público se estiver em débito com o sistema de seguridade social 
(art. 195, § 3.º) e para com o FGTS (...)”. 
“é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao 
seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número 
mínimo de três pela unidade administrativa, a qual afixará, em local 
apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais 
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu 
interesse com antecedência de até 24 (vinte e quatro) horas da 
apresentação das propostas”. 
 
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Assim, a única medida que a Administração deve tomar no 
convite para verificar se o interessado tem condições de 
contratar com o poder público é buscar a comprovação da 
regularidade perante o INSS e o FGTS. 
Bandeira de Mello admite a participação do interessado não 
cadastrado, interpretando por analogia as regras da tomada de preço 
que admitem o cadastramento em até três dias antes da data do 
recebimento das propostas (2007, p. 543-544). 
Quanto à publicidade do instrumento convocatório, a lei determina 
que sua cópia seja afixada em local apropriado de forma a dar uma 
maior publicidade ao certame e dar conhecimento aos não convidados 
da existência do mesmo. 
Até mesmo a comissão de licitação pode ser dispensada e 
substituída por servidor formalmente designado pela autoridade 
competente nas pequenas unidades administrativas em que houver 
exiguidade de pessoal disponível (art. 51, § 1.º, da Lei 8.666/1993). 
Pelas características até aqui verificadas, pode-se concluir que o 
convite é a modalidade licitatória de menor formalismo, destinada a 
licitações de menor vulto. Em razão desse menor formalismo, pode o 
administrador optar por adotar a concorrência ou a tomada de preços 
quando o valor se enquadrar nos limites do convite. 
Os limites legais para a adoção do convite são: (a) obras e 
serviços de engenharia de valores até R$ 150.000,00 e (b) 
outros bens e serviços que não os de engenharia de valores até 
R$ 80.000,00. 
Os limites para os consórcios públicos também são ampliados aqui 
e o convite pode ser adotado em licitações internacionais nos moldes 
em que explicado linhas acima. 
ATENÇÃO!!! Dois importantes aspectos ainda merecem destaque 
quanto ao convite. 
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O primeiro refere-se ao disposto no art. 22, § 6.º, da Lei 
8.666/1993. Esse dispositivo determina que, caso existam na praça 
mais de três interessados, a Administração deve, a cada novo convite 
realizado para objeto idêntico ou assemelhado, convidar um novo 
interessado, enquanto existirem cadastrados nãoconvidados nas 
últimas licitações. Dessa maneira, a legislação procura evitar que 
sempre os mesmos três interessados sejam convidados. Assim, a cada 
convite para o mesmo objeto, deve haver ao menos um convidado 
diferente. 
O segundo refere-se à importantíssima discussão acerca da 
existência de um número mínimo de propostas válidas ou de um 
número mínimo de licitantes. 
A redação do § 7.º do artigo em referência informa que a 
Administração pode prosseguir na realização do convite quando, por 
limitações do mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, não 
for possível a obtenção de três licitantes, desde que as razões sejam 
devidamente apresentadas no processo. 
Há casos, contudo, em que a Administração convida três 
interessados, mas apenas um ou dois apresentam proposta válida. 
Nesse caso, o TCU tem jurisprudência firme no sentido de que a 
licitação na modalidade convite deve ser repetida e um ou dois novos 
interessados devem ser convidados quando não houver o mínimo de 
três propostas válidas. Esse é o comando da Súmula 248/TCU: “Não se 
obtendo o número legal mínimo de três propostas aptas à seleção, na 
licitação sob a modalidade Convite, impõe-se a repetição do ato, com a 
convocação de outros possíveis interessados, ressalvadas as hipóteses 
previstas no parágrafo 7.º, do art. 22, da Lei n.º 8.666/1993”. 
Por fim, quanto aos aspectos procedimentais, observa-se que os 
prazos são mais curtos no convite. Além do prazo de cinco dias úteis 
entre a efetiva disponibilidade do convite e a apresentação das 
propostas, conforme se verá no quadro abaixo, o prazo de diligência 
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para a apresentação de nova documentação ou de novas propostas a 
que se refere o art. 48, § 3.º, da Lei Geral é de três dias úteis no 
convite e oito dias úteis as demais modalidades. Ainda, o prazo para 
recursos também é menor no convite, pois, enquanto nas modalidades 
anteriores o prazo é de cinco dias úteis, na modalidade em análise é de 
apenas dois dias úteis. 
Veja o quadro comparativo entre concorrência, tomada de preços e 
convite: 
 
Modalidades Critérios Valores Participantes Prazos mínimos 
entre a última 
publicação do 
edital ou convite e 
o recebimento das 
propostas 
Publicação 
Concorrência 
(maior vulto) 
 
Valor e 
outros 
(imóveis, 
concessões, 
empreitada 
integral etc.) 
- engenharia: 
maior que R$ 
1.500.000,00 
- outros bens e 
serviços: maior 
que R$ 
650.000,00 
Quaisquer 
interessados, 
observados os 
requisitos do 
edital. 
- 45 dias: 
empreitada 
integral e “melhor 
técnica” e “técnica 
e preço” 
- 30 dias: 
demais casos 
Publicação 
do edital na 
imprensa 
oficial e em 
jornal diário 
de grande 
circulação. 
 
Tomada 
de 
Preços 
(médio vulto) 
Valor - engenharia: 
entre 
150.000,00 e R$ 
1.500.000,00 
- outros bens e 
serviços: entre 
R$ 80.000,00 e 
R$ 650.000,00 
Todos 
interessados 
cadastrados e os 
que requereram 
cadastramento 
em até 3 dias 
antes do 
recebimento das 
propostas. 
- 30 dias: 
“melhor técnica” e 
“técnica e preço” 
- 15 dias: 
demais casos 
Publicação 
do edital na 
imprensa 
oficial e em 
jornal diário 
de grande 
circulação. 
 
Convite 
(menor vulto) 
Valor - engenharia: 
até R$ 
150.000,00 
- outros bens e 
serviços: até R$ 
80.000,00 
Convidados (no 
mínimo 3) e 
cadastrados que 
manifestarem 
interesse em até 
24 horas antes do 
recebimento das 
propostas. 
5 dias úteis 
 
Fixação em 
local 
próprio e 
admite-se a 
publicação 
na imprensa 
oficial 
 
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4. (ESAF - 2010 - MPOG - Analista de Planejamento e Orçamento) 
No tocante ao princípio da publicidade no âmbito das licitações regidas 
pela Lei n. 8.666/93, assinale a modalidade de licitação em que tal 
princípio é garantido sem, todavia, haver publicação do instrumento 
convocatório no Diário Oficial da União. 
a) Concorrência. 
b) Tomada de Preços. 
c) Concurso. 
d) Leilão. 
e) Convite. 
Essa é uma questão interessante por exigir a interpretação da lei. 
Lembra-se do quadrinho? Será exigível no convite a fixação em local 
próprio e admite-se a publicação na imprensa oficial. Gabarito letra: “e” 
 
2.5.4. Concurso 
Concurso, conforme redação do art. 22, § 4.º, da Lei 8.666/1993, 
 
 
 
 
Desse conceito extrai-se que o objetivo do concurso é escolher um 
trabalho técnico, científico ou artístico. É a modalidade preferencial 
de licitação para a contratação de serviços técnicos especializados. Após 
a escolha de um trabalho técnico, um projeto de arquitetura, por 
exemplo, a Administração não está obrigada a contratar uma empresa 
de engenharia para executar a obra daquele projeto escolhido. 
O vencedor do certame ganhará um prêmio e deverá ceder os 
direitos de sua obra à Administração. Conforme lição de Carvalho Filho 
“é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de 
trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios 
ou remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital 
publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta 
e cinco) dias”. 
 
Questão de 
concurso 
 
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(2005, p. 212), com fundamento nos arts. 52, § 2.º, e 111 da Lei 
8.666/1993, “o prêmio ou a remuneração, no entanto, só poderão ser 
pagos se o autor do projeto ceder à Administração os direitos 
patrimoniais a ele relativos e a ela permitir a utilização, de acordo com 
sua conveniência, na forma do que estabelecer o regulamento ou o 
ajuste para a elaboração deste”. 
Quem escolherá o vencedor será uma comissão especial que não 
precisa ser composta por servidores públicos, bastando que os 
integrantes sejam pessoas de reputação ilibada e reconhecido 
conhecimento na matéria (art. 51, § 5.º, da Lei 8.666/1993). 
CUIDADO: Os tipos de licitação (menor preço, melhor técnica, 
técnica e preço e maior lance ou oferta) não são adotados para o 
concurso, nos termos do art. 45, § 1.º, da mesma lei. 
Não há procedimento legal específico para o concurso. A 
Administração deverá elaborar um regulamento próprio que indicará a 
qualificação exigida dos participantes, as diretrizes e a forma de 
apresentação do trabalho, as condições de realização do concurso e os 
prêmios a serem concedidos. O edital deve indicar o local em que o 
regulamento pode ser acessado ou deverá trazer o regulamento anexo. 
O prazo de intervalo mínimo entre a última publicação do edital e 
a apresentação dos trabalhos é de 45 dias corridos. 
 
2.5.5. Leilão 
Leilão, conforme definição do art. 22, § 5.º, da Lei 8.666/1993, é a 
modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de 
bens móveis inservíveis para a administração ou de produtos 
legalmente apreendidos ou penhorados (=empenhados, segundo 
Marinela), ou para a alienação de bens imóveis oriundos deprocedimentos judiciais ou de dação em pagamento, a quem oferecer o 
maior lance, igual ou superior ao valor da avaliação. 
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É importante observar, inicialmente, que o leilão é adotado na 
venda de bens pela Administração. Quanto aos bens móveis, a lei 
impõe o limite de até R$ 650.000,00, em avaliação isolada ou global, 
para a utilização do leilão. Acima desse valor, a concorrência deve ser 
adotada. 
Há, ainda, uma inconsistência na definição do instituto. A 
Administração não pode promover a penhora de bens e realizar o leilão 
para a venda desses bens, essa atividade é privativa do Poder Judiciário 
em sede de execução civil. 
Não é só nas hipóteses elencadas no dispositivo em referência que 
o leilão pode ser adotado. Essa modalidade também pode ser utilizada 
para a promoção da privatização e, de forma simultânea, para a 
outorga de nova concessão de serviço público, nos termos do art. 27, I, 
da Lei 9.074/1995. A adoção do leilão nessa hipótese foi chancelada 
pelo STF que considerou constitucional a transferência da concessão ou 
permissão de serviço público à empresa privada por meio de leilão de 
ações ou quotas (ADI 1.528 e ADI 1.863). 
E quais são os aspectos procedimentais do leilão? 
Quem dirige o leilão é a comissão de licitação. A condução dos 
trabalhos no momento da praça cabe ao leiloeiro oficial ou ao servidor 
designado pela Administração. 
Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado pela 
Administração para fixação do preço mínimo de arrematação. 
O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, por meio de 
publicação oficial e em jornal diário de grande circulação, 
principalmente no município em que se realizará. O intervalo mínimo 
entre a sua publicação e a realização do certame é de 15 dias. 
No dia, hora e local determinados no edital, todos os participantes 
comparecerão e apresentarão suas propostas (lances) de forma oral. 
Nesse ponto, observa-se que o princípio da publicidade é levado ao 
extremo, pois não há sigilo de propostas. Um mesmo licitante pode 
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melhorar sua oferta a qualquer momento e fica vinculado a ela até a 
apresentação de uma mais vantajosa. 
Os bens arrematados serão pagos à vista ou no percentual 
estabelecido no edital – nunca inferior a 5%. Nos leilões internacionais, 
o pagamento dessa parcela poderá ser feito em 24 horas. Após a 
assinatura da respectiva ata lavrada no local do leilão, os bens serão 
imediatamente entregues ao arrematante que se obrigará ao 
pagamento do restante no prazo estipulado no edital de convocação. 
Tudo isso conforme as diretrizes do art. 53 da Lei Geral. 
Todos os atos para a efetivação da venda serão concentrados em 
uma única oportunidade e, ao final, deverá ser lavrada a ata 
circunstanciada. 
 
2.5.6. Pregão (Lei 10.520/2002) 
Prezado aluno: 
 
 
Pregão, conforme definição do art. 1.º da Lei 10.520/2002, é a 
modalidade de licitação adotada para a aquisição de bens e serviços 
comuns. 
A Lei 10.520/2002 institui o pregão como uma modalidade de 
licitação no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Assim, o pregão pode ser utilizado também pelos Estados e Municípios 
com fundamento nessa lei, por se tratar de lei geral de licitações, nos 
termos do art. 37, XXI, da Constituição Federal. 
A aplicação da Lei 8.666/1993 ao pregão é subsidiária, conforme 
dispõe o art. 9.º da Lei 10.520/2002. 
ATENÇÃO!!! Nos termos do parágrafo único do art. 1.º da Lei 
10.520/2002, “consideram-se bens e serviços comuns, para os fins e 
efeitos deste artigo, aqueles cujos padrões de desempenho e 
Pensou em pregão, pense em “COMUM” 
 
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qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edital, por 
meio de especificações usuais no mercado”. 
Verifica-se, portanto, que o bem será comum se o mercado for 
capaz de definir, usualmente, os padrões de desempenho e qualidade 
de certo bem. 
O pregão pode ser realizado de forma presencial, regulamentado 
pelo Decreto 3.555/2000, ou de forma eletrônica. 
O pregão eletrônico, previsto no art. 2.º, § 1.º, da Lei 
10.520/2002, é um meio de realização do pregão que utiliza recursos 
de tecnologia da informação. Nesse procedimento, a disputa pelo 
fornecimento de bens ou serviços comuns é feita a distância, em sessão 
pública, por meio de sistema que promova a comunicação pela internet. 
Passa-se, por oportuno, ao estudo das principais características do 
pregão. 
A primeira grande característica do pregão é que não há limite 
quanto ao valor para a sua adoção. Qualquer que seja o valor, a 
Administração adotará o pregão se o bem ou serviço se caracterizar 
como comum. 
O TCU considera, inclusive, que a regra geral para a aquisição de 
bens e serviços de informática é a adoção da modalidade pregão em 
sua forma eletrônica: “9.2.1. A licitação de bens e serviços de 
tecnologia da informação considerados comuns, ou seja, aqueles que 
possuam padrões de desempenho e de qualidade objetivamente 
definidos pelo edital, com base em especificações usuais no mercado, 
deve ser obrigatoriamente realizada pela modalidade Pregão, 
preferencialmente na forma eletrônica. Quando, eventualmente, não for 
viável utilizar essa forma, deverá ser anexada a justificativa 
correspondente (Lei n.º 10.520/2002, art. 1.º; Lei n.º 8.248/1991, art. 
3.º, § 3.º; Decreto n.º 3.555/2000, anexo II; Decreto n.º 5.450/2005, 
art. 4.º, e Acórdão n.º 1.547/2004 – Primeira Câmara)”. (Acórdão 
2.471/2008 – TCU – Plenário). 
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O TCU também já sedimentou o entendimento no sentido de que o 
pregão deve ser adotado, obrigatoriamente, para licitar bens e serviços 
comuns, inclusive os de engenharia caracterizados como comuns 
(Acórdão 1.947/2008 – Plenário, Acórdão 832/2009 – 2.ª Câmara, 
entre outros). 
Assim, o entendimento que deve prevalecer nos concursos públicos 
é o de que os bens e serviços comuns de engenharia e de informática 
podem, e devem, ser contratados por meio do pregão. 
Outro importante aspecto do pregão: ele é obrigatório nos casos 
em que a licitação envolver a aquisição de bens e serviços comuns? 
O caput do art. 1.º da Lei 10.520/2002 reza que, “para a aquisição 
de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na 
modalidade de pregão, que será regida por esta lei”. 
Diante da dicção legal, ensina Carvalho Filho que “o pregão não é 
modalidade de uso obrigatório pelos órgãos públicos. Trata-se, pois, de 
atuação discricionária, na qual a Administração terá a faculdade de 
adotar o pregão (nas hipótesescabíveis) ou alguma das modalidades 
previstas no Estatuto geral” (2005, p. 230). 
Na União, há a obrigatoriedade do pregão a todas as 
contratações realizadas pelos órgãos e entes federais, bem como 
as realizadas com recursos repassados voluntariamente por ela 
(inclusive quando esses recursos são utilizados por Estados, DF, 
Municípios, OS, Oscip ou pessoas jurídicas de direito privado em geral), 
devendo a pessoa jurídica de direito público ou privado contratante 
adotar, preferencialmente, a forma eletrônica (art. 4.º do Decreto 
5.450/2005 e dos arts. 1.º e 2.º do Decreto 5.504/2005). 
A regra da obrigatoriedade do pregão, por encontrar-se disposta 
em decreto federal que não assume o caráter de norma geral, não é de 
observância obrigatória para os demais entes federados, a não ser, por 
óbvio, em contratações que utilizem recursos repassados pela União. 
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Veja a seguinte questão pra você revisar o conteúdo e aprofundar 
o conhecimento! 
 
 
 
5. (ESAF - 2009 - ANA - Analista Administrativo) No Pregão, o 
prazo de validade das propostas, se outro não estiver fixado no edital, 
será de: 
a) 30 (trinta) dias. 
b) 45 (quarenta e cinco) dias. 
c) 60 (sessenta) dias. 
d) 90 (noventa) dias. 
e) 120 (cento e vinte) dias. 
 
Pessoal aqui não temos muito o que comentar, o examinador 
retirou a questão da Lei 10.520/ 2002 que dispõe sobre o pregão. Em 
seu artigo 6º a norma nos fala “O prazo de validade das propostas será 
de 60 (sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital.” Gabarito 
letra “c”. 
 
2.6. Procedimentos 
 
2.6.1. Procedimento da Concorrência 
Pessoal, esse ponto não consta expressamente do seu edital. 
Contudo, como o ponto “modalidades” está previsto, se o examinador 
quiser “forçar a barra” ele pode cobrar questões relacionadas ao 
procedimento de cada uma das modalidades de licitação. 
Uma dica: se você estiver com muita matéria atrasada e quiser 
pular alguns pontos, escolha este para pular. Mas lembre-se: essa é 
uma manobra de risco. 
Chega de papo, vamos ao conteúdo. 
Questão de 
concurso 
 
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O procedimento da concorrência, por ser mais amplo e rigoroso, é 
o que será tomado por base para o conhecimento do procedimento da 
tomada de preço e do convite. Os aspectos diferenciadores destes 
foram tratados nos tópicos acima. 
A Lei Geral, em seu art. 38, disciplina que o procedimento da 
licitação inicia-se com a abertura de processo administrativo, 
devidamente autuado, protocolado e numerado, contendo a autorização 
respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso próprio para 
a despesa. 
A doutrina (Bandeira de Mello, 2007, p. 558), usualmente, divide o 
procedimento licitatório em duas etapas, a interna e a externa. A 
primeira é aquela em que os servidores responsáveis pelo certame 
praticam todos os atos necessários à sua abertura, anteriores à 
convocação dos interessados. Já a etapa externa inicia-se com a 
publicação do edital ou o envio dos convites, sendo constituída da 
fase subjetiva e da fase objetiva. 
Na fase subjetiva ocorre a análise da condição dos interessados 
por meio da habilitação ou da qualificação dos proponentes, quando é 
verificado o preenchimento dos requisitos constantes do art. 27 da Lei 
8.666/1993. Na fase objetiva, dois importantes estágios são 
percorridos: a análise e o julgamento das propostas. 
Na análise das propostas, a Administração verifica se estão 
adequadas às exigências e formalidades do edital, bem como se o preço 
está compatível com o praticado no mercado. Nesse momento, os 
licitantes podem ser classificados ou desclassificados. No julgamento, a 
comissão de licitação seleciona a melhor proposta e ordena as demais 
classificadas. 
Tanto contra o resultado da fase subjetiva quanto da fase objetiva, 
o prejudicado pode interpor recurso com efeito suspensivo. 
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A realização e o exaurimento de cada fase são pressupostos e 
requisitos para a fase subsequente e só passam para a seguinte os 
licitantes aprovados na anterior. 
 
2.6.1.1. Etapa interna 
Essa etapa ocorre dentro da própria Administração. Nesse 
momento são tomadas as providências necessárias para a definição da 
licitação e do respectivo contrato. 
(a) Requisitos para a instauração da licitação; 
A Lei Geral impõe os requisitos que devem ser observados pela 
Administração na instauração da licitação. 
Inicialmente, devem ser observadas as regras para a constituição 
da comissão de licitação. Segundo o art. art. 51 da Lei 8.666/1993, ela 
deve ser formada por, no mínimo, três membros, sendo pelo menos 
dois deles servidores qualificados pertencentes aos quadros 
permanentes dos órgãos da Administração responsáveis pela licitação. 
A investidura dos membros das comissões permanentes não excederá a 
um ano, vedada a recondução da totalidade de seus membros para a 
mesma comissão no período subsequente. 
Conforme observado acima, a comissão de licitação tem seu 
regramento próprio no convite (substituível por servidor designado), no 
concurso (comissão técnica) e no leilão (existência do pregoeiro). 
Importante observar que os membros das comissões de licitação 
responderão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, 
salvo se a posição individual divergente estiver devidamente 
fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido 
tomada a decisão. 
Formada a comissão, devem ser verificados os requisitos legais 
para a formação do processo licitatório. 
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Para obras e serviços, é necessário observar o disposto no § 2.º 
do art. 7.º da Lei 8.666/1993, que impõe a elaboração de projeto 
básico, orçamento detalhado em planilhas, a previsão de recursos 
orçamentários para o exercício financeiro em curso e a existência do 
resultado da obra nas metas do Plano Plurianual, quando for o caso. 
O projeto básico é definido na mesma lei como o “conjunto de 
elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, 
para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços 
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos 
técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o 
adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que 
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do 
prazo de execução” (art. 6.º, IX, da Lei 8.666/1993). Os elementos que 
devem conter no projeto básico estão definidos nos alíneas de a até f do 
referido dispositivo. 
A Administração deveobservar que o projeto básico não deve ser 
um documento meramente formal, “a finalidade dessa exigência é para 
que se tornem conhecidos os elementos suficientes à compreensão e 
realização do objeto da licitação por parte do poder público” (STJ, REsp 
773.665). 
Também o projeto executivo é exigido pela lei, que autoriza o 
seu desenvolvimento de forma concomitante com a execução das 
obras e serviços, desde que autorizado pela Administração. 
Em outro giro, ainda quanto às obras e serviços, a Lei Geral (art. 
8.º) determina que sejam programados sempre em sua totalidade, 
previstos os custos atual e final e considerados os prazos de sua 
execução. Não pode a Administração retardar imotivadamente a 
execução de obra ou serviços se existe previsão orçamentária. 
Para as compras, a lei exige, também, a adequada caracterização 
do objeto e a indicação dos recursos orçamentários. 
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O controle orçamentário tornou-se ainda mais rigoroso com o 
advento da LC 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal – que, em seu 
art. 16, impõe que a ação governamental que signifique aumento de 
despesa (salvo as despesas irrelevantes) seja precedida da realização 
de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que 
deva entrar em vigor, e nos dois subsequentes, e a declaração do 
ordenador da despesa que o aumento tem adequação orçamentária e 
financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano 
plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias. 
(b) Vedações quanto ao objeto e impedimentos; 
Há vedações legais quanto ao objeto da licitação e aos 
participantes. A inobservância des;sas proibições pode gerar a nulidade 
do procedimento. 
ATENÇÃO!!! Não podem ser incluídos no objeto da licitação: 
(a) a obtenção de recursos financeiros para sua execução, exceto 
nos casos de empreendimentos executados e explorados sob o 
regime de concessão; 
(b) o fornecimento de materiais e serviços sem previsão de 
quantidades ou cujos quantitativos não correspondam às 
previsões reais do projeto básico ou executivo; 
(c) bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características 
e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for 
tecnicamente justificável, ou ainda quando o fornecimento de 
tais materiais e serviços for feito sob o regime de 
administração contratada, previsto e discriminado no ato 
convocatório. 
É autorizada, por outro lado, a inclusão da elaboração de projeto 
executivo para obras e serviços como um dos encargos do contratado. 
São impedidos de participar direta ou indiretamente da 
licitação ou da execução da obra ou serviço, bem como do 
fornecimento dos bens a eles necessários: 
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(a) o autor do projeto básico ou executivo, seja ele pessoa física 
ou jurídica; 
(b) empresa da qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, 
acionista ou detentor de mais de 5% do capital com direito a 
voto ou controlador, responsável técnico ou subcontratado; e 
(c) servidor ou dirigente de órgão ou entidade contratante ou 
responsável pela licitação. 
Ao autor dos projetos básico e/ou executivo ou à empresa que os 
elaborou é permitida a participação na fase de licitação ou na execução 
do contrato apenas como consultor ou técnico, nas funções de 
fiscalização, supervisão ou gerenciamento, exclusivamente a serviço da 
Administração interessada. 
(c) Elaboração do instrumento convocatório; 
Após a formalização do processo, que pressupõe atos como a 
designação da comissão de licitação, a análise dos pressupostos legais 
para a contratação, a verificação da disponibilidade orçamentária, a 
definição das necessidades e do objeto e a análise do possível 
enquadramento entre as hipóteses de dispensa, a comissão elaborará 
a minuta do instrumento convocatório, do contrato e dos anexos 
e os submeterão à apreciação do órgão jurídico competente. 
Conforme observado acima, o instrumento convocatório de todas 
as modalidades de licitação é o edital, salvo na modalidade convite, em 
que se utiliza a carta-convite. 
O instrumento convocatório é a “lei interna” do procedimento 
licitatório, pois fixa as condições de realização do certame, vinculando 
Administração e licitantes. Além disso, esse instrumento deve fazer 
parte do contrato, segundo disposição do art. 55 da Lei 8.666/1993. 
Os requisitos do edital constam do art. 40 da Lei 8.666/1993, 
assim redigido: 
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de ordem em série anual, o 
nome da repartição interessada e de seu setor, a modalidade, o regime de 
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execução e o tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, o 
local, dia e hora para recebimento da documentação e proposta, bem como 
para início da abertura dos envelopes, e indicará, obrigatoriamente, o 
seguinte: 
I – objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; 
II – prazo e condições para assinatura do contrato ou retirada dos 
instrumentos, como previsto no art. 64 desta Lei, para execução do contrato 
e para entrega do objeto da licitação; 
III – sanções para o caso de inadimplemento; 
IV – local onde poderá ser examinado e adquirido o projeto básico; 
V – se há projeto executivo disponível na data da publicação do edital de 
licitação e o local onde possa ser examinado e adquirido; 
VI – condições para participação na licitação, em conformidade com os arts. 
27 a 31 desta Lei, e forma de apresentação das propostas; 
VII – critério para julgamento, com disposições claras e parâmetros 
objetivos; 
VIII – locais, horários e códigos de acesso dos meios de comunicação à 
distância em que serão fornecidos elementos, informações e esclarecimentos 
relativos à licitação e às condições para atendimento das obrigações 
necessárias ao cumprimento de seu objeto; 
IX – condições equivalentes de pagamento entre empresas brasileiras e 
estrangeiras, no caso de licitações internacionais; 
X – o critério de aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, 
permitida a fixação de preços máximos e vedados a fixação de preços 
mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de 
referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1.º e 2.º do art. 48; 
XI – critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de 
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data 
prevista para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa 
proposta se referir, até a data do adimplemento de cada parcela; 
XII – (Vetado.); 
XIII – limites para pagamento de instalação e mobilização para execução de 
obras ou serviços que serão obrigatoriamente previstos em separado das 
demais parcelas, etapas ou tarefas; 
XIV – condições de pagamento, prevendo: 
a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, contado a partir da data 
final do período de adimplemento de cada parcela; 
b) cronograma dedesembolso máximo por período, em conformidade com a 
disponibilidade de recursos financeiros; 
c) critério de atualização financeira dos valores a serem pagos, desde a data 
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final do período de adimplemento de cada parcela até a data do efetivo 
pagamento; 
d) compensações financeiras e penalizações, por eventuais atrasos, e 
descontos, por eventuais antecipações de pagamentos; 
e) exigência de seguros, quando for o caso; 
XV – instruções e normas para os recursos previstos nesta Lei; 
XVI – condições de recebimento do objeto da licitação; 
XVII – outras indicações específicas ou peculiares da licitação. 
A modalidade que será adotada, o tipo da licitação e o regime de 
execução devem constar do edital. As modalidades de licitação já foram 
apresentadas. 
Analisemos agora os tipos e, em seguida, o regime de execução. 
MUITO CUIDADO – ESSA É UMA PEGADINHA DE CONCURSO: O 
TIPO DE LICITAÇÃO NÃO É O MESMO QUE MODALIDADE DE 
LICITAÇÃO. JÁ VIMOS AS MODALIDADES, VAMOS AGORA AOS TIPOS: 
Os tipos de licitação estão definidos no § 1.º do art. 45 da Lei 
Geral de forma taxativa e constituem-se em critérios de julgamento 
para a escolha do fornecedor que melhor atenda a Administração. São 
eles: 
(a) menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais 
vantajosa para a Administração determinar que será vencedor o 
licitante que apresentar a proposta de acordo com as especificações do 
edital ou convite e ofertar o menor preço; 
(b) melhor técnica – a Administração fixa o preço máximo que 
pretende pagar, os fornecedores apresentam um envelope com a 
proposta técnica e outro com o preço, as propostas técnicas são 
classificadas conforme os critérios do edital, são abertos os envelopes 
das propostas de preço dos fornecedores que alcançaram a valorização 
mínima, a Administração negocia, primeiramente, com aquele que 
apresentou a melhor proposta técnica tendo como referência o limite 
apresentado pela proposta de melhor preço, se o primeiro colocado não 
concordar em pagar esse preço, a Administração passa a negociar com 
a segunda melhor técnica e assim sucessivamente; 
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(c) técnica e preço – o mesmo procedimento da melhor técnica é 
adotado, acrescentando a previsão no instrumento convocatório de que 
haverá valorização das propostas de preço de acordo com as técnicas 
adotadas, de modo que os proponentes serão classificados segundo a 
média das valorizações entre a técnica e o preço, conforme pesos 
previamente estabelecidos no edital; 
(d) maior lance ou oferta – nos casos de alienação de bens ou 
concessão de direito real de uso. 
E quais seriam os regimes de execução? 
Os regimes de execução foram tratados quando falamos dos 
contratos administrativos. Apenas para recordar: são divididos em 
execução direta – feita pelos órgãos e entidades da Administração por 
seus próprios meios – e em execução indireta – a Administração 
contrata com terceiros. Nesta última, são admitidas: (a) empreitada por 
preço global; (b) empreitada por preço unitário; (c) tarefa; e (d) 
empreitada integral. 
A Lei Geral também informa quais anexos integram o instrumento 
convocatório. São eles: o projeto básico e/ou executivo, com todas as 
suas partes, desenhos, especificações e outros complementos; 
orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; a 
minuta do contrato a ser firmado entre a Administração e o licitante 
vencedor (art. 40, § 2.º). 
Noutro giro, importante destacar que, para licitações de grande 
vulto (valor estimado superior a 25 vezes o limite da concorrência para 
obras e serviços de engenharia = R$ 37.5000.000,00) e alta 
complexidade técnica (aquela que envolva alta especialização, como 
fator de extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser 
contratado, ou que possa comprometer a continuidade da prestação de 
serviços públicos essenciais) a Administração pode exigir dos licitantes a 
apresentação da metodologia de execução. Essa metodologia 
servirá como critério de aceitação ou não das propostas apresentadas. 
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Por fim, de grande importância a regra do parágrafo único do art. 
38 da Lei 8.666/1993, segundo a qual: 
 
 
 
(d) Audiência pública; 
A Lei 8.666/1993, em atenção ao princípio da transparência e, em 
última análise, da soberania popular, que constitui um dos fundamentos 
da democracia, impõe à Administração que inicie o processo licitatório 
com uma audiência pública sempre que o valor estimado para uma 
licitação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou 
sucessivas for superior a cem vezes o limite previsto para a 
contratação de obras e serviços de engenharia por meio da 
concorrência (100 x R$ 1.500.000,00 = 150.000.000,00). 
Essa audiência deverá ser realizada com antecedência mínima de 
quinze dias úteis da data prevista para a publicação do edital e 
divulgada com a antecedência mínima de dez dias úteis de sua 
realização. 
Para aplicação dessa imposição legal, deve-se considerar por 
licitações simultâneas aquelas com objetos similares e com realização 
prevista para intervalos não superiores a trinta dias e licitações 
sucessivas aquelas em que, também com objetos similares, o edital 
subsequente tenha uma data anterior a cento e vinte dias após o 
término do contrato resultante da licitação antecedente. 
A ausência da audiência pública gera a nulidade de todo o 
procedimento licitatório, inclusive do contrato, se este já tiver sido 
celebrado. 
2.6.1.2. Etapa externa 
(a) Publicação do instrumento convocatório; 
“as minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, 
convênios ou ajustes devem ser previamente examinadas e aprovadas 
por assessoria jurídica da Administração”. 
 
 
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A etapa externa inicia-se com a publicação do instrumento 
convocatório. É o momento em que o procedimento da licitação sai do 
poder exclusivo da Administração e é apresentado para a participação 
dos interessados. 
As formalidades da publicação estão previstas no art. 21 da Lei 
8.666/1993. Os prazos de intervalo mínimo e a forma de publicação já 
foram tratados no quadro comparativo apresentado acima. 
Devem ser observadas, ainda, algumas formalidades no tocante a 
esses aspectos. 
No que concerne à publicação dos editais para a contratação dos 
bens ou serviços financiados parcial ou totalmente com recursos 
federais ou garantidas por instituições federais, ainda que contratados 
por Estados e Municípios, deve ser promovida no Diário Oficial da União,bem como em jornal diário de grande circulação no Estado e também, 
se houver, em jornal de circulação no Município ou na região onde será 
realizada a obra, prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o 
bem. 
Se o bem ou serviço for contratado por Estado, DF, ou Município 
sem recursos federais, a publicação do edital será no Diário Oficial do 
Estado (ou do Distrito Federal, conforme o caso), bem como em jornal 
diário de grande circulação no Estado e também, se houver, em jornal 
de circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, 
prestado o serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem. 
Quanto à forma de contagem do intervalo mínimo, esta é feita a 
partir da última publicação do edital resumido ou da expedição do 
convite, ou ainda da efetiva disponibilidade do edital ou do convite e 
respectivos anexos, prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. A 
contagem se inicia e termina em dia útil, excluindo-se o de começo e 
incluindo-se o de final. 
Necessário observar, ainda, em atenção ao princípio da 
inalterabilidade do edital, que qualquer modificação em seu texto exige 
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divulgação pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-se 
o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, inquestionavelmente, 
a alteração não afetar a formulação das propostas (art. 21, § 4.º, da Lei 
Geral). 
Por fim, destaca-se que o instrumento convocatório está sujeito à 
impugnação de qualquer cidadão e dos licitantes quando verificadas 
irregularidades em seu texto. Os cidadãos podem protocolar o pedido 
em até cinco dias úteis antes da data fixada para a abertura dos 
envelopes de habilitação, devendo a Administração julgar e responder à 
impugnação em até três dias úteis. Já os licitantes podem impugnar o 
instrumento convocatório até o segundo dia útil que anteceder a 
abertura dos envelopes, conforme redação do art. 41 da Lei 
8.666/1993. Ultrapassados esses prazos, a impugnação somente 
poderá ser feita na via judicial. 
Essas impugnações não são dotadas de efeito suspensivo 
automático. Por essa razão, o interessado em participar do certame que 
impugnou o edital tem a faculdade de participar do processo licitatório 
até que a Administração, de forma definitiva, julgue a impugnação. 
Por fim, independentemente de impugnação, a Administração, por 
óbvio, valendo-se do seu poder de autotutela, pode reconhecer de ofício 
alegação feita em impugnação intempestiva, se verificada ilegalidade, 
defeito ou regra que contrarie o interesse público. 
(b) Recebimento e abertura dos envelopes; 
A comissão de licitação, no local, dia e hora designados, passará ao 
recebimento dos envelopes de licitação. Esse recebimento, em atenção 
ao princípio da publicidade, deve ser em solenidade pública quando o 
objeto da licitação for complexo ou de valor significativo. Em 
decorrência das novas tecnologias, reconhece-se a possibilidade de o 
edital estipular uma forma mais simples do que a solenidade pública, 
quando se tratar de contratos de pequena monta (JUSTEN FILHO, 2008, 
p. 546, e MARINELA, 2007, p. 333). 
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Para evitar a substituição ou a violação dos envelopes, eles 
deverão ser rubricados, além de expostos à vista dos interessados. 
A abertura dos envelopes deve ser realizada sempre em ato público 
e todos os documentos de todos os envelopes precisam ser rubricados 
pela comissão e pelos licitantes presentes. 
Primeiro, abrem-se os referentes à documentação pessoal de cada 
licitante. 
(c) Habilitação; 
Na definição de Carvalho Filho, a “habilitação é a fase do 
procedimento em que a Administração verifica a aptidão do candidato 
para a futura contratação” (2005, p. 215). Com a habilitação, a 
Administração tem a segurança de que o vencedor do certame terá 
condições técnicas, financeiras e jurídicas para cumprir o objeto da 
licitação. 
Como regra, a habilitação ocorre previamente à análise das 
propostas. Nesse caso, o licitante inabilitado (desqualificado) é excluído 
do procedimento e a proposta que havia formulado nem chega a ser 
conhecida (devolve-se a ele o envelope ainda lacrado). Há casos, 
contudo, em que o edital de uma concorrência pode prever a 
inversão das fases de habilitação e julgamento. Essa 
possibilidade está presente nas PPPs e nas concessões de 
serviço público em geral. 
No pregão a inversão dessas fases é a regra. 
O art. 27 da Lei 8.666/1993 informa que a habilitação envolve os 
seguintes aspectos: jurídico, técnico, econômico-financeiro, 
regularidade fiscal e trabalhista (recente alteração da lei!) e declaração 
de que não emprega menores de dezoito anos fora das hipóteses 
admitidas pelo art. 7.º, XXXIII, da CF. Os requisitos elencados são 
taxativos e somente podem ser exigidos se houver necessidade, visto 
que a jurisprudência do TCU é uníssona no sentido de que a 
Administração deve abster-se de exigir documentação destituída de 
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sentido, uma vez que isso restringe o caráter competitivo do certame 
(Acórdão 998/2006 – 1.ª Câmara, Acórdão 2.151/2007 – Plenário). O 
STJ também tem julgados nesse sentido (REsp 474.781 e REsp 
402.711). 
Assim, o disposto no § 1.º do art. 32 da Lei Geral, que autoriza a 
dispensa de documentos para habilitação apenas nos casos de convite, 
concurso, fornecimento de bem para pronta entrega e leilão, deve ser 
interpretado com reservas. 
Importante observar, nesse ponto, que o STJ admite “a exigência, 
prevista no edital, de apresentação de atestados que comprovem a 
experiência anterior dos participantes na prestação dos serviços objeto 
de licitação” (REsp 361.736). 
Em outro giro, não se pode olvidar que a documentação 
indispensável à habilitação do licitante poderá ser substituída por 
registro cadastral emitido por órgão ou entidade pública, desde que 
previsto no edital, e o registro tenha sido feito em obediência ao 
disposto nos arts. 34 e seguintes da Lei 8.666/1993. 
Quanto à forma de apresentação, os documentos devem ser 
fornecidos em original, por qualquer processo de cópia autenticada por 
cartório competente ou por servidor da administração, ou publicação 
em órgão da imprensa oficial (art. 32, caput, da Lei 8.666/1993). A 
validade formal e do conteúdo dos documentos deve ser analisada pela 
comissão de licitação, assim como a sua autenticidade (JUSTEN FILHO, 
2008, p. 549). 
A situação das empresas estrangeiras nas licitações internacionais 
é semelhante. A lei determina que as empresas que não funcionem no 
Brasil devem atender, tanto quanto possível, as exigências enumeradas 
no rol dos documentos de habilitação, apresentando os documentos 
equivalentes autenticados pelos respectivos consulados e traduzidos por 
tradutor juramentado. Uma exigência a mais é imposta a essas 
empresas, qual seja elas devem ter representação legal no Brasil com 
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Direito Administrativo

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