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AULA 02: Poder Legislativo. 
 
SUMÁRIO PÁGINA 
1-Poder Legislativo 1-66 
2- Lista de Questões 66-74 
3- Gabarito 75 
1. Poder Legislativo 
I. Conceito 
 O Poder Legislativo é o órgão encarregado de elaborar as leis que 
regulam as ações dos integrantes do Estado, em suas relações entre si ou com 
o Poder Público. 
II. Funções 
 As funções típicas do Legislativo são legislar e fiscalizar. No desempenho 
da primeira, elabora as leis. No exercício da segunda, realiza a fiscalização 
contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Poder 
Executivo, bem como investigar fato determinado por meio das comissões 
parlamentares de inquérito (CPIs). 
 Além dessas funções, o Legislativo tem outras, atípicas. Uma dessas 
funções é a administrativa, que exerce, por exemplo, quando dispõe sobre sua 
organização interna ou sobre a criação dos cargos públicos de suas Casas. 
Outra função atípica é a de julgamento, exercida quando o Legislativo julga 
autoridades como o Presidente da República, por exemplo (art. 52, I e II e 
parágrafo único, CF). 
III. Congresso Nacional 
 O Poder Legislativo federal é representado pelo Congresso Nacional, 
composto de duas Casas (Câmara dos Deputados e Senado Federal). O Senado 
Federal é composto de representantes dos Estados e do Distrito Federal, 
enquanto a Câmara é composta de representantes do povo. 
 No que se refere à composição, no Legislativo federal vigora o 
bicameralismo federativo. Por bicameralismo, entende-se o fato de o 
Legislativo ser composto de duas Casas: a Câmara dos Deputados (composta 
por representantes do povo) e o Senado Federal (que representa os Estados e 
o Distrito Federal). Já a denominação “federativo” se deve ao fato de alguns 
entes federativos (Estados e Distrito Federal) terem representantes no 
Legislativo federal. Veja o que determina a CF/88: 
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 Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso 
Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal. (...) 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de 
representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, 
em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
A representação dos Estados e do Distrito Federal no Senado se dá de 
forma paritária: três senadores para cada ente federado. Com isso, assegura-
se o equilíbrio entre esses entes: 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio 
majoritário. 
§ 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três 
Senadores, com mandato de oito anos. 
Já a representação do povo na Câmara se dá de pelo sistema 
proporcional, ou seja, de forma proporcional à população de cada ente 
federado, de modo a assegurar-se a democracia. Sobre esse sistema, dispõe a 
CF/88 que: 
Art. 45, § 1º - O número total de Deputados, bem como a 
representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à 
população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano 
anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da 
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta 
Deputados. 
 O Poder Legislativo estadual, distrital e municipal é unicameral, 
sendo composto por uma única Casa, que representa o povo. 
 O Congresso Nacional, em regra, atua por meio da manifestação do 
Senado e da Câmara em separado, de forma autônoma. Cada Casa delibera 
sobre as proposições de acordo com seu respectivo regimento interno, sem 
subordinação de uma Casa a outra. 
 Entretanto, em algumas situações, há o trabalho simultâneo e conjunto 
das Casas, por previsão constitucional. Trata-se da sessão conjunta, em que as 
Casas deliberam separadamente, com contagem de votos dentro de cada Casa, 
embora estas atuem ao mesmo tempo. Além de outras hipóteses previstas na 
Constituição, o art. 57, §3º da CF determina que a Câmara e o Senado reunir-
se-ão em sessão conjunta para: 
 Inaugurar a sessão legislativa; 
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 Elaborar o regimento comum e regular a criação de serviços comuns às 
duas Casas; 
 Receber o compromisso do Presidente e do Vice-Presidente da República; 
 Conhecer do veto e sobre ele deliberar. 
 Outra importante previsão constitucional de sessão conjunta é a reunião 
para discutir e votar a lei orçamentária (art. 166, CF). 
 Esquematizando: 
 
 Destaca-se também que o texto constitucional prevê uma hipótese de 
sessão unicameral do Congresso Nacional (ADCT, art. 3º). Trata-se da 
reunião, já realizada, para aprovar emendas constitucionais pelo processo 
simplificado de revisão, cinco anos após a promulgação da Constituição. O 
Congresso, nesse caso, atuou como se fosse uma só Casa. 
 
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ELABORAR O REGIMENTO COMUM E REGULAR A CRIAÇÃO 
DE SERVIÇOS COMUNS ÀS DUAS CASAS 
RECEBER O COMPROMISSO DO PRESIDENTE E DO VICE-
PRESIDENTE DA REPÚBLICA 
CONHECER DO VETO E SOBRE ELE DELIBERAR 
DISCUTIR E VOTAR A LEI ORÇAMENTÁRIA 
OUTRAS HIPÓTESES PREVISTAS PELA CONSTITUIÇÃO 
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IV. Câmara dos Deputados 
 O art. 45 da Carta Magna estabelece que a Câmara dos Deputados 
compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema proporcional, 
em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal. Essa 
proporcionalidade é assegurada, dentre outros, pelo art. 45, § 1o, da Carta 
Magna, que determina que o número total de Deputados, bem como a 
representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei 
complementar, proporcionalmente à população. 
 O sistema proporcional visa, portanto, a distribuir os mandatos de modo 
que o número de representantes em cada circunscrição eleitoral seja dividido 
em relação ao número de eleitores. Observa-se, porém, que a Constituição 
Federal atenuou o critério puro da proporcionalidade entre a população 
(representados) e os deputados (representantes). Isso porque determina a 
realização dos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que 
nenhuma das unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta 
deputados. Além disso, fixa, independentemente da população, o número de 
quatro Deputados para cada Território (art. 45, § 2o, CF). Isso gera 
distorções na representatividade popular na Câmara dos Deputados, pois o 
voto do cidadão em um Estado-membro menos populoso vale mais do que o 
de o voto em um estado mais populoso. 
 Para a implementação do sistema proporcional, é necessário 
regulamentação por lei ordinária, por se tratar de um conceito jurídico 
indeterminado (STF, Pleno, Rextr. No 140.543-1/RO, 09.02.1995). Essa lei 
adotou o método do quociente eleitoral, que consiste no cálculo de quantas 
cadeiras serão ocupadas por cada legenda partidária. Para isso, inicialmente, 
divide-se o total de votos válidos em candidatos pelo número de cargos em 
disputa, obtendo-se o quociente eleitoral. O total de votos obtidos por cada 
legenda partidária é dividido por esse quociente, chegando-se, finalmente, ao 
número de cadeiras por legenda. 
 Problema importante na aplicação do sistema proporcional se refere às 
sobras eleitorais, que correspondem às vagas não preenchidas pelo método 
anterior.Para a solução desse problema, a legislação brasileira adotou o 
critério da melhor média. Esse critério consiste na realização do cálculo real do 
número de votos que o partido necessitou para conquistar cada cadeira. As 
cadeiras constantes das sobras eleitorais serão, então, distribuídas aos 
partidos que obtiveram as melhores médias. 
 No que se refere à fidelidade partidária, não há disposição expressa da 
Constituição a respeito. Entretanto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o STF 
entendem que os partidos políticos e as coligações partidárias têm o direito de 
preservar a vaga obtida pelo sistema eleitoral proporcional, se, não ocorrendo 
razão legítima que o justifique, registrar-se ou o cancelamento de filiação 
partidária ou a transferência para legenda diversa, do candidato eleito por 
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outro partido. Esse entendimento estende-se, também, para os cargos 
majoritários – senadores, prefeitos, governadores e Presidente da República. 
 No caso de terem havido coligações partidárias para as eleições 
proporcionais, a vaga igualmente pertencerá à coligação. Isso porque, segundo 
o STF (STF, Pleno, MS 30260/DF, 27.04.2011), a coligação assume perante os 
demais partidos e coligações, os órgãos da Justiça Eleitoral e, também, os 
eleitores, por ter natureza de superpartido. A sistemática estabelecida no 
ordenamento jurídico eleitoral para o preenchimento dos cargos disputados no 
sistema de eleições proporcionais é declarada no momento da diplomação, 
quando são ordenados os candidatos eleitos e a ordem de sucessão pelos 
candidatos suplentes. Qualquer mudança dessa ordem atenta contra o ato 
jurídico perfeito e desvirtua o sentido e a razão de ser das coligações. Ao se 
coligarem, os partidos aquiescem com a possibilidade de distribuição e rodízio 
no exercício do poder em conjunto no processo eleitoral. 
 O Supremo Tribunal Federal (STF) entende, porém, que em algumas 
situações excepcionais – mudança significativa de orientação programática do 
partido ou comprovada perseguição política – tornam legítimo o desligamento 
voluntário do partido. Nesse caso, o parlamentar tem direito a instaurar, 
perante a Justiça Eleitoral, procedimento no qual possa demonstrar a 
ocorrência dessas situações, caso em que manterá a titularidade de seu 
mandato eletivo. 
V. Senado Federal 
 De acordo com o art. 46 da Constituição, o Senado Federal compõe-se 
de representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o 
princípio majoritário. Pelo sistema majoritário simples, considera-se eleito o 
candidato com maior número de votos nas eleições, excluídos os votos em 
branco e os nulos, em um só turno de votação. 
 Cada Estado e o Distrito Federal elegem três Senadores, com mandato 
de oito anos (§ 1º, art. 46, CF). A representação de cada Estado e do Distrito 
Federal renova-se de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois 
terços (§ 2º, art. 46, CF). Cada senador é eleito com dois suplentes (§ 3º, art. 
46, CF). 
 Caso ocorra renúncia ou perda do mandato de senador da República, 
deverá ser chamado para assumir a vaga no Senado Federal seu 1o suplente, e, 
no impedimento deste, sucessivamente o 2o suplente. 
 Destaca-se que, de maneira semelhante ao que vimos no estudo da 
Câmara dos Deputados, entendem o TSE e o STF que perderá a condição de 
suplente, mesmo se tratando de mandato majoritário, o candidato diplomado 
pela Justiça Eleitoral que, posteriormente, se desvincular do partido que o 
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elegeu. Isso porque os mandatos pertencem, segundo essas Cortes, ao partido 
político. 
VI. Mesas Diretoras 
 Os trabalhos do Congresso e de cada uma de suas Casas são dirigidos 
pelas Mesas diretoras, comissões permanentes responsáveis pelas funções 
meramente administrativas. 
 A Mesa do Congresso Nacional é presidida pelo Presidente do Senado 
Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos ocupantes 
de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado Federal (art. 57, 
§ 5º, CF). Já as Mesas da Câmara e do Senado são eleitas, respectivamente, 
pelos deputados e senadores, devendo assegurar-se, tanto quanto possível, a 
representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que 
participam da respectiva Casa (art. 58, § 1º, CF). 
 O art. 57, § 4º, CF, determina que cada uma das Casas reunir-se-á em 
sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da 
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, 
para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na 
eleição imediatamente subsequente. A vedação para a recondução ao mesmo 
cargo se dá, segundo o STF, dentro de uma mesma legislatura, nada 
impedindo a recondução no âmbito de uma legislatura diferente (STF, Pleno, 
MS no 22.183-6, 12.12.1997). 
 Além disso, destaca-se que segundo o STF essa vedação não é de 
reprodução obrigatória nas Constituições dos estados-membros, que poderão 
estabelecer a possibilidade de recondução para o mesmo cargo na Mesa da 
Assembleia Legislativa dentro da mesma legislatura (STF, ADIn 793/RO – 
Informativo no 65, ADIn 792/RJ, Informativo STF no 73). Em consonância com 
esse entendimento, as leis orgânicas dos municípios também poderão 
estabelecer a possibilidade de recondução dos membros de suas mesas para o 
mesmo cargo na eleição subsequente. 
 Por fim, é importante ressaltar que a composição das Mesas deverá, 
tanto quanto possível, assegurar a representação proporcional dos partidos ou 
dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa (art. 58, § 1º, CF). 
VII. Reuniões 
 O art. 57, “caput”, da Constituição Federal, estabelece que o Congresso 
Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de 
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Trata-se da sessão legislativa 
ordinária. 
 Cada sessão legislativa ordinária compreende dois períodos legislativos 
(02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12). Os intervalos entre esses períodos são 
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chamados recessos parlamentares. No primeiro ano da legislatura, há sessão 
preparatória no dia 1º de fevereiro, com a posse dos parlamentares e eleição 
das Mesas das Casas Legislativas. 
 Ao conjunto de quatro sessões legislativas denomina-se legislatura. No 
Brasil, de acordo com o parágrafo único do art. 44 da CF/88, cada legislatura 
terá duração de quatro anos. A legislatura coincide com a duração do mandado 
do Presidente da República e dos Deputados Federais. 
VIII. Comissões 
 Com o objetivo de facilitar o trabalho das Casas Legislativas, a 
Constituição prevê que algumas atribuições poderão ser realizadas pelas 
Comissões Parlamentares: 
Art. 58, § 2º - às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso 
de um décimo dos membros da Casa; 
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade 
civil; 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações 
sobre assuntos inerentes a suas atribuições; 
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas 
de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades 
ou entidades públicas; 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais 
e setoriais de desenvolvimento e sobreeles emitir parecer. 
 Essas Comissões são criadas por cada Casa separadamente ou pelo 
Congresso Nacional, na forma do regimento interno correspondente. Quando 
constituídas no âmbito de cada Casa, são compostas por deputados (Câmara) 
ou senadores (Senado). No Congresso, pode haver Comissões Mistas, 
compostas tanto por deputados como por senadores. É o caso da Comissão 
Mista que aprecia as medidas provisórias, por exemplo (art. 62, §9º, CF). 
 O Plenário, órgão de deliberação máxima das Casas Legislativas, é 
formado por todos os parlamentares que fazem parte desta. 
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 Na constituição de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, 
a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que 
participam da respectiva Casa (art. 58, §1º, CF). 
 As comissões podem ser permanentes ou temporárias. As primeiras têm 
caráter técnico legislativo ou especializado, apreciando as proposições 
submetidas a seu exame e exercendo a fiscalização dos atos do poder público, 
no âmbito dos respectivos campos de atuação. Integram a própria estrutura da 
Casa Legislativa de que fazem parte, tendo suas competências definidas pelo 
regimento interno respectivo. Já as segundas são criadas para apreciar 
determinada matéria, extinguindo-se com o término da legislatura, quando 
realizam seu objetivo ou quando expira o prazo de sua duração. 
 Uma importante comissão temporária é aquela prevista no art. 58, §4º, 
CF/88: 
§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão 
representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas 
na última sessão ordinária do período legislativo, com 
atribuições definidas no regimento comum, cuja composição 
reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da 
representação partidária. 
 Vale lembrar que a sessão legislativa ordinária é composta de dois 
períodos legislativos (02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12). 
IX. Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) 
 O art. 58, §3º, CF/88 determina que: 
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, 
além de outros previstos nos regimentos das respectivas 
Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo 
Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante 
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração 
de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, 
se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que 
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
 Assim, para a criação de uma CPI, são necessários três requisitos: 
requerimento de um terço dos membros da Casa Legislativa (no caso de 
comissão mista, um terço dos membros de cada uma das Casas); indicação de 
fato determinado a ser investigado e fixação de prazo certo para o fim dos 
trabalhos. Destaca-se que essa locução “prazo certo”, segundo o STF (RTJ 
163/176), não impede prorrogações sucessivas dentro da legislatura, Contudo, 
o final da legislatura sempre representará um termo final para as CPIs. 
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 O STF entende ainda que, cumpridos os requisitos para a criação da CPI, 
esta se dá no ato mesmo da apresentação do requerimento ao Presidente da 
Casa Legislativa, independente de deliberação plenária. Além disso, destaca-
se o entendimento da Corte de que o modelo de criação e instauração de CPIs 
deve ser compulsoriamente observado pelas Assembleias Legislativas dos 
Estados. 
 É importante destacar que a CPI pode investigar mais de um fato, 
desde que todos os fatos investigados sejam determinados. Além disso, a 
regra que determina a necessidade de criação das comissões com objeto 
específico não impede a apuração de fatos conexos ao principal, ou, ainda, de 
outros fatos, inicialmente desconhecidos, que surgirem durante a investigação, 
bastando, para que isso ocorra, que haja um aditamento do objeto inicial da 
CPI (STF, HC no 71.039/RJ, 0704.1994). O STF entende, também, que não há 
vedação constitucional à norma regimental que estabeleça limites para a 
criação simultânea de CPIs. 
 Outro importante posicionamento do Supremo Tribunal Federal diz 
respeito às minorias parlamentares. Segundo o Pretório Excelso, preenchidos 
os requisitos constitucionais do art. 58, § 3o, da Constituição Federal, existe 
direito público subjetivo de as minorias parlamentares verem instaurado o 
inquérito parlamentar, com apoio no direito de oposição, legítimo consectário 
do princípio democrático (STF, Pleno, MS 24831/DF; MS 24845/DF; MS 
24846/DF). 
 O STF declarou, ainda, inconstitucional previsão de Regimento Interno de 
Assembleia Legislativa que exigia aprovação, por maioria absoluta, do 
requerimento de 1/3 dos parlamentares estaduais, tendo afirmado o Ministro 
Eros Grau que “em decorrência do pacto federativo, o modelo federal de 
criação e instauração das comissões parlamentares de inquérito constitui 
matéria compulsoriamente a ser observada pelas Casas Legislativas 
estaduais (…) daí porque se há de ter, na garantia da criação da comissão 
parlamentar de inquérito mediante requerimento de criação de um terço dos 
membros da Assembleia Legislativa, a garantia da sua instalação 
independentemente de deliberação do plenário. A sujeição do requerimento de 
criação da comissão a essa maioria equivaleria a frustração da própria garantia. 
As minorias – vale dizer, um terço dos membros da Assembleia Legislativa – já 
não mais deteriam o direito à criação da comissão parlamentar de inquérito, 
que passaria a depender de decisão da maioria, tal como expressa no plenário” 
(STF, Pleno, ADIn no 3619/SP). 
 Os poderes de investigação das CPIs são limitados, não alcançando 
todas as matérias de competência dos membros do Poder Judiciário. Assim, as 
CPIs não podem determinar interceptação telefônica ou declarar a 
indisponibilidade dos bens do investigado, por exemplo. O poder das CPIs 
também não alcança os atos de natureza jurisdicional (decisões judiciais), sob 
pena de se ferir a separação dos Poderes. 
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 Além disso, os poderes das CPIs criadas pelas Casas do Congresso 
Nacional não alcançam fatos ligados estritamente à competência dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios. Também não alcançam os negócios 
privados dos indivíduos, quando inexistir nexo causal com a gestão da coisa 
pública. Entretanto, as CPIs podem investigar fatos relacionados a integrantes 
da população indígena, desde que, segundo o STF, o índio seja ouvido dentro 
da área indígena, em dia e hora previamente acordados com a comunidade e 
com a presença de representante da Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e de 
um antropólogo com conhecimento da mesma comunidade. 
 Os depoentes devem ter seus direitos constitucionais respeitados pela 
CPI: direito ao silêncio (art. 5º, LXIII, CF); direito ao sigilo profissional; direito 
de assistência por advogado; indenização por danos morais e à imagem etc. 
Entretanto, uma vez que os trabalhos da CPI têm caráter meramente 
inquisitório, ou seja, de reunião de provas para futura acusação a cargo do 
Ministério Público, não se assegura ao depoente o direito ao contraditório na 
fase de investigação parlamentar. 
 Destaca-se também que as Comissões Parlamentares de Inquérito 
devem absoluto respeito à separação de Poderes, ao princípio federativo e, 
consequentemente à autonomia dos Estados-membros, Distrito Federal e 
Municípios. 
 Segundo a jurisprudência,as CPIs podem: 
• Determinar a quebra dos sigilos bancário, fiscal e de dados. 
• Realizar a oitiva de testemunhas, inclusive mediante condução 
coercitiva. Essa prerrogativa recai sobre qualquer pessoa, servidor público ou 
particular, inclusive Ministros de Estado, desde que a oitiva seja necessária à 
investigação. 
• Ouvir investigados ou indiciados, respeitado o direito ao silêncio, 
consagrado constitucionalmente. Segundo o STF (HC 98441 DF, 31/03/2009), 
os poderes da CPI devem ser exercidos com respeito aos direitos 
constitucionalmente garantidos, tais como: privilégio contra a autoincriminação, 
direito ao silêncio e a comunicar-se com o seu advogado. No mais, a 
jurisprudência da Suprema Corte firmou o entendimento de que o privilégio 
contra a autoincriminação se aplica a qualquer pessoa, independentemente de 
ser ouvida na condição de testemunha ou de investigada (HC nº 79.812/SP, 
Plenário, Relator o Ministro Celso de Mello, DJ de 16/12/01 e HC nº 92.371-
MC/DF, decisão monocrática, Relator o Ministro Eros Grau, DJ de 3/9/07). 
Assim, o indiciado ou testemunha tem o direito ao silêncio e de não produzir 
prova contra si mesmo (nemo tenetur se detegere), embora esteja obrigado a 
comparecer à sessão na qual será ouvido, onde poderá, ou não, deixar de 
responder às perguntas que lhe forem feitas. Nesse sentido: HC nº 94.082-
MC/RS, DJE de 24/3/08; HC nº 92.371-MC/DF, DJ de 3/9/07; HC nº 92.225-
MC/DF, DJ de 14/8/07. 
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• Realizar perícias e exames necessários à dilação probatória, bem 
como requisição de documentos e busca de todos os meios de prova 
legalmente admitidos (STF, HC no 71.039/RJ, 07.04.1994). 
• Determinar buscas e apreensões, respeitada a inviolabilidade 
domiciliar (art. 5º, XI, CF). 
 O poder da CPI, entretanto, é limitado pela cláusula de reserva 
jurisdicional, que confere ao Judiciário a competência exclusiva para a prática 
de determinados atos. Por esse motivo, não podem as CPIs: 
• Decretar quaisquer hipóteses de prisão, exceto em flagrante delito. 
Entende o STF que o “ordenamento constitucional brasileiro, ressalvadas as 
situações de flagrância penal ou de prisão na vigência do estado de defesa, 
somente deferiu competência para ordenar a privação da liberdade individual 
aos órgãos que, posicionados na estrutura institucional do Poder Judiciário, 
acham-se investidos de função jurisdicional. A Comissão Parlamentar de 
Inquérito, desse modo, exatamente por não dispor da prerrogativa magna de 
julgar, não parece possuir, como efeito consequencial, competência para 
determinar, “ex auctoritate propria”, a prisão de qualquer pessoa” (HC 71279 
RS, DJ 23/03/1994 PP-05741). 
• Determinar a aplicação de medidas cautelares, tais como 
indisponibilidade de bens, arrestos, sequestro, hipoteca judiciária ou, ainda, 
proibição de ausentar-se da comarca ou do país; 
• Proibir ou restringir a assistência jurídica aos investigados. Isso 
porque a Constituição consagrou, em seu art. 133, a indispensabilidade e a 
imunidade do advogado como princípios constitucionais. Nas palavras do 
eminente Ministro Marco Aurélio, “a assistência por profissional da advocacia 
constitui um direito, até mesmo natural, do cidadão, estando pedagogicamente 
previsto no campo normativo. A admissibilidade integra o devido processo 
legal na substância” (HC 98667 DF, DJe-077 DIVULG 27/04/2009 PUBLIC 
28/04/2009). 
• Determinar a anulação de atos do Poder Executivo, sob pena de 
violação ao princípio da separação dos Poderes; 
• Determinar a quebra do sigilo judicial, pois nem mesmo o Judiciário 
detém essa competência (MS 27483 DF, 14/08/2008). 
• Autorizar a interceptação telefônica, por ser esse ato reservado à 
competência jurisdicional (MS 27483 DF, 14/08/2008). 
• Conferir publicidade indevida a dados sigilosos obtidos em função 
de suas investigações. Nesse sentido, entende o STF que "com a 
transmissão das informações pertinentes aos dados reservados, transmite-se à 
Comissão Parlamentar de Inquérito - enquanto depositária desses elementos 
informativos -, a nota de confidencialidade relativa aos registros sigilosos". 
Dessa forma, "constitui conduta altamente censurável - com todas as 
consequências jurídicas (inclusive aquelas de ordem penal) que dela possam 
resultar - a transgressão, por qualquer membro de uma Comissão Parlamentar 
de Inquérito, do dever jurídico de respeitar e de preservar o sigilo concernente 
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aos dados a ela transmitidos" (MS nº 23452/RJ, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 
12.5.2000). 
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X. Convocação extraordinária 
 O art. 57, § 6º, da Constituição Federal, determina que: 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-
se-á: 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de decretação 
de estado de defesa ou de intervenção federal, de pedido de 
autorização para a decretação de estado de sítio e para o 
compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente- 
Presidente da República; 
 II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as Casas, 
em caso de urgência ou interesse público relevante, em todas 
as hipóteses deste inciso com a aprovação da maioria absoluta 
de cada uma das Casas do Congresso Nacional. 
 Esquematizando: 
 
C
O
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V
O
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A
Ç
Ã
O
 E
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R
A
O
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N
Á
R
I
A
 PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
DECRETAÇÃO DE ESTADO DE 
DEFESA OU DE INTERVENÇÃO 
FEDERAL 
PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO 
PARA DECRETAÇÃO DE ESTADO 
DE SÍTIO 
TOMADA DE COMPROMISSO E 
POSSE DO PRESIDENTE E DO 
VICE-PRESIDENTE DA 
REPÚBLICA 
PRESIDENTES DA 
CÂMARA DOS 
DEPUTADOS E DO 
SENADO FEDERAL 
CASO DE URGÊNCIA OU 
INTERESSE PÚBLICO 
RELEVANTE 
MAIORIA DOS 
MEMBROS DE AMBAS 
AS CASAS 
LEGISLATIVAS 
CASO DE URGÊNCIA OU 
INTERESSE PÚBLICO 
RELEVANTE 
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 Somente a convocação feita pelo Presidente do Senado Federal 
independe de aprovação da maioria absoluta de cada uma das Casas do 
Congresso Nacional. 
 Na sessão legislativa extraordinária o Congresso apenas deliberará sobre 
a matéria para a qual foi convocado (art. 57, §7º, CF) e sobre medidas 
provisórias em vigor na data da convocação (art. 57, §8º, CF). Além disso, não 
há pagamento de parcela indenizatória em razão da convocação extraordinária. 
XI. Atribuições do Congresso Nacional 
O art. 48 traz as atribuições do Congresso Nacional que dependem de 
sanção do Presidente da República para se aperfeiçoarem. Essas atribuições 
são um rol meramente exemplificativo, podendo haver outras fora dessas 
hipóteses. Deverão ser disciplinadas por meio de lei. 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do 
Presidente da República, não exigida esta para o especificado 
nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de 
competência da União, especialmente sobre: 
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento 
anual, operações de crédito, dívida pública e emissões de 
curso forçado; 
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; 
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento; 
V- limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e 
bens do domínio da União; 
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas 
de Territórios ou Estados, ouvidas as respectivas Assembleias 
Legislativas; 
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; 
VIII - concessão de anistia; 
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério 
Público e da Defensoria Pública da União e dos Territórios e 
organização judiciária, do Ministério Público e da Defensoria 
Pública do Distrito Federal; 
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X - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e 
funções públicas, observado o que estabelece o art. 84, VI, b; 
XI - criação e extinção de Ministérios e órgãos da 
administração pública; 
XII - telecomunicações e radiodifusão; 
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições 
financeiras e suas operações; 
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida 
mobiliária federal. 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º; 150, II; 
153, III; e 153, § 2º, I. 
Já as atribuições do art. 49 da CF são reguladas por meio de decreto 
legislativo. Essa espécie normativa dispensa a sanção do Presidente da 
República. São as matérias de competência exclusiva do Congresso 
Nacional. Veja quais são elas: 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos 
internacionais que acarretem encargos ou compromissos 
gravosos ao patrimônio nacional; 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a 
celebrar a paz, a permitir que forças estrangeiras transitem 
pelo território nacional ou nele permaneçam 
temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei 
complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a 
se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze 
dias; 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, 
autorizar o estado de sítio, ou suspender qualquer uma 
dessas medidas; 
V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que 
exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de 
delegação legislativa; 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
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VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os 
Senadores, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 
4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; VIII - fixar os subsídios 
do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos 
Ministros de Estado, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 
39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente 
da República e apreciar os relatórios sobre a execução dos 
planos de governo; 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de 
suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da 
administração indireta; 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em 
face da atribuição normativa dos outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão 
de emissoras de rádio e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de 
Contas da União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a 
atividades nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o 
aproveitamento de recursos hídricos e a pesquisa e lavra de 
riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de 
terras públicas com área superior a dois mil e quinhentos 
hectares. 
 As atribuições do art. 49 da CF são reguladas por meio de decreto 
legislativo. Essa espécie normativa dispensa a sanção do Presidente da 
República. 
No que se refere ao inciso V desse artigo, a sustação dos atos 
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos 
limites de delegação legislativa é um mecanismo de controle e fiscalização, 
pelo Legislativo, dos atos do Executivo, dando efetividade ao sistema de freios 
e contrapesos. Esse sistema, criado pela doutrina norte-americana, prevê a 
interferência legítima de um Poder sobre o outro, nos limites estabelecidos 
constitucionalmente. Tem como objetivo garantir o equilíbrio necessário à 
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concretização da soberania popular, evitando o exercício arbitrário das funções 
pelos Poderes. 
 
1. (ESAF/2008/MPOG) A Câmara dos Deputados compõe-se de 
representantes do povo, eleitos, pelo princípio majoritário, em cada 
Estado, em cada Território e no Distrito Federal. 
Comentários: 
A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos 
pelo sistema proporcional em cada Estado, em cada Território e no Distrito 
Federal (art. 45, “caput”, CF). Questão incorreta. 
2. (ESAF/2004/MPU) Os deputados federais são eleitos pelo 
sistema majoritário, obedecendo-se às vagas estabelecidas, por meio 
de lei complementar, para cada Estado e para o Distrito Federal. 
Comentários: 
 A primeira parte da questão está errada. Os deputados federais são 
eleitos pelo sistema proporcional em cada Estado, em cada Território e no 
Distrito Federal (art. 45, “caput”, CF). Já segunda parte está correta: de fato, 
o número de deputados é estabelecido por lei complementar, para cada Estado 
e para o Distrito federal. Questão incorreta. 
3. (ESAF/2004/ANEEL) O número de representantes por Estado no 
Senado Federal é estabelecido por lei complementar, 
proporcionalmente à população de cada unidade da Federação. 
 Comentários: 
 A Carta Magna fixou o número de três representantes por Estado no 
Senado Federal. Já o de número total de Deputados, bem como a 
representação por Estado e pelo Distrito Federal, é estabelecido por lei 
complementar, proporcionalmente à população, podendo variar de oito a 
setenta. Questão incorreta. 
4. (ESAF/2004/MPU) A reunião de inauguração da sessão 
legislativa do Congresso Nacional ocorrerá sempre no dia 15 de 
fevereiro de cada ano. 
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Comentários: 
O art. 57, “caput”, da Constituição Federal, estabelece que o Congresso 
Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 2 de fevereiro a 17 de 
julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. Trata-se da sessão legislativa 
ordinária. 
Cada sessão legislativa ordinária compreende dois períodos legislativos 
(02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12). A inauguração dessa sessão legislativa se dá 
no dia 02 de fevereiro. Os intervalos entre esses períodos são chamados 
recessos parlamentares. No primeiro ano da legislatura, há sessão preparatória 
a partir do dia 1º de fevereiro, com a posse dos parlamentares e eleição das 
Mesas das Casas Legislativas. 
Ao conjunto de quatro sessões legislativas ordinárias denomina-se 
legislatura. No Brasil, de acordo com o parágrafo único do art. 44 da CF/88, 
cada legislatura terá duração de quatro anos. A legislatura coincide com a 
duração do mandado do Presidente da República e dos Deputados Federais. 
Questão incorreta. 
5. (ESAF/2008/MPOG) O Senado Federal compõe-se de 
representantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o 
sistema proporcional. 
Comentários: 
Os senadores (representantes dos Estados e do Distrito Federal)são 
eleitos segundo o princípio majoritário (art. 46, “caput”, CF). Questão 
incorreta. 
6. (ESAF/2008/CGU) O Senado compõe-se de três representantes 
de cada Estado e do Distrito Federal eleitos segundo o princípio 
majoritário para mandato de oito anos. 
Comentários: 
Veja o que determina a CF/88: 
 Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos 
Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio 
majoritário. 
§ 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três 
Senadores, com mandato de oito anos. 
§ 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal 
será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por 
um e dois terços. 
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 Questão correta. 
7. (ESAF/2006/IRB) Nos termos da Constituição Federal, o número 
total de Deputados Federais, bem como a representação por Estado e 
pelo Distrito Federal, deve ser ajustado por lei, proporcionalmente à 
população, no ano das eleições para o Congresso Nacional. 
Comentários: 
, o art. 45, § 1º, da Carta Magna, estabelece que o número total de 
Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será 
estabelecido por lei complementar, proporcionalmente à população, 
procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para 
que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais 
de setenta Deputados. Questão incorreta. 
8. (Nádia Carolina/2012) Cada Território elegerá de oito a setenta 
deputados, proporcionalmente à sua população. 
Comentários: 
Reza o art. 45, § 2º, da Constituição, que cada Território elegerá quatro 
Deputados. Questão incorreta. 
9. (Nádia Carolina/2012) A representação de cada Estado e do 
Distrito Federal será renovada de quatro em quatro anos, 
alternadamente, por um e dois terços. 
Comentários: 
O art. 46, § 2º, da Carta Magna, estabelece que a representação de cada 
Estado e do Distrito Federal no Senado Federal será renovada de quatro em 
quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. Questão correta. 
10. (ESAF/2006/CGU) A Câmara dos Deputados e o Senado Federal 
se reunirão em sessão conjunta para deliberar sobre o veto e sobre 
medidas provisórias. 
Comentários: 
 
A deliberação sobre o veto, de fato, é realizada em sessão conjunta do 
Congresso Nacional. Já a apreciação das medidas provisórias é feita 
separadamente por cada uma das Casas do Congresso Nacional (art. 62, § 9º, 
CF). Questão incorreta. 
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11. (ESAF/2006/CGU) Nos termos definidos no texto constitucional, 
cada uma das Casas se reúne em sessões preparatórias, no primeiro 
ano da legislatura. 
Comentários: 
 O art. 57, § 4º, CF, determina que cada uma das Casas reunir-se-á em 
sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da 
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, 
para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na 
eleição imediatamente subsequente. Questão correta. 
12. (ESAF/2006/CGU) Nos impedimentos do Presidente do Senado 
Federal, a Presidência da Mesa do Congresso Nacional é exercida 
pelo Primeiro-Vice Presidente do Senado Federal. 
Comentários: 
Nesses casos, a Presidência é exercida pelo Primeiro Vice-Presidente da 
Câmara dos Deputados. Isso porque determina a Carta da República que a 
Mesa do Congresso Nacional é presidida pelo Presidente do Senado 
Federal, e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos 
ocupantes de cargos equivalentes na Câmara dos Deputados e no Senado 
Federal (art. 57, § 5º, CF). Consequentemente, o Primeiro Vice-Presidente do 
Congresso Nacional é aquele ocupante do mesmo cargo na Câmara dos 
Deputados. Questão incorreta. 
13. (ESAF/2008/MPOG) Os senadores podem encaminhar 
individualmente pedidos escritos de informação aos Ministros de 
Estado, importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não 
atendimento, no prazo de trinta dias. 
Comentários: 
 Determina a Constituição que as Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal poderão encaminhar pedidos escritos de informações a 
Ministros de Estado ou a qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, 
importando em crime de responsabilidade a recusa, ou o não atendimento, no 
prazo de trinta dias, bem como a prestação de informações falsas (art. 50, § 
2º, CF). Questão incorreta. 
14. (ESAF/2008/MPOG) Os Ministros de Estado podem comparecer 
por sua iniciativa a qualquer comissão do Senado Federal para expor 
assunto de relevância de seu Ministério, independentemente de 
comunicação prévia à Mesa respectiva. 
Comentários: 
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Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à 
Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e 
mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de 
relevância de seu Ministério (art. 50, § 1º, CF). Questão incorreta. 
15. (ESAF/2008/MPOG) Qualquer comissão da Câmara dos 
Deputados pode convocar Ministro de Estado para prestar, 
pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado. 
Comentários: 
Com o objetivo de facilitar o trabalho das Casas Legislativas, a 
Constituição prevê que algumas atribuições poderão ser realizadas pelas 
Comissões Parlamentares: 
Art. 58, § 2º - Às comissões, em razão da matéria de sua 
competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso 
de um décimo dos membros da Casa; 
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade 
civil; 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações 
sobre assuntos inerentes a suas atribuições; 
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas 
de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades 
ou entidades públicas; 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais 
e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 
Questão correta. 
16. (ESAF/2006/CGU) Durante o recesso, funciona no Congresso 
Nacional uma comissão representativa, eleita na última sessão 
legislativa para atuar durante a sessão legislativa seguinte. 
 
Comentários: 
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Uma importante comissão temporária é aquela prevista no art. 58, §4º, 
CF/88: 
§ 4º - Durante o recesso, haverá uma Comissão 
representativa do Congresso Nacional, eleita por suas Casas 
na última sessão ordinária do período legislativo, com 
atribuições definidas no regimento comum, cuja composição 
reproduzirá, quanto possível, a proporcionalidade da 
representação partidária. 
Vale lembrar que a sessão legislativa ordinária é composta de dois 
períodos legislativos (02/02 a 17/07 e 01/08 a 22/12). A comissão 
representativa atuará no recesso, entre esses dois períodos. Questão incorreta. 
17. (ESAF/2006/ENAP) As Comissões Permanentes da Câmara dos 
Deputados e do Senado Federal poderão convocar qualquer autoridade 
ou cidadão para prestar depoimento sobre assunto previamente 
estabelecido. 
Comentários: 
 As Comissões Permanentes poderão apenas solicitar depoimento de 
qualquer autoridade ou cidadão (art. 58, § 2º,V, CF). Questão incorreta. 
18. (ESAF/2006/CGU) As Comissões Permanentes de cada uma 
das Casas do Congresso Nacional pode convocar qualquer 
cidadão para prestar depoimento sobre assunto pré-estabelecido. 
Comentários: 
As Comissões Permanentes poderão apenas solicitar depoimento de 
qualquer autoridade ou cidadão (art. 58, § 2º, V, CF). Questão incorreta. 
19. (ESAF/2004/MPU) As Comissões permanentes do Senado Federal 
e da Câmara dos Deputados têm competência para convocar 
autoridades do Poder Executivo ou qualquer cidadão para prestar 
informações ou depoimentos perante o Plenário da Comissão. 
Comentários: 
A ESAF adora essa questão! As Comissões Permanentes poderão apenas 
solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão (art. 58, § 2º, V, CF). 
Questão incorreta. 
20. (ESAF/2004/ANEEL) A Constituição proíbe expressamente que as 
Comissões Parlamentares de Inquérito exerçam os poderes de 
investigação próprios das autoridades judiciais. 
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Comentários: 
O art. 58, §3º, CF/88 determina que: 
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão 
poderes de investigação próprios das autoridades 
judiciais, além de outros previstos nos regimentos das 
respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e 
pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, 
mediante requerimento de um terço de seus membros, para a 
apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, 
para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos 
infratores. 
 Questão incorreta. 
21. (ESAF/2005/MPOG) O Congresso Nacional pode ser convocado 
extraordinariamente pelo presidente da República, pelo presidente da 
Câmara dos Deputados, pelo presidente do Senado Federal ou pelo 
presidente do Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
O art. 57, § 6º, da Constituição Federal, determina que: 
§ 6º A convocação extraordinária do Congresso Nacional far-
se-á: 
I - pelo Presidente do Senado Federal, em caso de 
decretação de estado de defesa ou de intervenção federal, de 
pedido de autorização para a decretação de estado de sítio e 
para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-
Presidente- Presidente da República; 
 II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da 
Câmara dos Deputados e do Senado Federal ou a 
requerimento da maioria dos membros de ambas as 
Casas, em caso de urgência ou interesse público relevante, 
em todas as hipóteses deste inciso com a aprovação da 
maioria absoluta de cada uma das Casas do Congresso 
Nacional. 
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Questão incorreta. 
22. (ESAF/2005/SRF/Auditor-Fiscal) Não é possível, em uma sessão 
legislativa extraordinária, o Congresso Nacional deliberar sobre 
matéria para a qual não foi convocado. 
Comentários: 
Na sessão legislativa extraordinária o Congresso apenas deliberará sobre 
a matéria para a qual foi convocado (art. 57, §7º, CF) e sobre medidas 
provisórias em vigor na data da convocação (art. 57, §8º, CF). Questão 
incorreta. 
23. (ESAF/2006/CGU) Nos termos definidos no texto constitucional, 
cada uma das Casas se reúne em sessões preparatórias, no primeiro 
ano da legislatura. 
Comentários: 
O art. 57, §4º, da CF, estabelece que cada uma das Casas reunir-se-á 
em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da 
legislatura, para a posse de seus membros e eleição das respectivas Mesas, 
Presidente do SF 
Decretação de estado de 
defesa ou de intervenção 
federal 
Tomada de compromisso 
e posse do PR e Vice-PR 
Pedido de autorização 
para decretação de 
estado de sítio 
Presidentes da CD e do 
SF 
Caso de urgência ou 
interesse público 
relevante 
PR 
Caso de urgência ou 
interesse público 
relevante 
Maioria dos membros das 
duas Casas 
Caso de urgência ou 
interesse público 
relevante 
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para mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na 
eleição imediatamente subsequente. Questão incorreta. 
24. (ESAF/2006/ENAP) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção 
do Presidente da República, dispor sobre concessão de anistia. 
Comentários: 
Questão correta. Fundamento: art. 48, VIII, CF. 
25. (ESAF/2004/MPU) É competência exclusiva do Congresso 
Nacional aprovar a decretação de intervenção federal e a decretação 
de estado de sítio ou suspender qualquer uma dessas medidas. 
Comentários: 
 É de competência exclusiva do Congresso Nacional aprovar o estado de 
defesa e a intervenção federal, autorizar o estado de sítio, ou suspender 
qualquer uma dessas medidas. Note que, no caso do estado de sítio, a 
competência do Congresso Nacional é de autorização da medida, não de 
aprovação. Questão incorreta. 
26. (ESAF/2005/MPOG) O ato que fixa os subsídios dos membros do 
Congresso Nacional depende de sanção do Presidente da República. 
Comentários: 
 É da competência exclusiva do Congresso Nacional fixar idêntico subsídio 
para os Deputados Federais e os Senadores. O exercício dessa competência se 
dá por decreto legislativo, sem a sanção do Presidente da República. Questão 
incorreta. 
27. (ESAF/2006/CGU) É competência exclusiva do Congresso 
Nacional dispor sobre telecomunicações e radiodifusão. 
Comentários: 
Essas matérias não são da competência exclusiva do Congresso Nacional, 
uma vez que não constam do art. 49 da Constituição, mas sim do 48, VIII, 
sendo disciplinada por meio de lei. Questão incorreta. 
 
28. (ESAF/2005/SRF) É competência exclusiva do Congresso 
Nacional a concessão de anistia. 
 
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Comentários: 
A concessão de anistia não é da competência exclusiva do Congresso 
Nacional, uma vez que não consta do art. 49 da Constituição, mas sim do 48, 
XII, sendo disciplinadas por meio de lei. Questão incorreta. 
29. (ESAF/2006/IRB) Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do 
Presidente da República, a fixação do subsídio dos Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, por lei de iniciativa conjunta dos 
Presidentes da República, da Câmara dos Deputados, do Senado 
Federal e do Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
 De fato, trata-se de competência do Congresso Nacional, a ser exercida 
por meio de lei, com a sanção do Presidente da República. Contudo, essa lei, 
diferentemente do que diz o enunciado, é de iniciativa do próprio STF, com 
base no art. 96, II, “b”, da CF/88. Questão incorreta. 
 
 
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XII. Atribuições da Câmara dos Deputados 
Apesar de o art. 51 denominar as atribuições nele arroladas como 
privativas, trata-se de competência exclusiva, por ser indelegável e exercida 
sem qualquer interferência ou participação indireta de outro Poder ou órgão. 
Veja o que dispõe o texto constitucional: 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração 
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da 
República e os Ministros de Estado; 
II - proceder à tomada de contas do Presidenteda República, 
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, 
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e 
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da 
respectiva remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do 
art. 89, VII. 
 Essas competências são disciplinadas por resolução da Câmara dos 
Deputados, sem sanção do Presidente da República, exceto no que se refere ao 
inciso IV. Isso porque a Câmara dos Deputados tem apenas a iniciativa de lei 
referente a fixação de remuneração dos cargos, empregos e funções de seus 
serviços. 
 No que concerne ao inciso I, o STF entende que a necessidade de 
autorização da Câmara para formação de processo contra Ministros de Estado 
restringe-se aos crimes comuns e de responsabilidade conexo com os de 
mesma natureza imputados ao Presidente da República. 
 Outra observação sobre o inciso I é que a autorização da Câmara obriga 
à instauração de processo de crime de responsabilidade pelo Senado, mas não 
obriga o STF a julgar os crimes de sua competência. 
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30. (ESAF/2011/TRF 1ª Região) É certo que, dentre outras 
competências, cabe privativamente à Câmara dos Deputados: 
 
a) aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão secreta, 
a escolha dos chefes de missão diplomática de caráter permanente. 
b) avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, 
em sua estrutura e seus componentes. 
c) aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, 
do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato. 
d) proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não 
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a abertura 
da sessão legislativa. 
e) autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios. 
Comentários: 
 Veja o que determina a Carta da República: 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração 
de processo contra o Presidente e o Vice-Presidente da 
República e os Ministros de Estado; 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, 
quando não apresentadas ao Congresso Nacional dentro de 
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, 
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e 
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da 
respectiva remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
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V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do 
art. 89, VII. 
Essas competências são disciplinadas por resolução da Câmara dos 
Deputados, sem sanção do Presidente da República, exceto no que se refere ao 
inciso IV. Isso porque a Câmara dos Deputados tem apenas a iniciativa de lei 
referente à fixação de remuneração dos cargos, empregos e funções de seus 
serviços. 
No que concerne ao inciso I, o STF entende que a necessidade de 
autorização da Câmara para formação de processo contra Ministros de Estado 
restringe-se aos crimes comuns e de responsabilidade conexo com os de 
mesma natureza imputados ao Presidente da República. Outra observação 
sobre esse inciso é que a autorização da Câmara obriga à instauração de 
processo de crime de responsabilidade pelo Senado, mas não obriga o STF a 
julgar os crimes de sua competência. 
A letra C é o gabarito da questão. 
31. (ESAF/2003/AFT) O julgamento dos Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica, pelo Senado Federal, nos crimes de 
responsabilidade, por eles praticados, conexos com crime de 
responsabilidade praticado pelo Presidente da República, depende de 
prévia autorização da Câmara dos Deputados. 
Comentários: 
 A exigência de autorização prévia da Câmara dos Deputados se aplica 
apenas ao julgamento do o Presidente, do Vice-Presidente da República e dos 
Ministros de Estado (art. 51, I, CF). Questão incorreta. 
32. (ESAF/2006/CGU) Compete privativamente à Câmara dos 
Deputados a fixação da remuneração de seus servidores. 
Comentários: 
 Não é da competência privativa da Câmara a fixação da remuneração de 
seus servidores, mas sim a iniciativa legislativa dessa matéria. Questão 
incorreta. 
33. (ESAF/2004/MPU) A fixação da remuneração dos servidores da 
Câmara dos Deputados é da sua competência privativa, sendo essa 
competência exercida por meio de resolução. 
 
Comentários: 
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 Não custa repetir! Não é da competência privativa da Câmara a fixação 
da remuneração de seus servidores, mas sim a iniciativa legislativa dessa 
matéria. Questão incorreta. 
 
 
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XIII. Atribuições do Senado Federal 
As atribuições do Senado Federal são arroladas no art. 52 da 
Constituição. Apesar de o texto constitucional chamá-las privativas, estas são, 
na realidade, exclusivas, por serem indelegáveis e não serem exercidas com 
participação ou interferência de qualquer outro Poder ou órgão. Veja quais são 
elas: 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da 
República nos crimes de responsabilidade, bem como os 
Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do 
Exército e da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza 
conexos com aqueles; 
II processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal 
Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do 
Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral 
da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição 
pública, a escolha de: 
a) Magistrados, nos casos estabelecidos nesta Constituição; 
b) Ministros do Tribunal de Contas da União indicados pelo 
Presidente da República; 
c) Governador de Território; 
d) Presidente e diretores do banco central; 
e) Procurador-Geral da República; 
f) titulares de outros cargos que a lei determinar; 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição 
em sessão secreta, a escolha dos chefes de missão 
diplomática de caráter permanente; 
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de 
interesse da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Territórios e dos Municípios; 
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VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites 
globais para o montante da dívida consolidada da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as 
operações de crédito externo e internoda União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, de suas autarquias e 
demais entidades controladas pelo Poder Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de 
garantia da União em operações de crédito externo e interno; 
IX - estabelecer limites globais e condições para o montante 
da dívida mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios; 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei 
declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo 
Tribunal Federal; 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a 
exoneração, de ofício, do Procurador-Geral da República 
antes do término de seu mandato; 
XII - elaborar seu regimento interno; 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, 
criação, transformação ou extinção dos cargos, empregos e 
funções de seus serviços, e a iniciativa de lei para fixação da 
respectiva remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos 
do art. 89, VII. 
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema 
Tributário Nacional, em sua estrutura e seus componentes, e 
o desempenho das administrações tributárias da União, dos 
Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II, 
funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, 
limitando-se a condenação, que somente será proferida por 
dois terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, 
com inabilitação, por oito anos, para o exercício de função 
pública, sem prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
 
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 Essas competências são disciplinadas por resolução do Senado Federal, 
sem sanção do Presidente da República, exceto no que se refere ao inciso XIII. 
Isso porque o Senado Federal tem apenas a iniciativa de lei referente a fixação 
de remuneração dos cargos, empregos e funções de seus serviços. 
 Quando o Senado realiza o julgamento das autoridades enumeradas nos 
incisos I e II, tem-se o chamado “impeachment”. No “impeachment”, o 
Presidente do STF é que assume a direção dos trabalhos. 
 
34. (ESAF/2006/CGU) Compete privativamente ao Senado Federal 
autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios. 
Comentários: 
 É o que determina o art. 52, V, da Constituição. Questão correta. 
35. (ESAF/2004/MPU) O exercício da competência do Senado 
Federal quanto à aprovação prévia da escolha do Procurador-Geral da 
República é feito por meio de voto secreto, após a arguição, em sessão 
secreta, do candidato indicado pelo presidente da República. 
Comentários: 
 A aprovação prévia do PGR pelo Senado se dá por meio de voto secreto, 
após arguição pública (art. 52, III, “c”, CF). Questão incorreta. 
36. (ESAF/2005/MPOG) Incumbe ao Senado Federal o julgamento do 
presidente da República, por crimes comuns e de responsabilidade. 
Comentários: 
 A competência para julgar o Presidente da República é do Senado 
Federal apenas no que se refere aos crimes de responsabilidade (art. 52, I, 
CF). Questão incorreta. 
37. (ESAF/2004/ANEEL) Somente o Poder Judiciário tem 
competência constitucional para julgar autoridades da República por 
crimes de responsabilidade. 
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Comentários: 
 O Senado Federal tem competência para julgar processar e julgar o 
Presidente e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, 
bem como os Ministros de Estado e os Comandantes da Marinha, do Exército e 
da Aeronáutica nos crimes da mesma natureza conexos com aqueles. 
Portanto, essa competência não é exclusiva do Poder Judiciário. Questão 
incorreta. 
38. (ESAF/2004/MPU) Compete privativamente ao Senado Federal 
avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário 
Nacional, em sua estrutura e seus componentes. 
Comentários: 
A questão está perfeita, de acordo com o art. 52, XV, CF. Questão 
correta. 
 
 
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XIV. Imunidades e prerrogativas dos parlamentares 
A Carta da República estabelece, na Seção V, Capítulo I, Título IV, 
imunidades e vedações aos parlamentares, a fim de garantir tanto ao Poder 
Legislativo como um todo quanto a seus membros independência e liberdade 
no exercício de suas funções constitucionais. A essas regras, a doutrina 
convencionou chamar estatuto dos congressistas. 
 Busca-se, com isso, proteger os parlamentares contra abusos e pressões 
de outros Poderes, conferindo-lhes liberdade de convicção, pensamento e ação. 
Como se pode perceber, tal proteção é imprescindível à própria existência da 
democracia. 
 
i. Imunidades 
As imunidades parlamentares são prerrogativas que visam a dar aos 
congressistas liberdade no exercício do mandato. São um pressuposto da 
própria democracia, uma vez que protegem os parlamentares contra 
ingerência de outros Poderes. Essas imunidades podem ser do tipo material 
ou formal. 
A primeira delas, a imunidade material, substancial ou de conteúdo, 
visa a garantir aos parlamentares liberdade de opinião, palavras e votos (art. 
53, “caput”, CF/88), sem pressões ou constrangimentos. Exclui a 
antijuricidade, fazendo com que a conduta do parlamentar deixe de ser 
considerada crime. Entretanto, só protege atos praticados no exercício de 
suas funções, dentro ou fora do Congresso Nacional. 
Nesse sentido, tem-se o entendimento do Pretório Excelso de que 
“existem dúvidas de que as imunidades parlamentares, outorgadas em face da 
independência do Poder Legislativo, como garantia para o bom desempenho de 
função, são prerrogativas constitucionalmente asseguradas. A imunidade 
material prevista no artigo 53, caput, da Constituição Federal, significa que o 
Deputado Federal ou Senador - com extensão aos Deputados Estaduais, por 
força do artigo 57, da Constituição Estadual - tem ampla liberdade de 
expressão, estando isento de enquadramento penal por suas opiniões, 
palavras e votos, quando no exercício da função parlamentar, considerada em 
sentido amplo como atributo essencial à própria existência do Parlamento. 
Portanto, são passíveis da imunidade parlamentar material os congressistas 
nos atos, palavras, opiniões e votos proferidos no exercício da função política, 
isto é, no exercício do mandato legislativo, qualquer que seja o âmbito 
parlamentar ou extraparlamentar, desde que exercida “ratione muneris” (STF-
Inquérito 510-DF. Tribunal Pleno. Rel. Min. Celso de Mello, in RTJ 135/509-
510).” 
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Reforçando esse entendimento, destaca-se julgado em que o Pretório 
Excelso esclareceu que a garantia constitucional da imunidade parlamentar em 
sentido material (CF, art. 53, "caput") somente protege o membro do 
Congresso Nacional, qualquer que seja o âmbito espacial ("locus") em que este 
exerça a liberdade de opinião (ainda que fora do recinto da própria Casa 
Legislativa), nas hipóteses específicas em que as suas manifestações 
guardem conexão com o desempenho da função legislativa (prática "in officio") 
ou tenham sido proferidas em razão dela (prática "propter officium"). Doutrina. 
Precedentes. A cláusulade inviolabilidade constitucional, que impede a 
responsabilização penal e/ou civil do membro do Congresso Nacional, por suas 
palavras, opiniões e votos, também abrange, sob seu manto protetor, (1) 
as entrevistas jornalísticas, (2) a transmissão, para a imprensa, do 
conteúdo de pronunciamentos ou de relatórios produzidos nas Casas 
Legislativas e (3) as declarações feitas aos meios de comunicação 
social, eis que tais manifestações - desde que vinculadas ao desempenho do 
mandato - qualificam-se como natural projeção do exercício das atividades 
parlamentares (Inq 2332 DF, DJe-040 DIVULG 28-02-2011 PUBLIC 01-03-
2011 EMENT VOL-02473-01 PP-00034). 
Destaca-se que essa espécie de imunidade apresenta peculiaridades. 
Primeiramente, refere-se apenas a atos funcionais, ou seja, praticados pelos 
parlamentares no exercício de suas funções. Além disso, possui eficácia 
temporal permanente, perpétua, pois persiste mesmo após o término da 
legislatura. 
 
A segunda espécie de imunidade parlamentar, a formal, processual ou 
de rito, garante ao parlamentar tanto a impossibilidade de ser ou permanecer 
preso quanto a possibilidade de sustação do andamento da ação penal pelos 
crimes praticados após a diplomação. 
No que se refere à prisão, dispõe a Carta Magna que, desde a expedição 
do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo 
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INVIOLABILIDADE CIVIL E PENAL POR SUAS 
OPINIÕES, PALAVRAS E VOTOS 
É PERMANENTE: PERSISTE, APÓS A LEGISLATURA 
É NECESSÁRIO QUE O PARLAMENTAR ESTEJA NO 
DESEMPENHO DE SUAS FUNÇÕES 
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em flagrante delito de crime inafiançável (art. 53, § 2º, CF). Nesse caso, os 
autos serão remetidos à Casa respectiva para que, pelo voto aberto da maioria 
absoluta dos seus membros, resolva sobre a prisão. 
Com isso, em regra, não se pode aplicar ao parlamentar a pena de 
privação da liberdade. Há, contudo, duas exceções: 
 No caso de flagrante de crime inafiançável; 
 No caso de sentença judicial transitada em julgado, segundo 
jurisprudência do STF (RTJ, 135:509). 
Já no que se diz respeito à imunidade processual relativa à prisão, em 
regra, oferecida a denúncia contra o parlamentar, o STF poderá recebe-la, 
independentemente de prévia licença da Casa Legislativa a que ele pertence. 
Depois do recebimento da denúncia, no caso de crime cometido após a 
diplomação do parlamentar, o Supremo dará ciência à Casa respectiva, para 
que ela se manifeste. A Casa poderá, então, por iniciativa de partido político 
nela representado e pelo voto da maioria absoluta de seus membros, sustar o 
andamento da ação penal. O pedido de sustação será apreciado pela Casa 
respectiva no prazo improrrogável de 45 dias do seu recebimento pela Mesa 
Diretora. A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o 
mandato. 
 
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RELATIVA À 
PRISÃO 
DESDE A EXPEDIÇÃO DO 
DIPLOMA 
EXCEÇÃO; FLAGRANTE POR 
CRIME INAFIANÇÁVEL 
RELATIVA AO 
PROCESSO 
APENAS PARA CRIMES 
COMETIDOS APÓS A 
DIPLOMAÇÃO 
O PROCESSO PODERÁ SER 
SUSTADO A PEDIDO DE PARTIDO 
COM REPRESENTAÇÃO NA CASA 
LEGISLATIVA 
A CASA LEGISLATIVA TERÁ 45 
DIAS, IMPRORROGÁVEIS, DO 
RECEBIMENTO DO PEDIDO PELA 
MESA DIRETORA, PARA VOTAR 
DECISÃO: VOTO DA MAIORIA 
ABSOLUTA, OSTENSIVO E 
NOMINAL 
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É importante ressaltar que a imunidade material protege o parlamentar 
mesmo depois do mandato. Já a formal é limitada no tempo, protegendo o 
parlamentar após a diplomação e enquanto durar o mandato. Segundo o STF, 
o termo “ad quem” do mandato (ou seja, o seu final) equivale ao início da 
próxima legislatura (STF, RTJ, 107:911-912). 
Por fim, é importante salientar que, segundo o STF, as imunidades não 
se estendem aos suplentes. Isso porque elas decorrem do efetivo exercício da 
função parlamentar, não são prerrogativas da pessoa. Em outras palavras, elas 
são objetivas, não subjetivas. 
Outro ponto importante é que, de acordo com o art. 27, § 1º, da CF/88, 
aos Deputados Estaduais serão aplicadas as regras previstas Constituição 
sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de 
mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. 
Obviamente, deverá ser feita a correspondência: no caso de flagrante delito de 
crime inafiançável, por exemplo, os autos deverão ser remetidos à Assembleia 
Legislativa no prazo de 24 horas para que esta, pelo voto da maioria de seus 
membros, resolva sobre a prisão. 
Além das imunidades que acabamos de estudar, os parlamentares 
apresentam três importantes prerrogativas: a isenção do dever de 
testemunhar, a necessidade de prévia licença para incorporação às Forças 
Armadas e a imunidade parlamentar durante o estado de sítio. 
A isenção do dever de testemunhar dos parlamentares é garantida 
pela CF/88 em seu art. 53, § 6º. Reza o texto constitucional que os deputados 
e senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas 
ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que 
lhes confiaram ou deles receberam informações. 
No que se refere à necessidade de licença para incorporação às 
Forças Armadas, determina a CF/88 que esta deverá se dar previamente ao 
ato, mesmo que o parlamentar seja militar e houver guerra (CF, art. 53, § 7º). 
Trata-se, de acordo com a doutrina, de mais uma imunidade, uma vez que 
livra o parlamentar de uma obrigação constitucionalmente imposta (CF, art. 
143). 
Por fim, a CF/88 garante aos parlamentares a manutenção de suas 
imunidades material e formal durante o estado de sítio (CF, art. 53, § 
8º). Essas imunidades só poderão ser suspensas mediante o voto de dois 
terços dos membros da Casa respectiva, no caso de atos praticados fora do 
recinto do Congresso Nacional e que sejam incompatíveis com a execução da 
medida. Note que não há possibilidade de suspensão dessas imunidades no 
estado de defesa. 
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XV. Incompatibilidades dos parlamentares 
De acordo com o art. 54 da Carta Magna, os Deputados e Senadores não 
poderão: 
 Desde a expedição do diploma: 
• Firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a 
cláusulas uniformes; 
• Aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os 
de que sejam demissíveis "ad nutum", nas entidades constantes da alínea 
anterior; 
 Desde a posse: 
• Ser proprietários, controladores ou diretores de empresa que goze de 
favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela 
exercer função remunerada; 
• Ocupar cargo ou função de que sejam demissíveis "ad nutum", em 
pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de 
economia mista ou empresa concessionária de serviço público; 
• Patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades acima 
citadas; 
• Ser titulares de mais de um cargo ou mandato público eletivo. 
 
39. (ESAF/2006/ENAP) A partir do ato de sua posse, os membros do 
Congresso Nacional passam a usufruir de imunidade formal, somente 
podendo ser presos em caso de flagrante de crime inafiançável. 
Comentários: 
Determina o art. 53, § 2º, que desde a expedição

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