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ATOPIA → Atopia é uma tendência genética para o desenvolvimento de doenças alérgicas; → Tem perfil muito errático, se manifesta de forma diferente em irmãos; → Alergia: resposta imune a alérgenos comuns, como alérgenos respiratórios e alimentares (hipersensibilidade tipo I e IV) → perfil Th2; o Dermatite atópica; o Alergia alimentar; o Asma; o Rinite alérgica; → Alergia a medicamento e a mosquitos não entra no grupo de atopias; ETIOLOGIA E EPIGENÉTICA → Mudanças no funcionamento de um gene que não são causados por alterações na sequência de DNA e que se perpetuam nas divisões celulares; → Alterações moleculares no DNA em si ou nas proteínas as quais o DNA está estreitamente ligado (histonas) que podem ser induzidas por eventos ambientais; → A prevalência das alergias varia com a idade EPIDEMIOLOGIA Eczema = dermatite atópica → É bem comum a ocorrência de atopias combinadas; → Ao menos 38% dos asmáticos tem rinite associada → acredita-se que ainda mais; → ISAAC: estudo realizado em grandes centros do mundo, que avaliou asma; → Ocorreu aumento de pelo menos uma alergia entre a fase I e fase III do estudo nos países avaliados (dentro de 7 anos); → A hipótese de que houveram alterações genéticas é pouco aceita, pois exigiria tempo para que as mutações de acumulem e manifestem entre as gerações; → Acredita-se que os fatores ambientais possam ter grande impacto; FATORES QUE PREDISPÕEM ATOPIA GENÉTICA → Há mais de 100 genes conhecidos associados a asma; → Há genes compartilhados com a dermatite atópica; → Bases genéticas das atopias muitas vezes são as mesmas; → É uma herança poligênica com interações complexas com fatores ambientais que resulta em diferentes fenótipos; → Há fenótipos completamente diferentes dentro de uma mesma família; ALTERAÇÕES IMUNOLÓGICAS → No exemplo é uma pele (dermatite atópica), mas o mecanismo é o mesmo nas outras atopias; → Disfunção epitelial: epitélio ressecado e não íntegro → porta de entrada para alérgenos; → Células dendríticas muito ativas que reagem no perfil th2 → ativa linf T → podem ativar TCD8, B; → Receptor H1 se encontra na forma ativa; → Pele rica em células inflamatórias - linfócitos T que produzem mediadores inflamatórios; TEORIA DOS TOLL-LIKE RECEPTORS → A grávida possui redução da resposta imunológica (evita que o feto seja rejeitado), principalmente Th1, e leve ativação Th2 o O bebê tem perfil intraútero → devido hormônios e citocinas placentárias; o Grávidas podem manifestar asma devido alteração desse perfil; → O bebê nasce com predomínio da resposta Th2 (devido ambiente criado pelo sistema da mãe); → Teoria: paciente atópico possui deficiência no TLR que faz com que ele não responda bem aos PAMPs e DAMPs → impede ativação e transição para o perfil Th1 → predomínio Th2; → Nos não atópicos as variadas infecções induziriam resposta Th1 no período pós-natal; EXPOSIÇÃO INTRA-UTERO → Restrição: a exposição mínima no momento adequado é importante para favorecer a tolerância → portanto a privação alimentar de compostos associados a alergia não é um mecanismo anti-atópico eficiente; → Probióticos: medicamentos feitos com cultura viva de MO; o Podem ser úteis na colonização das bactérias “do bem” → pouco conhecidos; EXPOSIÇÃO PÓS-NATAL → Parto normal → contato com a flora da vagina → induz tolerância; o Não há embasamento para afirmar com certeza se é benéfico; → Amamentação - é importante e tem benefícios, mas não há comprovação científica de que protege de alergias; o Cenário perigoso: fórmula - amamentação - fórmula → pode gerar sensibilização e reação; → Indicação atual: introduzir todos os alimentos até os 9 meses de idade (acima de 1 ano pode causar alergias); → Contraindicação de ovo só é feita para pacientes com histórico de anafilaxia; → O uso de antibiótico precoce pode favorecer alergias → alteração da microbiota; → Vitamina D: em níveis basais bons, são úteis para desenvolvimento de uma resposta imune melhor; → Vida urbana x Vida rural → na vida rural há contato com maior quantidade de antígenos; o Contato com o mesmo tipo de alérgeno repetidamente (vida urbana) pode predispor alergia; o Ex: cachorro com bebê → exposição precoce vs. exposição repetida ao mesmo antígeno (melhora ou piora?); → Tabagismo - porta de entrada para antígenos após lesão no epitélio; → Obesidade - favorece atopia, autoimunidade, neoplasia (é um processo inflamatório); TEORIA DA HIGIENE → Teoria que surgiu em 1989 a partir da afirmação de que irmãos mais novos teriam prevalência menor de doenças alérgicas que os mais velhos → mais velho iria expor o mais novo a infecções (ida à escola, etc.) o Mais infecções → desvio para Th1; → A afirmação não foi comprovada; o Estudos posteriores não reproduziram os resultados em irmãos mais novos, ou introdução precoce em creche; → A teoria da higiene possui várias vertentes; → Primeira crítica → cronologicamente não faz sentido, maior aumento de alérgicos perto de pouco aumento dos avanços; → As infecções virais não reduziram ao longo de 30 anos, ao passo que a prevalência da asma aumentou; → Há também altas taxas de asma entre a população urbana economicamente desfavorável; → Doenças autoimunes de células Th1 aumentaram no mesmo intervalo que as doenças Th2; MARCHA ATÓPICA → Marcha atópica: história natural das manifestações alérgicas; → A maioria dos indivíduos têm doenças atópicas numa sequência específica; o 10 a 50% dos indivíduos predispostos, as doenças atópicas ocorrem de forma sequencial; → Alguns sintomas tornam-se mais proeminentes enquanto outros diminuem; → Dermatite atópica (6 meses) e alergia alimentar (1 ano) → alergias mais precoces; → Pico de asma a partir de 1 ano (desatualizado) o Asma só é diagnosticada na verdade após os 5 anos - muitos que começam com 1 ano (lactente sibilante) não terão asma; → Rinite também só é diagnosticada a partir de 2 anos; → Explicação: inicia com sensibilização pela pele, a IgE se dissemina e pode provocar mais tardiamente rinite, asma, etc. DERMATITE ATÓPICA → É a doença inicial da marcha atópica; → A genética determina perda de barreira e perfil Th2; → Ocorrerá sensibilização transcutânea; → Após sensibilizado, linfócitos th2 e IgEs podem migrar para diferentes tecidos; → Cada alérgeno, além de induzir sensibilização, serve como adjunto para sensibilizar outros alérgenos; RINITE ALÉRGICA ASMA → Na asma há entrada de antígeno que sensibiliza → Leucotrienos tem potência de broncoconstrição mais importante que os outros; COEXISTÊNCIA DE DIFERENTES PATOLOGIAS → Sensibilização para alérgenos alimentares é mais precoce e aumenta o risco para alergias respiratórias posteriores; → Dermatite atópica aumenta em 6 vezes o risco de alergia alimentar; → 50 a 80% dos asmáticos têm rinite; → 40% dos riníticos tem asma; → As alergias favorecem umas às outras.
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