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Madeiras - Resolvido

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RESOLUÇÃO 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
MADEIRAS 
 
1) A medula não tem resistência mecânica. CERTO - ERRADO (Justificar) 
R: CERTO. A medula é um tecido frouxo, mole e esponjoso, até apodrecido. 
 
2) a) Quais são as características negativas das madeiras? (citar 4) 
b) Quais são as características positivas das madeiras? (citar 6) 
R: CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS: 
- alta variação das propriedades (existem mais de 30000 espécies diferentes de árvores) 
- degradação das propriedades e surgimento de tensões internas devido a alterações de sua 
umidade 
- deterioração devido a predadores 
- heterogeneidade (defeitos e imperfeições), anisotropia (estrutura fibrosa orientada) e limitação 
de suas dimensões 
CARACTERÍSTICAS POSITIVAS: 
- resistência mecânica elevada com peso reduzido (baixa densidade) 
- resistência elevada a choques e esforços dinâmicos (tenacidade) 
- boas características de isolamento 
- custo baixo de produção 
 
3) Quais são as principais diferenças entre: a) cerne e alburno? b) lenho inicial e lenho tardio? 
c) líber e cortiça? 
R: DIFERENÇAS ENTRE CERNE E ALBURNO: 
- o alburno (externo) é formado de células vivas e atuantes, enquanto o cerne (interno) é 
formado por células mortas e esclerosadas 
- o cerne (interno) tem maior densidade, compacidade, resistência mecânica e durabilidade 
(não é atrativo aos insetos e outras pragas) e tem menor umidade e permeabilidade 
DIFERENÇA ENTRE LENHO INICIAL E LENHO TARDIO: 
- o lenho inicial possui uma cor mais clara 
- as células do lenho inicial são largas com paredes finas, enquanto as células do linho tardio 
são mais estreitas, mas com paredes mais grossas (ele é mais compacto) 
DIFERENÇA ENTRE LÍBER E CORTIÇA: 
- o líber possui função de conduzir a seiva elaborada (descendente), enquanto a cortiça tem 
função de proteger os tecidos mais novos do ambiente de excessos de evaporação e dos 
agentes de destruição 
- diferente do líber, a cortiça racha, cai e é renovada 
 
4) a) Qual(ais) é(são) a(s) parte(s) do tronco de uma arvore que pode(em) ser usada(s) em 
estruturas? 
b) Qual(ais) é(são) a(s) parte(s) do tronco de uma arvore que deve(em) ser retiradas(s) para 
uso em estruturas? 
R: PARTES QUE PODEM SER USADAS EM ESTRUTURAS: 
- Lenho (é a seção útil do tronco para obtenção de peças estruturais) 
- Raios medulares (amarram transversalmente as fibras da madeira impedindo que elas 
trabalhem exageradamente frente às variações do teor de umidade da madeira – também tem 
efeito estético e decorativo) 
PARTES QUE DEVEM SER RETIRADAS PARA USO EM ESTRUTURAS: 
- Casca (não apresenta interesse como material com exceção do sobral, do angico rajado e da 
corticeira, entretanto com a finalidade exclusiva de isolamento termoacústico) 
- Câmbio e líber (feito o estrangulamento do tronco, ocorre a morte da árvore e em seguida sua 
perda de umidade) 
- Medula (tecido sem resistência mecânica e sem durabilidade) 
 
5) Quais são as duas partes que compõem um anel anual de crescimento? 
R: Lenho inicial e lenho tardio. 
 
6) Porque o cerne é mais durável que o alburno? 
R: Porque o cerne não é atrativo aos insetos e outras pragas. 
 
7) O alburno é menos denso e menos durável do que o cerne. No entanto porque é 
desaconselhado retirar todo o alburno de uma árvore como imprestável para a construção? 
R: Por dois motivos: primeiro, é antieconômico, pois o alburno representa de 25-50% do tronco 
de acordo com a espécie; segundo, o alburno representa características mecânicas 
satisfatórias e ele é de fácil impregnação pelos produtos de preservação. 
 
8) De uma maneira geral, a) folhosas são mais duráveis do que resinosas. Certo-Errado. 
(justificar). 
b) folhosas são menos resistentes do que resinosas. Certo-Errado (justificar). 
R: a) CERTO. b) ERRADO. 
As folhosas são mais duráveis e mais resistentes do que as resinosas porque possuem um tipo 
especializado de célula para cada função: as fibras para a resistência mecânica, os vasos para 
a condução de nutrientes e o parênquima para o armazenamento de energia. 
 
9) Descrever a microestrutura de uma célula lenhosa e suas conseqüências 
na retratilidade. 
R: Uma célula lenhosa é composta por celulose, hemicelulose e lignina. As moléculas de 
celulose são cristalinas, grandes, e orientadas, constituindo estruturas retas e alongadas, 
dispostas em cadeias. As moléculas de hemicelulose são pequenas, semi-cristalinas. Enquanto 
isso, as moléculas de lignina são grandes e amorfas (resinas), sendo impermeáveis, pouco 
elásticas, com boa resistência mecânica, insensíveis à umidade e às temperaturas normais. 
 
10) Legendar a figura seguinte: 
 
 
11) As paredes das células lenhosas podem ser consideradas como um compósito com fibras; 
quais são os compostos que compõem a matriz e as fibras? 
R: As fibras são constituídas por 100 à 2000 cadeias celulósicas, enquanto a matriz é 
composta por lignina e hemicelulose. 
 
12) a) À partir do desdobro de uma tora, como podem ser obtidas pranchas “radiais”? b) O 
desdobro radial dá pranchas de melhor qualidades mas não é usado em larga escala, porque? 
R: Pranchas radiais podem ser obtidas pelo desdobramento das toras no sentido extremidade-
centro. Esse processo não é usado em larga escala devido ao seu alto custo e a perdas 
elevadas. 
 
13) Com um desenho, mostrar as 3 principais direções que devem ser especificadas durante 
os ensaios físicos-mecânicos. 
R: Direção tangencial, direção radial e direção axial. 
 
14) Explicar porque a madeira pode ser considerada como um “duplo material composto com 
fibras”. 
R: A madeira pode ser considerada um “duplo material composto com fibras” porque, além de 
ter sua estrutura organizada em “tubinhos” (fibras), os mesmos ainda são formados por 
microfibras de celulose; isto é, as fibras ainda são formadas por microfibras. 
15) Quais são os melhores meses do ano para cortar as árvores no Brasil? Explicar porque. 
R: São os meses de inverno (meses sem a letra “r”). Isso se dá devido ao fato de que as toras 
secam mais lentamente sem rachar ou fendilhar e são menos atrativas a fungos e insetos por 
não conterem seiva descendente (melhora a durabilidade) 
 
16) O bambus não pode ser considerado como material de construção. Certo-Errado 
(justificar). 
R: ERRADO. Apesar de o bambu se encaixar no grupo das endógenas, as quais são pouco 
aproveitadas na construção, ele tem aplicações sim, como a de cobrir telhados e forros. 
 
17) Descrever o falquejamento. 
R: O falquejamento é um processo no qual ocorre a retirada de quatro costaneiras das toras, à 
machado ou à serra, deixando a sessão grosseiramente retangular. 
 
18) Qual é a diferença entre identificação vulgar e identificação botânica das espécies 
lenhosas? 
R: A identificação vulgar consiste na primeira aproximação, identificando as características 
notáveis da espécie (configuração do tronco, da copa, textura da casca, aspecto das flores e 
frutos, etc.), classificando-a pelo seu nome vulgar (não tem valor científico). Enquanto isso, a 
identificação botânica baseia-se na coleta de elementos de identificação que serão 
confrontados em altas de herbários nos quais tem fotografias das espécies em diferentes 
estágios de crescimento e exemplares de folhas, frutos, flores e sementes, classificando a 
árvore pelo seu gênero e sua espécie. 
 
19) Quais são os fatores (naturais e tecnológicos) que podem influir nas características físico-
mecânicas das madeiras? 
R: FATORES NATURAIS: a espécie botânica da madeira, a massa específica aparente, a 
localização da peça no lenho, a presença de defeitos e a umidade. 
FATORES TECNOLÓGICOS: forma e dimensões dos corpos de prova, orientação das 
solicitações em relação aos anéis de crescimento, velocidade de aplicaçãodas cargas nas 
solicitações mecânicas, anisotropia do material. 
 
20) Como devem ser os corpos de prova e em que condições eles devem ser ensaiados para 
que os resultados dos ensaios de qualificação de madeiras diferentes sejam comparáveis? 
R: Os corpos de prova devem ser de dimensões reduzidas, extraídos de todas as zonas de 
seção e altura das toras. Eles devem ser ensaiados em condições convencionais de teor de 
umidade, orientação das solicitações em relação à principal direção das fibras e de velocidade 
de carregamento. 
 
21) Quais são os objetivos da norma MB 26/40: Métodos para Ensaios Físicos e Mecânicos 
das Madeiras? 
R: Os objetivos são: 
- Indicar como devem ser feitas as determinações das características físicas e mecânicas 
(umidade, massa específica aparente, retratilidade, compressão paralela às fibras, flexão 
estática, flexão dinâmica, tração normal às fibras, fendilhamento, cisalhamento, dureza); 
- Obter dados comparativos para caracterizar as espécies. 
 
22) Descrever sucintamente o procedimento de marcação e retirada dos corpos de prova 
segundo o MB 26/40. 
R: Deve-se retirar, em campo, três toras com diâmetro superior a 50 cm e comprimento 
superior a 3 m. Corta-se, então, cada tora em três partes. Nas seções transversais dos dois 
cortes extremos, marcam-se quadrados numerados (1-20) de 2 cm x 2 cm; de modo 
semelhante, na seção transversal do corte do meio, mercam-se quadrados numerados (1-12) 
de 6 cm x 6 cm. Estes quadrados são posteriormente extraídos, obtendo-se dessa forma os 
corpos de prova necessários aos ensaios. 
 
23) Definir: a) Ponto de saturação das fibras; b) Teor de umidade da madeira seca ao ar. 
R: PONTO DE SATURAÇÃO AO AR OU PSA (DAS FIBRAS) representa o teor de umidade da 
madeira quando ela é colocada num ambiente com 100% de umidade relativa (saturado) – 
fisicamente, o PSA pode ser visto como o teor de umidade da madeira quando as paredes das 
células estão totalmente saturadas em água de impregnação sem que essa água extravase 
para os vazios capilares. TEOR DE UMIDADE DA MADEIRA SECA AO AR, por sua vez, é o 
teor de umidade registrado quando se atinge o equilíbrio das tensões de vapor de água da 
madeira e do ambiente (a evaporação da umidade para e ocorre estabilização do peso da 
peça). 
 
24) a) Descrever o ensaio de medida da retratilidade linear. b) Para uma madeira dada, a 
retratilidade longitudinal medida foi de 0,3% enquanto a retratilidade transversal (média entre 
retratilidade tangencial e radial) foi de 6%. Explicar essa diferença. 
R: Este ensaio é feito com corpos de prova de 2 x 3 x 5 cm perfeitamente orientados em 
relação à principal direção das fibras onde cada dimensão corresponderá a uma das 3 direções 
principais. As variações nas medidas das dimensões dos corpos de prova serão feitas quando 
os mesmos passam do estado saturados (verde) para secos em estufa, e do estado saturados 
para secos ao ar. A diferença entre a retratilidade transversal e a retratilidade longitudinal 
ocorre devido à orientação das microfibras (aproximadamente 15°), fazendo com que a 
variação na dimensão axial seja a menor. 
 
25) a) Por que é importante conhecer o teor de umidade da madeira antes da aplicação? b) Se 
o teor de umidade não é conhecido, quais são as providências que devem ser tomadas antes 
da aplicação? 
R: É importante saber o teor de umidade da madeira antes da aplicação porque, como 
sabemos, a madeira varia suas dimensões de acordo com a umidade, podendo sofrer retração 
ou expansão, dependendo das condições. Se o teor não for conhecido, é importante deixar que 
a madeira repouse no lugar onde será aplicada antes da aplicação, para que entre em 
equilíbrio com as condições do ambiente. Outra medida a ser tomada, em caso de necessidade 
de aplicação imediata das peças, seria deixar as ligações em lugares aparentes e de fácil 
acesso, para que se possa fazer as correções em caso de a madeira apresentar mudanças 
consideráveis nas dimensões. 
 
26) Dar o teor de umidade aproximado no emprego das madeiras: a) Para uso em construções 
submersas; b) Para uso em locais fechados e aquecidos; c) Para uso em locais fechados e 
cobertos. 
R: a) 23-30%; b) 8-10%; c) 13-17%. 
 
27) Comentar a forma das curvas das figuras seguintes: 
 
----- 
 
 
28) Definir: a) Concentração volumétrica total; b) Concentração volumétrica parcial; c) 
Coeficiente de retratilidade volumétrico. 
R: CONCENTRAÇÃO VOLUMÉTRICA TOTAL é a variação percentual de volume quando a 
madeira passa do estado saturado (verde) para o estado de seca em estufa. 
Ct = (Vsat – V0) x 100/Vsat 
CONCENTRAÇÃO VOLUMÉTRICA PARCIAL é a variação percentual de volume quando a 
madeira passa do estado saturado para seca ao ar. 
Ch = (Vsat – Vh) x 100/Vsat 
COEFICIENTE DE RETRATILIDADE VOLUMÉTRICO é a variação percentual no volume para 
uma variação de 1% no teor de umidade da madeira. 
v = Ch/h (h = teor de umidade da madeira seca ao ar) 
 
29) Explicar o que representa fisicamente um coeficiente de retratilidade valendo por exemplo 
0,2. 
R: Um coeficiente de retratilidade valendo 0,2 significa que a cada variação de 1% na umidade, 
o volume varia em 0,2%. 
 
30) Por que as retratilidades longitudinais e transversais (tangencial e radial) são muito 
diferentes? 
R: Por causa do arranjo das células na madeira e em função da orientação das microfibras nas 
paredes das células. Nas paredes celulares (fibras), as microfibras apresentam uma inclinação 
de aproximadamente 15° em relação ao eixo principal da fibra (vertical): na saída da água de 
impregnação, ocorre uma aproximação das microfibras entre si, provocando um “movimento 
horizontal” muito maior que o “movimento vertical”. 
 
31) Explicar a forma das curvas da figura seguinte: 
Retração % 
 
Angulo das microfibras / eixo principal da célula lenhosa 
---- 
 
32) Porque na foto seguinte apareceu a fissura (descolamento) entre a viga de madeira e o 
revestimento da parede? 
 
R: Ocorreu por causa do fenômeno conhecido como retração em serviço, que é a retração da 
peça de madeira depois de ter sido colocada em sua posição definitiva. 
 
33) Como podem ser atenuados os efeitos da retratilidade? 
R: Podem ser atenuados de três maneiras: a) emprego de peças de madeira com teores de 
umidade compatíveis com o ambiente; b) emprego do desdobro adequado; c) impregnação das 
peças com óleos e resinas impermeabilizantes. 
 
34) Quais são os três tipos de água presentes na madeira e em qual parte do tecido lenhoso 
cada tipo pode ser encontrado? 
R: 1) Água livre: encontra-se nos “tubos” e não faz parte de ligações químicas. 2) Água de 
impregnação: encontra-se entre as microfibras das paredes das células. 3) Água de 
constituição: encontra-se ligada quimicamente com os principais constituintes do material 
lenhoso por ligações covalentes. 
 
35) Uma madeira verde (50 % de umidade) é seca em estufa até atingir um teor de umidade de 
8%. Descrever a influência da evaporação dos demais tipos de água citados na questão 
precedente sobre: 
a) a retratilidade no sentido longitudinal/fibras b) a retratilidade no sentido transversal/fibras 
c) a resistência mecânica d) a tenacidade. 
R: a) A saída da água livre não exerce influência na retratilidade longitudinal, enquanto a 
evaporação da água de impregnação é a responsável por tal fenômeno, que não é influenciado 
pela água de constituição (visto que esta nunca é eliminada por secagem). b) Idem a, notando 
que a saída da água de impregnação causa uma maior retratilidade neste sentido. 
c) ---- d) ---- 
 
36) Porque o teor de umidade de equilíbrio da madeira não será afetado por variações de 
temperatura e umidade relativa do ambiente fracas ou altas mas de curta duração? 
 
37) Citar algumas manifestações patológicas da retração (ou inchamento) de peças de madeira 
em serviço. 
R: Perda de juntas, folga nas conexões, rachas na pintura, flambageme delaminação de 
lâminas. 
 
38) a) Qual é o método que permite uma avaliação indireta do teor de umidade? 
b) Quais são as vantagens e desvantagens deste método? 
 
39) A resistividade elétrica aumenta com o teor de umidade. Certo-Errado. 
R: Errado. A condutibilidade elétrica aumenta com o teor de umidade (isso ocorre devido à 
presença de sais condutores na água). 
 
40) A resistividade elétrica é maior no sentido transversal do que no sentido longitudinal. Certo-
Errado (Justificar). 
R: Certo. Isso ocorre devido à presença de vazios nos “tubinhos”. A corrente elétrica, então, 
corre com mais facilidade no sentido longitudinal. 
 
41) Por que as madeiras são bons isolantes térmicos? 
R: Porque sua estrutura celular apresenta numerosas pequenas massas de ar, além de a 
celulose ser má condutora de calor. 
 
42) A condutibilidade térmica é maior no sentido longitudinal das fibras. Certo-Errado 
(Justificar). 
R: Certo. Isso ocorre devido à presença dos vazios nos “tubinhos”. Assim, o calor se propaga 
com mais facilidade no sentido longitudinal, pois neste sentido não encontra o impedimento das 
pequenas massas de ar. 
 
43) A condutividade térmica aumenta quando a densidade aumenta. Certo-Errado (Justificar). 
R: Certo. Justifica-se esse fato com base na ideia de que madeiras de baixa densidade 
possuem mais vazios de ar, que aumentam a resistência à transferência de calor. Logo, quanto 
mais densa a madeira, maior sua condutividade térmica. 
 
44) Madeiras são recomendadas para isolamento e tratamento de absorção acústica. Certo-
Errado (Justificar). 
R: Parcialmente errado. As madeiras são contraindicadas para isolamento acústico (são 
materiais leves). Entretanto, são bons materiais para o tratamento de absorção acústica (são 
“moles”). 
 
45) O que é a “lei da massa”? 
R: A lei da massa é uma lei que trata da propagação dos sons. Ela diz que, quando um som se 
propaga através de uma parede, seu enfraquecimento aumenta logaritmicamente com o peso 
da parede. 
 
46) a) Porque as madeiras são péssimos isolantes acústicos? 
b) Como a absorção acústica das madeiras pode ser diminuída? 
R: a) São péssimos isolantes acústicos porque tem baixa densidade. 
b) Pode ser diminuída com o tratamento superficial da madeira: uso de verniz e laca. 
 
47) a) Descrever o comportamento da madeira ao fogo. 
b) Comparar a evolução da resistência mecânica da madeira e do aço em função do tempo de 
exposição num fogo bem alimentado. 
R: a) A madeira tem baixa condutividade térmica: o “coração” da peça, mesmo com as áreas 
superficiais em contato com o fogo, permanece relativamente frio. A seção residual (aquela que 
ainda não foi atingida pelo fogo) não sofre com a dilatação, tendo as propriedades mecânicas 
mantidas. Assim, uma peça de madeira exposta ao fogo significa mais perda da seção 
resistente do que perda das propriedades mecânicas. 
b) A madeira natural pega fogo espontaneamente por volta de 275°C. Nessa temperatura, 
forma-se uma cortiça de madeira dura e frágil, mas com baixa condutividade térmica, que 
perdeu todas as propriedades físico-mecânicas iniciais. Quando a espessura dessa zona 
atinge 10mm, se o fogo não é alimentado, ele para. Isso significa que a seção resistente, 
conforme já citado, apenas se reduz, mas não se anula. Se o fogo é alimentado, essa camada 
de cortiça vai se espessando, mas em baixa velocidade. O aço, por sua vez, apresenta um 
comportamento completamente diferente: durante um incêndio, as temperaturas atingem até 
1000°C, tendo o aço perdido 80% de sua resistência já aos 500°C. Assim, nota-se muitas 
vezes que a madeira sustenta sua capacidade portante, enquanto o aço se deforma 
completamente. 
 
48) A madeira é um material combustível. No entanto, existe materiais à base de madeira que 
podem ser usado para a fabricação de portas anti-fogo. Explicar considerando o 
comportamento da madeira ao fogo. 
R: As madeiras são materiais combustíveis – para pegarem fogo, necessitam de uma fonte de 
calor e de um comburente (O2). As portas anti-fogo são constituídas por três camadas: uma 
camada de aço, uma camada confinada de madeira e outra camada de aço. Estando 
confinada, a madeira não entra em contato com o ar (comburente), o que impossibilita que a 
porta em questão pegue fogo. 
 
49) Quais são os fatores que influem a resistência ao fogo de um elemento de construção de 
madeira? 
R: A umidade do elemento, sua densidade e a relação superfície/volume. 
 
50) Um corpo de prova de madeira pesa 8 gramas; depois de seco em estufa ele pesa 6 
gramas. Calcular o teor de umidade inicial desta madeira (resposta: 33%). 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51) PROBLEMA 
I. Ensaios Físicos de Madeiras segundo o MB-26 
Seja uma madeira dada que nos estados saturada, seca ao ar e seca em estufa, apresenta os 
seguintes valores de volumes, pesos e dimensões: 
 
a) Descrever o funcionamento do volumenômetro a mercúrio. 
b) Descrever o ensaio de medida da retratilidade linear. 
R: São usados corpos de prova de 2 x 3 x 5 cm, perfeitamente orientados em relação à 
principal direção das fibras, onde cada dimensão corresponderá a uma das 3 direções 
principais. São medidas, então, as variações das dimensões quando a madeira passa do 
estado saturada (verde) para seca ao ar e posteriormente seca em estufa. 
c) Qual é o tipo de água responsável pela retração? 
R: Água de impregnação. 
d) Calcular o teor de umidade da madeira saturada. (resposta: 28,3%) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
e) Calcular o teor de umidade da madeira seca ao ar. (resposta: 16,23%) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
f) Calcular a contração volumétrica total. (resposta: 11,5%) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
g) Calcular a contração volumétrica de saturada para seca ao ar. (resposta: 4,7%) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
h) Calcular o coeficiente de retratilidade volumétrica. (resposta: 0,41) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
i) Calcular a massa específica aparente para os três estados de umidade. (resposta: 0,73g/cm
3
 
(sat); 0,69g/cm
3
 (ar); 0,64g/cm
3
 (estufa)) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
j) Calcular as contrações lineares nas três direções quando os corpos de prova passam do 
estado saturado para o estado de seca em estufa. (resposta: 0,23% (axial); 5% (radial); 6,57% 
(tang)) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
k) Explicar porque e retratilidade longitudinal é quase desprezível frente à retratilidade 
transversal. 
Isso acontece por causa do arranjo das células na madeira e em função da orientação das 
microfibras nas paredes das células. Nas paredes celulares (fibras), as microfibras apresentam 
uma inclinação de aproximadamente 15° em relação ao eixo principal da fibra (vertical): na 
saída da água de impregnação, ocorre uma aproximação das microfibras entre si, provocando 
um “movimento horizontal” muito maior que o “movimento vertical”. 
l) Calcular o coeficiente de retratilidade linear no sentido tangencial. (resposta: 0,23) 
 
 
 
 
 
 
 
 
II. Aplicação 
Uma porta maciça foi feita colocando juntas as arestas de tábuas de uma madeira cortada em 
quartos; a largura da tábua está na direção tangencial, a espessura na direção radial e o 
comprimento na direção longitudinal. A porta foi inicialmente retificada para uma largura de 761 
mm e um comprimento de 2035 mm para atenderuma abertura de 765 mm por 2050 mm, 
tendo sido cortada quando o teor de umidade da madeira era de 13%. No local onde vai ser 
colocada a porta a umidade relativa e a temperatura do ambiente faz a umidade da madeira 
passar para 18%. 
Dado: Módulo de elasticidade no sentido tangencial (9-18 % de umidade): 0,75 GPa 
m) Mostrar que a porta não poderá funcionar neste ambiente. 
R: Dados: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sabemos pela resolução do item “l” deste exercício que, a cada 1% de variação de umidade, a 
madeira varia sua dimensão tangencial de 0,23%. Logo, para a variação de 5% de umidade, a 
variação da medida tangencial é de 5 x 0,23% = 1,15%. Portanto: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assim, > . 
n) Qual será o valor da tensão desenvolvida na porta? (resposta: 4,66MPa) 
R: Sabe-se que e que 
 
 
. Assim: 
 
 
 
 
 
 
o) Sugerir soluções para minimizar este problema. 
R: Este problema pode ser minimizado com o corte da madeira no local de aplicação, depois 
de a mesma entrar em equilíbrio com o meio. Outra solução seria procurar uma madeira com 
menor coeficiente de retratilidade linear. 
 
52) Qual é o aumento de volume e de densidade de uma madeira quando ela sofre uma 
variação de 10 % para 20 % de teor de umidade? Densidade depois de secagem em estufa de 
0,56 g/cm³. 
Coeficiente de retratilidade linear radial: 0,15 %/1% de água 
Coeficiente de retratilidade linear tangencial: 0,25 %/1% de água 
Coeficiente de retratilidade linear longitudinal: desprezível 
Observação: usar como base 1 cm³ de madeira seca (resposta: volume: 3,8%; densidade: 
5,08%). 
R: 
Teor de 
umidade (%) 
Dimensão radial 
Dimensão 
tangencial 
Dimensão axial Volume (cm³) 
0 1 1 1 1 
10 
 
 
 
 
= 1,015 
 
 
 
 
= 1,025 
1 1,04 
20 
 
 
 
 
= 1,03 
 
 
 
 
= 1,05 
1 1,08 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53) Sejam duas placas (comprimento:1500 mm, largura: 900 mm, espessura: 20 mm): uma de 
corte semelhante ao P (largura no sentido tangencial) e uma outra de corte semelhante ao Q 
(largura no sentido radial): 
Dados: Coeficiente de retratilidade tangencial 0,25 % / 1 % H2O 
Coeficiente de retratilidade radial 0,15 % / 1 % H2O 
Coeficiente de retratilidade longitudinal: desprezível 
Módulo de elasticidade tangencial: 550 MPa 
Módulo de elasticidade radial: 800 MPa 
 
 
a) Calcule a alteração dimensional em cada direção se a umidade da madeira varia de 6 para 
14 % para as duas placas (P e Q). 
(Respostas: corte P: largura: 918 mm; espessura: 20,24mm. Corte Q: largura: 910,8 mm; 
espessura: 20,4mm) 
R: 
 
 
 
 
Corte P: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Corte Q: 
 
 
 
 
 
 
 
 
b) Supondo que estas placas estão impedidas de expandir sua largura quando o conteúdo de 
umidade aumenta de 6 para 14 %. 
Calcule a pressão que se desenvolve. (Respostas: corte P: 11 MPa. Corte Q: 9,6 MPa) 
R: 
Sabe-se que e que 
 
 
. Assim: 
Corte P: 
 
 
 
 
 
 
Corte Q: 
 
 
 
 
 
 
 
54) Calcular a resistência térmica da parede seguinte: 
 
Dado: efeito de parede 0,2 (Resposta: R = 2,1 [(m2.K)/W]) 
R: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55) Quais são os principais fatores que influem nas propriedade mecânicas? 
R: Anisotropia, heterogeneidade, distribuição e concentração dos principais constituintes 
(fibras, traqueídeos, vasos lenhosos, raios medulares), capacidade de absorção de água e 
grau de umidade. 
 
56) Descrever a ruptura da madeira (corpo de prova pequeno) quando submetida à um esforço 
de compressão axial. 
R: A ruptura, nesse caso, se dá pela flambagem das fibras (“tubinhos”). Pode ocorrer devido a 
3 motivos: 1) o corpo de prova pode estourar segundo o plano de menor resistência; 2) pode 
ocorrer escorregamento ou cisalhamento segundo um plano oblíquo em relação ao eixo de 
aplicação da carga; 3) ainda pode ocorrer uma combinação dos dois fenômenos. 
 
57) Para o cálculo das tensões de segurança, serão sempre usados os valores medidos na 
condição de seca ao ar corrigidos para 12 % de umidade. Certo-Errado (Justificar) 
R: Errado. Para o cálculo das tensões de segurança serão sempre usados os valores medidos 
no estado verde (condição mais desfavorável). Os valores medidos na condição de seca ao ar, 
corrigidos para 12% de umidade, são usados para poder comparar e classificar as espécies 
lenhosas. 
 
58) Comentar a tabela seguinte: 
 
R: Os valores observados na tabela acima nos mostram a correlação entre a resistência de 
uma madeira e seu teor de umidade. Percebemos que a influência da umidade é mais 
significativa quando a madeira está submetida a esforços de compressão, pois a variação é 
maior. Ainda assim, observamos que os valores diminuem na tração também. Dessa maneira, 
a observação da tabela nos permite inferir que o aumento da umidade da madeira influencia 
negativamente sua resistência. 
 
59) Explicar porque (ensaios de qualificação com corpos de prova pequenos): 
a) O limite de resistência à tração axial pode valer até 3 vezes o limite de resistência à 
compressão axial. b) O limite de resistência a tração perpendicular as fibras é a metade do 
limite de resistência a compressão perpendicular as fibras. c) O limite de resistência a tração 
axial é mais de 50 vezes maior do que o limite de resistência a tração perpendicular as fibras. 
d) O limite de resistência à flexão estática 3 pontos (carga aplicada perpendicularmente ao eixo 
longitudinal das fibras) é quase o dobro do limite de resistência à compressão axial. e) Explicar 
porque a afirmação da pergunta a) não é valida para corpos de prova de “tamanho estrutural”, 
isto é, o limite de resistência a tração axial será inferior ao limite de resistência à compressão 
axial. 
R: a) Na tração axial, são as fibras que resistem; em contrapartida, na compressão axial, 
ocorre um “afastamento” das fibras, que rompem por flambagem individual ou em grupos; b) 
Na tração perpendicular às fibras, os “tubinhos” se descolam, provocando a ruptura do 
material; enquanto isso, na compressão perpendicular às fibras, os “tubinhos” se aproximam, 
aumentando a resistência; c) Na tração axial, as fibras resistem pois se alongam; na tração 
perpendicular às fibras, ocorre o descolamento dos “tubinhos”; d) Isso acontece porque, no 
ensaio de flexão estática 3 pontos, uma parcela da peça fica submetida à tração e outra à 
compressão; assim, uma parte das fibras se alongam e resistem ao carregamento, enquanto 
outra parte se comprime e sobre flambagem; na compressão, só existem efeitos de 
flambagem. e) Isso ocorre porque, em corpos de prova de “tamanho estrutural”, existem 
defeitos, ou seja, pontos de fraqueza, os quais cederão no caso de tração axial; em 
contrapartida, na compressão axial, o efeito de flambagem será de ordem inferior ao citado 
anteriormente, o que justifica a diferença. 
 
60) a) Descrevera ruptura de um corpo de prova de madeira quando submetido a uma 
solicitação de flexão estática três pontos (carga aplicada perpendicularmente ao eixo das 
fibras). b) Explicar porque, para o cálculo do limite da resistência, as fórmulas clássicas da 
resistência dos materiais não se aplicam (Ex: no caso de uma seção retangular, o módulo de 
resistência (bh2)/6 clássico deve ser ajustado por (bh
n
)/6, onde n < 2). c) No entanto, as 
Normas Técnicas Brasileiras adotam a fórmula clássica não ajustada a realidade. Porque? 
R: a) No carregamento à flexão, existe dois tipos de solicitação: compressão nas fibras de 
intradorso e tração nas fibras de extradorso. Como a resistência à tração pode ser até 3 vezes 
maior que a resistência à compressão, a ruptura começará no lado comprimido, provocando 
uma redução da seção resistente, o que provoca a migração da linha neutra em direção ao 
bodo tracionado. Em seguida, quando a tensão limite é atingida, as fibras se rompem por 
tração. b) As fórmulas clássicas não se aplicam para o cálculo do limite de resistência da 
madeira porque, na formulação clássica, supõe-se que o material é elástico, homogêneo e 
isotropo. Sabemos que a madeira não tem esse perfeito comportamento. c) As Normas 
Técnicas Brasileiras continuam adotando essa fórmula porque ela traz a vantagem de fornecer 
valores menores no cálculo das tensões limites de segurança. 
 
* 61) Desenhar o diagrama de variação da resistência à compressão axial (paralelo ao eixo das 
fibras) em função da umidade. Justificar a forma. 
R: O diagrama pode ser assim explicado: quando a umidade é mínima (0% - seco em estufa), 
observamos o máximo limite de resistência; conforme sabido, a resistência diminui com o teor 
de água presente na madeira, o que pode ser observado pela queda da curva; em seguida, 
observa-se um patamar no gráfico, o qual exprime o fato de que, a partir de certo teor de 
umidade, a resistência da madeira não mais varia significativamente. A presença da água 
diminui a resistência à compressão pelo fato de que, ao ser comprimida juntamente com as 
fibras, a mesma exerce solicitação nas paredes dos “tubinhos”, aumentando o efeito de 
flambagem. Conforme a umidade aumenta, essa água passa a ser destinada para os espaços 
das microfibras, a partir de onde não mais afeta na resistência à compressão do material. 
 
 
* 62) Desenhar o diagrama de variação da resistência à compressão em função do angulo que 
as fibras formam com o eixo principal do corpo de prova. Justificar a forma. 
R: Nota-se que, conforme aumenta o ângulo que as fibras formam com o eixo principal do 
corpo de prova, tem-se a diminuição da resistência da peça. Isso ocorre porque, conforme 
aumenta o ângulo, aumenta a componente da força na direção do cisalhamento, ocasionando 
assim a ruptura através do plano de fraqueza. 
 
 
63) Explicar a forma das curvas da figura seguinte: 
 
R: 
 
* 64) A resistência à tração paralela às fibras aumenta com o aumento da densidade. Certo-
Errado (justificar). 
R: Certo. Quanto maior a densidade, maior a quantidade de material resistente na tração. Isso 
significa que a força para romper os tubinhos precisa ser maior, quanto mais denso é o 
material. 
 
 
65) Explicar a forma das curvas das figuras seguintes: 
 
R: Tratam-se de curvas que relacionam tensão e deformação da madeira na compressão. 
Comparando-as, percebemos que o intervalo de deformação elástica é muito maior no sentido 
axial do que no sentido transversal. É notável, também, que o módulo de elasticidade 
transversal é bastante reduzido em relação ao axial.b 
 
66) O módulo de elasticidade na compressão axial: a) aumenta com o aumento do teor de 
umidade. Certo-Errado. b) aumenta com o aumento da densidade. Certo-Errado. c) aumenta 
com a presença de nós. Certo-Errado. 
R: a) Errado. E diminui com o aumento do teor de umidade. b) Certo. E aumenta com o 
aumento da densidade. c) Errado. E diminui com a presença de nós. 
 
67) a) Descrever o principio do ensaio de medida da dureza da madeiras. b) Para qual tipo de 
aplicações é necessário conhecer a dureza de uma madeira? 
R: a) Para identificar a dureza da madeira, é utilizado o Método Janka: mede-se o esforço 
necessário para introduzir no topo (sentido axial) dos corpos de prova uma semi-esfera de aço 
de 1 cm² de seção diametral até uma profundidade igual ao seu raio. Esse ensaio se baseia na 
oposição da madeira à penetração. b) É necessário conhecer a dureza de uma madeira para 
aplicações tais como seu emprego em pavimentação (tacos e parquês), pois essa propriedade 
está relacionada com o desgaste do material. 
 
68) Explicar a forma das curvas da figura seguinte: 
Resistência à compressão perpendicular às fibras 
Deformação 
R: Essas curvas tratam da tensão-deformação da madeira em ensaios de compressão normal. 
Notamos que, quando a carga é distribuída por toda a face do corpo de prova, o mesmo se 
deforma mais antes de romper, porém chegando a ruptura num nível de tensão menor (curva 
a). Para as curvas b, c e d, notamos que a concentração da aplicação do esforço no corpo de 
prova gera um maior módulo de elasticidade, ou seja, a madeira deforma menos e atinge sua 
ruptura em níveis de tensão maiores. 
 
69) a) Descrever o principio do ensaio de resistência à flexão dinâmica. b) Explicar porque a 
resistência aos choques (tenacidade) quase não varia quando a umidade da madeira muda. 
R: a) Esse ensaio é realizado com o chamado pêndulo de Charpy, da seguinte maneira: um 
martelo de peso Q bate no meio do vão do corpo de prova de 24 cm, sendo lido o trabalho total 
(W) absorvido pela ruptura do corpo de prova (isso é feito através da medida da altura atingida 
pelo martelo, que é inversamente proporcional ao trabalho absorvido). b) A tenacidade é uma 
propriedade diretamente proporcional à tensão x deformação; quando a umidade aumenta, 
sabemos que a resistência diminui, ocorrendo o aumento da deformação. O oposto ocorre 
quando a umidade diminui. Sendo assim, uma variação de umidade se anula em relação a 
tenacidade, devido a proporcionalidade entre esta propriedade e o comportamento tensão x 
deformação da madeira. 
 
70) a) Descrever o principio do ensaio de medida da resistência ao cisalhamento normalizado 
(desenhar a orientação da carga em relação à direção principal das fibras). b) O cisalhamento 
normal apresenta menor resistência que o cisalhamento longitudinal. Certo-Errado (justificar). 
R: a) A medida de resistência ao cisalhamento é feita na direção longitudinal (pior situação – 
resultado a favor da segurança). Assim, a carga é aplicada à corpos de prova de 6 x 6 x 7,5 
cm, é a medida a resistência paralela às fibras. b) Errado. É o cisalhamento longitudinal que 
apresenta menor resistência, visto que ele se dá pelo deslizamento de um plano sobre o outro. 
 
 
71) Descrever o comportamento de um material rígido à flexão. 
R: Um material rígido, sob esforço de flexão, rompe logo que for ultrapassado seu limite de 
proporcionalidade, sem apresentar deformações notáveis (flechas) que anunciem tal ruptura. 
 
72) Porque a madeira nunca rompe por tração pura? 
R: Porque sempre existem esforços secundários e parasitas acompanhando a solicitação 
(compressão normal, cisalhamento e fendilhamento), os quais são resultantes das 
necessidades de transmissão de esforço entre a matriz e as fibras. 
 
73) a) Descrever o principio do ensaio de resistência ao fendilhamento. b) Nas ligações de 
peças de madeira, como podem ser atenuadas as solicitações de fendilhamento? 
R: a) Esse ensaio mede o deslocamento ao longo das fibras provocado por um esforço de 
tração normal, exercido excentricamente em relação à seção considerada. Esse esforço é 
aplicado na extremidade de uma peça entalhada, com a forma a seguir. b) O efeito do 
fendilhamento pode ser atenuado com a furação prévia ou despontamento dos pregos nas 
ligaçõespregadas, e com o emprego de conectores, cavilhas ou blindagens. 
 
 
74) Definir a ruptura retardada. 
R: Ruptura retardada é a influência da duração de aplicação de uma carga, sobre a resistência: 
a resistência decresce com o logaritmo do tempo. Isso significa que, conforme o tempo vai 
passando, a resistência da madeira solicitada diminui, até que seu valor atinja uma 
porcentagem de 62% da resistência inicial. 
 
75) Explicar a forma das curvas da figura seguinte: 
 
R: 
 
76) a) Dar uma definição do fenômeno de fluência. b) Quais são as consequências de fluência 
excessiva? c) No entanto, a fluência dos materiais tais como madeira e concretos pode trazer 
um beneficio, qual é? 
R: a) Fluência é a deformação lenta que a madeira sofre, sob a ação de cargas de atuação 
demorada. b) c) 
 
77) Porque o efeito devido à fluência da madeira normalmente não precisa ser levado em conta 
quando peças estruturais são dimensionadas? 
R: 
 
78) No cálculo das tensões admissíveis em projetos de estruturas de madeira, deverão ser 
usados vários coeficientes de segurança para dimensionar as peças. Quais são as 
características específicas das madeiras que deverão ser levadas em conta por intermédio 
destes coeficientes de segurança? 
R: Características específicas da madeira: 1- Categoria (qualidade), 2- Limite de 
proporcionalidade, 3- Ruptura retardada. Ainda deve ser levado em consideração um fator de 
segurança devido à dispersão dos ensaios. 
 
79) Para que servem as cotas de qualidade? 
R: As cotas de qualidade são índices que servem para eliminar as variações dos resultados 
obtidos pelos ensaios, os quais estão relacionados com as diferentes densidades. 
 
80) Porque podem aparecer grandes fendas na secagem “rápida” de peças de madeira? 
Explicar o fenômeno. 
R: Isso pode ocorrer devido às tensões diferenciais criadas nas peças, que são consequência 
da retratilidade desigual entre as camadas periféricas e internas durante a secagem ou 
envelhecimento do material. Assim sendo, há variações dimensionais variadas ao longo da 
peça, o que se reflete no aparecimento das fendas (uma parte retrai mais que a outra = 
madeira racha). 
 
82) Qual é a diferença entre nó vivo e nó morto? 
R: Os nós vivos estão em continuidade com o tecido lenhoso, envolvidos e aderidos, enquanto 
os nós mortos estão deslocados e não aderentes ao tecido lenhoso. No caso dos nós vivos, 
ocorre somente um desvio de direção das fibras; em caso de existência de nós mortos, 
podemos dizer que ocorre uma maior diminuição da seção resistente. 
 
83) Nós tem maior influência quando a peça é submetida à uma solicitação de tração do que 
quando submetida à uma solicitação de compressão. Certo-Errado (justificar) 
R: Certo. Isso ocorre porque, na tração, os nós não colaboram na resistência (mortos) ou tal 
colaboração é quase insignificante (vivos), visto que eles interrompem a continuidade do “veio” 
da madeira, diminuindo a seção resistente. Na compressão, por outro lado, o material do 
interior do nó atua como “enchimento” na peça, fazendo com que a influência do nó não seja 
tão significativa quanto na tração. 
 
84) Em que zona da peça os nós não devem situar-se quando ocorre um carregamento de 
flexão? 
R: Não devem situar-se na zona inferior, visto que essa região é a parte da peça submetida 
aos esforços de tração. 
 
85) O que são as gretas ou ventas? 
R: São deslocamentos ou separações com descontinuidade entre fibras ou entre anéis de 
crescimento, ocasionadas devido a paralisações de crescimento e/ou ações dinâmicas. 
 
86) Quais são as vantagens das madeiras transformadas em relação às madeiras maciças? 
R: 1) Relativa “homogeneidade” de composição; 2) Relativa “isotropia” no comportamento 
físico-mecânico; 3) Possobilidades ampliadas de secagem e tratamentos de preservação 
quando o material está ainda no estado de lâminas finas ou fragmentos; 4) Geralmente, 
aumento da densidade, diminuição da anisotropia da retratilidade; 5) Geralmente, aumento da 
resistência ao cisalhamento e fendilhamento; 6) Possibilidade de fabricação de chapas e 
blocos de dimensões adequadas à tecnologia de pré-fabricação modulada; 7) Permitem o 
aproveitamento de todo o material lenhoso da árvore. 
 
87) Como as peças estruturais de madeiras são classificadas pelas normas brasileiras? 
R: São classificadas segundo a qualidade em: 1) Primeira categoria: madeira de qualidade 
excepcional, sem nós, retilínea, quase sem defeitos; 2) Segunda categoria: madeira de 
qualidade estrutural corrente, com pequena incidência de nós firmes e outros defeitos; 3) 
Terceira categoria: madeira de qualidade estrutural inferior, com nós firmes em ambas as 
faces; 4) Quarta categoria: madeira com muitos defeitos que não inspira confiança, mas pode 
servir para vedação em que a aparência não seja importante. 
 
88) Os tratamentos de beneficiamento têm como objetivo atenuar os efeitos das características 
negativas das madeiras. Citar 4 destas características negativas. 
R: 1) Alterações em sua umidade provocando a degradação de suas propriedades e 
surgimento de tensões internas; 2) Ataque de pragas provocando a diminuição de sua 
durabilidade; 3) Heterogeneidade e anisotropia; 4) Limitações das dimensões em peças de 
madeira natural. 
 
89) Quais são as vantagens e desvantagens da secagem artificial das madeiras comparada 
com a secagem natural? 
R: 
 
90) Descrever o principio do processo de secagem em estufa das madeiras? 
R: Se a espécie lenhosa e o teor de umidade dela são conhecidos, a estufa será regulada em 
temperatura e grau higrométrico para um ponto de equilíbrio imediatamento inferior à umidade 
de origem da madeira. Quando a umidade de equilíbrio é atingida, as condições são mudadas 
para um outro ponto inferior (aumento da temperatura e diminuição da umidade do ar) e assim 
por diante até alcançar o teor de umidade pretendido que pode ser atingido em menos de uma 
semana. 
 
91) Como são classificados os processos de preservação da madeira? 
R: São classificados segundo a profundidade da impregnação, sendo os seguintes: 
- Tratamento prévio; 
- Processos de impregnação superficial; 
- Processos de impregnação sob pressão reduzida; 
- Processos de impregnação em autoclave. 
 
92) Quais são os principais processos de preservação “superficial”? 
R: São processos de pinturas superficiais, aspersão ou imersão das peças no imunizante. 
 
93) Quais são as precauções que devem ser tomadas para evitar ou atenuar o ataque de 
fungos? 
R: - Eliminar um ou mais fatores que permitem a sobrevivência e a proliferação desses seres 
(oxigênio atmosférico, temperatura em torno de 20°C e teor de umidade acima de 20%); - 
Realizar secagem adequada (evitam-se as fendas); - Fazer o desdobro em época apropriada; - 
Aplicar tratamentos com antifungicidas. 
 
94) Quais são as características que deve apresentar um produto de preservação da madeira? 
R: - Alta toxidade aos organismos xilófagos (fungos, insetos); - Alto grau de retenção nos 
tecidos lenhosos; - Alta difusibilidade através dos tecidos lenhosos; - Estabilidade; - Devem ser 
incorrosíveis para metais e não degradar a própria madeira; - Segurança para os operadores. 
 
95) Qual é o princípio de funcionamento de um produto estabilizante dimensional? 
R: Esses produtos se baseiam no princípio da “colocação” de moléculas que vão substituir a 
água contida entre as microfibras das paredes das células lenhosas, ou seja, vão ocupar e 
lacrar esses espaços, fazendo com que os mesmos não possam ser preenchidos com água 
posteriormente – lembrando que a água presente entre as microfibras é a responsável pelas 
variações dimensionais. 
 
96) Quais são os principais defeitos de crescimento que podem apresentar as madeiras? 
R: Nós, desvios de veio e fibras torcidas, ventos ou gretas. 
 
97) a) Descrever um processo de impregnação sob pressão reduzida. b) Descrever o princípiodo processo de impregnação em autoclave. 
R: a) Um dos processos de impregnação sob pressão reduzida é o processo de dois banhos 
ou de banho quente e frio: as peças são aquecidas num tonel de água (100 °C) e depois são 
transferidas rapidamente para um outro recipiente contendo o impregnante frio: a impregnação 
é forçada pela aspiração do impregnante pelo vácuo relativo que se formou nos vazios da 
madeira com a evaporação da água e expulsão do ar aquecido. b) O princípio do processo de 
impregnação em autoclave consiste em: 1) vácuo inicial (para retirada do ar e umidade do 
tecido lenhoso); 2) banho com imunizante sob alta pressão e alta temperatura; 3) vácuo final 
(para retirada do excesso de imunizante). 
 
98) Escolher o processo de preservação (superficial, superficial reforçado, em profundidade) 
adequado para os empregos da madeira (cerne) nas aplicações seguintes: piso, assoalho para 
banheiros, estrutura interna, sacadas, tábuas externas, cerca externa. 
R: 1) Piso: inseticida: pintura, aspersão ou imersão; 
2) Assoalho para banheiros: inseticida e fungicida: imersão ou duplo vácuo; 
3) Estrutura interna: inseticida e fungicida: imersão; 
4) Sacadas: inseticida e fungicida: autoclave; 
5) Tábuas externas: inseticida e fungicida: autoclave; 
6) Cerca externa: inseticida e fungicida: autoclave (com quantidade maior de produto injetada 
se contato com água do mar). 
 
99) Que propriedades se exigem de um adesivo para laminados de madeira? 
R: Deve ter resistência suficiente aos esforços (cisalhamento) e durabilidade superior ou igual 
a da madeira (frente à umidade, temperatura e microorganismos). 
 
100) Quais são as principais vantagens e desvantagens da madeira laminada colada em 
relação à mesma madeira maciça? 
R: Vantagens: fabricação de peças de grande dimensões, possibilidade de construção de 
peças de eixo curvo, melhor controle da umidade das lâminas, possibilidade de uma seleção 
da qualidade da madeira. Desvantagem: custo maior. 
 
101) a) Madeira laminada colada com resinas naturais podem ser usadas em ambientes 
externos. Certo-Errado (justificar). b) Na madeira laminada colada, quais são as vantagens e 
desvantagens do uso de resinas sintéticas no lugar de colas naturais? 
R: 
 
102) Dar a definição de: a) Madeiras reconstituídas. b) Madeiras compensadas. c) Madeiras 
aglomeradas. d) Madeiras laminadas coladas. 
R: a) Madeiras reconstituídas: são peças obtidas pela reaglomeração de fibras celulósicas 
(separadas e dispersas), as quais foram extraídas do lenho – a madeira bruta é reduzida a 
fragmentos que são tratados com vapor de água sob alta pressão, ocorrendo o amolecimento 
da lignina e o desfibramento das células lenhosas; em seguida, as fibras são reaglomeradas 
com resinas sintéticas ou com a própria lignina sob pressão. 
b) Madeiras compensadas: são peças obtidas a partir do desenrolamento de um lençol 
contínuo de madeira e sua posterior colagem a fios cruzados – a tora de madeira (amolecida 
por água) é montada num torno mecânico provido de uma faca horizontal que tem o 
comprimento da tora; então, um lençol contínuo de madeira é desenrolado, sendo em seguida 
cortado e seco (chapa de folheado); essas lâminas são coladas de maneira que as fibras de 
cada uma sejam perpendiculares às fibras da lâmina seguinte. 
c) Madeiras aglomeradas: são obtidas pela aglomeração de pequenos fragmentos de madeira 
– a madeira bruta é reduzida a fragmentos, que são secos e misturados com o aglomerante 
para obter o colchão; em seguida, estes colchões são prensados e quando o aglomerante é 
uma resina sintética, aquecidos ou extrudados, sendo feito posteriormente o acabamento final 
(lixamento, pintura ou revestimento). 
d) Madeiras laminadas coladas: são tábuas sobrepostas a fio e coladas entre si, formando 
assim novas peças – as tábuas brutas, depois de secas em estufa e tratadas são aplainadas 
em ambas as faces para eliminar sujeiras e salientar defeitos; em seguida, é feita a aplicação 
da cola nas duas faces; posteriormente, dá-se a prensagem com sargentos, grampos, 
parafusos ou pressão hidráulica. 
 
103) Identificar as madeiras A, B, C e D da tabela na lista seguinte: maciça, compensada 7 
lâminas, aglomerada, reconstituída. 
 
R: A – Aglomerada; 
B – Maciça; 
C – Reconstituída semi-dura; 
D – Compensada 7 lâminas.

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