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Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" Com certificado Online 180 horas Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal Denise Santana Silva dos Santos Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Atualização em Enfermagem Pediátrica e Neonatal Denise Santana Silva dos Santos 180 horas Com certificado online SUMÁRIO APRESENTAÇÃO...............................................................................................................7 1.1 OBJETIVOS............................................................................................................7 1.2 PREMISSAS........................................................................................................... 8 1.3 PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO...................................................................... 8 HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO............................................9 2.1 CONCEITOS IMPORTANTES EM NEONATOLOGIA.............................................11 HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL.....................................................................................12 3.1 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM A HOSPITALIZAÇÃO........................................................................................................... 12 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN)..................................... 15 4.1 FUNÇÕES DA UTIN.................................................................................................... 16 4.2 PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN................................................................... 16 4.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA PARA INSTALAÇÕES FÍSICAS DA UTIN................................................................................. 17 4.3.1 Área Física (por leito)................................................................................................. 17 4.3.2 Iluminação...................................................................................................................17 4.3.3 Recursos Humanos......................................................................................................18 4.3.4 Treinamento constante................................................................................................ 18 4.3.5 Transporte do RN........................................................................................................19 4.3.6 Programa de saúde – Medicina do Trabalho...............................................................19 4.3.7 Equipamentos..............................................................................................................19 4.3.8 Metas para o uso dos equipamentos e tecnologias......................................................20 4.3.9 Dependências Acessórias da UTIN.............................................................................21 4.3.10 Serviço de Apoio.......................................................................................................22 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA (UTIP)...................................23 5.1 OBJETIVOS.................................................................................................................. 23 5.2 INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP........................................................ 24 5.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA.................24 5.3.1 Área Física (por leito)................................................................................................. 25 5.3.2 Iluminação...................................................................................................................25 5.4 RECURSOS HUMANOS..............................................................................................25 5.4.1 Enfermeiro Coordenador.............................................................................................25 5.4.2 Enfermeiro Assistencial.............................................................................................. 26 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI- PEDIÁTRICA........................................... 27 6.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COORDENADOR DA UTI.....................................27 6.2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ASSISTENTE NA UTI – PEDIÁTRICA................ 28 6.3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI- PEDIÁTRICA............................................28 6.4 CUIDADOS BÁSICOS NA CRIANÇA HOSPITALIZADA.......................................29 O PAPEL DA ENFERMAGEM PEDIÁTRICA.............................................................30 CASO CLÍNICO................................................................................................................ 31 8.1 ESTUDO DE CASO 1................................................................................................... 31 8.1.2 Explicação do caso......................................................................................................31 APRESENTAÇÃO.............................................................................................................34 1.1 OBJETIVOS.................................................................................................................. 34 1.2 PREMISSAS.................................................................................................................. 34 GASTROSQUISE.............................................................................................................. 36 ONFALOCELE..................................................................................................................38 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA GASTROSQUISE E NA ONFALOCELE ..............................................................................................................................................40 4.1 PRÉ-OPERATÓRIO......................................................................................................40 4.2 PÓS-OPERATÓRIO......................................................................................................41 OBSTRUÇÃO INTESTINAL...........................................................................................42 5.1 DIAGNÓSTICO............................................................................................................ 43 5.1.1 Pré - natal.................................................................................................................... 43 5.2 ATRESIA INTESTINAL...............................................................................................44 5.3 ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA................................................................. 44 5.4 DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (MEGACOLO)....................................................... 45 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO COM OBSTRUÇÃO INTESTINAL..................................................................................................................... 47 6.1 PRÉ-OPERATÓRIO......................................................................................................47 6.2 PÓS–OPERATÓRIO..................................................................................................... 48 TRAQUEOMALÁCIA...................................................................................................... 49 7.1 SINTOMAS................................................................................................................... 49 7.2 CLASSIFICAÇÃO........................................................................................................ 50 7.3 TRATAMENTO............................................................................................................ 50 ENTEROCOLITE NECROTIZANTE............................................................................518.1 SINTOMAS................................................................................................................... 52 SEQUÊNCIA DE PIERRE ROBIN................................................................................. 54 9.1 PODE ESTAR AUSENTE EM ALGUNS.................................................................... 54 9.2 ETIOLOGIA.................................................................................................................. 55 9.3 HETEROGENEIDADE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS.................................. 55 9.4 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO, POIS NÃO EXISTE, NA LITERATURA, UM CONSENSO SOBRE O TRATAMENTO........................................56 9.5 DIFICULDADES ALIMENTARES............................................................................. 56 9.6 GERALMENTE MAIOR QUE 30 MINUTOS.............................................................56 9.7 TRATAMENTO DA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA............................................56 9.8 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO AINDA SEM UM CONSENSO. TRATAMENTO POSTURAL.............................................................................................57 9.9 INTUBAÇÃO NASOFARÍNGEA................................................................................ 57 9.10 TRATAMENTO DA DIFICULDADE ALIMENTAR............................................... 57 MASSAS ABDOMINAIS.................................................................................................. 59 DIVERSAS CONDIÇÕES CIRÚRGICAS......................................................................60 CUIDADOS COM A FAMÍLIA DO RN GRAVE..........................................................61 MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL DO RECÉM-NASCIDO CIRÚRGICO...................................................................................................................... 62 CASO CLÍNICO................................................................................................................ 64 14.1 ESTUDO DE CASO 1:................................................................................................64 14.2 EXPLICAÇÃO DO CASO:.........................................................................................64 APRESENTAÇÃO.............................................................................................................67 1.2 OBJETIVOS.................................................................................................................. 67 1.3 PREMISSAS.................................................................................................................. 68 CONCEITOS DE CUIDAR/ CUIDADO......................................................................... 70 TIPOS DE CUIDADO....................................................................................................... 71 TEÓRICOS DO CUIDADO..............................................................................................74 4.1 LEININGER.................................................................................................................. 74 4.2 WATSON.......................................................................................................................74 4.3 ROACH (1991).............................................................................................................. 75 POLÍTICAS DE HUMANIZAÇÃO NO BRASIL..........................................................76 5.1 PROGRAMA DE HUMANIZAÇÃO DO PARTO E NASCIMENTO (PHPN).......... 77 A ENFERMAGEM E O CUIDAR................................................................................... 78 6.1 A ENFERMAGEM NEONATAL E O CUIDAR/ CUIDADO.....................................78 CUIDADOS MAIS FREQUENTES NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL....................................................................................................................... 80 AVALIAÇÃO DA NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO.. 85 8.1 ASSISTÊNCIA AO RN COM NECESSIDADE DE REANIMAÇÃO........................ 86 PLANOS DE CUIDADO PARA ADAPTAÇÃO DOS PAIS NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL.............................................................................87 9.1 IDENTIFICAÇÃO.........................................................................................................88 9.2 EXPERIÊNCIA MATERNA ANTERIOR:.................................................................. 88 9.3 INFORMAÇÕES DE NORMAS E ROTINAS:............................................................88 9.4 ORIENTAÇÃO SOBRE ALEITAMENTO:................................................................. 89 9.5 TREINAMENTO ESPECÍFICO:.................................................................................. 89 CUIDANDO DO CUIDADOR..........................................................................................90 PRINCÍPIOS DA INTERVENÇÃO GLOBAL.............................................................. 91 O CONTROLE DA DOR NO RN.................................................................................... 93 12.1 MANEJO DA DOR: NÃO-FARMACOLÓGICO...................................................... 93 12.2 MANEJO DA DOR: FARMACOLÓGICO................................................................ 94 CASO CLÍNICO................................................................................................................ 95 13.1 ESTUDO DE CASO 1................................................................................................. 95 13.2 EXPLICAÇÃO DO CASO.......................................................................................... 95 APRESENTAÇÃO.............................................................................................................98 1.1 OBJETIVOS.................................................................................................................. 98 1.2 PREMISSA.................................................................................................................... 99 DEFINIÇÕES SOBRE ADMINISTRAÇÃO ENDOVENOSA................................... 100 2.1 INDICAÇÕES..............................................................................................................100 HISTÓRICO DO ACESSO VENOSO...........................................................................101 CATETERES VENOSOS............................................................................................... 102 CONDUTAS NA INSERÇÃO, MANUTENÇÃO, CURATIVO E RETIRADA DOS CATETERES VENOSOS............................................................................................... 103 5.1 INSERÇÃO..................................................................................................................103 5.2 MANUTENÇÃO DOS ACESSOS VENOSOS.......................................................... 104 5.3 CURATIVO................................................................................................................. 105 5.4 RETIRADA DO CATETER........................................................................................106 ACESSO VENOSO PERIFÉRICO................................................................................107 6.1 DISPOSITIVOS UTILIZADOS.................................................................................. 107 6.1.1 Indicações..................................................................................................................108 6.1.2 Desvantagens.............................................................................................................108 6.1.3 Vantagens..................................................................................................................108 ACESSO VENOSO CENTRAL..................................................................................... 109 7.1 VANTAGENS............................................................................................................. 110 7.2 TIPOS DE CATETERISMO.......................................................................................110 7.3 CATETERISMO VENOSOS E/OU ARTERIAL UMBILICAL................................ 110 7.3.1 Complicações............................................................................................................ 111 7.3.2 Remoção....................................................................................................................111 7.4 CUIDADOS COM A MANUTENÇÃO DO CATETER UMBILICAL.....................112 7.5 PICC.............................................................................................................................112 7.5.1 Vantagens..................................................................................................................113 7.5.2 Desvantagens.............................................................................................................113 7.5.3 Indicações..................................................................................................................114 7.6 DISSECÇÃO VENOSA.............................................................................................. 114 7.6.1 Vantagens..................................................................................................................114 7.6.2 Desvantagens.............................................................................................................115 VIA INTRAOSSÉA (IO)................................................................................................. 116 8.1 LOCAIS DE INSERÇÃO INTRAÓSSEA.................................................................. 117 8.1.1 Vantagens..................................................................................................................117 8.1.2 Desvantagens.............................................................................................................117 VIA CARDÍACA..............................................................................................................119 9.1 VANTAGEM...............................................................................................................119 9.2 DESVANTAGENS......................................................................................................120 COMPLICAÇÕES DAS ADMINISTRAÇÕES DE MEDICAÇÃO ENDOVENOSA EM PEDIATRIA..............................................................................................................121 10.1 PRINCIPAIS COMPLICAÇÕES.............................................................................. 122 10.2 FATORES CONTRIBUINTES PARA EXTRAVASAMENTO OU INFILTRAÇÃO ENDOVENOSA................................................................................................................ 122 10.3 SINAIS DE EXTRAVASAMENTO OU INFILTRAÇÃO.......................................122 10.4 CUIDADOS IMPORTANTES.................................................................................. 123 PUNÇÃO ARTERIAL (PUNÇÃO DA ARTÉRIA RADIAL).....................................124 PUNÇÃO DO CALCANHAR.........................................................................................125 12.1 TESTE DO PEZINHO...............................................................................................126 12.2 GLICEMIA CAPILAR.............................................................................................. 126 MANEJO DA DOR NO NEONATO..............................................................................127 13.1 MANEJO DA DOR: NÃO-FARMACOLÓGICO.................................................... 127 13.2 MANEJO DA DOR: FARMACOLÓGICO.............................................................. 128 CASO CLÍNICO.............................................................................................................. 129 14.1 ESTUDO DE CASO 1............................................................................................... 129 14.2 EXPLICAÇÃO DO CASO........................................................................................ 129 AVALIAÇÃO................................................................................................................... 131 REFERÊNCIAS............................................................................................................... 137 6 Administração e Organização dos Serviços Pediátricos e Neonatais Unidade 1 – Apresentação 01 APRESENTAÇÃO O adoecer e a hospitalização configurar situações de mudanças significativas, tanto no crescimento, quanto no desenvolvimento da criança, podendo interferir no equilíbrio físico, emocional e cognitivo, além de causar estresse e dificuldades muitas vezes incompreensíveis para a criança. A organização, nesse contexto, é compreendida como o processo de agrupar atividades, ou seja, o que é pertinente a cada profissional e estabelecer relações de trabalho direcionando assim as normas e rotinas nos serviços. 1.1OBJETIVOS Atualizar os graduandos de enfermagem e enfermeiros quanto aos princípios da organização e administração dos serviços neonatais e pediátricas considerando as peculiaridades inerentes a essa etapa da vida. Enfatizar que a presença do enfermeiro (a) é indispensável na liderança dos serviços de assistência em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal ou Pediátrica. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 1.2PREMISSAS A administração e organização das unidades neonatais e pediátricas requerem planejamento que inclui atentar para. A Filosofia e objetivo do serviço. Condições socioeconômicas e culturais da comunidade. Recursos humanos, materiais e financeiros disponíveis. Demanda a ser atendida. Nível de atendimento a ser prestado nesta unidade. 1.3PRINCÍPIOS DA ORGANIZAÇÃO Tipo de população a ser atendida na unidade Equipe de saúde disponível Níveis de Assistência: Nível I (primário) Nível II (secundário) Nível III (terciário) Unidade 2 – Histórico da Assistência ao Recém-Nascido 02 HISTÓRICO DA ASSISTÊNCIA AO RECÉM-NASCIDO Em tempos mais remotos o parto não despertava interesse da coletividade. A mulher dava a luz sozinha, prevalecendo o instinto; o nascimento de uma criança era acompanhado por cerimônias festivas ou sacrifícios que tinham a finalidade de acalmar os maus espíritos. Para alguns autores a origem da assistência ao parto e ao recém-nascido está associada ao trabalho das parteiras, mulheres que em geral, adquiriram seus conhecimentos a partir da sua própria multiparidade e práticas tocológica, essas mulheres receberam várias denominações dentre elas os termos de comadres. Um dos pioneiros obstetras a dispensar atenção às crianças que ajudava a nascer foi Pierre Budin, que criou o primeiro ambulatório de puericultura para os bebês sadios, no Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal hospital Charlité de Paris, em 1892. Historicamente Budin foi considerado o primeiro neonatologista. Mudanças significativas na assistência hospitalar ao recém-nascido ocorreram na Inglaterra, em fins do século XIX e início do século XX, quando Martin Cooney, um dos alunos de Budin, utilizando incubadoras conseguiu em quatro décadas, evitar a morte de cerca de cinco mil prematuros. Com sucesso clínico e comercial alcançado surgiram numerosos centros de prematuros. No início do século XX, instalaram-se berçários nas maternidades para alojar todos os neonatos como medida de isolamento devido à elevada mortalidade infantil por doenças infecciosas, especialmente respiratórias e diarreia, com finalidade de reduzir os riscos de infecção e contaminação. Instituíram-se medidas rigorosas de isolamento, os prematuros eram alojados nos berçários. Evitava-se a hospitalização sempre que possível e adotaram regras especiais como a proibição do manuseio desnecessário da criança e qualquer visita ao berçário, inclusive da própria mãe. Atualmente com os modernos avanços científicos e tecnológicos, é possível observar uma considerável redução da taxa de mortalidade neonatal e aumento da sobrevida de recém-nascido de alto-risco, ou seja, daquelas atendidas em Unidade de Terapia IntensivaNeonatal (UTIN). Sendo assim, a qualidade de vida desses neonatos se tornou uma preocupação exigindo-se a intervenção em etapas do desenvolvimento cada vez mais precoce. Unidade 2 – Histórico da Assistência ao Recém-Nascido O aumento da sobrevida desses recém-nascidos de risco tem gerado também, o aumento da probabilidade de desenvolvimento de sequelas neurológicas, de déficits somáticos, dificuldade de aprendizagem, distúrbios de comportamento, anormalidades neuromotoras e outras afecções frequentemente incapacitantes. 2.1 CONCEITOS IMPORTANTES EM NEONATOLOGIA O período neonatal inclui as 4 primeiras semanas de vida, ou seja, a partir do nascimento até o 28º dia de vida. Estão definidos abaixo alguns termos importantes relativos à vida ou morte no período neonatal. Nascimento vivo: corresponde ao nascimento na qual o recém-nascido apresenta ventilação, batimentos cardíacos e movimentos involuntários independentemente da idade gestacional. Morte Neonatal: é a morte que ocorre na fase neonatal nos primeiros 28 dias de vida. Morte Neonatal Precoce: é a morte que ocorre nos primeiros 7 dias de vida. Morte Neonatal Tardia: É a morte do recém-nascido que ocorre do 7º dia até o 28º dia de vida. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 03 HOSPITALIZAÇÃO INFANTIL As reações da criança frente à doença e a hospitalização dependem principalmente do nível de desenvolvimento psíquico, do grau de apoio familiar, do tipo da doença e da atuação da equipe. 3.1 AS ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO INFANTIL E SUA RELAÇÃO COM A HOSPITALIZAÇÃO A fase Neonatal é caracterizada pela total dependência do cuidado na UTI Neonatal e pela quebra do vínculo família-bebê. Unidade 3 – Hospitalização Infantil 4 meses aos 2 anos: Separação da mães estimula protestos, aflição e desespero. 2 aos 5 anos: A preocupação acerca do afastamento da genitora ainda são importantes: medo, sensibilidade com relação a dor, ferida, sangue e aos procedimentos médicos. Pensamentos mágicos/ fantasias floridas/ pesadelos. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 6 aos 9 anos: Preocupação com a morte, desaparecimento, pessoas que não voltam, temor de perder para sempre, preocupação com a perda do lugar (enfermarias), invalidez, longe de casa, escola, amigos, medo de ser abandonado. 9 aos 12 anos: Preocupa-se com a própria idade escolar acerca da capacidade intelectual, social e física, preocupação também acerca das funções corporais, temor na exposição do corpo frente ao pessoal da equipe de saúde e dos outros pacientes. Denominados de pré-adolescentes. Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 04 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL (UTIN) A Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) é uma unidade hospitalar destinada a receber as crianças graves logo após o nascimento ou até 28 dias de vida. Setor complexo que necessita de uma equipe treinada para trabalhar na assistência da criança grave no período neonatal. Na unidade de cuidados intensivos neonatais são internados, principalmente, os recém-nascidos prematuros, que correm risco de vida e necessitam de cuidados 24h por dia, bem como aqueles que sofreram algum problema ao nascimento. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 4.1 FUNÇÕES DA UTIN Reanimação e estabilização Admissão e observação Cuidados contínuos e intensivos Isolamento Apoio familiar Reduzir o índice de morbimortalidade neonatal Promover e incentivar o Aleitamento Materno Estimular e facilitar a participação da mãe na execução dos cuidados ao RN. Estimular e desenvolver atividades de ensino e pesquisa. 4.2 PADRÕES DE INSTALAÇÃO DA UTIN Centro Obstétrico – bem equipado para o atendimento do RN. UTI Neonatal – próximo ao CO, para facilitar o transporte do RN. Mesmo pavimento da unidade de puerpério. Distante da emergência e das UTI (processo séptico). Visores de circulação externa e interna. Divididos em setores por complexidade. Planta física especialmente projetada. Segurança do paciente e equipe. Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 4.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA PARA INSTALAÇÕES FÍSICAS DA UTIN 4.3.1 Área Física (por leito) 3 a 4 m², com uma distância de 1 m entre eles Energia elétrica: 10 a 12 tomadas aterradas e ligadas ao circuito de emergência do gerador 2 a 4 pontos de ar comprimido e oxigênio 2 a 3 pontos de vácuo Temperatura: 24 a 27ºC Umidade: 50% Acústica: 75 dc Piso: sem frestas; material lavável; cor clara; superfície lisa. Teto: rebaixado; cantos arredondados; superfície lisa. Comunicação: linha telefônica; música ambiente. 4.3.2 Iluminação Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Luz branca e florescente. Interruptores silenciosos. Dimmer para controle da luz. Iluminação complementar, com braço articulado. 4.3.3 Recursos Humanos Título de especialista para enfermeiras Treinamento pelo menos 1 ano para auxiliar de UTI Avaliação permanente do grupo 4.3.4 Treinamento constante Grupo de estudo (aspecto científico) Grupo de desenvolvimento Íntegra Trabalha equipe Trabalha comunicação Trabalha estresse Cuidar-se para cuidar Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) 4.3.5 Transporte do RN O transporte neonatal intra-hospitalar é realizado quando as crianças internadas em unidade neonatal necessitam de alguma intervenção cirúrgica ou procedimento diagnóstico dentro das dependências do próprio hospital ou em locais anexos. O transporte inter-hospitalar ocorre principalmente quando há necessidade de recursos de cuidados intensivos não disponíveis nos hospitais de origem, como abordagens diagnósticas e cirúrgicas mais sofisticadas e/ou de doenças menos frequentes, medidas de suporte ventilatório, nutrição parenteral e monitorização vital complexa. Em qualquer das duas situações, o transporte pode se tornar um risco a mais para o RN criticamente doente e, por isso, deve ser considerado como uma extensão dos cuidados realizados na UTI. A responsabilidade pela indicação desse tipo de transporte é da equipe que presta assistência ao RN na unidade de origem. Costuma-se dar muito mais atenção ao transporte inter-hospitalar que ao intra- hospitalar. Entretanto, deve-se lembrar que o transporte intra-hospitalar ocorre com grande frequência e, para sua realização, são necessários treinamento e habilidades similares aos requisitados para a realização do transporte inter-hospitalar. 4.3.6 Programa de saúde – Medicina do Trabalho 4.3.7 Equipamentos Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Incubadora: 50% dos leitos (servo-controle) Incubadora de transporte Berço aquecido: 20 a 30% dos leitos Berço de acrílico: 20 a 30% dos leitos Balanças de incubadoras Balanças de fraldas Capacetes de acrílico: 2 para cada 3 leitos Fototerapia: 1 para cada 3 leitos Oxímetros e monitores: 1 por leito Bombas de infusão: 3 por leito Aparelho de ventilação pulmonar mecânica: 1 para cada 2 leitos PA invasiva 4.3.8 Metas para o uso dos equipamentos e tecnologias Unidade 4 – Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) Profissionais treinados para operar com segurança e eficiência Explorar todo o potencial Evitar quebras e redução de vida útil Utilizar manuais de instrução para dúvidas Avaliação preventiva programada Desinfecção adequada 4.3.9 Dependências Acessórias da UTIN Vestiário Sanitário Posto de Enfermagem central Sala de guarda de equipamentos Sala de reunião Sala da coordenação Rouparia Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Sala de desinfecção de equipamento Expurgo Sala de repouso 4.3.10 Serviço de Apoio Laboratório 24 horas Serviço de bio imagem Hemoterapia Eletrocardiograma Centro cirúrgico CCIH Psicologia Serviço Social Central de esterilização Lactário Farmácia Anatomia patológica Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica(UTIP) 05 UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA (UTIP) A Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica é uma unidade hospitalar que recebe crianças graves e que necessitam de cuidados intensivos, desde lactentes até 12 anos. 5.1 OBJETIVOS Promover o cuidado ideal das crianças criticamente enfermas: curar suas doenças e o retorno para a sociedade. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Promover a monitorização contínua para a criança instável. Equipe multiprofissional com atividades organizadas e dinâmicas. 5.2 INDICAÇÕES PARA INTERNAÇÃO NA UTIP Necessidade de Ventilação Mecânica Infusão de drogas vasoativas POI cirúrgico PO de cirurgia cardíaca Choque séptico Portadores de doenças cardíaca, pulmonares e renais que enfrente doença aguda ou necessite de cirurgia. Distúrbio respiratório agudo Distúrbios neurológicos: coma recente, episódios convulsivos, TCE Distúrbios Hematológicos e Desequilíbrio Acidobásico Distúrbios renais: IRA, crise hipertensiva Distúrbios metabólicos: cetoacidose diabética Distúrbios cardiovasculares: ICC, arritmia, choque cardiogênico Sepse Desnutrição grave, leucopenia, plaquetopenia e oligúria Outros: intoxicação aguda, choque anafilático, picada de animal peçonhento. 5.3 RECOMENDAÇÕES DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA Unidade 5 – Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP) 5.3.1 Área Física (por leito) 3 a 4 m², com uma distância de 1 m entre eles. Energia elétrica: 8 a 10 tomadas aterradas e ligadas ao circuito de emergência do gerador 2 pontos de ar comprimido e oxigênio 2 pontos de vácuo Temperatura umidade Acústica: 75 dc Piso: sem frestas/ material lavável/ Cor clara/ superfície lisa Teto: rebaixado / cantos arredondados/ superfície lisa Comunicação: linha telefônica/ música ambiente 5.3.2 Iluminação Luz branca, florescente Interruptores silenciosos Dimmer para controle da luz Iluminação complementar 5.4 RECURSOS HUMANOS 5.4.1 Enfermeiro Coordenador Especialização em Enfermagem Pediátrica. Elaborar o manual de normas e rotinas. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Elaborar e coordenar programas de treinamento da equipe. 5.4.2 Enfermeiro Assistencial Preconizado um enfermeiro para cada dois pacientes críticos Pediatra Fisioterapeuta Nutricionista Assistente Social Psicólogo Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica 06 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO NA UTI- PEDIÁTRICA A presença do enfermeiro (a) é indispensável na liderança dos serviços de assistência em uma UTI. O enfermeiro (a) é responsável pela unidade e deve ter alguns requisitos contemplados. 6.1 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO COORDENADOR DA UTI Pediátrica Coordenação Liderança Planejamento Organização Seleção do pessoal de enfermagem Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Elaborar o plano de assistência Supervisionar o serviço. 6.2 ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO ASSISTENTE NA UTI – PEDIÁTRICA Realizar procedimentos invasivos Supervisionar o serviço técnico da sua equipe Auxiliar e coordenar o serviço de enfermagem nas intercorrências Preparar admissão da criança na UTI Instalar equipamentos para o monitoramento da criança Orientar e planejar a assistência prestada à criança. Na admissão da criança na UTI, o enfermeiro deve ser comunicado previamente para que seja montada adequadamente a unidade, objetivando uma maior rapidez e eficiência no atendimento. 6.3 PROCEDIMENTOS BÁSICOS NA UTI- PEDIÁTRICA Preparo do leito Material de intubação Aparelho para Ventilação Mecânica Material para procedimentos de exames Material para sondagens Carrinho de emergência Administração de drogas Controle do peso Unidade 6 – Atuação do Enfermeiro na UTI Pediátrica Realização de Raios-X. Oxigenoterapia Acesso venoso Controle de SSVV Cuidados com a traqueostomia Sondagens Cateterismo vesical 6.4 CUIDADOS BÁSICOS NA CRIANÇA HOSPITALIZADA Alimentação Higiene e conforto Recreação (Brinquedoteca) Procedimentos invasivos Administração de medicamentos Mobilidade e transporte Alívio da dor Acompanhamento familiar Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal 07 O PAPEL DA ENFERMAGEM PEDIÁTRICA A enfermagem pediátrica está envolvida em todos os aspectos do crescimento e desenvolvimento da criança e da sua família. As funções da enfermagem variam de acordo com as estruturas regionais da profissão, carreira acadêmica e experiências individuais de cada profissional. O estabelecimento de uma relação terapêutica é a base essencial para promover um cuidado de enfermagem de alta qualidade. É preciso que as enfermeiras pediátricas tenham relações significantes com as crianças e suas famílias. Em uma relação terapêutica, fronteiras atentas e bem definidas separam a enfermeira da criança e da sua família. Essas fronteiras são positivas e promovem o controle da família sobre o cuidado da criança. Toda enfermeira envolvida no cuidado da criança deve realizar cuidados de saúde preventivos. Independentemente do problema identificado, o papel da enfermagem é planejar cuidados que contemplem todos os aspectos do crescimento e do desenvolvimento. Unidade 8 – Caso Clínico 08 CASO CLÍNICO Nesta seção abordaremos um caso clínico de um recém-nascido que necessitou ser internado em uma Unidade Neonatal e explicaremos os procedimentos que foram realizados com ele. 8.1 ESTUDO DE CASO 1 “Pedro Henrique nasceu de parto normal, pesando 3Kg e com 46 cm de comprimento. Chorou ao nascer e não necessitou de manobras de reanimação. Apresentou escore APGAR: 7 no 1º min. e 8 no 5º min. Informações de sua genitora: tem 23 anos, não realizou pré-natal, apresentava perda de líquido amniótico há 8 horas e febre no momento do parto. Apresentou líquido amniótico fétido.” 8.1.2 Explicação do caso Pedro Henrique pela classificação de risco do recém-nascido do Ministério da Saúde seria definido como um neonato de alto risco ao nascer, devido ao bolsa rota materna de 8 hs, presença de líquido amniótico de odor fétido e febre materna, sinais indicativos de infecção materna. O recém-nascido deverá ser encaminhado urgentemente para uma unidade de cuidados semi-intensivo neonatal ou berçário para iniciar antibioticoterapia. Essa criança deverá ser monitorizado os exames laboratoriais, sinais de sepse neonatal precoce, temperatura e glicemia. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal As infecções neonatais sempre devem ser consideradas como doenças graves e a criança deve receber os antibióticos necessários. Manejo Clínico ao Recém-Nascido Cirúrgico: Um Enfoque da Enfermagem Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 APRESENTAÇÃO A neonatologia é uma área de estudo da Pediatria que ocupa - se do cuidado das crianças desde o nascimento até 28 dias de vida. Abrangendo as atividades de prevenção, promoção, recuperação e reabilitação do neonato. As características anatômicas e funcionais do neonato fazem dele um ente completamente individualizado dentro dos limites do desenvolvimento infantil. 1.1 OBJETIVOS Atualizar os profissionais de enfermagem acerca do cuidado ao neonato cirúrgico. Explicar patologias cirúrgicas mais frequentes nos recém-nascido. Esclarecer dúvidas sobre o manejo clínico ao recém-nascido cirúrgico. 1.2 PREMISSAS A passagem da vida intrauterina para a extrauterina é um dos eventos de maior risco na vida. Os ajustes fisiológicos necessários para essa transição devem ser rápidos, completando-se quase que totalmente logo após o nascimento. Unidade 1 – Apresentação Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal"do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). O exame físico do recém - nascido (RN) deve ser feito inicialmente, em sala de parto, complementando - se na primeira hora de vida. Tem como finalidade principal detectar a presença de alguma malformação congênita, verificar se a transição respiratória intrauterina para a extrauterina processou - se de forma adequada, se houve possíveis danos ao RN causados pela gestação, pelo trabalho de parto propriamente dito ou pelo uso de analgésico e anestésico utilizados pela mãe e se há alguma infecção ou distúrbios metabólicos. O nascimento de uma criança com malformação congênita que necessita de uma intervenção cirúrgica é marcado pela dor e angústia dos pais devido à necessidade de uma separação brusca entre os pais e o filho que poderá afetar o desenvolvimento físico e psíquico do RN. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 GASTROSQUISE É uma fenda na parede abdominal desenvolvida no útero, com prolapso de órgãos – ocorre ao lado do cordão umbilical, geralmente à direita. Prolapso: intestino, fígado, estômago e baço. Etiologia exata e o tempo de ocorrência controversas. Unidade 2 – Gastrosquise Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Ocorrência de gastrosquise está relacionada à idade materna e anomalias adicionais. Geralmente a malformação é limitada ao trato gastrointestinal. Diagnóstico: USG no 2º trimestre com Idade Gestacional (IG) entre 19 e 21,5 semanas. Controvérsias no tipo de parto, porém a preferência que é seja parto cesariano. Casos de diagnósticos pré - natal – índice de Partos Cesáreas: variam de 28 a 96,6 %. Tratamento cirúrgico que deve ser corrigida tão logo possível após o parto. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 ONFALOCELE É uma malformação congênita na qual o intestino e outros órgãos saem da cavidade abdominal através do cordão umbilical. Existe sempre o envolvimento intestinal, mas outros órgãos podem estar prolapsados. Não existem fatores de risco conhecido. A Onfalocele é frequentemente vista no contexto de síndromes congênitas, com múltiplas malformações associadas: Extrofia de Bexiga; OEIS complexo (omphalocele, exstrophy, imperforate anus, spinal); Unidade 3 – Onfalocele Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Pentalogia de Cantrell’s; Trissomias; Anomalias Cardíacas são descritas em 13% e Outras cromossomopatias e hipoplasia pulmonar também são associadas com estes defeitos. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 04 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NA GASTROSQUISE E NA ONFALOCELE 4.1 PRÉ-OPERATÓRIO Preparo do leito (Berço Aquecido) Monitorização do recém-nascido Suporte ventilatório Termorregulação Acesso venoso Passagem da Sonda Orogástrica aberta Cobertura das vísceras (gastrosquise) e da membrana amniótica (onfalocele): utilizar compressa estéril, SF 0,9% (morno). Exames laboratoriais Encaminhamento para o Centro Cirúrgico. Unidade 4 – Assistência de Enfermagem na Gastrosquise e na Onfalocele Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 4.2 PÓS-OPERATÓRIO Monitorização Suporte ventilatório Termorregulação Acesso venoso Cuidados com a Ferida Operatória (FO) Cuidados com a dor do recém - nascido Hidratação / venóclise para reposição de eletrólitos Administração de Antibioticoterapia prescrita. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 05 OBSTRUÇÃO INTESTINAL A obstrução intestinal neonatal pode ser definida por ausência de eliminação de mecônio, acompanhada de distensão abdominal progressiva e vômitos, ainda que até 30% das obstruções apresentem eliminação meconial nos primeiros dias. Embora este conceito seja amplo, há que se fazer distinção entre duas grandes formas de obstrução intestinal: Causas mecânicas: representadas pelas atresias intestinais, por vícios de rotação, por estenoses e por bridas congênitas, entre outras. Causas funcionais: que são originadas de falha na propulsão do conteúdo intestinal, representadas, em sua grande maioria, pelas alterações de inervação do tubo digestivo e displasias neuronais. Unidade 5 – Obstrução Intestinal Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). A primeira evacuação ocorre dentro das primeiras 24 horas do nascimento, em 99% dos recém-nascidos de termo ou, nas primeiras 48 horas, em todos recém-nascidos de termo saudáveis. A ausência de eliminação de mecônio nas primeiras 24 horas em recém - nascidos a termo levanta a suspeita de obstrução intestinal. No entanto, em recém-nascidos prematuros, somente cerca de 37% tiveram sua primeira evacuação nas primeiras 24 horas. As principais causas de obstrução intestinal no recém - nascido são atresias intestinais, vícios de rotação intestinal, íleo meconial, doença de Hirschsprung, síndrome da rolha meconial e anomalias anorretais. 5.1 DIAGNÓSTICO 5.1.1 Pré - natal USG A associação entre história materna de polidrâmnio e obstrução intestinal em recém - nascidos é bem conhecida. Ocorre em cerca de metade dos recém - nascidos com obstrução intestinal alta, mas em menos de 20% nos neonatos com obstrução baixa. Entende - se por obstrução intestinal alta aquelas situadas até as porções iniciais da região ileal. Nessas condições, a ultrassonografia pré - natal é mais confiável na detecção de atresia duodenal do que nas obstruções distais. O achado de polihidrâmnio faz com que, ao recepcionar o recém - nascido quando do seu nascimento, nos preocupemos em observar o volume de líquido aspirado da câmara gástrica. Um volume superior a 20 ml é sugestivo de obstrução. O exame abdominal, frequentemente, revela alças intestinais distendidas, podendo ser palpáveise, mesmo, visíveis. Quanto menor o número de alças dilatadas, mais proximal a obstrução intestinal; entretanto, a interpretação deve ser cuidadosa, sempre em associação com o quadro clínico. A inspeção anal, acompanhada de toque retal, é essencial para excluir a presença de anomalia anorretal. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 5.2 ATRESIA INTESTINAL É a causa mais comum de obstrução intestinal congênita e corresponde a um terço de todas as causas de obstrução intestinal no recém - nascido. Tem prevalência de um caso para cada 2.500 nascidos vivos. Distensão abdominal global está presente em 80% dos neonatos com obstrução distal ao jejuno. Nas obstruções intestinais altas, proximais ao jejuno, a distensão é exclusivamente epigástrica. Podem - se observar movimentos peristálticos da alça proximal à obstrução. Falha na passagem de mecônio é indicativo de obstrução intestinal, mas aproximadamente 30% dos pacientes com atresia duodenal e 20% daqueles com atresia jejuno - ileal têm eliminação de pequena quantidade de mecônio, com características anormais, após o nascimento. O tratamento é cirúrgico, com reconstituição do trânsito intestinal, preferencialmente com ressecção da porção mais dilatada e anastomose término - terminal. 5.3 ROTAÇÃO INTESTINAL INCOMPLETA Os vícios de rotação intestinal têm prevalência de um caso para 500 nascidos vivos. Unidade 5 – Obstrução Intestinal Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Estima-se que 50% são sintomáticos no período neonatal, sendo a manifestação predominante o vômito bilioso. Os vômitos biliosos são uma constante e associam - se à distensão e a dor abdominal. Podem ocorrer desidratação e alteração no equilíbrio ácido - básico, de acordo com a intensidade dos vômitos. A progressão da isquemia intestinal leva à necrose, seguida de peritonite, choque hipovolêmico e sepse. O abdome torna - se distendido, com edema e hiperemia de parede, extrema sensibilidade e, às vezes, coloração violácea Periumbilical. O tratamento cirúrgico está sempre indicado na má rotação intestinal, mesmo nos casos crônicos, pois não há meios de prever quais pacientes desenvolverão e necrose. A apresentação clínica mais comum é de obstrução distal, com o toque retal revelando saída explosiva de gases e fezes. A radiografia simples de abdome evidencia distensão de alças com ausência de ar nos segmentos distais, na maioria dos casos. A cirurgia, para remoção do segmento intestinal agangliônico, é necessária. Na maioria dos neonatos, realiza-se colostomia no segmento normal para descompressão, seguida da cirurgia definitiva em três a seis meses. 5.4 DOENÇA DE HIRSCHSPRUNG (MEGACOLO) O megacoloagangliônico, megacolo congênito ou doença de Hirschsprung tem incidência global de um caso para cada 4000 nascidos vivos. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Corresponde de 20% a 25% das causas de obstrução intestinal neonatal. As crianças portadoras de aganglionose apresentam defeito na inervação entérica distal, caracterizada pela ausência de células ganglionares nas camadas submucosa e muscular e aumento das fibras neurais colinérgicas. A síndrome da rolha meconial é benigna e é causa frequente de obstrução funcional distal no recém - nascido. É forma transitória de obstrução retal causada por mecônio espesso. A incidência é estimada de um cada para 500 a 1000 neonatos. A etiologia desta afecção é incerta. Em alguns recém - nascidos, a simples estimulação retal com exame digital ou enema salino pode induzir à eliminação da rolha. No entanto, estes neonatos devem ser acompanhados periodicamente, pois, ao retorno dos sintomas, é necessária investigação adicional, por suspeita de serem portadores da doença de Hirschsprung. Unidade 6 – Assistência de Enfermagem ao Recém-Nascido com Obstrução Intestinal Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 06 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO RECÉM - NASCIDO COM OBSTRUÇÃO INTESTINAL 6.1 PRÉ-OPERATÓRIO Preparo do leito (Berço Aquecido) Monitorização do recém-nascido Suporte ventilatório Termorregulação Acesso venoso Passagem da Sonda Orogástrica aberta Cobertura das vísceras (gastrosquise) e da membrana amniótica (onfalocele): utilizar compressa estéril, SF 0,9% (morno) Exames laboratoriais Encaminhamento para o Centro Cirúrgico. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 6.2 PÓS–OPERATÓRIO Monitorização Suporte ventilatório Termorregulação Acesso venoso Cuidados com a Ferida Operatória (FO) Cuidados com a ostomia e a região periostomia Cuidados com a dor do recém - nascido Hidratação / venóclise para reposição de eletrólitos Administração de Antibioticoterapia prescrita. Unidade 7 – Traqueomalácia Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 07 TRAQUEOMALÁCIA Consiste na flacidez da via aérea acompanhada de debilidade dos anéis traqueais e abaulamento da parede posterior da traqueia. Ocorre o colapso da traqueia durante expiração. 7.1 SINTOMAS Ocorre nas primeiras semanas de vida Depende da extensão da obstrução Estridor Infecções respiratórias recorrentes Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Apnéia após ingesta alimentar 75% das crianças apresentam 1 a 3 meses após extubação desenvolvem traqueomalácia. Os sintomas são insidiosos e diagnóstico ocorre quando a luz traqueal está reduzida. 7.2 CLASSIFICAÇÃO Tipo I ou congênita Associada à atresia de esôfago Tipo II ou secundária Compressão extrínseca da lúmen por malformações vasculares e tumor Tipo III ou adquirida VM por tempo prolongado, traqueostomia e cirurgia traqueal 7.3 TRATAMENTO Formas leves e moderadas (obstrução lúmen<70%) – tratamento da patologia de base (infecção) e exercícios respiratórios (Fonoaudiólogo). Formas graves (obstrução>90%)- cirurgia (traqueostomia, aortopexia - terço distal da traqueia, ressecção segmento malácico e aplicação “stents”). Unidade 8 – Enterocolite Necrotizante Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" doEAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 08 ENTEROCOLITE NECROTIZANTE A Síndrome de etiologia desconhecida, caracterizada por necrose intestinal aguda, que acomete entre 0,03 a 0,3% de todos os recém - nascidos e 2 a 5% dos recém - nascidos tratados em UTI – Neonatal. É uma doença de causa desconhecida, multifatorial e relacionada à imaturidade intestinal, fenômeno inflamatório (infecciosos), hipóxia / isquemia do intestino, flora e conteúdo presente na luz intestinal. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 8.1 SINTOMAS Intolerância alimentar Distensão abdominal Vômito (bilioso) Eritema e hiperemia da parede abdominal Piora do quadro respiratório Apnéia com ou sem bradicardia Alteração da cor e palidez Piora da perfusão, choque e hipotensão Oligúria e acidose persistente. Diagnóstico: A suspeita de enterocolite é descartada ou reforçada pela evolução da doença, com aparecimento de sinais abdominais. Do ponto de vista laboratorial, o quadro se assemelha ao da sepse com acidose significativa, hiperglicemia, leucocitose, leucopenia e plaquetopenia. Um dos sinais mais úteis no diagnóstico é a presença de sangue oculto nas fezes. Ao Raios -X, as imagens de pneumatose, ar na subserosa do intestino, fortalecem o diagnóstico. Pode ser realizado o ultrassom abdominal e a paracentese abdominal. Tratamento: Nos casos apenas com estas com estase e distensão abdominal, em que a criança persiste com bom estado geral, estável hemodinamicamente e sem sangue nas fezes, a dieta é suspensa, a sonda de aspiração é mantida aberta e em aspiração intermitente ou contínua com baixa pressão. Deve ser introduzido antibioticoterapia de acordo com o protocolo do hospital ou assim que o resultado da cultura forem disponibilizados. O tratamento cirúrgico está indicado nos casos com peritonite apontada por pneumoperitônio, paracentese positiva ou gás no sistema porta. A cirurgia pode ser indicada pela presença de um conjunto de outras evidências de necrose intestinal e/ ou peritonite, como eritema evidente na parede abdominal, massa abdominal fixa à palpação ou distensão das alças abdominais. Nos pacientes menores de 1000g e com indicação de cirurgia, mas muito graves ou instáveis, pode-se optar por drenar a cavidade abdominal sob anestesia local e adiar a cirurgia para quando o paciente estabilizar um pouco. Unidade 8 – Enterocolite Necrotizante Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Complicações: estenose após enterocolite (intolerância à dieta, distensão abdominal e vômito), fístula, dificuldade de ganhar peso, síndrome do intestino curto, diarreia recorrente da enterocolite e colestase. A insuficiência renal pode ocorrer na fase aguda. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 09 SEQUÊNCIA DE PIERRE ROBIN Sequência de Pierre Robin (SR) é uma malformação congênita caracterizada por: Micrognatia Glossoptose Fissura de palato 9.1 PODE ESTAR AUSENTE EM ALGUNS Histórico da malformação: Pierre Robin, em 1934, descreveu a tendência da queda da língua causando obstrução das vias aéreas, assim como a presença da fissura. Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 1976: A malformação foi identificada não como uma síndrome específica, mas sim como um complexo sintomático, não - específico. Isoladamente. Associado a uma síndrome conhecida ou em associação a outros defeitos do desenvolvimento. Sequência de Robin: patogênese sequencial Sequência de Robin isolada (SRI) 9.2 ETIOLOGIA Teorias sobre posições intrauterinas anômalas Não colocam a hereditariedade como fator relevante. Estudos sugeriram a hereditariedade Alguns sugerem a fissura de palato como evento primário na etiopatogênese da SRI, e não a micrognatia A síndrome genética que mais se apresenta com a SR é a síndrome de Stickler (artro - oftalmopatia hereditária) A incidência da SR varia na literatura entre 1:2000 e 1:30.000 Estudo mais controlado realizado na Inglaterra sugere 1:8. 500 nascidos vivos 90% apresentaram fissura de palato Em 70% são amplas e completas, em forma de U Em 30% são estreitas, completas ou incompletas, em forma de V 9.3 HETEROGENEIDADE DAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS Obstrução das vias aéreas Dificuldades alimentares São mais frequentes e mais graves no período neonatal Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 9.4 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO, POIS NÃO EXISTE, NA LITERATURA, UM CONSENSO SOBRE O TRATAMENTO Domínio das áreas de otorrinolaringologia e cirurgia craniofacial Técnicas cirúrgicas para aliviar a obstrução respiratória Poucos estudos foram desenvolvidos para resolver as dificuldades alimentares 9.5 DIFICULDADES ALIMENTARES Pouco volume de leite ingerido Alimentação por via oral demorada 9.6 GERALMENTE MAIOR QUE 30 MINUTOS Fadiga, tosse, engasgos, vômitos e regurgitações durante e após as mamadas Desnutrição protéico - calórica Uso prolongado de sondas alimentadoras e suas graves consequências 9.7 TRATAMENTO DA DIFICULDADE RESPIRATÓRIA A obstrução respiratória é fator comum a todos A gravidade do DR é tanto maior quanto menor a criança, e esta, quanto menor, mais susceptível a agravos respiratórios e nutricionais Unidade 9 – Sequência de Pierre Robin Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). A prioridade deve ser manter VAS pérveis Hipóxia crônica com retenção de CO2 e o aumento da resistência vascular pulmonar podem levar à cor pulmonal. Crises recorrentes de cianose levam à hipóxia cerebral 9.8 VÁRIAS MODALIDADES DE TRATAMENTO AINDA SEM UM CONSENSO. TRATAMENTO POSTURAL Posição prona: leve dificuldade. Melhora habilidade de coordenar movimentos da língua e mandíbula; extensão cervical. 9.9 INTUBAÇÃO NASOFARÍNGEA Cânula de silicone (leitosa), com diâmetro de 3 a 3,5 mm, introduzida de 7 a 8 cm pela narina até a faringe e cortada 1 cm para fora da narina. 9.10 TRATAMENTO DA DIFICULDADE ALIMENTAR Dificuldade respiratória leva à dificuldade na coordenação entre sucção, deglutição e respiração. Glossoptose dificulta a anteriorização da língua, necessária para a adequada sucção. Fissura de palato proporciona déficit na pressão intra - oral negativa Sucção ineficientee refluxo nasal de alimentos, favorecendo a bronco - aspiração. Impedem a alimentação oral sondas Aumenta o risco de desenvolvimento de RGE patológico. Já apresentam predisposição a esta patologia, devido ao aumento da pressão negativa intratorácica resultante do esforço respiratório. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Retira - se a SNG quando o lactente aceita, por VO volumes correspondentes a 70% do preconizado para a idade, ingeridos em tempo menor do que 30 minutos, sem intercorrências. Unidade 10 – Massas Abdominais Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 10 MASSAS ABDOMINAIS Massas Renais: Na maioria das séries clínicas, a maior parte das massas abdominais em neonatos é de origem renal. Podem ser uni ou bilaterais, sólidas ou císticas. Após o exame, que físico, a avaliação inicia com uma ecografia que é simples e segura, devendo definir a natureza sólida ou cística da massa, determinar a presença ou ausência de rins normais fornecer informações sobre a presença de outras anormalidades abdominais. Massas Ovarianas: O cisto ovariano simples tem sido a massa abdominal mais frequentemente palpada no recém-nascido do sexo feminino. Apresenta-se como uma massa relativamente móvel, de bordas regulares, palpável no abdome. Não está associado a câncer, e a sua excisão cirúrgica com a preservação do tecido ovariano saudável é curativa. Massas Hepáticas: O fígado pode estar aumentado, geralmente em proporção grotesca, por causa de uma variedade de problemas. Quando o exame físico, ecografia e exames radiológicos sugerirem origem hepática, deve-se realizar uma Tomografia. Esse exame pode definir o diagnóstico e auxiliar nos planos terapêuticos. As lesões podem ser: Cistos hepáticos, tumores sólidos, benignos; tumores vasculares e tumores malignos (Hepatoblastomas). Massas Gastrintestinais: Massas abdominais palpáveis que se originam no Trato Gastrointestinal (TGI) são raras e tendem a ser císticas, com bordas regulares e móveis (dependendo do tamanho). As causas incluem duplicações intestinais e cistos mesentéricos. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 11 DIVERSAS CONDIÇÕES CIRÚRGICAS Hipóspadia: é uma anormalidade do desenvolvimento, na qual a abertura externa da uretra está localizada na porção inferior do pênis ou do períneo, em vez de estar no final da extensão perineal. Tratamento é a correção cirúrgica. Hérnia Inguinal: A abertura do canal patente no anel inguinal é grande o suficiente para permitir a passagem de uma alça intestinal da cavidade abdominal, quando há aumento de pressão intra-abdominal. Tratamento é a correção cirúrgica. Hidrocele: O canal patente é muito estreito para permitir a passagem de alças, porém o líquido peritoneal percorre o canal estreito e se acumula no escroto. A hidrocele frequentemente se resolve sem tratamento específico, porém a sua persistência é indicado correção cirúrgica. Unidade 12 – Cuidados com a Família do RN Grave Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 12 CUIDADOS COM A FAMÍLIA DO RN GRAVE O cuidado centrado na família na UTI neonatal tem sido desenvolvido na maioria das instituições que oferecem cuidados aos recém-nascidos enfermos e pré-termo. Os pais não devem ser considerados visitas, mas sim parceiros da equipe de cuidadores. Algumas estratégias podem contribuir para a interação dos pais, dentre elas destacamos: Apresentar a criança para os pais, ainda na sala de parto, mesmo dentro da incubadora de transporte, sempre que possível; Orientar os pais antes da primeira visita à UTI neonatal em relação ao estado de saúde do recém-nascido e cuidados necessários, equipamentos ao redor, medidas para prevenir infecção; Orientar e incentivar a participação dos pais nos procedimentos; Encorajar o contato físico com o recém-nascido; Incentivar a ordenha de leite precoce; Manter os pais informados sobre o estado clínico de recém-nascido. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 13 MANUTENÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL DO RECÉM-NASCIDO CIRÚRGICO Na abordagem ao recém-nascido cirúrgico um dos fatores mais importantes é o controle da temperatura corporal devido as peculiaridades dessa fase da vida e dos procedimentos que o neonato será submetido. A regulação térmica é um fator essencial à sobrevivência e estabilidade do recém- nascido (RN), sendo a produção de calor consequência da atividade metabólica que leva à homeostase do organismo. Unidade 13 – Manutenção da Temperatura Corporal do Recém-Nascido Cirúrgico Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Como no recém-nascido a atividade muscular voluntária é limitada e a involuntária é inadequada, ele depende da gordura marrom para realizar a termogênese ou produção de calor. A gordura marrom ou tecido adiposo recebe este nome devido à maior quantidade de mitocôndrias, as quais contêm ferro e fornecem a coloração marrom ao tecido. Nos recém-natos, este tipo de gordura é mais abundante e corresponde entre 2 a 6% do seu peso corporal total, isto é evolutivamente vantajoso, já que neste período da vida o ser humano está mais vulnerável por não dispor de muitos recursos próprios para evitar a perda de calor. O calor produzido neste tecido é distribuído para outras regiões do corpo através do sangue que recebe calor conforme flui através das camadas de gordura marrom. Os depósitos superficiais deste tecido estão localizados sobre as escápulas, ao redor do pescoço, nas axilas e atrás do esterno. As camadas mais profundas circulam os rins, a traqueia, o esôfago e as glândulas suprarrenais. No recém-nascido, o controle térmico ideal é aquele em que a temperatura corporal é mantida estável, possibilitando seu ganho de peso. Quando a temperatura ambiente está muito baixa, o neonato que nasceu termo dispõe de três mecanismos para manter a temperatura: Posição fetal flexionada – reduzindo então a superfície de contato exposta ao ambiente; Vasoconstricção Periférica – vasoconstricção dos vasos periféricos; Termogênese sem tremores e calafrios – através do consumo da gordura marrom. No caso de falha de tais mecanismos, o recém-nascido passa a apresentar hipotermia. A hipotermia agrava ou favorece o desequilíbrio ácido-básico, o desconforto respiratório, a enterocolite necrosante, a hemorragia intra-periventricular em prematuros. De acordo com a OMS, a faixa de normalidade da temperatura do recém-nascidoé entre 36,5ºC e 37ºC. A OMS classifica a gravidade da hipotermia da seguinte forma: - Potencial estresse do frio (hipotermia leve): RN com temperatura entre 36,0ºC e 37,4ºC. Hipotermia Moderada: RN com temperatura entre 32,0ºC e 35,9ºC. Hipotermia grave: RN com temperatura menor que 32º C. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online “Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal” do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 14 CASO CLÍNICO 14.1 ESTUDO DE CASO 1: Mariana está grávida do seu segundo filho e na realização da 2º Ultrassonografia com 28 semanas de gestação foi evidenciado aumento do perímetro cefálico da criança e dilatação dos ventrículos cerebrais, sugestivo de hidrocefalia. Ela informa que tem 26 anos e que sua 1ª gestação foi há três anos e que seu filho não teve nenhuma complicação. 14.2 EXPLICAÇÃO DO CASO: Mariana será encaminhada para realização de acompanhamento de gestação de alto risco e orientada a parir num hospital referência para neurocirurgia no SUS. Calcula-se que entre 2 a 5¢ dos recém-nascidos apresentem alguma malformação congênita. As malformações congênitas alteram de forma significativa a saúde, o crescimento e o desenvolvimento físico e psicossocial da criança além de interferir nas relações familiares. Algumas malformações congênitas, como as relacionadas com o tubo neural tais como: hidrocefalia, meningolece e espinha bífida. Nessas situações o neonato necessitará de intervenção cirúrgica após o nascimento e cuidados em Unidade de Terapia Intensiva neonatal. Unidade 14 – Caso Clínico Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 66 Cuidado na Terapia Intensiva Neonatal Unidade 1 – Apresentação Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 01 APRESENTAÇÃO Estudos apontam que os profissionais de saúde e de educação, entre outros, têm tornado suas práticas bastante mecanizadas, impessoais, pouco criativas e, por vezes, desumanas, apesar dos esforços contrários. Portanto, é preciso resgatar o sentido da existência humana e nessa dimensão, insere-se o cuidado. O ato de cuidar é inerente ao exercício da profissão de enfermagem, por isso, é necessário enfatizar o cuidado humanizado que valoriza o toque, o ouvir / escutar, o acolher e através dessas ações prestarem uma assistência de qualidade ao paciente. No contexto, da assistência ao recém-nascido, faz-se necessário o cuidado contínuo de forma humanizada, levando em conta a peculiaridade de cada neonato. 1.2 OBJETIVOS Atualizar o profissional de enfermagem acerca do cuidar/ cuidado em terapia intensiva neonatal. Refletir sobre as Políticas de Humanização no Brasil. Esclarecer os planos de cuidado mais utilizados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 1.3 PREMISSAS O cuidado humano é uma característica de todos nós, seres humanos, o que difere do cuidado profissional de enfermagem e do cuidado leigo. Cuidado humano consiste em uma forma de ser, de viver, de se expressar. A humanização necessita do aporte indiscutível da ciência e da tecnologia, pressupõe investimentos financeiros, mas, acima de tudo, precisa contar com uma persistente proposta de sensibilidade das pessoas. A passagem da vida intrauterina para a extrauterina é um dos eventos de maior risco na vida. Os ajustes fisiológicos necessários para essa transição devem ser rápidos, completando-se quase que totalmente logo após o nascimento. A criança necessita de um ambiente voltado para assistência das suas necessidades básicas, e qualquer falha no atendimento às mesmas pode ocasionar sequelas irreversíveis. Neste contexto, o cuidar firma-se como um valioso instrumento capaz de melhorar o prognóstico dos neonatos. Na arte de cuidar do recém-nascido, faz-se necessário a criação do vínculo. Unidade 1 – Apresentação Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 02 CONCEITOS DE CUIDAR/ CUIDADO O ato de cuidar significa dedicar tempo, atenção, zelo, conforto, respeito, competência e ética, que se processa por meio de uma relação de horizontalidade e igualdade, em que o sujeito do cuidado e o sujeito cuidador são coparticipes dessa construção. O termo cuidado em inglês significa preocupação, consideração, interesse, afeição, importar-se, proteger, gostar, já em português significa atenção, cautela, zelo, responsabilidade, preocupação. O verbo cuidar especificamente assume a conotação de imaginar, pensar, meditar, causar inquietação, empregar atenção. Ressalta-se que o cuidar é uma atitude, que abrange mais que um momento de atenção, zelo e desvelo, ele representa uma atitude de preocupação, responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. Compreende-se que o cuidar representa um conjunto de atividades que visa manter, sustentar e dar continuidade à vida. Unidade 3 – Tipos de Cuidado Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). 03 TIPOS DE CUIDADO Cuidado Religioso: a relação cristã de cuidado não desapareceu completamente nos dias atuais, mas perdeu seu caráter de sistema vivo, dominante. Este cuidado é marcado pela solidariedade e a singularidade. Cuidados Técnicos: a proliferação das ciências e das técnicas forma um novo horizonte feito de lógicas, onde predominam o modo de fazer, a eficácia, a experiência, as distribuições das correlações estatísticas. Cuidado Singular: O olhar científico difere do olhar afetuoso e maternal. Os dois veem o paciente como um ser singular, mas não se trata da mesma singularidade. Quer seja pela ótica da genética e da doença, não existem dois pacientes idênticos. “Eu penso”, não é igual a “ele pensa”, mesmo se nós pensarmos a mesma coisa. Dessa perspectiva, dois seres parecidos em todos os pontos de vista, dois clones, são singulares, da mesma forma que um presidente e um mendigo. Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal Este material é parte integrante do curso online "Atualização em Enfermagem Pediátrica Neonatal" do EAD (www.enfermagemadistancia.com.br) conforme a lei nº 9.610/98. É proibida a reprodução total e parcial ou divulgação comercial deste material sem autorização prévia expressa do autor (Artigo 29). Cuidado através do saber do outro: assim
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