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APOSTILA - Praticas de gestão II - 01

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ADMINISTRAÇÃO
Reitor
Arody Cordeiro Herdy
Pró-Reitor de Administração Acadêmica
Carlos de Oliveira Varella
Pró-Reitor de Pesquisa e Pós-graduação
Emilio Antonio Francischetti
Pró-Reitora Comunitária e de Extensão
Sônia Regina Mendes
Pró-Reitor Administrativo
José Luiz Rosa Lordello
NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
Coordenadora Geral 
Lúcia Inês Kronemberger Andrade
Coordenadora Pedagógica 
Vanessa Olmo Pombo
FICHA TÉCNICA
Autoria: Andressa Maria Freire da Rocha Arana
Revisão: Rayane de Souza Moreth
Projeto Gráfico e Editoração: Luiz Felipe da Silva Ferreira
Supervisão de Materiais Midiáticos: Natália Xavier Pereira da Costa
Ilustração: WebAula
COORDENAÇÃO GERAL
Núcleo de Educação a Distância – www.unigranrio.com.br
Rua Prof. José de Souza Herdy, 1.160 - 25 de Agosto - Duque de Caxias - Rio de Janeiro (RJ)
Prática de Gestão I
3Comportamento Organizacional - parte 1
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Prática em Gestão II
Comportamento Organizacional - parte 1 ................................................................... 04
Comportamento Organizacional - parte 2 ................................................................... 13
As Diferenças Individuais ............................................................................................. 19
Diversidade nas Organizações .................................................................................... 25
Satisfação e Estresse no Trabalho .............................................................................. 30
Liderança Organizacional ............................................................................................. 38
Liderança de Grupos e Organizações ......................................................................... 47
Motivação no Trabalho .................................................................................................. 52
Cultura Organizacional ................................................................................................. 58
Clima Organizacional .................................................................................................... 65
Aprendizagem Organizacional ..................................................................................... 70
Gestão da Inovação em Empresas .............................................................................. 76
Gestão da Governança Organizacional ...................................................................... 82
Gestão por Processos e a Tomada de Decisão .......................................................... 87
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O estudo do comportamento organizacional é fundamental para compreendermos o funcionamento das 
organizações e para que o gestor possa elaborar as melhores estratégias visando o sucesso da empresa. 
Nesta unidade de aprendizagem apresentamos o objeto de estudo da área de comportamento organizacional, 
as disciplinas que ajudam na análise do comportamento individual e coletivo, as principais teorias e as suas 
dimensões: o comportamento organizacional micro, meso e macro. 
Ao estudar esta unidade de aprendizagem, você poderá:
 ● Compreender a relação entre o indivíduo e as organizações do ponto de vista comportamental;
 ● Compreender a importância do comportamento organizacional como ferramenta fundamental 
para o gestor.
No decorrer deste material você conhecerá diferentes temas. Confira abaixo:
 ● Conceitos básicos em comportamento organizacional;
 ● O indivíduo e as organizações.
Introdução
Objetivo
Tópicos Abordados
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Conceitos básicos em comportamento organizacional
A importância dos estudos na área de comportamento organizacional e os conceitos básicos:
A partir dos estudos desenvolvidos pela Escola das Relações Humanas, iniciados 
especialmente por Elton Mayo, nos anos 1940, o Comportamento Organizacional 
tornou-se uma área fundamental para as organizações.
O estudo do comportamento das pessoas consiste em tentar compreender suas 
ações e as atitudes dentro das organizações de forma sistemática, ou seja, 
usando “evidências científicas obtidas sob condições controladas, medidas e 
interpretadas de maneira razoavelmente rigorosa para a atribuição de causa e 
efeito” (Robbins, 2009, p. 2).
Em comportamento organizacional é imprescindível o uso de algumas áreas de conhecimento. 
Psicologia e Psicologia Social
O profissional da área de Psicologia centraliza seus estudos na análise do comportamento individual, 
pesquisando constantemente e utilizando as teorias de aprendizagem e personalidade. Dentro das 
organizações, geralmente atuam no tentativa de compreender os fatores que levam o trabalhador a ter 
determinadas atitudes como a fadiga, ausência de motivação, estresse, entre outras. Os trabalhos realizados 
pelos psicólogos são muito utilizados para ajudar no controle das emoções, avaliação de desempenho do 
funcionário, técnicas de seleção e dinâmicas de grupo, planejamento do trabalho e processos de tomadas de 
decisões. Já em Psicologia Social, o foco de análise está na influência de um indivíduo sobre o outro, o que 
é fundamental para as estratégias de tomada de decisão em grupo. 
Sociologia
A Sociologia, ao contemplar o estudo da sociedade e os papéis sociais exercidos por cada indivíduo, contribui para 
a área de comportamento organizacional ao analisar os grupos sociais e suas atitudes dentro das organizações 
formais e complexas. Os principais temas da sociologia utilizados em comportamento organizacional são: cultura 
organizacional, estudo de grupos formais e informais, burocracia, hierarquia e poder, status e conflito de papéis.
Antrolopologia
Em Antropologia, a fonte de análise está na compreensão dos seres humanos em suas dimensões histórica, física, 
geográfica, relacionamento interpessoal e cultural. O antropólogo que se dedica ao estudo das organizações 
geralmente desenvolve pesquisas para observar os valores culturais entre os países e regiões, apresentando o 
aspecto da diversidade cultural.
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Ciência política
Os estudos da área de Ciência Política são interessantes especialmente para a análise do comportamento do 
indivíduo ou grupo diante das seguintes dimensões: poder, hierarquia, política e mudança social, interesses 
individuais e coletivos, entre outros. 
O comportamento organizacional tem como objetivos desenvolver resoluções capazes de ajudar os gestores 
na explicação dos fenômenos, previsão de eventos futuros para que o gestor possa vislumbrar os possíveis 
resultados de uma ação específica e controle do comportamento humano. 
O comportamento organizacional divide-se em três níveis: comportamento micro, meso e macro organizacional. 
Vejamos os principais fundamentos de cada um desses níveis!
O indivíduo e as organizações
A Psicologia é a disciplina que mais contribui para a compreensão do comportamento individual. Nas 
organizações, uma das principais questões que chamam a atenção dos gestores é como lidar com o 
comportamento de seus colaboradores. Do ponto de vista da psicologia, o comportamento organizacional 
utiliza os conceitos de valores, atitudes, percepção, aprendizagem, personalidade e emoções. O estudo 
da motivação também é fundamental para a área de comportamento organizacional.
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Valores
Os valores de uma pessoa são formados a partir de suas convicções, ou seja, aquilo 
que julga “ser correto, bom ou desejável”. (Robbins, 2009, p. 17). Os valores podem 
ser classificados em terminais (os anseios que o indivíduo tem na vida e as metas que 
deseja alcançar) e instrumentais (comportamento e meios assumidos pelo indivíduo 
com o intuito de alcançar as metas que estão postas nos valores terminais), de acordo 
com o estudode Rokeach (1981). 
Por este motivo, a questão da diversidade cultural aparece como um elemento 
importante para explicar o comportamento de colaboradores provenientes de diferentes 
países. Mas, para isso, foi preciso criar um referencial com o intuito de avaliar diferentes 
culturas, para que os gestores pudessem ter parâmetros para compreender os valores 
e criar estratégias para a resolução de possíveis conflitos dentro da organização. Este 
referencial foi desenvolvido por Geert Hofstede, no final dos anos 1970, afirmando que 
os valores profissionais de executivos e trabalhadores variam em cinco dimensões de 
valor de acordo com a cultura do país. São eles: distanciamento do poder, individualismo 
versus coletivismo, quantidade na vida versus qualidade de vida, fuga de incertezas e 
orientação para longo prazo versus orientação para curto prazo. 
O modelo criado por Hofstede, chamado de modelo Globe para o estudo da 
cultura, está em constante atualização de acordo com as culturas de cada país. As 
dimensões atualizadas e analisadas são as seguintes: assertividade, orientação 
para o futuro, diferenças entre os sexos, fuga de incertezas, distanciamento 
do poder, individualismo-coletivismo, coletivismo de grupo, orientação para o 
desempenho e orientação humanística.
Embora estes estudos sejam originários de pesquisas na sociedade norte americana, é 
utilizado em diversas partes do mundo, uma vez que o comportamento organizacional 
tornou-se uma disciplina de grande importância do ponto de vista global.
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Atitudes
As atitudes são determinadas a partir dos sentimentos do indivíduo em relação a alguma coisa. Por exemplo, 
a satisfação ou não no trabalho reflete os sentimentos do indivíduo em relação às suas atividades no âmbito do 
trabalho. Assim, as atitudes positivas ou negativas que o colaborador tende a tomar dentro da organização são 
observadas a partir dos seus sentimentos relacionados ao seu trabalho. Este conceito é importante para que o 
gestor possa medir os níveis de satisfação ou insatisfação no trabalho e, assim, elaborar as melhores estratégias 
para melhorar os índices de produtividade na empresa. Um elemento importante em relação às atitudes é a busca 
de consistência entre as atitudes tomadas pelos indivíduos, ou entre suas atitudes e o seu comportamento diante 
de determinada situação. Quando tal consistência não ocorre, dá-se o nome de dissonância cognitiva. 
Percepção
A percepção, de acordo com Robbins (2009, 
p. 28), “ é o processo pelo qual os indivíduos 
organizam e interpretam suas impressões 
sensoriais com a finalidade de dar sentido ao 
seu ambiente”. A percepção é influenciada por 
vários fatores (que podem moldar ou distorcer 
a percepção) e que pode estar ligada em quem 
observa, no objeto ou alvo da percepção, ou 
contexto sob o qual a situação está posta. 
A teoria mais utilizada para dar embasamento nos estudos sobre percepção é a Teoria da Atribuição, que 
consiste em tentar explicar a forma que julgamos as pessoas a partir de seu comportamento de acordo com os 
seguintes fatores:
diferenciação (causas internas – que estão sob o controle do indivíduo - e externas – a partir de estímulos 
exteriores ao indivíduo), consenso (comportamento semelhante dos indivíduos diante de determinada situação) 
e coerência (julgamento das ações do indivíduo dentro de um contexto situacional). Entretanto, a Teoria da 
Atribuição apresenta um erro fundamental:
“há substancial evidência de que, quando julgamos o comportamento alheio, tendemos a subestimar a influência 
dos fatores externos e superestimar a influência dos fatores internos ou pessoais”. (Robbins, 2009, p. 29). 
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O ato de julgamento das pessoas faz parte da nossa 
percepção sobre o comportamento dos outros. Mas, como 
existe a impossibilidade de observarmos tudo que ocorre 
ao redor, em geral adotamos uma percepção seletiva 
(leitura fragmentada do outro), similaridade assumida 
(percepção do outro de acordo com as características de 
quem observa), estereotipagem (julgamento do outro com 
base na nossa percepção do grupo do qual o indivíduo faz 
parte) ou o chamado efeito de hialo (julgamento com base 
em apenas uma característica do indivíduo).
Vamos conhecer agora o conceito aprendizagem. 
APRENDIZAGEM
O conceito de aprendizagem diz respeito ao fato de que as mudanças comportamentais ocorrem como 
resultado de uma série de experiências vividas e apreendidas pelo indivíduo. A aprendizagem se dá por meio da 
formação (etapas graduais) e da modelagem (construção do nosso comportamento a partir da observação do 
comportamento dos outros).
O estudo da personalidade e das emoções tornaram-se fundamentais para tentarmos explicar e termos uma 
previsão acerca do comportamento da força de trabalho. A personalidade diz respeito ao conjunto de traços que 
utilizamos para descrever uma pessoa. Neste sentido, foram criados alguns modelos de tipologia de personalidade 
para que os indivíduos possam ser classificados. Temos dois modelos: 
a) o indicador de tipos Myers-Briggs: a partir de uma série de perguntas, o indivíduo pode ser classificado como 
extrovertido ou introvertido, racional ou emocional, julgador ou perceptivo.
b) modelo Big Five: a personalidade do indivíduo pode situar-se de acordo com cinco dimensões (extroversão, 
amabilidade, consciência, estabilidade emocional e receptividade a novas experiências). 
Além dessas dimensões da personalidade, podemos citar mais seis atributos que são fundamentais para explicar 
e prever o comportamento dentro das organizações: o centro de controle, o maquiavelismo, a auto-estima, o 
automonitoramento, a propensão para correr riscos e personalidade Tipo A. (Robbins, 2009).
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A motivação é um tema muito importante na área de comportamento 
organizacional, especialmente para compreender e medir o desempenho do 
colaborador dentro da organização. Os estudos teóricos sobre motivação estão 
divididos em Teorias Antigas sobre Motivação (Hierarquia das necessidades de 
Maslow, Teorias X e Y e a Teoria dos dois fatores) e Teorias Contemporâneas 
sobre motivação (Teoria das Necessidades de McClelland, Teoria da Fixação 
de Objetivos, Teoria do Reforço, Teoria do Planejamento do Trabalho, Teoria da 
Equidade e Teoria da Expectativa).
Acesse o link e saiba mais sobre motivação: http://www.efdeportes.com/efd89/motivac.htm
Saiba Mais
As emoções são sentimentos internos 
destinados a alguém ou alguma coisa, e 
podem ser classificadas em emoções sentidas 
(internamente) e emoções demonstradas 
(esperadas pelas organizações). De acordo com 
inúmeras pesquisas, foi definido um conjunto 
básico de seis emoções: raiva, medo, tristeza, 
felicidade, desagrado e surpresa. Estas emoções 
fazem parte da vida das pessoas e se manifestam, 
logicamente, dentro das organizações. 
O estudo das emoções é usado pelos gestores para avaliar a capacidade e a seleção dos membros da 
organização, na tomada de decisões, nas estratégias de motivação, no exercício da liderança, na necessidade 
de resolução dos conflitos interpessoais, na compreensão dos desvios de comportamento no local de trabalho.
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Entre no nosso Fórum semanal e responda:
1- Quais são os fundamentos do comportamento individual?
Observe as respostas de seus colegas de turma e comente-as. 
Contamos com a sua participação!
Avaliação a Distância
Para saber mais sobre o tema desta aula, leia o artigo indicado:
http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2011/03/mau-comportamento-causa-mais-demissao-do-que-os-
erros-cometidos.htm 
Agora, vamos refletir!!!
De que forma você avaliaria o seu comportamento dentro da organizaçãoda qual faz parte?
Na condição de gestor de uma empresa, você precisa lidar com 2 ou 3 colaboradores com problemas 
comportamentais, mas que, ao mesmo tempo, fossem excelentes na execução de suas tarefas. O que 
você faria? 
 Exponha suas reflexões no Fórum!
Atividade Obrigatória

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