Buscar

APOSTILA - Praticas de gestão II - 05

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prática de Gestão II
30Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
Nesta unidade estudaremos a satisfação e o estresse no ambiente de trabalho. Você conhecerá os conceitos 
principais sobre os temas, como também, a sua influência no ambiente de trabalho.
Tenha uma ótima aula! 
Ao estudar esta unidade de aprendizagem, você poderá:
 ● Analisar a influência da Satisfação e do Estresse no ambiente de trabalho.
No decorrer deste material você conhecerá diferentes temas. Confira abaixo:
 ● Satisfação e Estresse no Trabalho.
Introdução
Objetivo
Tópicos Abordados
Prática de Gestão II
31Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
Satisfação e Estresse no Local de Trabalho
A satisfação ou a insatisfação no trabalho reflete a 
medida da gratificação e da plenitude de alguém no 
trabalho. Pesquisas sobre a satisfação no trabalho 
indicam fatores pessoais, necessidades e aspirações 
como determinam essa atitude, junto com os fatores 
organizacional e de grupo, como o relacionamento 
com colegas e supervisores, condições de trabalho, 
políticas de trabalho e remuneração.
Segundo Locke (apud WAGNER E HOLLENBECK, 2003, p. 121), a satisfação no trabalho é 
“um sentimento agradável que resulta da percepção de que nosso trabalho realiza ou permite a 
realização de valores importantes relativos ao próprio trabalho”. Três componentes chaves são 
importantes na definição de satisfação no ambiente de trabalho: valores, importância e percepção.
O primeiro componente está ligado ao próprio conceito de satisfação, sendo que 
o mesmo é uma função de valores. Locke (ibid.),definiu os valores em termos 
daquilo “que uma pessoa deseja obter consciente ou inconscientemente”. Ainda 
distinguiu os valores e as necessidades, sugerindo que as necessidades são 
mais bem concebidas como “exigências objetivas” do corpo, que são essenciais 
à manutenção da vida, como as necessidades de oxigênio e água, já os valores, 
seriam “exigências subjetivas”, existentes na mente da pessoa.
O segundo componente da satisfação no trabalho é a importância. As pessoas 
não diferem apenas nos valores que defendem, mas na importância que atribuem 
a esses valores Essas diferenças são cruciais na determinação de seu grau de 
satisfação no trabalho. Uma pessoa pode valorizar mais a segurança no trabalho 
do que todo o resto; outra pode preferir um trabalho que permita viajar bastante; 
outra ainda pode estar mais interessada num trabalho social do que formal, ou 
seja, as pessoas diferem o tempo todo em seu modo de pensar e agir, e os 
valores vão variando de acordo com o grau de importância dado a eles.
Importante
Prática de Gestão II
32Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
O último componente é a percepção, a satisfação está baseada em nossa 
percepção da situação atual em relação aos nossos valores. As percepções, no 
entanto, podem não refletir com precisão total a realidade objetiva. Quando não 
a refletem, é preciso atentar para a percepção que o indivíduo tem da situação e 
não para a situação concreta.
A constante insatisfação no trabalho pode levar ao estresse. Segundo Mcgrath (apud WAGNER E 
HOLLENBECK, 2003, p. 121), o estresse é um estado emocional que ocorre quando as pessoas estão 
inseguras de sua capacidade para enfrentar um desafio percebido em relação a um valor importante. 
O desafio percebido enfatiza que o estresse surge da interação entre as pessoas e sua percepção do 
ambiente. Por exemplo, rumores infundados sobre o fechamento de uma fábrica, provocarão estresse 
entre os funcionários, mesmo que não exista nenhuma ameaça real.
O valor importante é crucial pela mesma razão que é fundamental à definição de satisfação. O desafio só 
causará estresse quando ameaçar algum valor importante. 
A incerteza da resolução enfatiza que o indivíduo interpreta a situação em termos da percepção da 
probabilidade de lidar satisfatoriamente com o desafio.
Wagner e Hollenbeck (2003, p.122) 
sugerem ainda três componentes 
importantes para a avaliação do 
conceito de estresse: o desafio 
percebido, o valor importante e a 
incerteza da resolução.
Prática de Gestão II
33Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
O estresse ocorre quando a dificuldade percebida possui um valor importante para o indivíduo. Além disso, 
quando o nível de dificuldade é maior do que a capacidade de resolução do desafio, o resultado se torna 
cada vez mais incerto. É esta incerteza em relação a enfrentar o desafio que gera o estresse.
Se a exposição à causa do estresse continua, a pessoa alcança a fase do esgotamento. Caso o estresse 
continue inabalado, podem sofrer a chamada estafa, que é um estado de exaustão que pode conduzir a 
dano físico grave, inclusive morte por infarto ou doença cardíaca.
A reação fisiológica do corpo a esse tipo de ameaça é um 
processo que provavelmente já teve antes um grande valor 
para sobrevivência. Quando percebe uma ameaça, o corpo 
produz substâncias químicas que elevam a pressão sanguínea e 
que desviam o sangue da pele e do aparelho digestivo para os 
músculos. Gorduras do sangue são então liberadas para fornecer 
um ímpeto de energia e aumentar a coagulação do sangue em 
caso de dano. Quando a ameaça diante do indivíduo é prolongada, 
têm inicio outras mudanças que preparam o corpo para uma longa 
batalha (WAGNER E HOLLENBECK, 2003, p. 123).
O estresse, na verdade, não é um fenômeno simples, tem muitas causas diferentes originadas por diversos 
estressores. De acordo com Griffin e Moorhead (2006, P.82), os estressores associados ao trabalho 
inserem-se em quatro categorias:
Prática de Gestão II
34Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
Exigências do serviço: estão diretamente ligadas à própria tarefa. Algumas ocupações são mais 
estressantes do que outras, por exigirem decisões rápidas sem uma quantidade suficiente de informações 
ou decisões com conseqüências relativamente sérias. 
Físicas: são estressores associados ao ambiente de trabalho. O trabalho ao ar livre, com calor ou frio 
excessivo, ou mesmo num escritório mal aquecido pode levar ao estresse. Instalações ruins, iluminação 
inapropriada, equipamentos de difícil manuseio, substâncias tóxicas podem também ser estressores que, 
em muitos casos prejudicam a saúde do funcionário.
Função: as exigências da função podem causar estresse. A função constitui-se de um conjunto de 
comportamentos esperados associados a um cargo em um grupo ou organização. O estresse pode ser 
proveniente da indefinição funcional ou de conflitos de funções. 
Interpessoais: são estressores nos relacionamentos que se manifestam em confrontos nas organizações.
As conseqüências do estresse interferem na saúde e no bem-estar mental. Entre esses efeitos incluem-
se os distúrbios do sono, a depressão, problemas familiares, disfunção sexual, dores de cabeça, dores 
lombares, doenças gástricas, doenças cardíacas, problemas de pele, etc. No ambiente de trabalho, o 
estresse pode levar a insatisfação geral causando problemas de relacionamento e baixo desempenho.
Devido às conseqüências negativas do estresse, muitas empresas lutam para limitar seus efeitos mais 
prejudiciais. Muitas idéias e abordagens têm sido desenvolvidas para ajudar a vencer o estresse. 
Diferentes programas de intervenção estão voltados à eliminação dos estressores no ambiente de 
trabalho, capacitando a pessoa a evitá-lo ou a lidar com ele. Estímulos a práticas de exercícios físicos, 
monitoramento da saúde, programas de relaxamento, técnicas de enriquecimento do trabalho, treinamento 
de habilidades, biofeedback, rodízio de cargos são programas utilizados em muitas empresas. 
Prática de Gestão II
35Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
Avaliação a Distância
De volta à Revolução Industrial
Nas primeiras décadas da Era Industrial, ao longo do século XIX, eram comuns as jornadas de trabalho de 
14, 16 e até 18 horas por dia. Com o passardo tempo, no entanto, graças à modernização da legislação 
trabalhista, essa situação modificou-se e se adequou a padrões humanamente aceitáveis. Outro fator 
que permitiu a redução da jornada foi a inovação tecnológica, responsável pela introdução de máquinas 
modernas e pelo conseqüente aumento da produtividade. Essa diminuição do tempo de trabalho dos 
quadros operacionais menos instruídos, gerada pela evolução tecnológica, ainda hoje pode ser verificada. 
Segundo uma pesquisa, de 1980 a 2004, o percentual de trabalhadores que não completaram o segundo 
grau e trabalham mais de 50 horas semanais caiu de 11% para 9%. O surpreendente, entretanto, foi 
verificar a evolução desse mesmo índice para os funcionários com nível superior completo que saltou de 
22% para 29%.
Uma série de fatores é apontada como responsável pelas longas jornadas de trabalho dos funcionários 
mais instruídos. Uma delas é o aumento da competição entre esses trabalhadores. Buscando as melhores 
posições hierárquicas, que também lhes garantirão maior prestígio e maiores remunerações, esses 
indivíduos aumentam suas cargas horárias para demonstrar melhores resultados. Outra possível razão 
apresentada é o fato de o trabalho nas organizações ser visto atualmente como prioridade máxima. Por 
esse motivo, aqueles que gastam menos tempo nas empresas e vão mais cedo para suas casas são vistos 
como “desmotivados”, acabando por perder espaço nas organizações. Pesquisa realizada pela revista 
Exame, no final de 2005, apontou alguns dados impressionantes sobre os executivos brasileiros:
 ● 46% trabalhavam 12 horas por dia ou mais;
 ● 43% tiveram suas jornadas de trabalho aumentadas em três horas ou mais nos últimos 10 anos;
 ● 55% dormiam seis horas ou menos em média por dia;
 ● 69% usavam celulares ou e-mail para resolver problemas do trabalho em suas horas livres;
 ● 62% trabalhavam ao menos dois finais de semana em média por mês;
 ● 32% tiravam dez dias ou menos de férias ao ano.
Diante de tudo isso, uma pergunta faz todo o sentido: se a tecnologia contribuiu para a redução da 
jornada dos operários, incrementando a produtividade das fábricas, por que ela não fez os mesmos pelos 
administradores? A resposta é simples: basta olharmos para todas as funcionalidades de nossos celulares; 
smartphones, palm tops; notebooks; netbooks e ipads. Enquanto os aprimoramentos tecnológicos das 
indústrias ocorreram nas máquinas e ferramentas existentes no local de trabalho, tonando as tarefas dos 
trabalhadores mais rápidas de serem executadas e reduzindo eventuais erros, a moderna tecnologia a 
serviço da administração é portátil e permite aos executivos conectarem-se aos sistemas organizacionais 
24 horas por dia.
Prática de Gestão II
36Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
Outro fato importante, levantado pela professora Betania Tanure, da Fundação Dom Cabral, é que os 
administradores passaram a considerar o trabalho em excesso como símbolo de sucesso. Por essa mesma 
razão, mesmo os jovens funcionários passam muitas horas nas empresas para seguir este exemplo. O 
filosofo e consultor Mario Sergio Cortella levanta ainda outra questão. Segundo ele, os trabalhadores 
têm medo de não estarem “à disposição” quando as tarefas aparecerem. Diante disso, eles se mantêm 
conectados pelo celular ou notebook, de modo a impedir que outra pessoa atenda ao chamado e assuma a 
função. Temerosos desse fato, os executivos passam a querer ser encontrados a qualquer momento para 
mostrar aos superiores sua disponibilidade e dedicação.
Com tudo isso, já eram esperados os diversos efeitos na vida dessas pessoas: distanciamento da família, 
ausência de amigos próximos, sedentarismo, depressão e poucas atividades de lazer. Evidentemente, 
existe a contrapartida financeira: de 1990 a 2005, a remuneração média dos presidentes de organizações 
cresceu em 315%. No entanto, como já foi dito, a qualidade de vida e o bem-estar cobram seus preços.
Outra pergunta emerge: o que as empresas estão fazendo para proteger seus funcionários dos efeitos 
maléficos do trabalho excessivo? Muitas já vêm adotando políticas para reduzir a jornada de trabalho e 
aumentar a qualidade de vida de seus funcionários. Entre essas medidas estão a redução do expediente nas 
sextas-feiras; a instalação de academias e spas nos próprios prédios e, até mesmo, o apagar de luzes em 
um horário determinado durante a semana. Para essas empresas, seus funcionários produzirão melhores 
resultados, vistos que estarão mais descansados e felizes e terão menos problemas na vida particular.
Fonte: ROBBINS, Stephen; JUDGE, Timothy A. e SOBRAL, Filipe. Comportamento Organizacional: teoria 
e prática no contexto brasileiro. 14. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010.
Após ler o caso, entre em nosso fórum semanal e responda as seguintes questões: 
 ● Como a competitividade e a tecnologia têm influenciado o comportamento dos gestores neste novo 
milênio?
 ● Que outros fatores colaboram para o excessivo número de horas trabalhadas?
 ● Como esse excesso de trabalho tem afetado o nível de estresse dos gestores?
Para saber mais sobre estresse no ambiente de trabalho acesse:
http://www.aedb.br/seget/artigos07/1215_SEGET0701Stress.pdf 
Atividade Obrigatória
Prática de Gestão II
37Satisfação e Estresse no Trabalho
U
N
ID
A
D
E
 05
Síntese
Vimos nesta aula que:
Segundo Locke (apud WAGNER E HOLLENBECK, 2003, p. 121), a satisfação no trabalho é “um 
sentimento agradável que resulta da percepção de que nosso trabalho realiza ou permite a realização 
de valores importantes relativos ao próprio trabalho”.
A constante insatisfação no trabalho pode levar ao estresse. O estresse é um estado emocional que 
ocorre quando as pessoas estão inseguras de sua capacidade para enfrentar um desafio percebido 
em relação a um valor importante;
O estresse, na verdade, não é um fenômeno simples; tem muitas causas diferentes originadas por 
diversos estressores;
Os estressores associados ao trabalho inserem-se em quatro categorias: Exigências do Serviço; 
Físicas; Função e Interpessoais;
As conseqüências do estresse interferem na saúde e no bem-estar mental. Entre esses efeitos 
incluem-se os distúrbios do sono, a depressão, problemas familiares, disfunção sexual, dores de 
cabeça, dores lombares, doenças gástricas, doenças cardíacas, problemas de pele, etc. No ambiente 
de trabalho, o estresse pode levar a insatisfação geral causando problemas de relacionamento e baixo 
desempenho.
 ● GRIFFIN, Ricky W.; MOORHEAD G. Fundamentos do Comportamento Organizacional. Tradução: 
Fernando Moreira Leal, André Siqueira Ferreira. São Paulo: Ática, 2006.
 ● WAGNER III, John A; HOLLEMBECK, John R. Comportamento Organizacional: criando vantagem 
competitiva. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Saraiva: 2003. 
Bibliografia Recomendada

Outros materiais