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Sintaxe de Regência-Gramática

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SISTEMA DE ENSINO
GRAMÁTICA
Sintaxe de Regência
Livro Eletrônico
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Sumário
Sintaxe de Regência ....................................................................................................................... 3
Regência Nominal ........................................................................................................................... 8
Regência Verbal .............................................................................................................................20
Transitividade Verbal ...................................................................................................................20
Mapas Mentais .............................................................................................................................. 54
Questões Comentadas em Aula ................................................................................................. 55
Gabarito ...........................................................................................................................................83
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
SINTAXE DE REGÊNCIA
Em SINTAXE DE REGÊNCIA, estudaremos as relações de subordinação ou dependência 
entre os elementos da oração.
Há sempre, nas orações, elementos regentes e elementos regidos. Chamamos de regen-
tes aos termos que pedem complemento e de regidos aos que complementam o sentido dos 
primeiros.
Em palavras mais simples: regência significa “uso ou não de preposição”.
Veremos casos em que determinada palavra (substantivo, adjetivo, advérbio ou verbo) exi-
ge determinada preposição ou tem o seu sentido modificado em virtude do emprego de al-
guma delas.
REGÊNCIA NOMINAL – estuda a relação entre um substantivo, um adjetivo ou um advérbio 
com o termo que complementa o seu significado.
REGÊNCIA VERBAL – analisa o emprego e o significado dos verbos de acordo com a pre-
posição do seu complemento indireto (ou a ausência da preposição no complemento direto).
Nosso estudo terá por base as lições de Celso Pedro Luft presentes nas seguintes obras:
• Dicionário Prático de Regência Nominal – Editora Ática – 4ª edição – 2003;
• Dicionário Prático de Regência Verbal – Editora Ática – 9ª edição – 2010.
Por fim, outra expressão que usaremos aqui é “transitividade do verbo”. Nada mais é do 
que a relação que, em certa acepção, o verbo estabelece com o seu complemento, se é que 
este existe (no verbo intransitivo, não há complemento verbal).
Essa análise só pode ser feita na construção, pois, um mesmo verbo pode requerer com-
plementos diferentes de acordo com o significado que venha a apresentar na oração.
Exploram-se conhecimentos acerca não só da regência dos verbos, mas também, inclusive 
na mesma questão, do emprego dos pronomes relativos e da colocação pronominal. Por isso, 
esta aula está bastante ligada à que irá tratar de Pronomes.
Vamos lá!
001. (FUNDATEC/PREFEITURA DE NOVO HORIZONTE/PROFESSOR/2019) Avalie as afir-
mações que seguem a respeito de regência:
I – A sintaxe de regência ocupa-se das relações de dependência que as palavras man-
têm na frase.
II – A regência pode ser verbal ou nominal, conforme trate do regime dos verbos ou dos nomes 
(substantivos e adjetivos). Certos substantivos e adjetivos admitem mais de uma regência; 
sendo que a escolha desta ou daquela preposição deve, no entanto, obedecer às exigências da 
clareza e da eufonia e adequar-se aos diferentes matizes do pensamento.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
III – Derivado do verbo reger ‘governar, comandar, dirigir’; em gramática, emprega-se o termo 
em sentido amplo e restrito. Em sentido amplo, regência equivale à subordinação em geral, em 
que palavras subordinam outras. Em sentido restrito, regência é a subordinação especial de 
complementos às palavras que os preveem na sua significação.
Quais estão corretas?
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas I e II.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Nessa questão, a banca apresenta todas as definições acerca da Sintaxe de Regência.
Logo no item I, afirma que esse ponto trata das relações de subordinação entre as palavras na 
frase. Certo.
No item II, apresenta as modalidades dessas relações: sintaxe de regência nominal, que é a 
relação entre um nome (adjetivo, advérbio ou substantivo), e de regência verbal, que é relação 
entre um verbo e seu complemento. Além disso, assevera que, como veremos no decorrer da 
aula, certas palavras admitem mais de uma regência. Perfeito.
Finalmente, no item III, explora corretamente os conceitos – amplo e restrito – da palavra 
REGÊNCIA. O examinador, aliás, reproduziu o texto da introdução do Dicionário Prático de Re-
gência Nominal, de Celso Luft, já indicado como o material indispensável para o estudo de 
Regência (além do Dicionário Prático de Regência Verbal, do mesmo autor).
Merece destaque o seguinte trecho do referido livro:
a) distanciar-se da capital; b(1) distância/distanciamento da capital; b(2) distante/distanciado da 
capital; b(3) longe/perto da capital.
Está claro que a estrutura ‘da capital’ é igualmente ‘complemento’ em todas essas construções: 
‘completa’ as palavras que a precedem. Em a, é complemento do verbo ‘distanciar’ – complemento 
verbal; em b, é complemento de substantivos (distância e distanciamento), de adjetivos (distante e 
distanciado) e de advérbios (longe – e podia ser distante adv. – e perto) – complemento nominal, 
complemento de ‘nomes’.
Por fim, o autor ilustra com o seguinte diagrama toda essa relação sintática.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
PALAVRAS REGENTES
NOMES
NUCLEAR
ADVÉRBIOADJETIVOSUBSTANTIVO
PERIFÉRICOS
VERBO
Todos os itens estão certos.
Letra e.
002. (FCC/SABESP/TÉCNICO EM GESTÃO/2014)
Sobre a dificuldade de ler
Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um risco ainda maior, 
ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de tentar lhes falar não da leitura, 
mas da ilegibilidade.
Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais gostaríamos de ler, 
mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as páginas de um livro, mas ele nos 
cai literalmente das mãos.
Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não leitura, quando o 
livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto 
a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que esta.
Há também uma outra e mais radical impossibilidade de ler, que até poucos anos atrás era, antes 
de tudo, comum. Refiro-me aos analfabetos, que, há apenas um século, eram a maioria. Um gran-
de poeta espanhol do século 20 dedicou um livro de poesia seu “ao analfabeto para/por quem eu 
escrevo”. É importante compreender o sentido desse “para/por”.
Gostaria que vocês refletissem sobre o estatuto especial desse livro que, na sua essência, é des-
tinado aos olhosque não podem lê-lo e foi escrito com uma mão que, em um certo sentido, não 
sabe escrever. O poeta ou escritor que escreve pelo/para o analfabeto tenta escrever o que não 
pode ser lido, põe no papel o ilegível. Mas precisamente isso torna a sua escrita mais interessan-
te do que a que foi escrita somente por/para quem sabe ler.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Há, finalmente, um outro caso de não leitura do qual gostaria de lhes falar. Refiro-me aos livros 
que foram escritos e publicados, mas estão − talvez para sempre − à espera de serem lidos. Eu 
conheço − e cada um de vocês, eu acredito, poderia citar − livros que mereciam ser lidos e não 
foram lidos, ou foram lidos por pouquíssimos leitores. Eu penso que, se esses livros eram ver-
dadeiramente bons, não se deveria falar de uma espera, mas de uma exigência. Esses livros não 
esperam, mas exigem ser lidos, mesmo que não o tenham sido ou não o serão jamais.
Mas agora gostaria de dar um conselho aos editores e àqueles que se ocupam de livros: parem 
de olhar para as infames, sim, infames classificações de livros mais vendidos e − presume-se − 
mais lidos e tentem construir em vez disso na mente de vocês uma classificação dos livros que 
exigem ser lidos. Só uma editora fundada nessa classificação mental poderia fazer o livro sair da 
crise que − pelo que ouço ser dito e repetido − está atravessando.
(Adaptado de: AGAMBEN, Giorgio. Sobre a dificuldade de ler. Trad. de Cláudio Oliveira. Revista Cult, ano 16, n. 
180. São Paulo: Bregantini, junho de 2013. p. 46 e 47)
O texto menciona um poeta espanhol que dedicou seu livro ao “analfabeto para/por quem” 
escrevia, destacando os diferentes significados que as duas preposições assumem na frase. 
Neste caso, a preposição “por” tem o sentido de
a) junto com.
b) no lugar de.
c) em oposição a.
d) perto de.
e) a respeito de.
Nessa questão, podemos observar bem o papel da preposição como conectivo. O autor lançou 
mão de DOIS conectivos, cada qual com sua função, para estabelecer um valor em relação ao 
termo regido.
Ao citar que o livro era dedicado ao analfabeto PARA QUEM escrevia, o conectivo apresentava 
o valor de “direção”, ao passo que o valor da preposição “POR”, em “ao analfabeto POR QUEM 
escrevia”, assume o valor de “no lugar de”.
O estudo do valor semântico das preposições vai além da aula de Sintaxe de Regência e é 
muito amplo – não se esgotaria aqui. A apresentação desta questão serviu para ilustrar como 
é importante o candidato “sentir” o valor que o conectivo assume no contexto. Muitas vezes, 
isso é suficiente para acertar a resposta.
Letra b.
003. (CESPE/IRB/DIPLOMATA/2011)
Ainda que se soubessem todas as palavras de cada figura da Inconfidência, nem assim se po-
deria fazer com o seu simples registro uma composição da arte. A obra de arte não é feita de 
tudo – mas apenas de algumas coisas essenciais. A busca desse essencial expressivo é que 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
constitui o trabalho do artista. Ele poderá dizer a mesma verdade do historiador, porém de outra 
maneira. Seus caminhos são outros, para atingir a comunicação. Há um problema de palavras. 
Um problema de ritmos. Um problema de composição. Grande parte de tudo isso se realiza, 
decerto, sem inteira consciência do artista. É a decorrência natural da sua constituição, da sua 
personalidade – por isso, tão difícil se torna quase sempre a um criador explicar a própria cria-
ção. No caso, porém, de um poema de mais objetividade, como o Romanceiro, muitas coisas 
podem ser explicadas, porque foram aprendidas, à proporção que ele se foi compondo.
Digo “que ele se foi compondo” e não “que foi sendo composto”, pois, na verdade, uma das coi-
sas que pude observar melhor que nunca, ao realizá-lo, foi a maneira por que um tema encontra 
sozinho ou sozinho impõe seu ritmo, sua sonoridade, seu desenvolvimento, sua medida.
O Romanceiro foi construído tão sem normas preestabelecidas, tão à mercê de sua expressão 
natural que cada poema procurou a forma condizente com sua mensagem. A voz irreprimível 
dos fantasmas, que todos os artistas conhecem, vibra, porém, com certa docilidade, e subme-
te-se à aprovação do poeta, como se realmente, a cada instante, lhe pedisse para ajustar seu 
timbre à audição do público. Porque há obras que existem apenas para o artista, desinteressa-
das de transmissão; outras que exigem essa transmissão e esperam que o artista se ponha a 
seu serviço, para alcançá-la. O Romanceiro é desta segunda espécie.
Quatro anos de quase completa solidão – numa renúncia total às mais sedutoras solicitações, 
entre livros de toda espécie relativos ao especializadamente século 18 – ainda pareceram cur-
tos demais para uma obra que se desejava o menos imperfeita possível, porque se impunha, 
acima de tudo, o respeito por essas vozes que falavam, que se confessavam, que exigiam, 
quase, o registro da sua história.
E era uma história feita de coisas eternas e irredutíveis: de ouro, amor, liberdade, traições...
Mas porque esses grandiosos acontecimentos já vinham preparados de tempos mais antigos 
e foram o desfecho de um passado minuciosamente construído – era preciso iluminar esses 
caminhos anteriores, seguir o rastro do ouro que vai, a princípio como o fio de um colar, ligando 
cenas e personagens, até transformar-se em pesada cadeia que prende e imobiliza num des-
tino doloroso.
Cecília Meireles. Como escrevi o Romanceiro da Inconfidência. In: Romanceiro da Inconfidência. 3.ª ed., Rio de 
Janeiro: Nova Fronteira, 2005, p. XVI-XVII (com adaptações).
Considerando as relações morfossintáticas no texto bem como os recursos estilísticos nele 
empregados, julgue (C ou E) o item subsequente.
Os vocábulos “decorrência” (l.5), “condizente” (l.11) e “irreprimível” (l.11) regem termos que 
lhes complementam, necessariamente, o sentido.
Nessa questão, podemos observar o papel de TERMO REGENTE dos vocábulos que exigem a 
subordinação dos outros elementos.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
No caso, na relação sintática, os substantivos decorrência e condizente atuam como TERMOS 
REGENTES em relação aos seus complementos, respectivamente “da sua constituição” e “com 
sua mensagem”.
Já o adjetivo irreprimível é o complemento do substantivo “voz”, por isso não é ele o termo 
regente, e sim o vocábulo “voz”.
Assim, as indicações do examinador estão incorretas.
Errado.
Regência nominal
004. (FCC/PREFEITURA DE RECIFE/ASSISTENTE DE GESTÃO PÚBLICA/2019)
Mais da metade dos seres humanos hoje vivem em cidades, e esse número deve aumentar 
para 70% até 2050. Em termos econômicos, os resultados da urbanização foram notáveis. As 
cidades representam 80% do Produto Interno Bruto (PIB) global. Nos Estados Unidos, o corre-
dor Boston-Nova York-Washington gera mais de 30% do PIB do país.
Mas o sucesso tem sempre um custo – e as cidades não são exceção, segundo análise do 
Fórum Econômico Mundial. Padrões insustentáveis de consumo, degradação ambiental e de-sigualdade persistente são alguns dos problemas das cidades modernas. Recentemente, en-
traram na equação as consequências da transformação digital. Há quem fale sobre uma futura 
desurbanização. Mas os especialistas consultados pelo Fórum descartam essa possibilidade. 
Preferem discorrer sobre como as cidades vão se adaptar à era da digitalização e como vão 
moldar a economia mundial.
A digitalização promete melhorar a vida das pessoas nas cidades. Em cidades inteligentes 
como Tallinn, na Estônia, os cidadãos podem votar nas eleições nacionais e envolver-se com o 
governo local via plataformas digitais, que permitem a assinatura de contratos e o pagamento 
de impostos, por exemplo. Programas similares em Cingapura e Amsterdã tentam criar uma 
espécie de “governo 4.0”.
Além disso, a tecnologia vai permitir uma melhora na governança. Plataformas digitais possi-
bilitam acesso, abertura e transparência às operações de governos locais e provavelmente irão 
mudar a forma como os governos interagem com as pessoas.
(Adaptado de: “5 previsões para a cidade do futuro, segundo o Fórum Econômico Mundial”. Disponível em: 
https://epocanegocios.globo.com)
No que respeita à regência, segundo a norma-padrão, a alternativa que apresenta um comple-
mento nominal correto para o vocábulo sublinhado em Programas similares... é:
a) àqueles de Tallinn.
b) naqueles de Tallinn.
c) por aqueles de Tallinn.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
d) sobre aqueles de Tallinn.
e) com aqueles de Tallinn.
Como já foi exposto, a relação entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) com seu 
complemento é chamado de REGÊNCIA NOMINAL.
No caso do adjetivo similar, o vocábulo exige a preposição A para ligar-se ao termo regido: 
similar a alguma coisa.
Assim, a resposta correta seria “àqueles de Tallinn”, pois haverá o encontro da preposição A 
(exigida pelo adjetivo similar) com o “a” do pronome demonstrativo “aqueles”. Sobre o empre-
go do acento grave indicativo de crase, trataremos na aula correspondente.
Letra a.
005. (CESPE/PGE-PE/ANALISTA JUDICIÁRIO DE PROCURADORIA/2019)
A própria palavra “crise” é bem mais a expressão de um movimento do espírito que de um juízo 
fundado em argumentos extraídos da razão ou da experiência. Não há período histórico que 
não tenha sido julgado, de uma parte ou de outra, como um período em crise. Ouvi falar de cri-
se em todas as fases da minha vida: depois da Primeira Guerra Mundial, durante o fascismo e 
o nazismo, durante a Segunda Guerra Mundial, no pós-guerra, bem como naqueles que foram 
chamados de anos de chumbo. Sempre duvidei que o conceito de crise tivesse qualquer utili-
dade para definir uma sociedade ou uma época.
Que fique claro: não tenho nenhuma intenção de difamar ou condenar o passado para absolver 
o presente, nem de deplorar o presente para louvar os bons tempos antigos. Desejo apenas 
ajudar a que se compreenda que todo juízo excessivamente resoluto nesse campo corre o 
risco de parecer leviano. Certamente, existem épocas mais turbulentas e outras menos. Mas é 
difícil dizer se a maior turbulência depende de uma crise moral (de uma diminuição da crença 
em princípios fundamentais) ou de outras causas, econômicas, sociais, políticas, culturais ou 
até mesmo biológicas.
Norberto Bobbio. Elogio da serenidade e outros escritos morais. Trad. Marco Aurélio Nogueira. São Paulo: Edi-
tora UNESP, 2002, p. 160-1 (com adaptações).
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item 
que se segue.
Nos trechos “intenção de difamar” e “nem de deplorar”, a preposição “de” poderia ser substitu-
ída por em, sem que a correção gramatical do texto fosse comprometida.
Excelente questão que explora a mudança de sentido em relação ao emprego de diferentes 
preposições.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Primeiramente, o candidato SEMPRE deve observar o que propõe o examinador: correção gra-
matical, alteração de sentido, manutenção da coerência (são coisas diferentes!!!), tudo isso 
junto e misturado?
Nessa questão, devemos nos ater aos aspectos gramaticais APENAS, ou seja, não importa se 
vai haver mudança de sentido – se estiver respeitando as regras gramaticais, ok.
Então, vamos comparar a forma original com a proposta.
“intenção de difamar... nem [intenção] de deplorar”
O termo regente é INTENÇÃO.
O Dicionário indica como possíveis preposições:
• a – no sentido de “dirigido, relacionado, pensando em”: falou em intenção à amada;
• de/em – intento, ideia, tenção de fazer algo: tinha intenção de ajudar os colegas/Não 
tenho a menor intenção em vetar o projeto;
• (para) com, sobre, contra/a favor de: plano, deliberação com/para alguém: intenção para 
conosco/intenção contra a proposta/a favor da proposta.
Como vimos, é possível, mesmo que haja mudança de sentido, substituir a preposição “de” 
pela preposição “em”.
Certo.
006. (FCC/PREFEITURA DE MANAUS/PROGRAMADOR/2019)
É difícil ignorar a sensação........ estamos sendo vigiados quando navegamos na internet.
Preenche corretamente a lacuna da frase acima:
a) de que.
b) à qual.
c) sobre a qual.
d) em que.
e) ao que.
Agora, o termo regente é SENSAÇÃO, que rege a preposição de. O termo regido, por sua vez, 
se apresenta na forma de ORAÇÃO, mas isso não interfere em nada a relação entre TERMO 
REGENTE x TERMO REGIDO.
A lacuna deve ser preenchida, portanto, com a forma de que.
Letra a.
007. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO CRISTÓVÃO/PROFESSOR/2019)
De tanto pegadio com o neto, até nos menores que fazeres fora de hora meu avô me queria 
com a cara metida nas coisas que as suas mãos manejavam. Era o seu jeito mais congruente 
de me passar o afeto calado de sua companhia, e ao mesmo tempo me adestrar na sabedoria 
que apanhara dos antepassados rurais: pequenos conhecimentos cristalizados em hábitos recorrentes 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
que eram exercidos todos os dias no amanho da terra e no cultivo dos animais, com a entra-
nhada naturalidade de quem já nasceu posseiro de seus segredos e de sua magia. Além de 
lavrar no Engenho Murituba os bens de consumo que abasteciam a sua gente, meu avô ainda 
tinha o domínio razoável de todos os pequenos ofícios necessários ao bom andamento de 
sua produção.
Francisco J. C. Dantas. Coivara da memória. São Paulo: Estação Liberdade, 1991, p. 174.
Com relação às propriedades linguísticas do texto apresentado, julgue o item que se segue.
No trecho “pequenos ofícios necessários ao bom andamento de sua produção”, o emprego de 
“ao” indica a presença de preposição a, exigida pela regência de “necessários”, e artigo definido 
masculino singular o, que antecede “bom andamento”.
Essa é a forma como algumas bancas cobram esse assunto – retiram um trecho do texto e 
exigem que o candidato identifique qual foi o termo que estabeleceu determinada relação sin-
tática (isso acontece com regência, concordância, pronome, crase).
No caso, a preposição “a” (contraída com o artigo “o”, formando “ao”) é exigidapelo adjetivo 
necessários.
Está correta a afirmação do examinador, mas sempre tome cuidado para não cair na sua 
lábia, rs...
Certo.
008. (CESPE/DPF/AGENTE DE POLÍCIA FEDERAL/2014)
O uso indevido de drogas constitui, na atualidade, séria e persistente ameaça à humanidade 
e à estabilidade das estruturas e valores políticos, econômicos, sociais e culturais de todos 
os Estados e sociedades. Suas consequências infligem considerável prejuízo às nações do 
mundo inteiro, e não são detidas por fronteiras: avançam por todos os cantos da sociedade e 
por todos os espaços geográficos, afetando homens e mulheres de diferentes grupos étnicos, 
independentemente de classe social e econômica ou mesmo de idade. Questão de relevância 
na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a associação do tráfico de 
drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional – com a criminali-
dade e a violência. Esses fatores ameaçam a soberania nacional e afetam a estrutura social e 
econômica interna, devendo o governo adotar uma postura firme de combate ao tráfico de dro-
gas, articulando-se internamente e com a sociedade, de forma a aperfeiçoar e otimizar seus 
mecanismos de prevenção e repressão e garantir o envolvimento e a aprovação dos cidadãos.
Internet: <www.direitoshumanos.usp.br>.
No que se refere aos aspectos linguísticos do fragmento de texto acima, julgue o próximo item.
O emprego da preposição “com”, em “com a criminalidade e a violência”, deve-se à regência do 
vocábulo “conexos”.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Para não errar esse tipo de questão, em que se deve identificar o termo regente, volte ao texto. 
O trecho em análise é:
Questão de relevância na discussão dos efeitos adversos do uso indevido de drogas é a asso-
ciação do tráfico de drogas ilícitas e dos crimes conexos – geralmente de caráter transnacional 
– com a criminalidade e a violência.
O examinador, malandramente, induz o candidato a pensar que a preposição “com” dos segmen-
tos “com a criminalidade e a violência”, foi exigida pelo adjetivo conexos. Só que, ao relermos 
a passagem, vemos que o termo regente, na verdade, é associação (de uma coisa com outra):
“... é a associação do tráfico de drogas... com a criminalidade e a violência”.
Bem que eu avisei que não era para confiar no examinador, não é?
Eu disse...
Errado.
009. (FCC/SABESP/CONTROLADOR DE SISTEMAS DE SANEAMENTO/2018)
O filósofo sempre foi considerado um personagem bizarro, estranho, capaz de cair num poço 
quando se embrenha em suas reflexões − é o que contam a respeito de Tales (cerca de 625-
547 a.C.). O primeiro filósofo, segundo a tradição grega, combina enorme senso prático para os 
negócios com uma capacidade de abstração que o retira do mundo. Por isso é visto como in-
divíduo dotado de um saber especial, admirado porque manipula ideias abstratas, importantes 
e divinas. No fundo não está prefigurando as oposições que desenharão o perfil do homem do 
Ocidente? O divino Platão e o portentoso Aristóteles fizeram desse estranhamento o autêntico 
espanto diante das coisas, o empuxo para a reflexão filosófica.
Nos dias de hoje essa imagem está em plena decadência; o filósofo se apresenta como um 
profissional competindo com tantos outros. Ninguém se importa com as promessas já inscri-
tas no nome de sua profissão: a prometida amizade pelo saber somente se cumpre se a inves-
tigação for levada até seu limite, cair no abismo onde se perdem suas raízes. A palavra grega 
filosofia significa “amigo da sabedoria”, por conseguinte recusa da adesão a um saber já feito 
e compromisso com a busca do correto.
Em contrapartida, o filósofo contemporâneo participa do mercado de trabalho. Torna-se mais 
seguro conforme aumenta a venda de seus livros, embora aparente desprezar os campeões 
de venda. Às vezes participa do jogo da mídia. Graças a esse comércio transforma seu saber 
em capital, e as novidades que encontra na leitura de textos, em moeda de troca. Ao tratar 
as ideias filosóficas como se fossem meras opiniões, isoladas de seus pressupostos ligados 
ao mundo, pode ser seduzido pela rigidez de ideias sem molejo, convertendo-se assim num 
militante doutrinário. Outras vezes, cai nas frivolidades da vida mundana. Não vejo na prática 
da filosofia contemporânea nenhum estímulo para que o estudioso se comprometa com uma 
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
prática moral e política mais consciente de si mesma, venha a ser mais tolerante às opini-
ões alheias.
Num mundo em que as coisas e as pessoas são descartáveis, a filosofia e o filósofo também 
se tornam dispensáveis, sempre havendo uma doutrina ou um profissional capaz de enaltecer 
uma trama de interesses privados. A constante exposição à mídia acaba levando o filósofo a 
dizer o que o grande público espera dele e, assim, também pode usufruir de seus quinze mi-
nutos de celebridade. Diante do perigo de ser engolfado pela teia de condutas que inverte o 
sentido original de suas práticas, o filósofo, principalmente o iniciante, se pretende ser amante 
de um saber autêntico, precisa não perder de vista que assumiu o compromisso de afastar-se 
das ideias feitas − ressecadas pela falta da seiva da reflexão − e de desconfiar das novidades 
espalhafatosas. Se aceita consagrar-se ao estudo das ideias, que reflita sobre o sentido de seu 
comportamento.
(Adaptado de: GIANNOTTI, José Arthur. Lições de filosofia primeira. São Paulo: Companhia das Letras, 2011, 
edição digital)
... e de desconfiar das novidades espalhafatosas. (último parágrafo)
No trecho acima, o emprego da preposição em destaque justifica-se pela regência do termo
a) compromisso.
b) desconfiar.
c) afastar-se.
d) reflexão.
e) assumiu.
Vamos reler o trecho em análise.
Diante do perigo de ser engolfado pela teia de condutas que inverte o sentido original de suas 
práticas, o filósofo, principalmente o iniciante, se pretende ser amante de um saber autêntico, 
precisa não perder de vista que assumiu o compromisso de afastar-se das ideias feitas − resse-
cadas pela falta da seiva da reflexão − e de desconfiar das novidades espalhafatosas.
O termo que exige a preposição em “de desconfiar...” é COMPROMISSO.
O afastamento dos termos possibilita uma série de falsas suposições, mas basta uma releitura 
para dissipar qualquer dúvida.
Letra a.
010. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA/ESPECIALISTA EM DESPORTOS/2019)
“se ambos devem atingir a mesma perfeição da qual são capazes.”
Nesse segmento, emprega-se a preposição de em função de um termo posterior: capazes.
O mesmo ocorre na seguinte frase:
a) “O esporte necessita de muita dedicação e esforço.”
b) “Os homens de fibra praticam esporte diariamente.”
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
c) “Gosto de que todos cheguem na hora marcada.”
d) “Essa é a prática esportiva de que todos necessitam.”
e) “A prática de todos os esportes favorece a boa saúde.”
A dificuldade dessa questão estava no enunciado. Não se explorava propriamenteconceitos 
referentes à sintaxe de regência (qual é o termo regente/qual a preposição exigida/qual o sen-
tido da frase...), mas a POSIÇÃO do termo regente em relação ao termo regido.
Note que, no enunciado, o examinador afirma: “emprega-se a preposição de em função de um 
termo posterior: capazes”.
Logo, o termo regente, na oração analisada, se apresenta em posição POSTERIOR ao termo 
regido (nesse caso, o pronome relativo “a qual” que, em função da contração com a preposição 
“DE”, exigida pelo adjetivo, formou da qual).
Isso acontece na opção D, em que o termo regente (o verbo NECESSITAR) está em posição pos-
terior ao seu termo regido (o pronome relativo que, cujo antecedente é “a prática esportiva”).
Em todos os demais casos, a posição é TERMO REGENTE X TERMO REGIDO.
Letra d.
011. (CESPE/ABIN/AGENTE DE INTELIGÊNCIA/2018)
A atividade de inteligência é o exercício de ações especializadas para a obtenção e análise de 
dados, produção de conhecimentos e proteção de conhecimentos para o país. Inteligência e 
contrainteligência são os dois ramos dessa atividade. A inteligência compreende ações de ob-
tenção de dados associadas à análise para a compreensão desses dados. A análise transfor-
ma os dados em cenário compreensível para o entendimento do passado, do presente e para 
a perspectiva de como tende a se configurar o futuro. Cabe à inteligência tratar fundamental-
mente da produção de conhecimentos com o objetivo específico de auxiliar o usuário a tomar 
decisões de maneira mais fundamentada. A contrainteligência tem como atribuições a produ-
ção de conhecimentos e a realização de ações voltadas à proteção de dados, conhecimentos, 
infraestruturas críticas – comunicações, transportes, tecnologias de informação – e outros 
ativos sensíveis e sigilosos de interesse do Estado e da sociedade. O trabalho desenvolvido 
pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a espionagem, a sabotagem, 
o vazamento de informações e o terrorismo, patrocinadas por instituições, grupos ou governos 
estrangeiros.
Internet: <www.abin.gov.br> (com adaptações).
Julgue o item seguinte, relativo às ideias e aos aspectos linguísticos do texto.
O sentido do texto seria prejudicado, embora sua correção gramatical fosse preservada, caso 
a preposição presente na expressão “contra ameaças” fosse substituída pela preposição de.
Agora, o examinador avalia dois aspectos – correção gramatical (mantida) e sentido do texto 
(alterado).
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Vamos verificar se, de fato, isso ocorreu.
No texto, o segmento é:
O trabalho desenvolvido pela contrainteligência tem foco na defesa contra ameaças como a 
espionagem
Na relação entre DEFESA e seu complemento, a mudança da preposição altera significativa-
mente o sentido:
Defesa de uma coisa CONTRA a outra.
Enquanto o conectivo CONTRA coloca o termo regido na posição de OPOSIÇÃO, o conectivo 
DE atribui ao termo regido o próprio elemento a ser preservado.
Por isso, está certo o examinador ao afirmar que, mesmo preservada a correção gramatical, 
ocorreria mudança de sentido.
Certo.
012. (CESPE/MPU/ANALISTA/APOIO JURÍDICO/2018)
A impossibilidade de manter silêncio sobre um assunto é uma observação que pode ser feita 
a respeito de muitos casos de patente injustiça que nos enfurecem de um modo até difícil de 
ser capturado por nossa linguagem. Ainda assim, qualquer estudo sobre a injustiça também 
demanda uma enunciação clara e uma análise arrazoada.
A necessidade de uma teoria da justiça está relacionada com a disciplina de argumentar racio-
nalmente sobre um assunto. Afirma-se, às vezes, que a justiça não diz respeito à argumentação 
racional. É fácil ficar tentado a pensar nessa linha. Quando nos defrontamos, por exemplo, com 
uma alastrada fome coletiva, parece natural protestar em vez de raciocinar de forma elaborada 
sobre a justiça e a injustiça. Contudo, uma calamidade seria um caso de injustiça apenas se 
pudesse ter sido evitada, em especial se aqueles que poderiam ter agido para tentar evitá-la 
tivessem deixado de fazê-lo. Entre os requisitos de uma teoria da justiça inclui-se o de permitir 
que a razão influencie o diagnóstico da justiça e da injustiça.
Amartya Sen. A ideia de justiça. Denise Bottmann e Ricardo D. Mendes (Trad.). São Paulo: Companhia das 
Letras, 2011 (com adaptações).
Julgue o próximo item, relativo aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto.
A substituição de “relacionada com a disciplina” por relacionada à disciplina, embora manti-
vesse o sentido do texto, prejudicaria sua correção gramatical.
Em alguns casos, o termo regente admite mais de um conectivo, sem que haja alteração 
semântica.
É o caso do adjetivo “relacionado(a)”. Segundo o Dicionário de Luft, esse vocábulo admite as 
seguintes preposições: a, com; entre. Uma pessoa ou coisa relacionada a (ou com) outra ou 
outras (...); coisas ou pessoas relacionadas entre si;
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Assim, a troca da preposição “com” pela preposição “a” (contraída com o artigo, formando “à”) 
é válida e não prejudicaria sua correção gramatical.
Cuidado!!! O examinador afirma que “prejudicaria”, por isso o item está ERRADO.
Errado.
013. (CESPE/CBM-AL/SOLDADO/2017)
O açúcar arrasou o Nordeste. A faixa úmida do litoral, bem regada por chuvas, tinha um solo de 
grande fertilidade, muito rico em húmus e sais minerais, coberto por matas tropicais da Bahia 
até o Ceará. Essa região de matas tropicais converteu-se em região de savanas. Naturalmente 
nascida para produzir alimentos, passou a ser uma região de fome. O latifúndio açucareiro, 
destrutivo e avassalador, deixou rochas estéreis, solos lavados, terras erodidas. Fizeram-se, a 
princípio, plantações de laranjas e mangas, que foram abandonadas e se reduziram a peque-
nas hortas que rodeavam a casa do dono do engenho, exclusivamente reservadas para a fa-
mília do plantador branco. Os incêndios que abriam terras aos canaviais devastaram a floresta 
e com ela a fauna; desapareceram os cervos, os javalis, as toupeiras, os coelhos, as pacas e 
os tatus. A flora e a fauna foram sacrificadas, nos altares da monocultura, à cana-de-açúcar. A 
produção extensiva esgotou rapidamente os solos. A abundância e a prosperidade eram, como 
de costume, simétricas à miséria da maioria da população, que vivia em estado crônico de 
subnutrição. Daqueles tempos coloniais nasceu o costume, ainda vigente, de comer terra. An-
tigamente, castigava-se esse “vício africano” colocando-se mordaças nas bocas das crianças 
ou pendurando-as dentro de cestas a grande distância do solo. A falta de ferro provoca anemia; 
o instinto leva as crianças a compensar com terra os sais minerais que não encontram em sua 
comida habitual. O Nordeste brasileiro padece hoje a herança da monocultura do açúcar.
Eduardo Galeano. As veias abertas da América Latina.Galeano de Freitas (Trad.). Rio de Janeiro, Paz e Terra 
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos e aos sentidos do texto, julgue o item a seguir.
A correção gramatical e o sentido original do texto seriam preservados caso a expressão “re-
servadas para a família” fosse alterada para reservadas à família.
Do mesmo modo que na questão anterior, o vocábulo “reservado(as)” aceita indistintamente 
as preposições a e para.
O cuidado em relação ao empregodo acento grave se deve ao fato de que o termo regente 
(reservadas) exige a preposição e o termo regido (família) admite o artigo definido. Mais sobre 
esse assunto será tratado na aula sobre CRASE.
Certo.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
014. (CESPE/EMAP/ANALISTA PORTUÁRIO/2018)
Serviço de tráfego de embarcações (vessel traffic service – VTS)
O VTS é um sistema eletrônico de auxílio à navegação, com capacidade de monitorar ativa-
mente o tráfego aquaviário, melhorando a segurança e eficiência desse tráfego, nas áreas em 
que haja intensa movimentação de embarcações ou risco de acidente de grandes proporções.
Internacionalmente, os sistemas de VTS são regulamentados pela International Maritime Or-
ganization, sendo seus aspectos técnicos detalhados em recomendações da International As-
sociation of Maritime Aids to Navigation and Lighthouse Authorities. No Brasil, cabe à Marinha 
do Brasil, autoridade marítima do país, definir as normas de execução de VTS e autorizar a sua 
implantação e operação.
Uma estrutura de VTS é composta minimamente de um radar com capacidade de acompanhar 
o tráfego nas imediações do porto, um sistema de identificação de embarcações denominado 
automatic identification system, um sistema de comunicação em VHF, um circuito fechado de 
TV, sensores ambientais (meteorológicos e hidrológicos) e um sistema de gerenciamento e 
apresentação de dados. Todos esses sensores operam integrados em um centro de controle, 
ao qual cabe, na sua área de responsabilidade, identificar e monitorar o tráfego marítimo, ado-
tar ações de combate à poluição, planejar a movimentação de embarcações e divulgar infor-
mações ao navegante. Adicionalmente, o Centro VTS pode fornecer informações que contribu-
am para o aumento da eficiência das operações portuárias, como a atualização de horários de 
chegada e partida de embarcações.
Internet: <www defensea com br> (com adaptações)
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto apresentado, julgue o item 
que se segue.
Seria preservada a correção gramatical do texto se, no trecho “composta minimamente de um 
radar”, fosse empregada a preposição por, em vez da preposição “de”.
Ao consultarmos o dicionário de regência, vemos que o autor apresenta a preposição DE na 
indicação dos elementos de sua constituição (time composto de jovens).
Apesar de a preposição POR não ter sido indicada naquele dicionário como um dos conecti-
vos válidos, seu uso é possível em função da possibilidade de o verbo COMPOR formar uma 
construção de voz passiva), por aproximação semântica com o verbo FORMAR (e o particípio 
formado): time composto (= formado) por jovens  jovens compõem (= formam) o time.
Alteram-se as relações sintáticas, mas, como o examinador se atém ao aspecto gramatical, a 
troca é válida.
Certo.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
015. (CESPE/ANCINE/ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DA ATIVIDADE CINEMATOGRÁFICA E 
AUDIOVISUAL/2013)
O principal objetivo do cinema é retratar as emoções. O teatro pode recorrer às frases de efei-
to e sustentar o interesse da plateia por meio de diálogos eminentemente intelectuais, e não 
emocionais. Já para o ator de cinema, a ação é fundamental: é o único meio de assegurar a 
atenção do espectador, e mais, o seu significado e a sua unidade emergem dos sentimentos e 
das emoções que a determinam. No cinema, mais do que no teatro, os personagens são, antes 
de tudo, sujeitos de experiências emocionais. A alegria e a dor, a esperança e o medo, o amor 
e o ódio, a gratidão e a inveja, a solidariedade e a malícia conferem ao filme significado e valor. 
Quais as possibilidades de o cinema exprimir esses sentimentos de forma convincente?
Sem dúvida, uma emoção que não pode manifestar-se verbalmente perde parte de sua força; 
no entanto, os gestos, os atos e as expressões faciais se entrelaçam de tal forma no processo 
psíquico de uma emoção intensa que, para cada nuança, pode-se chegar à expressão carac-
terística. Basta o rosto – os rictos em torno da boca, a expressão dos olhos, da testa, os mo-
vimentos das narinas e a determinação do queixo – para conferir inúmeras nuanças à cor do 
sentimento. O close-up pode avivar muito a impressão. É no auge da emoção no palco que o 
espectador de teatro recorre aos binóculos para captar a sutil emoção dos lábios, a paixão ou 
o terror expressos no olhar, o tremor das faces. Na tela, a ampliação por meio do close-up acen-
tua ao máximo a ação emocional do rosto, podendo também destacar o movimento das mãos, 
por meio do qual a raiva e a fúria, o amor ou o ciúme falam em linguagem inconfundível. Se a 
cena tende para o humor, um close-up de pés em colóquio amoroso pode muito bem contar o 
que se passa no coração dos seus donos. Os limites, todavia, são estreitos. Muitos sintomas 
emocionais, tais como corar ou empalidecer, se perderiam na expressão meramente fotográfi-
ca, e, o que é mais importante, essas e muitas outras manifestações dos sentimentos fogem 
ao controle voluntário. Os atores de cinema podem recriar os movimentos cuidadosamente, 
imitando as contrações e os relaxamentos dos músculos, e, mesmo assim, ser incapazes de 
reproduzir os processos mais essenciais à verdadeira emoção – os que se passam nas glân-
dulas, nos vasos sanguíneos e nos músculos autônomos.
Hugo Munsterberg. As emoções. In: Ismail Xavier. A experiência do cinema. Rio de Janeiro: Graal, 1983, p. 46-7 
(com adaptações).
Com relação aos aspectos linguísticos apresentados no texto, julgue o item subsequente.
A substituição da preposição “de” por a, em “sujeitos de experiências emocionais”, manteria a 
correção gramatical do texto, mas não o seu sentido original.
Agora, o examinador afirma que, em relação ao adjetivo sujeitos, a troca da preposição de por 
a mantém a correção gramatical, mas altera o sentido.
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Com a preposição “a”, o adjetivo indica “aquele que se sujeitou/se submeteu”: Estou sujeito a 
avaliações constantes.
Com a preposição “de”, indica um dos itens de uma relação, autor/receptor: “sujeitos de expe-
riências emocionais”.
De fato, são estruturas gramaticalmente válidas, mas com significados completamente dife-
rentes, conforme afirma o examinador.
Certo.
016. (CESPE/BRB/ADVOGADO/2010)
O mundo moderno, caracterizado pela globalização, pela revolução tecnológica e pelo avanço 
irrestrito da Internet, sinaliza uma crise mundial complexa, multidimensional, cujas facetas 
afetam inexoravelmente nossa saúde, nosso modo de vida e a qualidade do meio ambiente e 
das relações sociais, políticas e econômicas. Essa crise, cujas dimensões incluem aspectos 
intelectuais, morais e espirituais, exige a substituição da noção de estruturas sociais estáticas 
por uma percepção de padrões dinâmicos de mudança: mudanças estruturais em nossas ins-
tituições sociais, nos valores e, fundamentalmente, nas ideias.
É hoje crítico para a sobrevivência de qualquer organização o reconhecimento de quea criativi-
dade é a mola mestra para o sucesso de seus empreendimentos, sendo responsável pela pró-
pria sustentação das empresas no competitivo mundo dos negócios. Os profissionais criativos 
e empreendedores estão sendo cada vez mais valorizados nos seus ambientes de trabalho. 
São eles – não as máquinas, nem o capital – os verdadeiros responsáveis pelo sucesso de 
uma empresa.
Ângela M.R.Virgolim. Criatividade e saúde mental: desafio à família e à escola. In: A.M.R.Virgolim (org.). Talento 
criativo, Brasília: Ed. UnB, p. 29-30 (com adaptações).
Julgue o item a respeito da organização das estruturas linguísticas no desenvolvimento do texto.
No texto, o emprego do substantivo “substituição” exige as preposições presentes nos trechos 
“da noção” e “por uma percepção”, para indicar os dois termos envolvidos na ideia de troca.
Em alguns casos, o termo regente exige preposições diferentes, considerando o valor dos ter-
mos regidos. No caso da palavra SUBSTITUIÇÃO, por haver a ideia de troca, são dois os ele-
mentos regidos:
SUBSTITUIÇÃO DE UMA COISA POR OUTRA.
Está certa a afirmação do examinador.
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GRAMÁTICA
Regência VeRbal
TRansiTiVidade VeRbal
017. (FCC/TRT-8ª/TÉCNICO/2010)
O Polo Norte está ameaçado: o oceano gelado que o rodeia começou a derreter. O colapso da 
calota teve início. O explorador alemão Arvel Fuchs calcula que, durante o verão de 2009, os 
gelos derretidos do Polo Norte equivalem a quatro vezes a área da Alemanha. Dez filmes nos 
mostraram o sofrimento de ursos magros e extraviados à procura de seus antigos reinos invio-
lados de gelo. A partir deste verão, é possível que navios pioneiros consigam unir o Canadá à 
Sibéria. Esse desaparecimento da calota polar que envolve há milhões de anos o cimo da Terra 
é um grande movimento da história. A última “terra incógnita” vai desaparecer.
O imenso silêncio, os horizontes infinitos, as vastas brancuras do Polo Norte e seu nada vão 
ser substituídos por regiões às quais os homens, seus barulhos, seus motores a explosão, 
seus bancos, seus contêineres, terão acesso. Vamos assistir a um fenômeno raro: uma subver-
são da geografia que se desenrolará diante de nossos olhos. Semelhante aventura provocará 
grandes transformações econômicas em escala planetária: de um lado, o mar, quando ficar 
desimpedido e acessível, poderá ser explorado pelos homens. Ele deixará que engenheiros e 
operários revolvam suas entranhas até agora interditas.
Paralelamente, os navios poderão ligar diretamente a América ou a Europa ao Extremo Oriente, 
em vez de fazê-lo por enormes e custosos desvios pelo sul da África ou pelo Canal de Suez.
As nações que margeiam o Oceano Ártico já estão na linha de largada: Estados Unidos, Rússia, 
Canadá, Groenlândia (Dinamarca) e Noruega. Os olhos brilham de cobiça à espera da abertura 
de um cofre-forte cheio de lingotes. Que lingotes? Carvão, cobre, bilhões de barris de petróleo, 
bilhões de metros cúbicos de gás, cobalto, antimônio, níquel, peixes. Uma caverna de Ali Babá.
(Trecho do artigo de Gilles Lapouge. O Estado de S. Paulo, Economia, B14, 11 de julho de 2010)
Em relação à passagem do 3º parágrafo “... os navios poderão ligar diretamente...”, avalie a 
afirmação abaixo:
O verbo grifado exige a presença de dois complementos: um, direto; o outro, indireto, unido a 
ele por meio de preposição.
REGÊNCIA VERBAL
O conceito de REGÊNCIA VERBAL é a relação entre o verbo e seus complementos e isso passa 
necessariamente pela transitividade do verbo.
TRANSITIVIDADE VERBAL
Há verbos que bastam por si mesmos – são os verbos INTRANSITIVOS (I).
Outros há que necessitam de informações suplementares, ou seja, do auxílio de uma expres-
são subsidiária, que se apresenta sob a forma de COMPLEMENTO. Esses são os verbos TRAN-
SITIVOS (palavra da mesma origem que “trânsito”, “transitar”).
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Sintaxe de Regência
GRAMÁTICA
Quando não há preposição necessária, o verbo é TRANSITIVO DIRETO (TD), ou seja, liga-se ao 
complemento diretamente (OBJETO DIRETO).
No caso de a preposição ser obrigatória, o verbo é classificado como TRANSITIVO INDIRETO 
(TI) e o complemento é antecedido de preposição (OBJETO INDIRETO).
Quando, simultaneamente, o verbo requer dois complementos, um direto e outro indireto, o 
chamamos de bitransitivo ou transitivo direto e indireto (TDI). Você também pode encontrar 
em prova a denominação “transitivo-relativo” (fonte: Dicionário Caldas Aulete Digital).
Por fim, há os que não se satisfazem apenas com a informação trazida pelo objeto, exigem 
mais alguma, esta trazida pelo predicativo do objeto. Esses são os verbos transobjetivos, 
estudados na aula de CONCORDÂNCIA (julgar, considerar etc.). Pode ser que o examinador tire 
do baú a expressão “transitivo-predicativo”, exatamente em função de este verbo exigir um pre-
dicativo do objeto. Já tratamos desse caso quando estudamos as relações de Concordância.
A todo momento, mencionamos “preposição necessária” ou “obrigatória”. Isso porque há casos 
em que a preposição é utilizada como recurso estilístico, como, por exemplo, para evitar ambi-
guidade, ou obrigatoriamente quando o objeto direto vier sob a forma de um pronome oblíquo 
tônico. Nesses casos, o complemento é chamado de OBJETO DIRETO PREPOSICIONADO.
Atente para o fato de que a transitividade de um verbo só pode ser definida na oração, de acor-
do com os elementos presentes na construção.
Para identificar a transitividade do verbo LIGAR, teremos de retomar a passagem do texto:
Paralelamente, os navios poderão ligar diretamente a América ou a Europa ao Extremo Oriente...
Note que são realmente dois os complementos verbais:
“... ligar (...) a América ou a Europa [OBJETO DIRETO] ao Extremo Oriente [OBJETO INDIRETO]...”.
Detalhe: o objeto direto é composto, ou seja, possui dois núcleos, ligados pela conjunção alter-
nativa “ou”.
Está correta a afirmação.
Certo.
018. (FUNDATEC/PREFEITURA DE IMBÉ/2020)
A Obsessão por ser feliz
Reflexões sobre felicidade são antigas na história da humanidade. Estão até na obra de gran-
des filósofos gregos, como Platão e Aristóteles. Aliás, o conceito aristotélico de eudaimonia 
– condição de bem-estar originada no desenvolvimento pleno das potencialidades de cada um 
a serviço do bem comum – é ainda hoje estudado e central nas pesquisas sobre o que nos 
faz felizes. O que é recente é essa ideia intrusiva de que precisamos buscar a felicidade a todo 
instante – tem muito a ver com o processo produtivo de rendimento máximo surgido após a 
Revolução Industrial e cada vez mais intensificado pelo capitalismo.
De tão onipresente, tornou-se ela mesma causa de infelicidade. “Hoje, existe o conceito de uma 
felicidade permanente que depende exclusivamente de nós mesmos. Se ela acontece, era o es-
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GRAMÁTICA
perado. Quando ela não vem, vira causa de culpa, inadequação. Faz as pessoas questionarem 
onde erraram”, explica o psicanalista Christian Dunker, professorda Universidade de São Paulo. 
A psicóloga e mestre zen-budista monja Kokai concorda. “Se você é infeliz, fracassou. Se não 
teve sucesso nos negócios, fracassou. Toda a culpa é do indivíduo. Isso é massacrante”, diz.
Foi exatamente essa sensação que levou a bancária gaúcha Bruna Teixeira, 31 anos, para a 
terapia. “Projetava coisas demais para o futuro e deixava o hoje de lado”, relata. “É complicado 
mudar essa lógica porque é muito difícil não criar expectativas”, completa. Bruna conta que 
chegou a se sentir em dívida até mesmo com a terapeuta e se desculpou porque não esta-
va cumprindo as tarefas planejadas durante as sessões da terapia cognitivo-comportamental 
(TCC). Diante das redes sociais, o sentimento de insatisfação é amplificado. “No Instagram, 
essas influenciadoras digitais têm corpos maravilhosos e querem vender tratamentos estéti-
cos. Falam de exercícios com personal e dieta com nutricionista. Elas postam fotos de seus 
relacionamentos perfeitos. É o que mais me deixa ansiosa, sabe?”, desabafa.
O impacto das redes sociais na saúde mental já virou uma preocupação nos consultórios. Pes-
quisadores da Royal Society para a Saúde Pública da Grã-Bretanha entrevistaram cerca de 1,5 
mil jovens com idade entre 14 e 24 anos sobre 14 pontos relativos ao bem-estar. Em seguida, 
as plataformas foram ranqueadas em termos de efeitos positivos e negativos. Resultado: o 
Instagram, que deixa Bruna ansiosa, foi a rede social com pior impacto na saúde mental dos 
participantes. Outra pesquisa, feita com cerca de 1 milhão de pessoas pelo Moment, aplicativo 
que monitora como são utilizados os smartphones, também relacionou o uso exagerado do 
Instagram a problemas como distúrbios do sono, ansiedade, depressão, solidão e distorção 
da imagem corporal. Na enquete realizada, 63% dos que passavam mais de uma hora por dia 
nessa rede social relataram se sentir infelizes.
(Disponível em: https://claudia.abril.com.br/estilo-de-vida/obsessao-feliz-tornando-ansiosas-depressivas/ – 
texto adaptado especialmente para esta prova.)
Assinale a alternativa que indica a correta transitividade do verbo destacado no trecho a seguir: 
“Se não teve sucesso nos negócios”, retirado do texto.
a) Verbo de ligação.
b) Verbo intransitivo.
c) Verbo transitivo direto e indireto.
d) Verbo transitivo direto.
e) Verbo transitivo indireto.
Como vimos, a transitividade de um verbo só pode ser identificada NO CONTEXTO. O verbo 
TER, nesse caso, é transitivo direto (seu complemento verbal é “sucesso”). O sintagma “nos 
negócios” tem valor adverbial.
Letra d.
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GRAMÁTICA
019. (CESPE/STM/ANALISTA JUDICIÁRIO/2018)
Texto 6A1AAA
Está demonstrado, portanto, que o revisor errou, que se não errou confundiu, que se não con-
fundiu imaginou, mas venha atirar-lhe a primeira pedra aquele que não tenha errado, confun-
dido ou imaginado nunca. Errar, disse-o quem sabia, é próprio do homem, o que significa, se 
não é erro tomar as palavras à letra, que não seria verdadeiro homem aquele que não errasse. 
Porém, esta suprema máxima não pode ser utilizada como desculpa universal que a todos nos 
absolveria de juízos coxos e opiniões mancas. Quem não sabe deve perguntar, ter essa humil-
dade, e uma precaução tão elementar deveria tê-la sempre presente o revisor, tanto mais que 
nem sequer precisaria sair de sua casa, do escritório onde agora está trabalhando, pois não 
faltam aqui os livros que o elucidariam se tivesse tido a sageza e prudência de não acreditar 
cegamente naquilo que supõe saber, que daí é que vêm os enganos piores, não da ignorância. 
Nestas ajoujadas estantes, milhares e milhares de páginas esperam a cintilação duma curio-
sidade inicial ou a firme luz que é sempre a dúvida que busca o seu próprio esclarecimento. 
Lancemos, enfim, a crédito do revisor ter reunido, ao longo duma vida, tantas e tão diversas 
fontes de informação, embora um simples olhar nos revele que estão faltando no seu tombo as 
tecnologias da informática, mas o dinheiro, desgraçadamente, não chega a tudo, e este ofício, 
é altura de dizê-lo, inclui-se entre os mais mal pagos do orbe. Um dia, mas Alá é maior, qual-
quer corrector de livros terá ao seu dispor um terminal de computador que o manterá ligado, 
noite e dia, umbilicalmente, ao banco central de dados, não tendo ele, e nós, mais que desejar 
que entre esses dados do saber total não se tenha insinuado, como o diabo no convento, o 
erro tentador.
Seja como for, enquanto não chega esse dia, os livros estão aqui, como uma galáxia pulsante, 
e as palavras, dentro deles, são outra poeira cósmica flutuando, à espera do olhar que as irá 
fixar num sentido ou nelas procurará o sentido novo, porque assim como vão variando as ex-
plicações do universo, também a sentença que antes parecera imutável para todo o sempre 
oferece subitamente outra interpretação, a possibilidade duma contradição latente, a evidên-
cia do seu erro próprio.Aqui, neste escritório onde a verdade não pode ser mais do que uma 
cara sobreposta às infinitas máscaras variantes, estão os costumados dicionários da língua e 
vocabulários, os Morais e Aurélios, os Morenos e Torrinhas, algumas gramáticas, o Manual do 
Perfeito Revisor, vademeco de ofício [...].
José Saramago. História do cerco de Lisboa. São Paulo: Companhia das Letras, 1989, p. 25-6.
Ainda no que se refere aos aspectos linguísticos do texto 6A1AAA, julgue o item que se segue.
Em “disse-o quem sabia” e em “Quem não sabe deve perguntar”, o verbo saber é intransitivo.
Está vendo a importância de se analisar a transitividade na construção?
O verbo SABER poderia ser:
• transitivo direto: Ele não sabia seu nome.
• transitivo indireto: Ele sabe das coisas.
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No caso das duas passagens do texto, o verbo SABER não possui complemento, por isso é 
considerado INTRANSITIVO.
Certo.
020. (CESPE/STF/ANALISTA JUDICIÁRIO/2013) O item apresenta fragmentos adaptados 
de textos diversos. Julgue-o quanto à correção gramatical.
Desde a sua promulgação, a Constituição da República Federativa do Brasil comprometeu-se 
a tratar, de forma igualitária e justa, aos cidadãos brasileiros.
Não existe a possibilidade de o verbo TRATAR reger a preposição “a”. No sentido da passagem, 
o verbo poderia ser transitivo direto (tratar os cidadãos) ou transitivo indireto, com a preposi-
ção de (tratar das pessoas).
Assim, não é válida a forma “tratar (...) aos cidadãos brasileiros”.
Errado.
021. (FCC/CMSP/TÉCNICO LEGISLATIVO/2014)
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era também cantor-compositor.
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o destacado acima está empregado em:
a) E Adoniran estava tão estabelecido como ator...
b) Primeiro surgiu o cantor-compositor...
c) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico...
d) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil...
e)... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução...
O verbo DESCOBRIR exige complemento direto (alguém descobre alguma coisa), logo é um 
verbo transitivo direto (TD).
A banca deseja saber em qual das opções se apresenta outro verbo TD.
�a) “E Adoniran estava tão estabelecido…” – verbo de ligação.
�Este verbo faz parte de um PREDICADO NOMINAL, ou seja, no papel de “núcleo” do predicado 
não está o verbo, que serve apenas para “ligar”,mas o adjetivo que o acompanha (PREDICATI-
VO DO SUJEITO).
�b) “Primeiro surgiu o cantor-compositor” – na ordem em que se apresenta a oração, o candidato 
ficaria “tentado” a marcar essa opção como correta, só que precisa observar que, na verdade, 
o que segue o verbo não é seu complemento, mas seu SUJEITO. Basta “perguntar” ao verbo: 
“o que surgiu?”, e a resposta indicará que “O cantor-compositor surgiu”. Assim, fica claro que o 
verbo SURGIR é INTRANSITIVO (I).
�c) “… esse título parece pleonástico” – o verbo PARECER, nesse sentido de “ter semelhança 
com, aparentar”, acompanhado de um predicativo, é um VERBO DE LIGAÇÃO.
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�d) “Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil…” – mais uma vez, um verbo de ligação.
�e) “… a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução…” – finalmente, um verbo que se apre-
senta com um objeto direto – TD.
Essa é a resposta.
Letra e.
022. (FCC/TRF-4ª/TÉCNICO/2014) Possuem os mesmos tipos de complemento os verbos 
grifados em:
a)... nossa época produz milagres todos os dias. //... o mito de que as humanidades humanizam.
b) Essa “cultura de massas” nasce com o predomínio... // Um deles é o de Gilles Lipovetski...
c) A pós-modernidade destruiu o mito de que... //... nossa época produz milagres todos os dias.
d) Essa cultura de massas nasce com o predomínio... //... e nem sempre contribui para...
e) ... as ciências podem prosperar nas proximidades... // A pós-modernidade destruiu o 
mito de que...
Outra forma de exigir o mesmo conhecimento é apresentar duas orações e o candidato deve 
identificar em qual opção os dois verbos grifados apresentam a mesma regência.
Dá mais trabalho, pois temos de ler tudo, mas não é difícil. Vamos lá.
�a) “… produz milagres” – TRANSITIVO DIRETO
�“… as humanidades humanizam” – INTRANSITIVO
�b) “Essa ‘cultura de massas’ nasce …” – INTRANSITIVO
�“Um deles é o de Gilles…” – VERBO DE LIGAÇÃO
�c) “… destruiu o mito…” – TRANSITIVO DIRETO (a estrutura “de que…” complementa a palavra 
MITO – Mais sobre isso veremos na aula sobre Termos da Oração e Análise Sintática).
�“nossa época produz milagres…” – TRANSITIVO DIRETO
�Essa é a resposta!
�d) “Essa cultura de massas nasce …” – INTRANSITIVO
�“e nem sempre contribui para …” – TRANSITIVO INDIRETO (Bem que o examinador tentou enga-
nar o candidato, mantendo apenas a preposição nessa reprodução, mas ela já seria necessária 
para identificar a transitividade do verbo na construção).
�e) “… as ciências podem prosperar …” – INTRANSITIVO
�“A pós-modernidade destruiu o mito…” – TRANSITIVO DIRETO
Letra c.
023. (FCC/DPE-AM/ASSISTENTE TÉCNICO DE DEFENSORIA/2018) A questão se baseia no 
texto apresentado abaixo.
Limites da ciência
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GRAMÁTICA
Os deuses parecem ter um prazer especial em desmoralizar quem faz profecias sobre os limi-
tes da ciência. Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos 
a composição química das estrelas. Bem, o método existe e hoje sabemos do que elas são 
feitas. Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar.
É verdade que Comte não era cientista, mas filósofo. Só que cientistas não se saem muito me-
lhor. Um dos maiores físicos de seu tempo, lorde Kelvin, escreveu em 1900: “Não há mais nada 
novo a ser descoberto na física; só o que resta fazer são medidas cada vez mais precisas”. 
Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc.
Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido). Ele 
sabe, portanto, que caminha em terreno perigoso quando se propõe a discutir os limites do 
conhecimento humano. Mas Du Sautoy, que é professor de matemática em Oxford e autor de 
vários livros de divulgação, tenta jogar em território razoavelmente seguro. Ele vai às fronteiras 
da ciência em que já temos informações suficientes para saber que há barreiras formidáveis a 
um conhecimento total.
A teoria do caos, por exemplo, assegura que nunca conseguiremos fazer previsões de longo 
prazo acerca de fenômenos como a meteorologia e engarrafamentos de trânsito. O problema 
é que alterações mínimas nas condições iniciais podem produzir alterações dramáticas depois 
de um tempo – e nós nunca temos conhecimento completo do presente.
Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável 
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento. Ao final, Du Sautoy 
retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas da incompletude de 
Gödel, que criam embaraços para a própria matemática. É diversão certa para quem gosta de 
grandes questões.
(Hélio Schwartsman. Disponível em: www.folha.uol.com.br. 19.11.2017)
Vieram depois disso relatividade, mecânica quântica, modelo padrão etc. (2º parágrafo)
A forma verbal empregada nessa frase é intransitiva, assim como a destacada em:
a) Marcus du Sautoy conta essas histórias em The Great Unknown (O Grande Desconhecido).
b) Analogamente, ele mostra como o princípio da incerteza, a extensão do cosmo e a provável 
inexistência do tempo também limitam a possibilidade de conhecimento.
c) Ao final, Du Sautoy retorna à sua especialidade e mergulha nas implicações dos teoremas 
da incompletude de Gödel [...]
d) Auguste Comte afirmou, em 1835, que nunca surgiria um meio para estudarmos a compo-
sição química das estrelas.
e) Sabemos até que nós somos feitos de poeira estelar.
Mais uma vez, temos de ler todas as opções. Vamos a elas.
�a) contar essas histórias  transitivo direto.
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GRAMÁTICA
�b) ele mostra ISSO (= como o princípio da incerteza...)  transitivo direto.
�c) retorna à sua especialidade  transitivo indireto.
�d) surgiria um meio  algo surge  intransitivo.
�A dificuldade nessa questão é que alguns verbos intransitivos costumam se apresentar com 
o sujeito (às vezes até sujeito oracional) posposto ao verbo, o que leva o candidato a pensar 
tratar-se de um objeto direto, e não do sujeito.
�Alguns desses verbos: ocorrer, acontecer, surgir, urgir.
�Essa é a resposta.
�e) Sabemos ISSO (= que nós mesmos somos feitos de poeira estelar)  transitivo direto.
Letra d.
024. (FGV/CÂMARA MUNICIPAL DE SALVADOR/ANALISTA LEGISLATIVO MUNICIPAL/2018)
Quem protege os cidadãos do estado?
Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate
O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações internacionais ratificadas 
pelos países, busca garantir aos cidadãos o acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no 
entanto, inúmeras situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo 
políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços públicos essenciais e 
envolvendo civis em conflitos armados, por exemplo.
Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a evitar que haja risco para 
a vida das pessoas nesses casos, como a Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos 
sem Fronteiras. Por meio de acordosinternacionais, essas instituições conseguem atuar em 
regiões de conflito onde há perigo para a população.
Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência de voluntariado em 
uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. Um grupo de médicos e jornalistas decidiu 
criar uma organização que pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida 
em conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma posição política favo-
rável ou contrária aos lados envolvidos. Assim, seus membros conseguem chegar a regiões 
remotas e/ou sob forte bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida.
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é preciso que as partes 
envolvidas no conflito respeitem os direitos dos pacientes atendidos. Assim, a organização 
informa a localização de suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é 
proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter humanitário da ação dos pro-
fissionais da organização.
O segmento abaixo que apresenta dois complementos (direto e indireto) é:
a) “garantir aos cidadãos o acesso pleno”;
b) “coloca a população em risco”;
c) “investindo poucos recursos nos serviços públicos”;
d) “haja risco para a vida das pessoas”;
e) “conseguem atuar em regiões de conflitos”.
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Vamos às opções.
�a) O verbo GARANTIR, na passagem, apresenta dois complementos: um direto (o acesso pleno) 
e outro indireto (aos cidadãos).
�Essa é a resposta.
�b) O verbo COLOCAR é transitivo direto, apenas. A expressão “em risco” tem valor adverbial.
�c) O verbo INVESTIR também é transitivo indireto, cabendo ao sintagma “nos serviços públicos” 
papel adverbial (onde se investem os recursos).
�d) O verbo HAVER, no sentido de existência/ocorrência, é transitivo direto: seu complemento 
é “risco”.
�e) O verbo CONSEGUIR é transitivo direto (alguém consegue alguma coisa) e o verbo ATUAR 
é, na construção, intransitivo.
Letra a.
025. (FCC/SEMAR-PI/AUDITOR-FISCAL AMBIENTAL/2018) Atenção: Considere o texto 
abaixo para responder a questão abaixo.
Com cerca de 16% da água doce disponível na Terra, o Brasil é um país rico nesse insumo(d) 
que a natureza provê de graça. Cada habitante conta com mais de 43 mil m3 por ano dos 
mananciais, mas apenas 0,7% disso termina utilizado. Nações como a Argélia e regiões como 
a Palestina, em contraste, usam quase a metade dos recursos hídricos disponíveis, e outras 
precisam obter recursos hídricos por dessalinização de água do mar.
Só em aparência, contudo, é confortável a situação brasileira. Em primeiro lugar, há o problema 
da distribuição(c): o líquido é tanto mais abundante onde menor é a população e mais preser-
vadas são as florestas, como na Amazônia. No litoral do país, assim como nas regiões Sudeste 
e Nordeste (onde se concentra 70% da população), muitos centros urbanos já enfrentam difi-
culdades de abastecimento.
Para anuviar o horizonte, sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global(b). Com as 
crescentes emissões de gases do efeito estufa, a atmosfera terrestre retém mais calor do Sol 
perto da superfície. Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar(e), energia que alimenta 
os ventos e tempestades.
Se os resultados das simulações do clima futuro feitas por modelos de computador estiverem 
corretos, algumas regiões poderão sofrer estiagens mais frequentes e graves, enquanto outras 
ficarão sujeitas a inundações.
O Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, um comitê com alguns dos maiores especialistas 
do país em climatologia, fez projeções sobre as alterações prováveis nas várias regiões, mas 
com diferentes graus de confiabilidade. As mais confiáveis valem para a Amazônia (aumento 
de temperatura de 5 °C a 6 °C e queda de 40% a 45% na precipitação até o final do século), para 
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o semiárido, no Nordeste (respectivamente 3,5 °C a 4,5 °C e − 40% a − 50%), e para os pampas, 
no Sul (2,5 °C a 3 °C de aquecimento e 35% a 40% de aumento de chuvas).
Não é possível afirmar com certeza que recentes secas no Sudeste e no Nordeste ou as inun-
dações em Rondônia tenham relação direta com a mudança global e regional do clima. Tam-
pouco se pode excluir que tenham. Por outro lado, é certo que esses flagelos, assim como 
o custo bilionário que acarretam, constituem uma boa amostra do que se deve esperar nas 
próximas décadas para o caso de o aquecimento global se agravar.
Ficar sem água, porém, é cena cada vez mais incomum no Nordeste, mesmo no semiárido, re-
gião onde moram 22 milhões de pessoas(a) e onde as chuvas são pouco previsíveis. Um siste-
ma improvisado de cisternas e açudes já supre, ainda que de forma irregular, as necessidades 
básicas da população, mesmo a mais isolada.
É uma realidade muito diferente das muitas secas do passado. Algumas das piores estiveram 
associadas ao fenômeno El Niño, aquecimento anormal das águas do Pacífico que costuma 
ser acompanhado de estiagens severas na Amazônia e no Nordeste.
(Adaptado de: Projeto multimídia Líquido e Incerto. Autores: ALMEIDA, Lalo de. LEITE, Marcelo. GERAQUE, Edu-
ardo. CANZIAN, Fernando. GARCIA, Rafael. AMORA, Dimmi. Disponível em: arte.folha.uol.com.br)
... energia que alimenta os ventos e tempestades.
No contexto, o verbo da frase acima possui o mesmo tipo de complemento do que se 
encontra em:
a) região onde moram 22 milhões de pessoas
b) sobrevêm os riscos de piora com o aquecimento global
c) Em primeiro lugar, há o problema da distribuição
d) o Brasil é um país rico nesse insumo
e) Aumenta, assim, a temperatura das massas de ar
O verbo ALIMENTAR é transitivo direto (que alimenta os ventos e tempestades).
Vamos, então, em busca do verbo TD.
�a) O verbo MORAR é transitivo indireto e rege a preposição EM, por isso houve o emprego do 
pronome ONDE, retomando a palavra “região”. O sintagma “22 milhões de pessoas” é o SUJEI-
TO da construção.
�b) Na ordem direta (sujeito + verbo + complemento), temos: “os riscos de piora com o aqueci-
mento global sobrevêm”, assim o verbo SOBREVIR é intransitivo.
�c) O verbo HAVER, no sentido de existência/ocorrência, É TRANSITIVO DIRETO: seu comple-
mento direto é “o problema da distribuição”. Essa é a resposta.
�d) O verbo SER é um verbo de ligação.
�e) O verbo AUMENTAR é intransitivo, sendo seu SUJEITO “a temperatura das massas de ar”.
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026. (FCC/DPE-RO/NÍVEL SUPERIOR/ADMINISTRADOR/2015)
A morte e a morte do poeta
Ao ler o seu necrológio no jornal outro dia, o pianista Marcos Resende primeiro tratou de verifi-
car que estava vivo, bem vivo. Em seguida gravou uma mensagem na sua secretária eletrôni-
ca: “Hoje é 27 e eu não morri. Não posso atender porque estou na outra linha dando a mesma 
explicação”. Quando li esta nota, me lembrei de como tudo neste mundo caminha cada vez 
mais depressa. Em 1862, chegou aqui a notícia da morte de Gonçalves Dias.
O

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