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CONTABILIDADE GERAL

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TÓPICOS DE 
CONTABILIDADE GERAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
I INTRODUÇÃO 
 
Para o exercício de funções relevantes, o contador necessita de uma preparação educacional bastante 
sólida, que envolva não somente uma formação técnica aprimorada como também uma razoável formação 
cultural e humanística. 
Além do completo domínio das normas e princípios contábeis, o contador deve também possuir sólidos 
conhecimentos de matemática e estatística, de contabilidade aplicada, de direito, bem como de princípios de 
economia empresarial, de organização de empresas, administração, além das normas de ética profissional. 
Na sua importância e versatilidade, o curso de Ciências contábeis expande seus raios de ação às pessoas 
de direito público, colocando-se a serviço da União, Estados, Municípios, Autarquias, Fundações etc. 
O campo de atuação dos profissionais da área é vasto e promissor, garantindo o sucesso de todos aqueles 
que se graduarem no mundo fascinante da CONTABILIDADE. 
 
A PROFISSÃO 
Mais do que nas atividades industriais, comerciais, financeiras, agropecuárias, de entretenimento, lazer, 
saúde, transportes, enfim toda a gama das ações empresariais existentes no mundo, a CONTABILIDADE, por 
ser indispensável em todas elas, deve estar atenta às exigências dos tempos modernos e do futuro próximo. 
Linguagem universal dos negócios, a importância da contabilidade é indiscutível, e , por isso mesmo, mister se 
faz que o profissional busque o aprimoramento permanente de seus métodos de ensino. 
 
HISTORIA 
A história da contabilidade é tão antiga quanto à própria história da civilização. Está ligada às primeiras 
manifestações humanas da necessidade social de proteção à posse e de perpetuação e interpretação dos fatos 
ocorridos com o objeto material de que o homem sempre dispôs para alcançar os fins propostos. 
Pesquisas arqueológicas descobriram em esculturas, lápides e urnas funerárias: numeração e 
contabilidade de bens patrimoniais, datados aproximadamente 8.000 a.C, portanto é impossível estabelecer 
uma data e local concreto do surgimento da contabilidade. 
Portanto a contabilidade como outras ciências, não houve um inventor ou descobridor, sua origem foi 
através do desenvolvimento das necessidades coletivas, onde o homem primitivo teve que achar um meio para 
registrar esses fatos para atender ao crescimento de seus bens. 
A origem da Contabilidade está ligada a necessidade de registros do comércio. Há indícios de que 
as primeiras cidades comerciais eram dos fenícios. A prática do comércio não era exclusiva destes, sendo 
exercida nas principais cidades da Antiguidade. 
A atividade de troca e venda dos comerciantes requeria o acompanhamento das variações de seus bens 
quando cada transação era efetuada. As trocas de bens e serviços eram seguidas de simples registros ou 
relatórios sobre o fato. Mas as cobranças de impostos, na Babilônia já se faziam com escritas, embora 
rudimentares. 
É importante lembrarmos que naquele tempo não havia o crédito, ou seja, as compras, vendas e trocas 
eram à vista. Posteriormente, empregavam-se ramos de árvore assinalados como prova de dívida ou quitação. O 
desenvolvimento do papiro (papel) e do cálamo (pena de escrever) no Egito antigo facilitou extraordinariamente 
o registro de informações sobre negócios. 
No período medieval, diversas inovações na contabilidade foram introduzidas por governos locais e pela 
igreja.Mas é somente na Itália que surge o termo Contabilitá. 
Pode-se resumir a evolução da ciência contábil da seguinte forma: 
· Contabilidade do Mundo Antigo - período que se inicia com as primeiras civilizações e vai até 1202 da Era 
Cristã, quando apareceu o Liber Abaci , da autoria de Leonardo Fibonaci. 
· Contabilidade do Mundo Medieval - período que vai de 1202 da Era Cristã até 1494, quando apareceu o 
Tratactus de Computis et Scripturis (Contabilidade por Partidas Dobradas) de Frei Luca Paciolo, 
publicado em 1494, enfatizando que à teoria contábil do débito e do crédito corresponde à teoria dos números 
positivos e negativos, obra que contribuiu para inserir a contabilidade entre os ramos do conhecimento humano. 
· Contabilidade do Mundo Moderno - período que vai de 1494 até 1840, com o aparecimento da Obra "La 
Contabilità Applicatta alle Amministrazioni Private e Pubbliche" , da autoria de Franscesco Villa, premiada pelo 
governo da Áustria. Obra marcante na história da Contabilidade. 
· Contabilidade do Mundo Científico - período que se inicia em 1840 e continua até os dias de hoje. 
Nos últimos 150 anos de doutrina contábil, muitas foram às teorias que procuraram identificar o objeto de estudo 
e as finalidades da Contabilidade. Destas teorias, a que é hoje universal e quase unanimemente aceita, é a do 
patrimonialismo, exposta por Vicenzo Mazi, que elegeu como objeto da contabilidade o PATRIMÔNIO, com 
enfoque para os fenômenos nele ocorridos. 
 
3 
 
 
1. CONCEITOS DA CONTABILIDADE 
 
Contabilidade é a ciência social que visa ao registro e ao controle dos atos e fatos econômicos, 
financeiros e administrativos das entidades. Trata-se de um sistema de informação e avaliação destinado a 
prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica, financeira, física e de produtividade, 
com relação à entidade objeto de contabilização. 
" ... é a metodologia concebida para captar, registrar, acumular, resumir e interpretar os fenômenos que afetam as 
situações patrimoniais, financeiras e econômicas de uma entidade" (Sergio de Iudícibus) 
" ... é a ciência que estuda e controla o patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva 
e interpretação dos fatos nele ocorridos, com o fim de oferecer informações sobre sua composição e variações, 
bem como sobre o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza patrimonial" (Hilário Franco) 
"... é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de registro relativo aos atos e fatos da 
administração econômica". (!º Congresso Bras.Contabilidade, 1924). 
" ... é o conjunto das ciências aplicadas no estudo e controle dos elementos patrimoniais, bem como na 
interpretação e registro das variações neles ocorridas num determinado período - o exercício financeiro" 
(Orismar Pereira Costa) 
A Contabilidade é uma ciência econômica utilizada como instrumento de informação, através da qual 
passa a se conhecer a estrutura econômico-financeira das entidades (aziendas). Ela utiliza metodologia própria 
para resumir e acumular os dados relacionados com o patrimônio das entidades. 
Aziendas = têm um conceito mais amplo que entidades. Compreende também os entes sem fins lucrativos, 
inclusive o complexo de bens, direitos e obrigações de uma pessoa natural, de um governo. 
Vários são os conceitos de Contabilidade, atribuindo-lhes, invariavelmente, o condão de ciência. 
Outrora, quando ainda não sedimentados os princípios que a regem, chamavam-na inclusive de arte. Porém, ela 
deve ser entendida como ciência, como bem esclarece a RESOLUÇÃO CFC Nº 774/94, que Aprova o Apêndice 
à Resolução sobre os Princípios Fundamentais de Contabilidade do CONSELHO FEDERAL DE 
CONTABILIDADE, publicado no Diário Oficial da União em 18 de janeiro de 1995 
 
1.1 OBJETO 
 O objeto ou a matéria-prima da contabilidade de qualquer entidade é o seu patrimônio, elemento 
comum a todos os conceitos acerca desta ciência. 
O objeto da Contabilidade é o PATRIMÔNIO das AZIENDAS (entidades), sejam elas com ou sem fins 
lucrativos. Por Patrimônio entende-se o conjunto de bens, direitos e obrigaçõesde uma entidade, ou seja, os 
elementos e/ou meios necessários à existência e à consecução das suas finalidades. 
 
1.2 FINALIDADES 
Sérgio de Iudícibus manifesta o seu conhecimento dizendo que: "o objetivo da contabilidade repousa 
mais na construção de um 'arquivo básico de informação contábil,' que possa ser utilizado, de forma flexível, por 
vários tipos de usuários, cada um com ênfases diferentes neste ou naquele tipo de informação, neste ou naquele 
princípio de avaliação, porém extraídos todos os informes do arquivo básico ou 'data-base' estabelecido pela 
contabilidade, embora alguns requerendo 'tratamento' prévio especial da Contabilidade Gerencial”. 
Assim, de forma resumida e objetiva, podemos dizer que a finalidade/objetivo da Contabilidade é 
fornecer informações de cunho econômico-administrativo aos mais diversos usuários. Por isso, essas 
informações devem ser as mais amplas possíveis, evidenciando todos os aspectos relevantes, tanto quantitativos 
quanto qualitativos, que possam interferir no patrimônio das entidades (aziendas). Diante de tais objetivos, não 
encontramos óbice para concluir que a contabilidade é tão remota quanto é a existência do homem pensante na 
face da terra, pois a necessidade de informações/evidenciações acerca das existências sempre se fez presente na 
vida humana. 
Através do controle do patrimônio (FUNÇÃO ADMINISTRATIVA) e apuração do resultado das 
aziendas (FUNÇÃO ECONÔMICA), presta informações às pessoas que tenham interesse em avaliar a situação 
patrimonial e o desempenho destas entidades. 
Pode-se citar também como finalidades (objetivos) da Contabilidade: - conhecer as fontes de 
financiamento e as aplicações de recursos existentes; - permitir que os fatos ocorridos sejam corretamente 
interpretados, tenham eles afetado qualitativa ou quantitativamente o patrimônio; - auxiliar na tomada de 
decisões. 
A contabilidade tem como finalidade principal assegurar o controle do patrimônio administrativo, 
fornecendo informações sobre a sua composição e as suas variações, objetivando, em conseqüência, avaliar o 
resultado das atividades econômicas desenvolvidas pela entidade para alcançar seus fins. 
 
4 
Assim, a informação contábil é utilizada com as finalidades básicas de controle, assim considerado o 
processo de acompanhar o cumprimento de metas pré-estabelecidas e de, conseqüência, a evolução do 
patrimônio, e de planejamento que permite aos responsáveis pela entidade, com base nas informações contábeis, 
determinam, as metas a serem alcançadas. 
As finalidades podem ser catalogadas de várias formas, entretanto serão aqui agrupadas em: 
 
1.2.1 FINALIDADE DE CONTROLE 
Pode ser conceituada como um processo pelo qual a alta administração se certifica, na medida do 
possível, de que a organização está agindo em conformidade com os planos e políticas traçadas pelos donos do 
capital e pela própria alta administração, não apenas dentro de uma visão restrita de controle como função 
policial e de fiscalização. A informação contábil é útil ao processo de controle como meio de comunicação 
(informação), motivação (fazer o que se deseja que se faça) e verificação (avaliação da qualidade dos serviços 
executados - desempenho). 
 
1.2.2 FINALIDADE DE PLANEJAMENTO 
É o processo de decidir que curso de ação deverá ser tomado para o futuro. O processo de planejamento 
deve ser diferenciado do conceito simples previsão A informação contábil, principalmente no que se refere ao 
estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade com os planos orçamentários, é de 
grande utilidade no planejamento empresarial. 
 
1.2.3 FINALIDADE DE GERENCIAL - VISÃO GERENCIAL 
 
 Em virtude das novas exigências do mercado, surgiram especializações que transformaram a 
contabilidade. Do ponto de vista organizacional, o profissional e o usuário da contabilidade estão ampliando o 
seu campo de domínio, lidando com a informática da melhor maneira possível, fazendo bom uso do computador. 
Esse novo profissional tem um perfil diferente daquele de pelo menos 10 (dez) anos atrás. 
O sucesso profissional, na atual conjuntura, depende de alguns fatores importantes, como: capacidade de 
interpretar corretamente a legislação, principalmente a societária e a tributária, senso de organização e controle, 
domínio da informática e visão gerencial. Esse novo perfil exige aprimoramento constante. 
 A Contabilidade exige que se tenha visão gerencial ampla, por meio da qual terá condições de proceder 
a uma análise crítica da posição econômica e financeira da empresa, podendo visualizar facilmente as distorções 
apresentadas nos relatórios gerados pelos sistemas, determinando a seus auxiliares as correções necessárias. Essa 
visão gerencial proporciona ao profissional condição de ajudar a administração da empresa, de forma 
considerável, na tomada de decisões importantes, uma vez que ele pode ter rapidamente em suas mãos 
informações que antes demandavam enorme tempo. 
 A contabilidade deve ser estruturada de maneira que permita ao profissional e usuário acompanhar com 
facilidade os trabalhos desenvolvidos. Os sistemas de contabilidade informatizados são fundamentais para esse 
trabalho, porque contam com recursos valiosos para o acompanhamento das contas, além de gerarem relatórios 
que auxiliam nas análises dos balancetes. 
 Além de acompanhar com mais facilidade os procedimentos rotineiros de sua área, a visão gerencial 
possibilita projeção de resultados, com informações importantes para os usuários administradores ou 
proprietários das empresas, por meio da elaboração de relatórios minuciosos e de gráficos comparativos. A 
formação profissional do Administrador deve permitir que ele tenha visão gerencial ampla, por meio da qual terá 
condições de proceder a uma análise crítica da posição econômica e financeira da empresa, podendo visualizar 
facilmente as distorções apresentadas nos relatórios gerados pelos sistemas, determinando a seus auxiliares as 
correções necessárias. 
 
1.4 CAMPO DE APLICAÇÃO 
São as aziendas. O campo de atuação ou aplicação da contabilidade de forma abrangente pode ser composta 
pelos seguintes elementos ou agentes econômicos (entidades): - Pessoa física ou natural; Entidade de finalidade 
não-lucrativa; Entidade de direito público; Empresa mercantil. 
 
1.5 USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
São as pessoas (físicas ou jurídicas) interessadas nas informações prestadas pela Contabilidade,são elas: 
a) a pessoa física cujo patrimônio esteja sendo contabilizado; b) os acionistas, sócios ou proprietários de 
pessoas jurídicas; c) administradores de pessoas jurídicas; d) financiadores de recursos (credores) – interessam-
se pelo fluxo financeiro do tomador de recursos e também pelas garantias oferecidas; e) governo – com base na 
contabilidade das empresas impõe tributação às mesmas e realiza análise global da economia do país; f) 
concorrentes; e, g) especuladores. 
 
5 
A contabilidade deve ter condições de fornecer um conjunto de informações, necessárias a tomada de 
decisões e a apreciação, a vários grupos de pessoas interessadas no sucesso da entidade, as quais alojam-se no 
ambiente interno ou externo do empreendimento. Dentre estes grupos destacam-se os proprietários, os 
administradores, emprestadores de dinheiro, fornecedores, Governos e comunidade em geral. 
 
1.6 TÉCNICAS CONTÁBEIS 
Para a perfeita aplicação das funções de registrar, controlar e orientar, a Contabilidade se vale de 
técnicas, que são os conhecimentos práticos da ciência contábil. 
Técnica contábil é, portanto, a aplicação prática da ciência - CONTABILIDADE -, que são expressas 
em número de quatro: escrituração, demonstrações contábeis,análise de balanço e auditoria. 
 
1.6.1. ESCRITURAÇÃO: 
É o registro dos fatos (pelo método das partidas dobradas) que influenciam o patrimônio de uma 
entidade e deve ser feito em ordem cronológica (dia, mês e ano) e em grupos de fatos homogêneos de modo 
que possam identificar um determinado componente patrimonial. Deve-se observar, sempre, por ocasião dos 
registros, os princípios fundamentais de contabilidade, pois só assim, estaremos diante da Contabilidade 
concebida cientificamente. Por pertinente, ressalte-se que a técnica é gênero da qual o método é espécie. Assim, 
a técnica é a escrituração que é posta em prática pelo método das partidas dobradas. 
Partida Dobrada, em Contabilidade, na definição de Antônio Lopes de Sá é o "registro de um fato ou 
de vários fatos patrimoniais em forma contábil, caracterizando-se a conta, o histórico, os valores e a data em 
que se verificou o fato. A partida pode assumir formas diferentes e obedecer a critérios diferentes. A partida é o 
registro em forma contábil propriamente dito." 
 
1.6.2. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: 
São os relatórios, organizados sinteticamente, onde se resumem as informações contábeis de forma 
metódica, atendendo cada um a uma finalidade específica. As demonstrações contábeis, segundo a Lei n.º 
6.404/1976 (Lei das S/As), são o 1.balanço patrimonial, 2.demonstrativo do resultado do exercício, 
3.demonstrativo dos lucros ou prejuízos acumulados e 4.demonstrativo das origens e aplicações de 
recursos. Os demonstrativos são organizados de forma sintética, pois representa, em sua essência, um resumo da 
escrituração contábil. 
 
1.6.3. AUDITORIA: 
É a técnica contábil que tem por objetivo a verificação ou revisão de registros, demonstrações e 
procedimentos adotados para a escrituração, visando avaliar a adequação e a veracidade das situações 
memorizadas e expostas. É, hoje, um exame sistemático, racional, organizado metodologicamente, para 
produzir opiniões sobre as situações patrimoniais, financeiras, de resultado, de produtividade, de risco, de 
legalidade, de economicidade, de eficácia, em suma, de todos os aspectos da vida patrimonial, essa 
definição é da autoria de Antônio Lopes de Sá. 
 
1.6.4. ANÁLISE DE BALANÇO: 
É técnica que se utiliza de métodos e processos científicos (estatísticos) na decomposição, 
comparação e interpretação do conteúdo das demonstrações contábeis, para a obtenção de informações 
analíticas. Veja-se que a análise não se limita ao Balanço Patrimonial, estendendo-se às outras demonstrações 
contábeis. É oportuno que se chame atenção ao fato de que a Auditoria e a Análise de Balanços serem, também, 
especializações da Contabilidade. 
 
 
6 
1.7 PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE 
(Resolução CFC nº 750/93, com alterações pela Resolução CFC nº 1.282/10) 
 
Os Princípios de Contabilidade são regras, doutrinas, essências e teorias que a profissão contábil utiliza 
para fixar padrões de comparação e de credibilidade em função do reconhecimento dos critérios adotados para a 
elaboração das demonstrações financeiras. Desta forma, as regras gerais da ciência contábil no Brasil são regidas 
pelos Princípios de Contabilidade. Segue a exposição da regra que todos os contabilistas têm de seguir como 
ponto inicial da profissão. São Princípios de Contabilidade: Entidade; Continuidade; Oportunidade; 
Registro pelo Valor Original; Atualização Monetária; Competência; Prudência. 
 
Principio da Entidade: Reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia 
patrimonial, ou seja, a Contabilidade deve ter plena distinção e separação entre pessoa física e pessoa jurídica. 
Enfim, o patrimônio da empresa jamais se confunde com o dos seus sócios. 
Principio da Continuidade: O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no 
futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta 
circunstância. 
Principio da Oportunidade: Refere-se ao momento em que devem ser registradas as variações patrimoniais. 
Devem ser feitas de forma integra e tempestiva, independentemente das causas que as originaram, contemplando 
os aspectos físicos e monetários. A integridade dos registros é de fundamental importância para a análise dos 
elementos patrimoniais, pois todos os fatos contábeis devem ser registrados. 
Principio do Registro pelo Valor Original: Os componentes do patrimônio devem ser registrados pelos 
valores originais das transações com o mundo exterior, expressos a valor presente na moeda do País, que serão 
mantidos na avaliação das variações patrimoniais posteriores, inclusive quando configurarem agregações ou 
decomposições no interior da entidade. 
Principio da Atualização Monetária: Os efeitos da alteração do poder aquisitivo da moeda nacional devem ser 
reconhecidos nos registros contábeis através do ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes 
patrimoniais. 
Principio da Competência: As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período 
em que ocorrerem, sempre simultaneamente quando se relacionarem, independentemente de recebimento ou 
pagamento. 
Principio da Prudência: Determina a adoção do menor valor para os componentes do Ativo e do maior valor 
para os componentes do Passivo, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação 
das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido. – visa a prudência na preparação dos registros 
contábeis, com a adoção de menor valor par os itens do ativo e da receita, e o de maior valor para os itens do 
passivo e de despesa. 
 
1.7.1 CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DE INFORMAÇÃO EM DEMONSTRAÇÕES 
CONTÁBEIS 
 
Além dos Princípios de Contabilidade estudados anteriormente, existem características qualitativas de 
enorme importância no estudo da ciência contábil. A seguir destacamos algumas dessas características 
apresentadas na integra na pela Resolução CFC nº 1255/10. 
Compreensibilidade - A informação apresentada em demonstrações contábeis deve ser apresentada de 
modo a torná-la compreensível por usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades 
econômicas e de contabilidade, e a disposição de estudar a informação com razoável diligência. Entretanto, a 
necessidade por compreensibilidade não permite que informações relevantes sejam omitidas com a justificativa 
que possam ser de entendimento difícil demais para alguns usuários. 
Relevância – A informação fornecida em demonstrações contábeis deve ser relevante para as 
necessidades de decisão dos usuários. A informação tem a qualidade da relevância quando é capaz de influenciar 
as decisões econômicas de usuários, ajudando-os a avaliar acontecimentos passados, presentes e futuros ou 
confirmando, ou corrigindo, suas avaliações passadas. 
Materialidade - A informação é material e, portanto tem relevância se sua omissão ou erro puder 
influenciar as decisões econômicas de usuários, tomadas com base nas demonstrações contábeis. 
Confiabilidade - A informação fornecida nas demonstrações contábeis deve ser confiável. A 
informação é confiável quando está livre de desvio substancial e viés, e representa adequadamente aquilo que 
tem a pretensão de representar ou seria razoável de se esperar que representasse. 
Primazia da essência sobre a forma - Transações e outros eventos e condições devem ser 
contabilizados e apresentados de acordo com sua essência e não meramente sob sua forma legal. Isso aumenta a 
confiabilidade das demonstrações contábeis. 
 
7 
Prudência - As incertezas que inevitavelmente cercam muitos eventos e circunstâncias são reconhecidas 
pela divulgação de sua natureza e extensão e peloexercício da prudência na elaboração das demonstrações 
contábeis. 
Integralidade - Para ser confiável, a informação constante das demonstrações contábeis deve ser 
completa, dentro dos limites da materialidade e custo. Uma omissão pode tornar a informação falsa ou torná-la 
enganosa e, portanto, não confiável e deficiente em termos de sua relevância. 
Comparabilidade - Os usuários devem ser capazes de comparar as demonstrações contábeis da 
entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências em sua posição patrimonial e financeira e no seu 
desempenho. Os usuários devem, também, ser capazes de comparar as demonstrações contábeis de diferentes 
entidades para avaliar suas posições patrimoniais e financeiras, desempenhos e fluxos de caixa relativos. 
Tempestividade - Para ser relevante, a informação contábil deve ser capaz de influenciar as decisões 
econômicas dos usuários. Tempestividade envolve oferecer a informação dentro do tempo de execução da 
decisão. Se houver atraso injustificado na divulgação da informação, ela pode perder sua relevância. 
 
 
2. ESTÁTICA PATRIMONIAL: O BALANÇO 
A Contabilidade objetiva medir o desempenho da Entidade. 
O Balanço Patrimonial é uma das mais importantes demonstrações contábeis, por meio do qual se pode 
apurar (atestar) a situação patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento. 
 
2.1 O BALANÇO PATRIMONIAL 
 Conjunto de Bens, Direitos e Obrigações de uma entidade. 
 Representação quantitativa do patrimônio de uma entidade; 
 Está claramente evidenciado: O ATIVO, O PASSIVO E O PATRIMÔNIO LÍQUIDO. 
 
1. O ATIVO compreende os bens, direitos da entidade expressos em moeda. Representado graficamente no 
lado esquerdo. 
2. O PASSIVO compreende basicamente as obrigações. 
Representado graficamente no lado direito. 
3. PATRIMÔNIO LÍQUIDO é a diferença entre o valor do Ativo e do Passivo de uma entidade, em 
determinado momento. 
A Contabilidade atribui um nome a cada um dos lados do gráfico, em forma de T, chamando de ATIVO 
o conjunto de direitos e bens, que formam o conjunto de elementos “positivos” da entidade, situados no lado 
esquerdo do gráfico, são também chamados de “aplicações” dos recursos. 
Ao lado direito do gráfico chama-se de PASSIVO, que é o conjunto composto pelas obrigações, que 
formam o grupo de elementos “negativos” da entidade e representam as “origens” de recursos aplicados no 
Ativo. 
“Positivo” ou “negativo” porque em última análise uma obrigação não é uma situação muito confortável, 
ao passo que um bem ou direito é mais confortável, mas isso só em tese, pois muitas vezes conseguir 
financiamentos externos pode ser muito produtivo à entidade. 
Do lado direito também aparece outro grupo de elementos, chamado de PATRIMÔNIO LÍQUIDO, 
correspondendo exatamente à diferença entre ATIVO e PASSIVO, chamado também de Investimento Próprio 
por alguns autores ou Capital Próprio e até mesmo de Situação Líquida. 
 
2.2 FONTES DE PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
a) Investimentos – Efetuados pelos proprietários em troca de ações, quota ou outras participações. 
b) Lucros Acumulados na entidade como fonte (adicional) de financiamento. 
 
2.3. EQUAÇÃO FUNDAMENTAL DO PATRIMÔNIO 
O patrimônio líquido é conhecido como sendo o Ativo (-) o Passivo e recebe também as denominações 
de Situação Líquida ou Capital Próprio ou ainda por alguns autores como Investimento Próprio, por representar 
a parte do patrimônio que efetivamente pertence à Entidade, pois o restante dos bens e direitos estará 
comprometido por obrigações com terceiros, chamando-se a estes de “bens de terceiros” ou Capital de Terceiros. 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO = ATIVO - PASSIVO 
Quando se fala em equação, matematicamente e também em Contabilidade, estamos nos referindo a uma 
igualdade, e esta igualdade sempre ocorrerá quando os lançamentos contábeis forem efetuados de forma correta 
dentro do método das partidas dobradas. Assim sendo, temos que os bens, direitos e obrigações, aliados ao 
patrimônio líquido devem satisfazer a equação apresentada a seguir: 
Da análise da equação patrimonial, conclui-se que esta pode apresentar três situações possíveis: 
 
8 
Patrimônio Líquido = Bens + Direitos (-) Obrigações ou 
PL = ATIVO – PASSIVO ou 
ATIVO = PASSIVO + PL 
1ª Situação: 
Ativo (bens + direitos) é maior que o Passivo (obrigações), e como o Patrimônio Líquido é Ativo (-) 
Passivo, teremos um Patrimônio Líquido positivo, ou Situação Líquida positiva. 
De forma simplificada esta situação é representada da seguinte maneira: 
Para esta situação diz-se Situação Líquida positiva, sendo A > P, com PL > 0, esta é a situação desejada 
para qualquer entidade, ou seja: o Patrimônio Líquido assumir saldo credor para satisfazer a igualdade: A - P - 
PL = 0. 
 
2ª Situação: 
Quando o Ativo é menor que o Passivo, gerando um Patrimônio Líquido ou Situação Líquida ou 
Capital Próprio Negativo. Nota-se que nesta situação o PL assume as características do Ativo, com saldo 
devedor. Esta situação caracteriza a inexistência de capital próprio conhecido como Passivo a Descoberto e no 
Balanço Patrimonial ela pode estar representada pela conta: Prejuízos Acumulados. 
Para que ocorra passivo a descoberto, a conta PREJUÍZOS ACUMULADOS deve ser, 
necessariamente, maior que as demais contas que compõem o PL que não sejam retificadoras. A conta Prejuízos 
Acumulados se constitui numa conta retificadora de PL e conforme a Lei n.º 6.404/76, deve figurar no grupo do 
Patrimônio Líquido, sendo portanto a situação acima apresentada um mero recurso didático. 
Mas fique atento, pois já houve prova de concurso em que foi exigida a forma acima representada, 
guiando-se o examinador meramente pela natureza dos saldos das contas. 
Podemos ter, também, a situação em que o PL = P, havendo a inexistência de bens e direitos, ou seja, A = 0. 
Essa hipótese caracteriza a pior situação (relativa) possível, pois o passivo está 100% a descoberto. 
Assim, se no próximo concurso nos for apresentada uma situação em que o patrimônio líquido é igual ao 
passivo, devemos ter muito cuidado para responder, pois pode representar que não há ativo, dando a conotação 
de o passivo ser o próprio patrimônio líquido, o que constitui a pior situação patrimonial possível. Vale dizer, o 
passivo exigível representa o Prejuízo Acumulado. 
 
3ª Situação: 
Quando o Passivo for igual ao Ativo teremos caracterizada a inexistência de Capital Próprio ou a situação 
líquida nula. A = P 
Resumindo, tem-se: 
1ª Situação 
a) A > P _ Situação Líquida Positiva ou Superavitária. 
b) A = SL _ Situação Líquida positiva sem obrigações 
2ª Situação 
A < P _ Situação Líquida Negativa “passivo a 
descoberto” 
A = 0 _ P = SL _ Pior situação possível 
3ª Situação 
A = P _ Situação Líquida Nula 
O Patrimônio Líquido é composto por apenas três elementos básicos: Capital; Reservas; Lucros 
ou prejuízos acumulados. 
O Capital, como já definido, representa a importância que os sócios ou acionistas entregaram a sociedade, 
bem como as importâncias geradas por esta entidade e que esteja formalmente incorporada. 
Lucros ou Prejuízos Acumulados representam o resultado da própria evolução da entidade. 
As Reservas podem ser de capital, de lucros ou de reavaliação de bens do ativo. 
 
2.4. REPRESENTAÇAO DOS ESTADOS PATRIMONIAIS 
O Patrimônio Líquido (PL) é a diferença algébrica entre o Ativo (A) e o Passivo (P). Com base na 
equação do balanço (A-P=PL), temos 5(cinco) estados: 
1º - Quando A maior P teremos PL maior 0 ou A = P + PL 
Revela existência da riqueza própria. 
 
2º - Quando A maior P e P = 0 teremos PL maior 0 ou A = PL 
Revela a inexistênciade dívidas (Passivo); logo, propriedade plena de Ativo. 
 
9 
No caso de o PL ser igual ao Ativo, ocorre a inexistência de obrigações ou participação de Capitais de 
Terceiros, uma característica encontrada, normalmente, no início da atividade das entidades. 
 
3º - Quando A + PL= P teremos PL = 0 ou A = P 
Revela a inexistência de riqueza própria, como, por exemplo, acontece com o individuo que possui bens 
a sua disposição, mas os deve pagar totalmente. 
 
4º - Quando A menor P teremos PL menor 0 ou A + PL = P 
Revela má situação, existência de “Passivo a Descoberto” nome tecnicamente correto do que 
“Patrimônio Líquido Negativo” 
 
5º - Quando P menor A e A= 0 teremos PL menor 0 ou PL = P 
Revela inexistência de Ativo, inexistência de bens e/ou direitos. Apenas Dívidas e Obrigações. 
Os dois últimos estados patrimoniais (4º E 5º ) raramente ocorrem, na realidade principalmente o 
último, quando a empresa praticamente já não tem condições de subsistência. 
 
3. ESTUDO DO PATRIMÕNIO 
 
3.1 - CONCEITUAÇÃO 
 Sendo a Contabilidade ... "... é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação, de controle e de 
registro relativo aos atos e fatos da administração econômica". (!º Congresso Brasileiro de Contabilidade, 
1924). Temos: 
Atos administrativos são os acontecimentos que ocorrem na empresa e que não provocam modificações no 
Patrimônio. 
Fatos administrativos são os acontecimentos que provocam alterações nos valores patrimoniais, podendo ou 
não alterar o Patrimônio Líquido. Os fatos administrativos classificam em Permutativos, Modificativos e Mistos. 
Fatos Permutativos são aqueles que permutam os elementos componentes do Ativo e/ou do Passivo sem 
interferir no Patrimônio Líquido da entidade. 
Fatos Modificativos são aqueles que acarretam alterações para mais ou para menos, no Patrimônio Líquido da 
entidade. 
Fatos Mistos são aqueles que englobam, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato modificativo. 
Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigação de uma entidade. Graficamente, pode ser assim 
representado 
- Bens - São as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e suscetíveis de avaliação econômica. Do 
ponto de vista contábil pode-se definir como bem tudo aquilo que uma entidade possui, seja para uso, troca ou 
consumo, sendo de natureza material ou imaterial: 
Bem de uso: balcão, mesa de escritório, ferramentas, etc; 
 Bem de consumo: papel de embrulho, caneta, etc; 
 Bem de troca: mercadoria para revenda; 
 Bens materiais ou tangíveis: móveis e imóveis. 
 Bens imateriais ou intangíveis: marcas, patentes e ponto comercial. 
- Direitos - são os valores que a entidade tem a receber de terceiros: 
 Títulos a receber; 
  Adiantamentos a terceiros; 
  Aluguéis pagos antecipadamente. 
- Obrigações - são os valores que a entidade deve para terceiros e para os seus proprietários. Exemplos: 
 Passivo real formado pelos recursos de terceiro, como duplicatas a pagar; impostos a recolher e empréstimos 
bancários; 
 Patrimônio Líquido formado pelos recursos próprios, como capital social, reservas e lucros acumulados; 
 
3.2 - EVIDENCIAÇÃO DO PATRIMÔNIO 
PATRIMÔNIO 
BENS DIREITOS 
 
OBRIGAÇÕES 
 
10 
 O patrimônio de qualquer entidade é demonstrado através do demonstrativo contábil denominado 
Balanço Patrimonial. 
Balanço Patrimonial tem a finalidade de evidenciar, quantitativamente e qualitativamente, numa 
determinada data, a posição patrimonial e financeira da entidade. Os elementos patrimoniais são enquadrados e 
classificados em grupos ou estruturas, as quais, tecnicamente, recebem as denominações de Ativo, Passivo e 
Patrimônio Líquido, sendo assim constituídos: 
BALANÇO PATRIMONIAL 
ATIVO PASSIVO e PATRIMÕNIO LÍQUIDO 
Um dos princípios fundamentais de Contabilidade é o Princípio da Entidade. 
Com base neste princípio a Contabilidade deve tratar a pessoa jurídica (empresa) distintamente das 
pessoas físicas e/ou jurídicas dos proprietários. A Contabilidade, nos exemplos a seguir, é feita para a entidade e 
não para os seus proprietários; portanto, todo o estudo que faremos será voltado para os interesses da entidade 
como distinta de seus proprietários, muito embora, o que for útil para a empresa, usualmente, será útil para os 
seus sócios ou acionistas. 
O balanço patrimonial é um dos mais importantes demonstrativos contábeis, através do qual podemos 
identificar, em um determinado momento, a situação patrimonial e financeira de uma pessoa jurídica. Nesta peça 
contábil é que se evidencia o ativo, o passivo, o resultado de exercícios futuros e o patrimônio Líquido. 
 
ATIVO - compreende todos os bens e direitos de propriedade da entidade, mensuráveis monetariamente e que 
representam benefícios ou futuros para esta, os quais são considerados aplicações ou usos dos recursos 
colocados à disposição da entidade. 
Para que um elemento seja considerado ATIVO, necessariamente, ele deve apresentar as seguintes 
características: 
- ser um bem ou um direito; Ex: dinheiro, veículo, etc 
- ser valorável monetariamente; Ex: avaliável em dinheiro 
- ser de propriedade da entidade, não bastando apenas a sua posse; 
- ser capaz de gerar benefícios presentes ou futuros para a entidade. Ex: Títulos a receber de uma empresa 
falida, etc. 
- ATIVO: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante 
ATIVO CIRCULANTE: Disponibilidades, Valores a Receber, Estoques e Outros Valores a Receber até o final 
do exercício subsequente. 
ATIVO NÃO CIRCULANTE: O Ativo Não Circulante será divido em: 
a) Realizável a Longo Prazo: São normalmente direitos que a Entidade tem a seu favor e serão realizados após 
o final do exercício subsequente. Exemplo: Duplicatas a Receber a Longo Prazo; 
b) Investimentos: As participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não 
classificáveis no Ativo Circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da 
empresa. Exemplo: Obras de arte; Participações em outras empresas; etc; 
c) Imobilizado: Os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da 
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que 
transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 
d) Intangível: Os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou 
exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
PASSIVO compreende as obrigações ou exigibilidades da entidade para com terceiros, também consideradas de 
origens ou fontes dos recursos, sendo aqui demonstrado de: Passivo Circulante e Passivo Não Circulante 
 
PASSIVO CIRCULANTE: São as obrigações da entidade exigíveis até o fim do exercício subsequente. 
Exemplos: Duplicatas a Pagar, Impostos a Recolher, Empréstimos e Financiamentos etc. 
PASSIVO NÃO CIRCULANTE: Empréstimos e Financiamentos e outras Obrigações com expectativa de 
vencimento previsto após o termino do exercício subsequente. 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Valor das entradas de Capital a titulo de investimento dos Sócios, mais as reservas 
originárias de lucros retidos, além de estatutárias e outras que se fazer relevante. 
 
PATRIMÕNIO LÍQUIDO - PL evidencia recursos dos proprietários aplicados ao empreendimento. 
É formado pela diferença entre o ativo e o Passivo da entidade perante terceiros.Desta forma, do ponto 
de vista legal e escritural, o Patrimônio Líquido ou situação líquida é a parte do Passivo que representa os 
recursos dos proprietários aplicados na entidade, por isso, considerados origens ou fontespróprias de 
recursos (capital próprio). 
O investimento inicial (a primeira aplicação) é denominado, contabilmente de Capital. 
 
11 
Outros acréscimos do PL - o PL não cresce apenas com os novos investimentos dos proprietários, mas 
também, e isto é mais comum, com os rendimentos resultantes do capital aplicado. Este rendimento é chamado 
lucro. O lucro resultante da atividade operacional da entidade, obviamente, pertence em última análise, aos 
proprietários que investiram na empresa (remuneração do capital investido). 
 Do lucro obtido em determinado período pela atividade empresarial, normalmente, uma parte é 
distribuída para os donos do capital (dividendos) e outra é reinvestida no negócio (fica retida, acumulada na 
empresa). 
 As obrigações da empresa, na verdade, tanto o passivo, quanto o patrimônio líquido são obrigações da 
empresa. No passivo, temos a as obrigações exigíveis (reclamadas) por terceiros e, por isso, são conhecidos 
como Capitais de Terceiros. No PL, temos as obrigações com proprietários da empresa. Entretanto, os 
proprietários, usualmente, por lei, não podem reclamar a restituição do seu dinheiro investido, por isso, este 
grupo é conhecido como Não Exigível. Ora, se o proprietário só tiver seu dinheiro de volta no encerramento da 
empresa, podemos dizer que, num processo de continuidade, os recursos do PL, pertencem à empresa, também 
são chamados de Capital Próprio. 
 
 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO - PL evidencia recursos dos proprietários aplicados ao empreendimento. 
É formado pela diferença entre o ativo e o Passivo da entidade perante terceiros (Passivo Exigível). 
Desta forma, do ponto de vista legal e escritural, o Patrimônio Líquido ou situação líquida é a parte do Passivo 
que representa os recursos dos proprietários aplicados na entidade, por isso considerados origens ou fontes 
próprias de recursos (capital próprio). 
O investimento inicial (a primeira aplicação) é denominado, contabilmente de Capital. 
Outros acréscimos do PL - O PL não cresce apenas com os novos investimentos dos proprietários, mas 
também, e isto é mais comum, com os rendimentos resultantes do capital aplicado. Este rendimento é chamado 
lucro. O lucro resultante da atividade operacional da entidade, obviamente, pertence em última análise, aos 
proprietários que investiram na empresa (remuneração do capital investido). 
 Do lucro obtido em determinado período pela atividade empresarial, normalmente, uma parte é 
distribuída para os donos do capital (dividendos) e outra é reinvestida no negócio (fica retida, acumulada na 
empresa). 
 As obrigações da empresa, na verdade, tanto o passivo, quanto o patrimônio líquido são obrigações da 
empresa. No passivo, temos a as obrigações exigíveis (reclamadas) por terceiros e, por isso, são conhecidos 
como Capitais de Terceiros. 
No PL, temos as obrigações com proprietários da empresa. Entretanto, os proprietários, usualmente, por 
lei, não podem reclamar a restituição do seu dinheiro investido, por isso, este grupo é conhecido como Não 
Exigível. Ora, se o proprietário só tiver seu dinheiro de volta no encerramento da empresa, podemos dizer que, 
num processo de continuidade, os recursos do PL, pertencem à empresa, também são chamados de Capital 
Próprio. 
 
2.3 CONFIGURAÇÕES DO CAPITAL 
 
Todo capital social deve ser subscrito pelos sócios mediante registro do documento correspondente na Junta 
Comercial. 
Capital Social é o investimento total feito pelos proprietários na abertura da empresa, na forma de ações (se 
for sociedade anônima) ou quotas (se for uma sociedade por quotas de responsabilidade limitada). 
Capital Subscrito é o capital que o acionista ou quotista se compromete a integralizar, para a formação do 
capital social da empresa, dentro do prazo estabelecido em Assembléia Geral Extraordinária (nas sociedades por 
ações) ou no contrato social das demais sociedades. 
Exemplo: Uma sociedade limitada foi aberta com um capital social de R$ 100.000,00, estando previsto no 
contrato social a subscrição e integralização da seguinte forma: 
 
1. Capital Social Total Subscrito = R$ 100.000,00 (compromisso dos sócios em injetar recursos particulares no 
patrimônio da empresa). 
 
2. Capital Realizado ou Integralizado em dinheiro = R$ 70.000,00 (valor já efetivamente entregue pelos 
sócios à empresa). 
 
3. Capital a Integralizar = R$ 30.000,00 (montante que ainda falta injetar na empresa, tendo em vista que o 
compromisso total para formação do capital foi de R$ 100.000,00). 
 
 
12 
3.3.1. CONCEITUAÇÃO BÁSICA SOBRE CAPITAL SOCIAL 
 
Comenta CARVALHO DE MENDONÇA (1946) que a sociedade anônima é aquela em que todos os 
sócios, denominados acionistas ou acionários, respondem pelas obrigações sociais até o valor em que entraram 
ou prometeram entrar para a formação do capital social. 
Para uma conceituação correta sobre o que vem a ser o capital social dentro das sociedades anônimas, nada 
melhor que primeiramente se definir alguns termos básicos. Interessante comentar de forma geral de onde vem o 
termo inicial da expressão alhures: capital é um termo de origem inglesa, que significa patrimônio em sentido 
puro, ou seja, que se origina de contribuições feitas por sócios (GONTIJO, 2003, p. 01). O autor LIMA, coloca: 
"Genericamente, capital é o elemento fundamental de alguma coisa [...] é o bem em dinheiro ou espécie que 
produz outros bens e espécies" (1969, p. 213). 
Pode-se dizer então que capital nada mais é, dentro de qualquer tipo de empresa, que dinheiro que produz 
dinheiro, sendo elemento fundamental das operações empresariais, podendo ser utilizado na produção para 
obtenção de lucros. Da contabilidade, podem ser considerados quatro conceitos, segundo IUDÍCIBUS (1996, p. 
38-40), a saber: 
 
a) capital nominal: investimento inicial feito pelos proprietários de uma empresa que é registrado pela 
contabilidade numa "conta" denominada capital. Este o capital nominal, que corresponde ao patrimônio líquido 
inicial. O capital nominal só será alterado quando os proprietários realizarem investimentos adicionais 
(aumentos de capital) ou desinvestimentos (diminuições de capital). 
Ex: A Soc.Comercial Leão Ltda , foi constituida por quatro sócio, com capital integralizado de R$ 800.000,00 
Caixa 800.000 Capital 800.000 
 800.000 800.000 
 
b) capital próprio: que corresponde ao conceito de patrimônio líquido, abrangendo o capital inicial e suas 
variações. 
Ex:A Soc.Comercial Leão Ltda,obtece um lucro de R$ 10.000,00 
Caixa 420.000 Capital 800.000 
Títulos a Receber 390.000 Lucro 10.000 
 810.000 810.000 
 
c) capital de terceiros: que corresponde aos investimentos feitos na empresa, com recursos provenientes de 
terceiros. 
Ex: A Soc.Comercial Leão Ltda , comprou, a prazo, móveis para escritório por R$ 10.000,00 
Caixa 420.000 Contas a Pagar 10.000 
Títulos a Receber 390.000 Capital 800.000 
Móveis e Utensílios 10.000 Lucro 10.000 
 820.000 820.000 
 
d) capital total à disposição da empresa: em acepção mais ampla, pode-se conceituar o capital como sendo o 
conjunto dos valores disponíveis pela empresa em dado momento. 
Ativo (Aplicação dos Recursos) Passivo e Patrimônio Líquido 
(Fontes de Recursos) 
 
 Bens (1)Passivo: Capital de Terceiros 
 Direitos (2)Patrimônio Líquido = Capital Próprio 
  Capital = Capital Nominal 
  Lucros e Reserva = Variações 
  Capital Total à disposição 
(Recursos Total) = (1) + (2) 
 
 
Exercícios: A Empresa J.Alves integralizou capital no valor de R$ 200.000,00, em moeda corrente; 
 
Banco c/ Movimento 200.000 Capital 200.000 
 200.000 200.000 
 
Exercícios: A Empresa J.Alvesintegralizou capital no valor de R$ 500.000,00, sendo R$ 150.000,00 em 
moeda corrente; R$ 200.000,00 em imóveis; e R$ 150.000,00 em Equipamentos e Instalações; 
 
 
13 
Banco c/ Movimento 150.000 Capital 500.000 
Imóveis 200.000 
Equipamentos Instalações 150.000 
Total 500.000 Total 500.000 
 
Exercícios: A Empresa JOSE VERISSÍMO COM INVESTIMENTO INICIAL DE 300.000,00, onde 
integralizou capital no valor de R$ 200.000,00, sendo R$ 150.000,00 em moeda corrente; R$ 50.000,00 em 
imóveis; sendo que R$ 150.000,00 será integralizado em dois mese (30.XX.XX); 
Banco c/ Movimento 150.000 Capital Social 300.000 
Imóveis 50.000 Capital a Integralizar (100.000) 
Total 200.000 Total 200.000 
 
 
EXERCÍCIOS 1 – CAPITAL SOCIAL - A seguir, são apresentadas, cronologicamente, as transações da 
Empresa Comercial Bahia S.A 
02.01 – Investimento inicial de Capital, em dinheiro, no valor de R$ 12.000,00; 
04.01 – Aquisição de um imóvel da Cia por R$ 5.000,00 por R$ 2.500,00 a vista e o restante a prazo; 
05.01 – Compra a vista de instalações(divisórias, cortinas etc) para a Empresa, por R$ 2.000,00; 
15.01 – Aquisição de equipamento (maquinaria), a prazo, de M & Cia , por R$ 4.000,00; 
18.01 – Obtenção de um empréstimo de R$ 10.000,00, no Banco Alfa, com emissão de uma nota promissoria; 
23.01 – Pagamento de R$ 1.000,00, a M&Cia, para liquidação de parte da dívida da compra efetuada em 15.01; 
26.01 – Investimento de mais de R$ 5.000,00, aumentando o capital, em dinheiro; 
30.01 – Compra a vista, por R$ 8.500,00, de peças para reparos de Cia Õmega; 
Pede-se Levantar um Balanço da Empresa Comercial Bahia S.A, após cada operação. 
02.01 Caixa 12.000,00 Capital Social 12.000,00 
 12.000,00 12.000,00 
 
04.01 Caixa 9.500,00 Títulos a Pagar – Cia A 2.500,00 
 Imóveis 5.000,00 Capital Social 12.000,00 
 14.500,00 14.500,00 
 
05.01 Caixa 7.500,00 Títulos a Pagar – Cia A 2.500,00 
 Imóveis 5.000,00 
 Intalações 2.000,00 Capital Social 12.000,00 
 14.500,00 14.500,00 
 
15.01 Caixa 7.500,00 Títulos a Pagar – Cia A 2.500,00 
 Imóveis 5.000,00 Títulos a Pagar – M & Cia 4.000,00 
 Intalações 2.000,00 Capital Social 12.000,00 
 Equipamentos 4.000,00 
 18.500,00 18.500,00 
 
18.01 Caixa 17.500,00 Títulos a Pagar – Cia A 2.500,00 
 Imóveis 5.000,00 Títulos a Pagar – M & Cia 4.000,00 
 Intalações 2.000,00 Promissórias a Pagar – 
B.Alfa 
10.000,00 
 Equipamentos 4.000,00 Capital Social 12.000,00 
 28.500,00 28.500,00 
 
23.01 Caixa 16.500,00 Títulos a Pagar – Cia A 2.500,00 
 Imóveis 5.000,00 Títulos a Pagar – M & Cia 3.000,00 
 Intalações 2.000,00 Promissórias a Pagar – 
B.Alfa 
10.000,00 
 Equipamentos 4.000,00 Capital Social 12.000,00 
 27.500,00 27.500,00 
 
26.01 Caixa 21.500,00 Títulos a Pagar – Cia A 2.500,00 
 Imóveis 5.000,00 Títulos a Pagar – M & Cia 3.000,00 
 
14 
 Intalações 2.000,00 Promissórias a Pagar – 
B.Alfa 
10.000,00 
 Equipamentos 4.000,00 Capital Social 17.000,00 
 32.500,00 32.500,00 
 
30.01 Caixa 13.000,00 Títulos a Pagar – Cia A 2.500,00 
 Estoque de Peças p/Reparos 8.500,00 Títulos a Pagar – M & Cia 3.000,00 
 Imóveis 5.000,00 Promissórias a Pagar – 
B.Alfa 
10.000,00 
 Intalações 2.000,00 
 Equipamentos 4.000,00 Capital Social 17.000,00 
 32.500,00 32.500,00 
EXERCÍCIO 2 – CAPITAL SOCIAL 
 
a) Investimento inicial de capital no valor de R$ 24.000,00, sendo 50% em dinheiro e 50% em materiais; 
b) Aquisição, a prazo, de móveis e Utensílios da Cia A, no valor de R$ 6.000,00; 
c) Investimento, em dinheiro, no valor de R$ 2.000,00, aumentando o capital; 
d) Compra, a vista, de um veículo, no valor de R$ 1.000,00; 
e) Pagamento de 50% da dívida assumida com a Cia. A (Aquisição de Móveis e Utensílios); 
f) Aquisição de Equipamentos, no valor de R$ 10.000,00, da Cia B, sendo 50% pagos a vista e os restantes 
50% a prazo. 
 
a) Caixa 12.000,00 
 Estoque de Materiais 12.000,00 Capital Social 24.000,00 
 24.000,00 24.000,00 
 
b) Caixa 12.000,00 Contas a Pagar – Cia A 6.000,00 
 Estoque de Materiais 12.000,00 Capital Social 24.000,00 
 Móveis e Utensílios 6.000,00 
 30.000,00 30.000,00 
 
c) Caixa 14.000,00 Contas a Pagar – Cia A 6.000,00 
 Estoque de Materiais 12.000,00 Capital Social 26.000,00 
 Móveis e Utensílios 6.000,00 
 32.000,00 32.000,00 
 
d) Caixa 13.000,00 Contas a Pagar – Cia A 6.000,00 
 Estoque de Materiais 12.000,00 Capital Social 26.000,00 
 Móveis e Utensílios 6.000,00 
 Veículos 1.000,00 
 32.000,00 32.000,00 
 
e) Caixa 10.000,00 Contas a Pagar – Cia A 3.000,00 
 Estoque de Materiais 12.000,00 Capital Social 26.000,00 
 Móveis e Utensílios 6.000,00 
 Veículos 1.000,00 
 29.000,00 29.000,00 
 
e) Caixa 5.000,00 Contas a Pagar – Cia A 3.000,00 
 Estoque de Materiais 12.000,00 Contas a Pagar – Cia B 5.000,00 
 Móveis e Utensílios 6.000,00 Capital Social 26.000,00 
 Veículos 1.000,00 
 Equipamentos 10.000,00 
 34.000,00 34.000,00 
 
 
 
 
15 
 
 
 
 
3.5 TEORIA GERAL DAS CONTAS 
 
 Diversas são as teorias formuladas com relação ao estudo das contas, dentre as quais destacam-se as 
seguintes; 
 
3.5.1 – Teoria Personalista segundo a escola personalista, desenvolvida por Francesco Marci e Giuseppe 
Cerboni, os elementos patrimoniais são representados por pessoas com as quais o patrimônio mantém relações 
jurídicas. Elas se classificam em: 
 
- Contas do Proprietário - são aquelas que representam o patrimônio social e suas variações, 
apresentando saldos credores e devedores (Patrimônio Líquido) Exemplos: 
- Capital Social;Reservas;Lucros ou Prejuízos Acumulados;Receitas; Despesas; 
 
- Contas dos Agentes Consignatários - são aquelas que representam os bens materiais e valores 
econômicos ou imateriais da entidade, apresentando saldos devedores (parte do Ativo). Exemplos: Veículos; 
Estoque de Mercadorias;Imóveis;Marcas e Patentes; 
 
- Contas dos Agentes Correspondentes - são aquelas que registram e controlam as operações entre a 
entidade e terceiros, apresentam saldos devedores e credores (parte do Ativo e Passivo). Exemplos: Bancos c/ 
Movimento; Duplicatas a Pagar; Duplicatas a Receber; Impostos a Recolher. 
 
Segundo a teoria personalista ou personalística, cada elemento patrimonial ou de resultado está representado no 
balanço patrimonial ou no sistema de resultado econômico por uma pessoa (persona), a qual, de acordo com o 
Método de Partidas Dobradas, ora é devedora da entidade, ora é credora, cujo fenômeno explica o porquê do 
débito e do crédito nas contas. Exemplos:Caixa;Bancos c/ Movimento;Veículos;Estoque de 
Mercadorias;Duplicatas a Pagar;Capital Social;Lucros ou Prejuízos Acumulados;Receitas; Despesas. 
 
3.5.2 – Teoria Materialista segundo a escola materialista, desenvolvida por Fábio Besta e Gino Zappa 
defendiam que as contas representavam valores materiais e não simples relações de débito e crédito entre 
pessoas, salvo as relações com terceiros. Assim a teoria se divide as contas em Contas integrais e contas 
diferenciais.. 
 
3.5.3 – Teoria Patrimonialista segundo Vicenzo Mazi distingue os elementos que compõem o patrimônio 
(estática patrimonial) dos fenômenos que o modificam (dinâmica patrimonial). Também conhecida como a 
Teoria da Moderna Contabilidade, constitui-se na teoria que classifica as contas em dois grupos: Contas 
Patrimoniais e Contas de Resultados.. 
 
Teoria Patrimonialista - É a teoria usualmente adotada no Brasil. Considera o patrimônio como objeto 
da contabilidade. Classifica as contas como: 
a) Contas Patrimoniais: são as contas do Ativo representativasdos bens e dos direitos da entidade, e do Passivo 
representativas das obrigações e do Patrimônio Líquido da entidade; 
b) Contas De Resultado: são as contas que representam as receitas e as despesas da entidade. 
 
 
 
4.1 CONTAS 
 É a representação gráfica do elemento executivo do controle patrimonial, tendo por função o registro de 
acontecimentos da mesma natureza. 
 
CONCEITOS 
Conta é o nome técnico que identifica um componente patrimonial (Bem, Direito, Obrigação ou 
Patrimônio Líquido) ou um componente de Resultado (Despesa ou Receita). 
Portanto, as Contas representam registros de débitos e créditos da mesma natureza ou espécie, 
identificada por nomes (títulos) que qualificam elementos patrimoniais (bens, direitos, obrigações, patrimônio 
líquido, despesas e receitas). 
 
16 
A conta tem sempre objeto distinto de outras contas porque reúne fatos de características próprias, iguais 
por sua natureza e que sucedem no patrimônio. 
 
FUNÇÃO DAS CONTAS 
A função das contas é controlar as variações ocorridas no patrimônio, mediante registro dos atos e fatos 
da administração econômica dos componentes do patrimônio e a formação dos resultados realizados em cada 
período de tempo (exercício social). 
É através das contas que a contabilidade consegue desempenhar o seu papel. Todos os acontecimentos 
que ocorrem na empresa, responsáveis pela sua gestão, são registrados em livros próprios através dessas contas. 
 
ATOS CONTÁBEIS - São acontecimentos que não alteram o patrimônio, por isso, não são registrados nos 
livros contábeis. Ex: contratos, avais, fianças, orçamentos, etc. 
FATOS CONTÁBEIS - São aqueles que provocam modificação no Patrimônio da entidade, sendo, por isso, 
objeto de contabilização através de conta patrimonial ou conta de resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio 
Líquido. Ex: Compras, Vendas, Pagamentos, Recebimentos, etc. 
 
 
4. Atos e Fatos administrativos 
 
Atos Administrativos 
São aqueles que ocorrem na empresa e que não provocam alterações no Patrimônio. Por exemplo: 
admissão de empregado, assinatura de contratos de compra e venda, e de seguros, finanças em favor de 
terceiros, avais de títulos. 
Por não provocarem modificações no Patrimônio, os atos administrativos não precisam ser 
contabilizados. Entretanto, alguns deles considerados relevantes e cujos efeitos possam se traduzir em 
modificações no Patrimônio da entidade ( modificações futuras ), poderão ser contabilizados através 
das contas de compensação. 
 
Fatos administrativos 
São aqueles que provocam modificações no patrimônio, sendo, portanto, objeto de contabilização 
através das Contas Patrimoniais ou das Contas de Resultado, podendo ou não alterar o Patrimônio 
Líquido (Situação Líquida). 
 
Fatos permutativos ou compensativos 
São os que trazem variações do ponto de vista específico, sem alterar a situação líquida do patrimônio. 
Permutação no ativo 
Como exemplo de permutação de componentes do ativo, temos o recebimento de duplicata. Por esta 
operação, há diminuição do ativo, porque desaparece o crédito do patrimônio sobre o valor do título, 
mas ao mesmo tempo ocorre aumento do ativo pela entrada de dinheiro em caixa. Não há, portanto, 
como se percebe, alteração na situação líquida do patrimônio, mas apenas permutação de seus 
elementos constitutivos pois a saída de um foi compensada pela entrada de outro de igual valor. 
 
D CAIXA 
C DUPLICATAS A RECEBER 
Recebido de H. Marques, valor da duplicata nº 74. 28.500 
Permutação no Passivo 
O lançamento abaixo representa permutação do passivo, sem que haja modificação na situação líquida 
do patrimônio, pois houve diminuição do passivo em Fornecedores e, ao mesmo tempo, aumento do 
passivo pelo aceite da duplicata, que representará responsabilidade da empresa pelo título assinado. 
 
D FORNECEDORES 
C DUPLICATAS A PAGAR 
Cia. Industrial Brasileira M/ aceite de s/ duplicata nº 9.876 para 22-07-19.. 28.500 
Permutação (Diminuição de ativo e passivo) 
 
17 
A compensação entre elementos ativos e passivos pode trazer aumento nessas duas partes do 
patrimônio, ou diminuição em ambas, não alterando a situação líquida do patrimônio. 
Como exemplo de diminuição de ativo e passivo citemos o pagamento de duplicata. Há, com essa 
operação, diminuição de ativo pela saída de dinheiro, e, ao mesmo tempo, diminuição de passivo pela 
extinção de responsabilidade. 
D DUPLICATAS A PAGAR 
C CAIXA 
Pagamento de duplicata 2.134, de G. Moura & Cia. 11.200 
 
Fatos Modificativos 
São os que produzem alterações na situação líquida do patrimônio, diminuindo-a ou aumentando-a. Há 
diminuição na situação líquida quando um bem é consumido ou quando há gastos ou despesas 
decorrentes da atividade econômica, necessária para alcançar os fins da empresa. 
O aumento do patrimônio líquido ocorre quando há receita, ou seja, recebimento de importâncias por 
serviços prestados, por juros de capitais, por descontos obtidos com pagamento antecipados, além de 
receitas secundárias. A principal receita da empresa mercantil é o lucro 
 
Fatos modificativos diminutivos 
Como soma algébrica de valores, em que o ativo é a parte positiva e o passivo a negativa, o patrimônio 
será diminuído em seu valor absoluto ( situação líquida positiva ) com a diminuição do ativo ou o 
aumento do passivo, pois matematicamente o número negativo é tanto menor quanto maior for seu 
número absoluto. Diminuição da situação líquida positiva do patrimônio, por diminuição do ativo. 
D ALUGUEIS 
C CAIXA 
Pão aluguel do mês de maio 100 
 
Fatos Modificativos aumentativos 
Ao contrario do caso anterior, o aumento do patrimônio pode dar-se por aumento do ativo ou 
diminuição do passivo.Como exemplo de aumento de ativo, temos o recebimento de juros pela 
aplicação de capitais ou pelo atraso de devedores no pagamento de títulos.Aumento da situação líquida 
positiva do patrimônio, por aumento do ativo 
D CAIXA 
C JUROS ( ou Receitas Financeiras) 
Recebido de J. Saraiva, Juros de Mora à razão de 1% ao mês pelo atraso de um mês no 
pagamento de nossa duplicata 71, no valor de $ 5.000 
 
 
Fatos Mistos ou Compostos 
São os que conjugam a permutação ou compensação de valores com modificação na situação líquida 
do patrimônio. Permutação no ativo, com diminuição da situação líquida, positiva do patrimônio. 
C DUPLICATAS A RECEBER 
Pelo recebimento de n/ duplicata nº 75 no valor de $20.000.00 com 5% de desconto 20.000 
D CAIXA 
Liquido recebido 19.000 
D DESCONTOS CONCEDISOS 
Desconto concedido 1.000 
 
 
 
4.2 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS 
 As contas podem receber diversas classificações, dentre as quais destacam-se as seguintes: 
 
4.2.1 Classificação Funcional: 
 
18 
a) Quanto à natureza dos saldos: Devedor ou Credor 
b) Quanto à posição dos saldos: estáveis (ex:caixa, bancos) e instáveis (ex:Apuração do resultado do 
exercício) 
c) Quanto à extensão: sintéticas ou gerais (ex:Caixa- Ativo Circulante) e analíticas ou singulares 
(ex:Banco conta Movimento: Bco Itaú, BB AS, etc) 
d) Quanto à duração: definitivas (ex:caixa e capital) e transitórias (periódicas – ex: Apuração do Resultado 
do Exercício e Custo das Mercadorias Vendidas) 
e) Quanto à movimentação: Dinâmicas (ex: caixa, banco, etc) e estáticas (ex:Capital Social) 
 
4.2.2 Classificação quanto a natureza 
a) Contas do Ativo são todas as contas responsáveis pela demonstração ou representação da parte positiva do 
patrimônio e têm por função representar a grandeza econômica do patrimônio de uma entidade, isto é, os 
bens e direitos. 
Aparecem sempre do lado esquerdo do BalançoQualquer conta do Ativo 
Débito ( Aumenta) Crédito ( Diminui) 
 
b) Contas do Passivo são o inverso das contas do Ativo, ou seja, demonstram a parte negativa do patrimônio e 
representam o montante do capital total à disposição da entidade (Capital de Terceiros e Capital Próprio); 
Aparecem sempre do lado direito do Balanço. 
 
Qualquer conta do Passivo 
Débito (Diminui) Crédito (Aumenta) 
c) Contas do Resultado são todas aquelas que em movimento provocam alteração na situação líquida do 
patrimônio, ora aumentando-a, ora diminuindo-a, sendo representadas pelas receitas (ingressos/ganhos) e 
despesas (custos/perdas); 
 
Exemplo: FATOS CONTAS 
Pagamento a vista em dinheiro Caixa 
Pagamento a vista em cheque Bancos 
Automóveis Veículos 
Cadeiras, mesas, armários, 
calculadoras 
Móveis e Utensílios 
Máquinas e equipamentos industriais Máquinas e Equipamentos 
Vendas a prazo Duplicatas a Receber, Títulos a Receber 
Compras a prazo Duplicatas a Pagar, Títulos a Pagar 
Integralização em Dinheiro Capital Social 
 
 
5 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS PATRIMONIAIS E DE RESULTADO 
5.1 FUNCIONAMENTO DAS CONTAS 
As contas são movimentadas através de débitos e de créditos. Para entender o mecanismo do débito e 
crédito das contas é preciso, primeiramente, conhecer a natureza de cada conta. 
As contas do Ativo e as contas de Custos e Despesas são de natureza devedora, ou seja, de débito. O 
aumento dos saldos dessas contas se dará pelos respectivos débitos, e as diminuições pelos respectivos créditos. 
As contas do Passivo e as contas de Receitas são de natureza credora, ou seja, de crédito, aumentando-
se seus saldos pelo respectivo crédito e diminuindo pelo débito. 
As Contas de natureza Retificadora ou Redutora são contas que têm saldo contrário ao saldo do 
grupo ao qual pertencem. Assim, as contas retificadoras de Ativo (ou redutoras de Ativo) têm saldos credores; as 
contas retificadoras de Passivo (ou redutoras de passivo) e de Patrimônio Líquido têm seus respectivos saldos 
devedores. Elas têm a função de reduzir o saldo de outra conta. Possui a natureza inversa, a natureza do grupo ao 
qual pertencem. Ex. depreciação acumulada, capital a integralizar, PCLD – Provisão para Credito de Liquidação 
Duvidosa. 
 
5.2 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DAS CONTAS 
 
19 
Para simplificar as ilustrações e a resolução de problemas, utilizaremos uma representação gráfica 
bastante simples, que será denominada CONTA T ou RAZONETE ou simplesmente T. 
O Razonete é formado pelo: 
 Título da Conta: indica o elemento patrimonial ou de resultado. 
 Lado Esquerdo: indica o lado do Débito. 
 Lado Direito: indica o lado do Crédito. 
D (Título da conta) C 
 
 Debitar significa lançar valores do lado esquerdo do Razonete; 
 Creditar significa lançar valores do lado direito do Razonete; 
 O Saldo de uma conta é o valor da diferença entre a soma dos débitos e a soma dos créditos do 
respectivo Razonete. 
 
5.3 PLANO DE CONTAS 
O Plano de Contas é o elenco de todas as contas utilizadas pelo contabilista e criado de acordo com a 
natureza da entidade. De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, o plano de contas é a estrutura 
básica da escrituração contábil, pois é com sua utilização que se estabelece o banco de dados com informações 
para geração de todos os relatórios e livros contábeis, tais como: Diário, Razão, Balancete, Balanço Patrimonial, 
Demonstração de Resultado e Análises, além de outros. 
Observadas as regras e explicações acima, para que sejam estruturadas um Sistema Contábil adequado é 
necessário um plano de contas que atenda de fato os requisitos da Entidade. Deve-se analisar não apenas o 
momento atual, mas prever como será o futuro da Entidade, bem como seu possível crescimento, possíveis 
negociações com terceiros, tributação, despesas, custos, etc, ou seja, o Plano de Contas deverá contemplar 
nomenclaturas para as mais variadas situações que necessitem contabilização. E com o passar do tempo o plano 
de contas recebem adaptações necessárias em conformidade com novos negócios ou fatos que possam ocorrer 
nesta Entidade. 
Assim, neste modelo, apresentamos um plano de contas simplificado de quatro graus, ou seja, com 
quatro níveis, a exemplo do modelo disponível na Resolução CFC nº 1.418/12 onde: 
Nível 1: Ativo; Passivo e Patrimônio Líquido; e Receitas, Custos e Despesas (Contas de Resultado). 
Nível 2: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante. Passivo Circulante, Passivo Não Circulante e Patrimônio 
Líquido. Receitas de Venda, Outras Receitas Operacionais, Custos e Despesas Operacionais. 
Nível 3: Contas sintéticas que representam o somatório das contas analíticas que recebem os lançamentos 
contábeis, como, por exemplo, Caixa e Equivalentes de Caixa. 
Nível 4: Contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Bancos Conta 
Movimento. 
 Exemplo de plano de contas com quatro níveis conforme acima: 
 Nível 1 – Ativo 
 Nível 2 – Ativo Circulante 
 Nível 3 – Caixa e Equivalentes de Caixa 
 Nível 4 – Bancos Conta Movimento 
O contabilista responsável pela escrituração contábil deverá avaliar a quantidade de dígitos em cada nível, 
de forma que atenda as necessidades da empresa. 
 
 
PLANO DE CONTAS SIMPLIFICADO 
 A seguir apresentamos um modelo de Plano de Contas simplificado disponível no anexo IV da 
Resolução CFC nº 1.418/12: 
 
Código 
Descrição das Contas 
1 ATIVO 
1.1 ATIVO CIRCULANTE 
1.1.1 Caixa e Equivalentes de Caixa 
1.1.1.01 Caixa 
1.1.1.02 Bancos Conta Movimento 
1.1.2 Contas a Receber 
1.1.2.01 Clientes 
1.1.2.02 (-) Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa 
1.1.3 Estoque 
 
20 
1.1.3.01 Mercadorias 
1.1.3.02 Produtos Acabados 
1.1.3.03 Insumos 
1.1.4 Outros Créditos 
1.1.4.01 Títulos a Receber 
1.1.4.02 Impostos a Recuperar 
1.1.4.03 Outros Valores a Receber 
1.3.1.01 Contas a Receber 
1.3.1.02 (-) Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa 
1.3.2 Investimentos 
1.3.2.01 Participações Societárias 
1.3.2.02 Outros Investimentos 
1.3.3 Imobilizado 
1.3.3.01 Terrenos 
1.3.3.02 Edificações 
1.3.3.03 Máquinas e Equipamentos 
1.3.3.04 Veículos 
1.3.3.05 Móveis e Utensílios 
1.3.3.06 (-) Depreciação Acumulada 
1.3.4 Intangível 
1.3.4.01 Softwares 
1.3.4.02 (-) Amortização Acumulada 
2 PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
2.1 PASSIVO CIRCULANTE 
2.1.1 Fornecedores Nacionais 
2.1.1.01 Fornecedor 
2.1.2 Empréstimos e Financiamentos 
2.1.2.01 Empréstimos Bancários 
2.1.2.02 Financiamentos 
2.1.3 Obrigações Fiscais 
2.1.3.01 SIMPLES NACIONAL 
2.1.3.02 ICMS a Recolher 
2.1.3.03 ISSQN a Recolher 
2.1.4 Obrigações Trabalhistas e Sociais 
2.1.4.01 Salários a Pagar 
2.1.4.02 FGTS a Recolher 
2.1.4.03 INSS dos Segurados a Recolher 
2.1.5 Contas a Pagar 
2.1.5.01 Telefone a Pagar 
2.1.5.02 Energia a Pagar 
2.1.5.03 Aluguel a Pagar 
2.1.6 Provisões 
2.1.6.01 Provisão de Férias 
2.1.6.02 Provisão de 13º Salário 
2.1.6.03 Provisão de Encargos Sociais sobre Férias e 13º Salário 
2.2 PASSIVO NÃO CIRCULANTE 
2.2.1 Financiamentos 
2.2.1.01 Financiamentos Banco A 
2.2.2 Outras Contas a Pagar 
2.2.2.01 Empréstimos de Sócios 
2.3 PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
2.3.1 Capital Social 
2.3.1.01 Capital Subscrito 
2.3.1.02 (-) Capital a Integralizar 
2.3.2 Reservas 
2.3.2.01 Reservas de Capital 
2.3.2.02 Reservas de Lucros 
2.3.3 Lucros/Prejuízos Acumulados 
2.3.3.01 Lucros Acumulados21 
2.3.3.02 (-) Prejuízos Acumulados 
3 RECEITAS 
3.1 Receitas Operacionais 
3.1.1 Receitas de Venda 
3.1.1.01 Venda de Produtos 
3.1.1.02 Venda de Mercadorias 
3.1.1.03 Venda de Serviços 
3.1.1.04 (-) Deduções de Tributos, Abatimentos e Devoluções 
3.1.2 Receitas Financeiras 
3.1.2.01 Receitas de Aplicações Financeiras 
3.1.2.02 Juros Ativos 
3.1.3 Outras Receitas Operacionais 
3.1.3.01 Receitas de Venda de Imobilizado 
3.1.3.02 Receitas de Venda de Investimentos 
3.1.3.03 Outras Receitas 
4 DESPESAS 
4.1 Despesas Operacionais 
4.1.1 Despesas de Comercialização 
4.1.1.01 Despesas Administrativas 
4.1.1.02 Despesas com Vendas 
4.1.1.03 Outras Despesas Gerais 
 
 
5.4 REGISTROS CONTÁBEIS 
 
DEBITO – Corresponde ao aumento de Bens ou Diretos, ou ainda a diminuição de Obrigações. A título de 
exemplo, debitamos a conta de “Duplicatas a Receber” pela venda a prazo, pois esta conta agora é um devedor 
da empresa, deve pagar a duplicata. 
 
CREDITO – Corresponde ao aumento de obrigações para com alguém ou a diminuição de bens ou direitos de 
uma empresa. A título de exemplo, creditamos a conta de fornecedores pelo lançamento do registro de uma 
obrigação, pois o fornecedor passou a ser credor da empresa. 
 
REGRA DE COMO FAZER LANÇAMENTOS CONTÁBEIS: 
ATIVO PASSIVO RESULTADO 
(+) Aumenta = DÉBITO (+) Aumenta = CRÉDITO (+) RECEITA = CRÉDITO 
(-) Diminui = CRÉDITO (-) Diminui = DÉBITO (-) DESPESA = CRÉDITO 
 
De acordo com a Teoria Patrimonialista, as contas podem ser representadas da seguinte forma: 
CONTAS PATRIMONIAIS 
(Balanço Patrimonial) 
ATIVO PASSIVO E 
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 
Contas Ativas______ 
(+) (-) 
 saldo devedor 
 
___Contas Passivas___ 
 (-) (+) 
 Saldo credor 
 
Contas Redutoras do Ativo 
(-) (+) 
 saldo credor 
 
Contas do Patrimônio Líquido 
 (-) (+) 
 saldo credor 
Contas Redutoras Passivas e PL 
 (+) (-) 
 saldo devedor 
 
 
22 
Contas de Resultado 
(Resultado do Exercício) 
despesas receitas 
(saldo devedor) (saldo credor) 
 
 Prejuízo ou Lucro 
Fonte: Roberto Braga, Fundamentos e Técnicas de Administração Financeira 
 
O gráfico a seguir demonstra os efeitos dos lançamentos nos elementos patrimoniais e de resultado da 
entidade. 
NATUREZA DAS CONTAS 
LANÇAMENTOS 
DÉBITO CRÉDITO 
De Provoca provoca 
ATIVO Aumentos Diminuições 
PASSIVO Diminuições Aumentos 
PATRIMÕNIO LÍQUIDO Diminuições Aumentos 
DESPESAS Aumentos Diminuições 
RECEITAS Diminuições Aumentos 
 
Portanto, pode-se estabelecer, através de razonetes, as mutações que cada conta experimenta ao ser 
movimentada. 
CONTA ATIVO CONTA PASSIVO PATRIMÕNIO 
LÍQUIDO 
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito 
( + ) ( - ) ( - ) ( + ) ( - ) ( + ) 
 
CONTA DESPESA CONTA 
RECEITA 
Débito Crédito Débito Crédito 
( + ) ( - ) ( - ) ( + ) 
 
6 FATOS CONTÁBEIS 
 
6.1 Permutativos – aqueles que não alteram a situação líquida da entidade, provocando apenas uma 
permuta de elementos patrimoniais, isto é, provocam alterações de ordem qualitativa no patrimônio. 
Ex: Compra a vista de um veículo – aumento de uma conta do ativo (Veículo)e diminuição de outra conta do 
ativo (Caixa); 
6.2 – Modificativo – são aqueles capazes de provocar alterações de ordem quantitativas na situação líquida do 
patrimônio de uma entidade, ora aumentado-a, ora diminuindo Podem ser: 
6.2.1 - Exemplo de modificativos aumentativos: 
 Ex: Receita obtida por serviços prestados; 
 Prescrição de uma obrigação (diminuição do Passivo e acréscimo no Patrimônio Líquido) 
6.2.2 - Exemplo de modificativos diminutivos: 
Ex: Des1 v pesa incorrida com pagamento à vista (ou a prazo) 
6.3 – Mistos – são aqueles capazes de provocar alterações de natureza qualitativa e quantitativa na situação 
líquida da entidade, isto é, modificam a composição dos elementos patrimoniais e provocam aumentos ou 
diminuições no valor do Patrimônio Líquido. Podem ser aumentativos e diminutivos: 
Ex. Aumentativos:Pagamento de obrigação com desconto; recebimento de um direito com acréscimos 
financeiros; 
Ex: Diminutivos: Venda de um elemento do Ativo com prejuízo; pagamento de uma obrigação com acréscimos 
financeiros. 
 
7 ESTUDO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 
 
7.1 LANÇAMENTOS CONTÁBEIS 
 
23 
 É o registro das variações patrimoniais, em livro próprio, ou seja, a maneira pela qual a técnica da 
escrituração é exercida ou materializada, a partir dos fatos contábeis. 
 
7.2 ELEMENTOS ESSENCIAIS 
- Data da operação 
- Conta a ser debitada e creditada 
- Histórico da operação 
- Valor da operação 
 
7.3 LIVROS DE ESCRITURAÇÃO 
 
7.3.1. Livros Fiscais ( Municipais, Estaduais e Federais) 
7.3.2 Livros Contábeis: 
 
 Livros Obrigatórios: 
 Diário - são registradas todas as operações contabilizáveis de uma entidade, por ordem cronológica e 
com a observância de formalidades e regras (intrínsecas e extrínsecas). 
Livro Diário - Todos os registros de fatos ocorridos em uma entidade, no decorrer de um terminado exercício, 
devem ser escriturados em um livro que chamamos de Livro Diário. Sendo um dos livros obrigatórios para 
efeitos de registros e posteriores fiscalizações pelos órgãos competentes, devendo seguir algumas formalidades 
para ser escriturado conforme a seguir: 
No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com individualização, clareza e referência 
ao documento probante, todas as operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem variações 
patrimoniais. A escrituração deve conter, no mínimo: 
a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu; 
b) conta devedora; 
c) conta credora; 
d) histórico que represente a essência econômica da transação. 
e) valor do registro contábil; 
f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram um mesmo lançamento 
contábil. 
 
Razão - Este livro tem por finalidade informar a movimentação de cada conta escriturada no livro Diário. Ele 
seguira a mesma ordem cronológica que o Livro Diário. No Razão será demonstrado em cada folha de seu livro, 
o movimento de uma determinada conta, sempre trazendo o seu saldo inicial, a movimentação do período e o 
saldo final, sendo devedor ou credor. 
Para este livro, não existe nenhuma formalidade básica, seja para a sua escrituração ou para o seu 
registro. Para a legislação comercial, ele não é um livro obrigatório para as empresas, sendo um livro facultativo, 
já para os contribuintes do imposto de renda com base no Lucro Real se torna obrigatório conforme a legislação 
fiscal. 
 Razão-(para efeitos fiscais, por força da legislação do Imposto de Renda) são registradas todas as 
operações contabilizáveis, porém com a distinção ou separação de cada elemento patrimonial, isto é, o livro 
possibilita o registro e um controle sistemático de cada parte do patrimônio afetada, viabilizando a evidenciação 
de cada conta patrimonial ou de resultado. O Razão deve conter os seguintes dados: nome da conta, data da 
operação, histórico da operação, valor do débito ou crédito, natureza do saldo (devedor ou credor) e valor do 
saldo. 
 
 Livros Facultativos ou

Outros materiais