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0 Belo Horizonte, 05 de Outubro de 2012 Professor: Antônio Paulo Machado Gomes UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS – DEPARTAMENTO DE CONTABILIDADE Disciplina: CIC046 – Contabilidade I ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL 1 PLANO DE CONTAS A Contabilidade traduz todos os eventos econômicos e financeiros em um denominador monetário. Isto significa dizer que se a empresa tem 10 cadeiras de R$ 100,00 cada, na Contabilidade essas 10 cadeiras será representada como um Ativo/Cadeiras R$ 1.000,00. Além disto, a Contabilidade segue padrões rígidos de contabilização e um desses padrões refere-se ao PLANO DE CONTAS. 2 PLANO DE CONTAS O Plano de contas nada mais é que o resumo de todas as contas a serem utilizadas pela Contabilidade para registro de todas as transações da empresa. O Plano de contas também já se apresenta no formato padrão das demonstrações contábeis. Sendo assim, o Plano de contas será separado entre Ativos, Passivos, Patrimônio liquido, Receitas e Despesas com seus respectivos subgrupos. 3 PLANO DE CONTAS Grupo 1 Ativo Grupo 2 Passivo Grupo 3 Patrimônio Liquido Grupo 4 Receita Grupo 5 Despesa 4 PLANO DE CONTAS 1 Ativo 1.1 Circulante 1.1.1 Disponível 1.1.1.1 Caixa 1.1.1.2 Bancos 1.1.1.2.1 Banco Itaú 1.1.1.2.2 Banco Santander 5 LIVROS OBRIGATÓRIOS Na contabilidade das empresas todos registros de débito e crédito, ou seja, todos os lançamentos contábeis, ficam registrados em dois livros: Livro Diário: onde os lançamentos ficam registrados por ordem cronológica. Livro ou Ficha Razão: onde os lançamentos ficam registrados por conta. 6 LIVRO DIÁRIO O diário é um registro oficial das transações contábeis, deve ser lançado em ordem cronológica, apresenta o nome das contas a serem debitadas ou creditadas, as importâncias dos débitos e créditos, e qualquer informação suplementar útil acerca da transação. 7 LIVRO DIÁRIO O Diário registra os seguintes dados: • Data da operação. • Conta a ser debitada • Conta a ser creditada (representado pela letra “a.”) • Histórico da operação, com menção das características principais dos documentos comprobatórios da operação. • Valor da operação em moeda. 8 Modelo do Diário Geral NOME DA EMPRESA Data Código Contas Histórico Débito Crédito 18/04/2012 1.1.1.1 Caixa Integralização em dinheiro conforme contrato social NIRE 2012100304 10.000,00 3.1.1 Capital Social 10.000,00 9 RAZÃO Não é um livro encadernado, pode consistir num jogo de folhas soltas ou num jogo de fichas perfurado. Comumente aparece no Balanço o item singular Duplicatas a Receber ou Clientes, porém, é necessário manter no Razão uma conta separada para cada cliente. Este livro se tornou obrigatório a partir de 1991 através da Lei 8.218 Art. 14 de 29.08.91 e alterada pelo Art. 62 da Lei 8.383/91. 10 Modelo de Ficha de Razão CIA COISA & TAL Cia Coisa & Tal Folha: 01/01 Conta: Caixa Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C 01.01.X1 Integralização do capital em dinheiro 150.000 150.000 D 02.01.X1 Depósito no Banco X 120.000 30.000 D 04.01.X1 Aquisição de mercadorias conforme 10.000 20.000 D N.Fiscal nr. ___ do Fornecedor _____ Cia Coisa & Tal Folha: 01/01 Conta: Capital Social Data Histórico Débito Crédito Saldo D/C 01.01.X1 Integralização do capital em dinheiro 150.000 150.000 C 06.01.X1 Aumento de Capital com um Veículo xxx 50.000 200.000 C 11 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Todas as empresas têm dezenas de transações mensalmente, registradas na contabilidade pelo método das partidas dobradas. Dessa forma, o valor total dos débitos será sempre igual ao valor total dos créditos em cada lançamento. Ao fazer uma verificação se o débitos são iguais aos créditos a empresa prepara um balancete, por isso, chamado de balancete de verificação. 12 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Outra razão para a preparação de balancetes é que ficaria muito difícil para os usuários da contabilidade de uma empresa, analisar a situação em que ela se encontra sem que fosse preparada, periodicamente, uma relação contendo todas as contas utilizadas para registrar as transações, e os respectivos saldos em uma determinada data. 13 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Preparar um balancete consiste, portanto, em relacionar todas as contas da contabilidade de uma empresa que tenham saldo diferente de zero, colocando em colunas apropriadas o valor do saldo de cada uma. 14 BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Os balancetes de verificação podem ser extraídos a qualquer intervalo de tempo. Entretanto, o procedimento mais usual é preparar balancetes mensais, para conhecimento e informação dos usuários, acerca da posição econômico-financeira da empresa. Em resumo levantar um balancete é uma decisão que depende apenas da administração de uma empresa. 15 MODELO DE BALANCETE DE VERIFICAÇÃO Contas Saldo Inicial Devedores Credores Saldo Final Caixa - 20.000,00 - 20.000,00 Banco c/movimento - 90.000,00 - 90.000,00 Aplicação Financeira - 60.000,00 - 60.000,00 Clientes - 40.000,00 - 40.000,00 Estoque - 15.000,00 - 15.000,00 Veículo - 50.000,00 - 50.000,00 Fornecedores - - 40.000,00 (40.000,00) Empréstimo - - 30.000,00 (30.000,00) Salários a Pagar - - 5.000,00 (5.000,00) Capital Social - - 200.000,00 (200.000,00) Total - 275.000,00 275.000,00 - 16 DIFERENÇA ENTRE BALANÇO E BALANCETE O balancete além de apresentar as contas patrimoniais (ativo, passivo e patrimônio líquido), apresenta também as contas de receitas, custos e despesas. No balanço patrimonial as contas de resultado (receitas, custos e despesas) não estão explícitas, pois, são demonstradas na Demonstração do Resultado do Exercício – DRE. 17 O FLUXOGRAMA CONTÁBIL Os registros contábeis – débito e crédito – são realizados em programas que normalmente funcionam no ambiente windows, ou seja, abre-se uma janela onde as transações são efetuadas, conforme a seguir: Data ___/___/___ Conta Debitada: ________________ Valor: Conta Creditada: ________________ Valor: Histórico: 18 O FLUXOGRAMA CONTÁBIL Plano de Contas Registros Contábeis (débitos e créditos) Diário Razão - T Balancete ARE DRE Balanço Fase do Registro In fo rm aç ão 19 Referências Bibliográficas • SZUSTER, Nata et al. Contabilidade Geral. 3ª. ed. São Paulo: Atlas, 2011. Cap. 4. • BORINELLI, Márcio e PIMENTEL, Renê. Curso de Contabilidade para Gestores, Analistas e Outros Profissionais. São Paulo: Atlas, 2010. Cap. 5
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