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Desonestidade Administrativa Pública
A Administração Pública não exerce suas atividades e direitos com a mesma capacidade de governar, e mesma independência como a dos particulares (não há liberdade nem vontade pessoal), ou seja, os cidadãos exercem os seus individualmente. Enquanto a atuação dos particulares/cidadãos se funda no princípio da autonomia da vontade (é lícito fazer tudo que a lei não proíbe), a atuação do Poder Público é orientada por princípios como o da legalidade (só é permitido fazer o que a lei autoriza), da autoridade suprema do interesse público sobre o privado e da indisponibilidade dos interesses públicos.
 A corrupção é um dos principais males em uma gerência pública, desvirtuando os princípios fundamentais básicos de moralidade, afrontando a ordem jurídica do Estado de Direito. Este por sua vez é um dos aspectos negativos da má administração que mais justificam a implementação e maior controle da sociedade. Entre os atos de desonestidade podemos citar o enriquecimento ilegal, o superfaturamento, ferimento aos cofres públicos, o "tráfico de influência" e o favorecimento, mediante a concessão de favores e privilégios ilícitos (empresas de cunho privado patrocinam eleições para bem próprio futuro), e a revelação de fato ou circunstância de que o funcionário tem ciência em razão das atribuições e que deva permanecer em segredo. Para estes existe uma sanção (pena que corresponde à violação de uma lei) tanto de Improbidade Administrativa quanto crime de Responsabilidade. 
 (Segundo o entendimento de Eduardo Pessoa) a Improbidade Administrativa pode ser definida doutrinariamente como sendo:
“a corrupção administrativa, que, sob diversas formas, promove o desvirtuamento da Administração Pública e afronta os princípios nucleares da ordem jurídica (Estado de Direito, Democrático e Republicano) revelando-se pela obtenção de vantagens patrimoniais indevidas às expensas do erário, pelo exercício nocivo das funções e empregos públicos, pelo "tráfico de influência" nas esferas da Administração Pública e pelo favorecimento de poucos em detrimento dos interesses da sociedade, mediante a concessão de favores e privilégios ilícitos.”
 
Isto ocorre quando o sujeito ativo, com posse de função pública, seja ela qual for, temporária ou efetiva, responsável pelo gerenciamento, destinação e aplicação de valores, bens e serviços de natureza pública, obtenha os seguintes resultados:
Enriquecimento ilícito (artigo 9º, Lei n° 8.429/1992) 
Lesão ao erário por ação ou omissão, dolosa ou culposa, ainda que não receba direta ou indiretamente qualquer vantagem (artigo 10, Lei n° 8.429/1992).
Ação ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições. (artigo 11, Lei n° 8.429/1992).  
As penalidades envolvem ressarcimento do dano, multa, perda do que foi obtido ilegalmente, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos (de 3 a 10 anos, conforme hipótese) e proibição de contratar com o poder público. Portanto, qualquer pessoa poderá representar à autoridade competente para que seja iniciada investigação com objetivo de apurar a prática de ato de improbidade/corrupção, sendo que a representação deverá tornar manifestação oral em escrita, assim, constituindo-se um ato processual. No Brasil, por não prever punições de caráter penal, mas sim de natureza civil e política e por sua vez não são considerados “crimes”, com previsão e aplicação de penas restritivas de liberdade. 
Enfim, cidadãos que querem ver os seus direitos respeitados, devem exercer sua cidadania fiscalizando os Agentes Políticos (Vereadores, Prefeitos, Presidente da república e os demais) para que caso pratiquem essas irregularidades sejam imediatamente denunciados e devidamente punidos. As Leis, juntamente com o Ministério Público, auxiliam no sentido de fazer valer o controle social sobre a administração de má fé, uma vez que denigre o respeito aos princípios administrativos e a atuação com transparência.

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