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História da Psicologia no Brasil

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Scielo
4
PET Psicologia – Felipe Stephan Lisboa – Março de 2008
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17 1816
Período Pré-Institucional 
(até 1833)
“A psicologia tem um longo passado, 
ainda que uma história curta” 
Ebbinghaus
1500-1822- Período Colonial
Neste período, segundo Antunes (2003) 
“a preocupação com os fenômenos 
psicológicos aparece em obras oriundas 
de outras áreas do saber, tais como: 
Teologia, Moral, Pedagogia, Medicina, 
Política e até mesmo Arquitetura; 
encontram-se, nestas, partes dedicadas 
ao estudo, análise e discussão de 
formas de atuação sobre os fatos 
psíquicos. Os autores são brasileiros, 
com exceção de alguns que, embora 
tenham nascido em Portugal, aqui 
passaram a maior parte de suas vidas. 
Em geral, tiveram formação jesuítica e 
cursaram universidades européias (...) 
As obras são impressas na Europa, 
sobretudo em Portugal, pois ainda não 
havia imprensa no Brasil. Encontram-se 
nessas obras preocupações com os 
seguintes temas: emoções, sentidos, 
auto-conhecimento, educação de 
crianças e jovens, características do 
sexo feminino, trabalho, adaptação ao 
ambiente, processso psicológicos, 
diferenças raciais, aculturação e técnicas 
de persuasão de ‘selvagens’, controle 
político e aplicação do conhecimento 
psicológico à prática médica” 
1808 
Vinda da Família real portuguesa
1822
Independência do Brasil
Período Institucional
(1833-1934)
Segundo Antunes (2003), no século XIX 
“o Brasil sofreu grandes mudanças, 
deixando a condição de colônia e 
transformando-se em império, ainda que 
se mantendo sob o poder da realeza 
portuguesa. A condição de autonomia, 
mesmo que relativa, trouxe profundas 
transformações à sociedade brasileira 
(...), inserindo-se aí a produção de idéias 
e práticas de natureza psicológica. Neste 
contexto, o pensamento psicológico 
produzido neste período diferenciou-se 
do precedente, particularmente pela 
vinculação às instituições então criadas. 
A produção de saber psicológico ainda 
foi gerada, no entanto, no interior de 
outras áreas do conhecimento, 
fundamentalmente na Medicina e na 
Educação”. Desta forma, “os 
personagens dessa história são 
principalmente médicos, educadores, 
bacharéis em direito e até engenheiros, 
sendo que muitos deles acabaram por 
dedicar-se exclusivamente à Psicologia e 
podem ser considerados como os 
primeiros psicólogos brasileiros. 
Acrescentam-se a eles vários psicólogos 
estrangeiros que para cá vieram 
ministrar cursos, proferir palestras ou 
prestar assistências técnicas específicas, 
dos quais muitos permaneceram e se 
radicaram definitivamente no país”.
1833 
Criação das faculdades de medicina no 
Rio de Janeiro e na Bahia
 RJ
BA
Segundo Pessotti (1988) são “nestas 
instituições e em escolas de formação do 
magistério que se inicia a formação de 
um saber psicológico brasileiro em 
moldes acadêmicos”. No decorrer do 
século XIX até o início do século XX, 
inúmeras teses de graduação 
(doutoramento) em Medicina abordaram 
temas "psicológicos”, dentre elas: 
Paixões e afetos da alma (1936), 
Proposições a respeito da inteligência 
(1843), Psicofisiologia acerca do homem 
(1951), Relação da Medicina com as 
ciências filosóficas: a legitimidade da 
Psicologia (1864), Funções do Cérebro 
(1876), Psicologia da percepção e das 
representações (1890), Estudo 
psicoclínico da afasia (1891), A memória 
e a personalidade (1894), Epilepsia e 
crime (1897), Duração dos atos 
psíquicos elementares (1900), Métodos 
em Psicologia (1907), Associação de 
idéias (1911), Da psicanálise: a 
sexualidade das neuroses (1914) etc.
1879 – Criação do Laboratório de 
Psicologia da Universidade de Leipzig 
(Alemanha) por Wilhelm Wundt.
Wundt (ao centro) em Leipzig
1888
No dia 13 de maio, a Lei Áurea é 
assinada pela Princesa Isabel, 
extinguindo oficialmente a escravidão no 
Brasil. 
1889 
Proclamação da República
1890 – Reforma Benjamin Constant 
permite a incorporação de disciplinas de 
Psicologia no currículo das Escolas 
Normais. De acordo com Massimi (1990) 
“a pedagogia das escolas normais 
encontrará seu fundamento na psicologia 
experimental recém-surgida”.
CRONOLOGIA
Elaborada a partir da sistematização proposta por Isaias Pessotti (1988) no texto “Notas para uma história da Psicologia brasileira”, publicado no livro “Quem é o Psicólogo 
Brasileiro?” (Edicon/ CFP, 1988) e disponível também no livro “História da Psicologia no Brasil: primeiros estudos” (Antunes, edUERJ, 2004)
1890 – Criação do Pedagogium no Rio 
de Janeiro, instituto que tinha como 
finalidade “servir como órgão central de 
coordenação das atividades pedagógicas 
do país”, além de atuar como “centro 
propulsor das reformas e melhoramentos 
de que carecesse a educação nacional”. 
Foi extinto em 1919 por decreto municipal 
mas, segundo Penna (1992) perpetuou-
se com a criação, em 1938, do Instituto 
Nacional de Estudos Pedagógicos 
(INEP), dirigido inicialmente por Lourenço 
Filho e até hoje em funcionamento.
1890 – Transformação do Hospício 
Pedro II no Hospital Nacional de 
Alienados, dirigido, a partir de 1903, por 
Juliano Moreira.
1898 – Criação do Hospital do Juquery 
por Franco da Rocha, em São Paulo.
1900 – Sigmund Freud publica A 
interpretação dos sonhos, na Alemanha.
1905 – Criação da primeira escala de 
inteligência por Alfred Binet, na França.
1906 – Criação do Laboratório de 
Psicologia Pedagógica no Pedagogium, 
primeiro laboratório de Psicologia do 
Brasil. Idealizado por José Joaquim 
Medeiros e Albuquerque, foi planejado 
por Alfred Binet, na França, e dirigido 
inicialmente por Manoel Bomfim. 
1907 – Criação do Laboratório de 
Psicologia do Hospital Nacional de 
Alienados, por Maurício de Medeiros.
1913 – John Watson lança o manifesto 
behaviorista no Estados Unidos.
1914 – Criação do Laboratório de 
Pedagogia Experimental na Escola 
Normal de São Paulo. Foi dirigido 
inicialmente pelo italiano Ugo Pizzolli.
1918 - O psiquiatra Franco da Rocha 
começa a difundir a psicanálise através 
de cursos proferidos na Faculdade de 
Medicina de São Paulo.
1921 – A psicologia é adotada no 
currículo das Escolas Normais como 
disciplina optativa
1923 – Criação do Laboratório de 
Psicologia da Colônia de Psicopata de 
Engenho de Dentro (RJ). Fundado por 
Gustavo Riedel, foi dirigido inicialmente 
pelo polonês Waclaw Radecki. Os 
objetivos deste laboratório não se 
limitavam à experimentação; deveria 
auxiliar a instituição médica frente às 
necessidades clínicas e sociais, além 
de atuar como núcleo científico e centro 
didático na formação dos técnicos 
brasileiros. Em 1931, o laboratório foi 
transformado no Instituto de Psicologia 
do Ministério da Educação e Saúde 
Pública, tendo como objetivos, além da 
realização de pesquisas científicas e 
aplicações práticas, a efetivação de 
uma Escola Superior de Psicologia. O 
objetivo de Radeki não foi atingido, em 
função do fechamento do Instituto em 
menos de um ano de atividades, 
possivelmente em função da escassez 
de recursos financeiros, além da 
pressão de grupos médicos e católicos. 
Em 1933 o Instituto foi reaberto e 
incorporado, quatro anos mais tarde, à 
Universidade do Brasil (atual UFRJ).
1923 – Criação da Liga Brasileira de 
Higiene Mental (LBHM) por Gustavo 
Riédel (ver Costa, 2007).
1925 – Criação do Instituto de Seleção 
e Orientação Profissionalde Recife, por 
Ulisses Pernambucano
1927 – Fundação da Sociedade 
Brasileira de Psicanálise, por Franco da 
Rocha, Lourenço Filho, Raul Briquet, 
Durval Marcondes, dentre outros. 
1928 – Por decreto, a disciplina 
Psicologia, passa a ser obrigatória nas 
Escolas Normais
1929 – Criação de um laboratório de 
Psicologia Pedagógica na Escola de 
Aperfeiçoamento de Belo Horizonte 
(MG). Este laboratório foi, por muitos 
anos, dirigido pela russa Helena 
Antipoff. 
1930
“Revolução de 30” põe Getúlio Vargas 
no Poder
Período Universitário 
(1934-1962)
Segundo Pessotti (1988) são aspectos 
marcantes desta fase: “a vinda de 
professores estrangeiros para chefiar e 
orientar grupos, por longos períodos; a 
formação de bibliotecas mais ricas; a 
criação de uma carreira em Psicologia, 
mesmo que em cursos destinados a 
Filosofia, Ciências Sociais ou 
Pedagogia; o surgimento da influência 
da Psicologia norte-americana ao lado 
do influxo de origem francesa ou 
européia; a associação de uma 
Psicologia Geral e Experimental à 
formação filosófica ou sociológica e a 
vinculação de uma Psicologia 
Educacional à formação em Pedagogia. 
Desta polarização derivaria a ênfase 
em aspectos teóricos e metodológicos 
da Psicologia nos cursos de Filosofia e 
Ciências Sociais e dedicação aos 
testes, nos de Pedagogia”.
1934
Criação da USP, primeira universidade 
do país.
Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da USP
Segundo Pessotti (1988), na USP, a partir 
deste mesmo ano, a Psicologia torna-se 
“disciplina obrigatória de ensino superior, em 
três anos nos cursos de Filosofia, Ciências 
Sociais, Pedagogia e em todos os cursos de 
licenciatura e deixa assim a condição de 
disciplina opcional, acessória da Psiquiatria 
ou da Neurologia”.
1939 – Criação da Universidade do 
Brasil (hoje: UFRJ).
1945 – Fundação da Sociedade de 
Psicologia de São Paulo por Annita 
Cabral e Otto Klinenberg
1946 - Lançamento da Portaria 272, 
referente ao Decreto-Lei 9.092, que 
institucionalizou a formação do 
psicólogo brasileiro. Segundo Pereira & 
Pereira Neto (2005), “o psicólogo 
habilitado legalmente deveria freqüentar 
os três primeiros anos de filosofia, 
biologia, fisiologia, antropologia ou 
estatística e fazer então os cursos 
especializados de psicologia. Com a 
formação dos denominados especialistas 
em psicologia, iniciou-se oficialmente o 
exercício desta profissão”. 
1947 – Criação, pela Fundação 
Getúlio Vargas (FGV/RJ), do Instituto 
de Seleção e Orientação Profissional 
(ISOP), sob direção técnica de Emílio 
Mira y Lopez.
1949 – Fundação, no Rio de Janeiro, da 
Associação Brasileira de Psicotécnica, 
por Mira y Lopez. No mesmo ano foi 
criado, por esta associação, a revista 
Arquivos Brasileiros de Psicotécnica.
1952 – Fundação do Museu de 
Imagens do Inconsciente, por Nise da 
Silveira. Maiores informações:
www.ccs.saude.gov.br/nise_da_silveira
 www.museuimagensdoinconsciente.org.br
 
Nise da Silveira e C. G. Jung
1953 – Criação do primeiro curso de 
Psicologia na PUC-Rio.
1953 – Realização do I Congresso 
Brasileiro de Psicologia, no Paraná.
1953 – Elaboração do primeiro ante-
projeto de regulamentação da profissão 
de “psicologista”, pela Associação 
Brasileira de Psicotécnica e pelo ISOP. 
1954 – Fundação da Associação 
Brasileira de Psicólogos, em São Paulo.
1957 – A Psicologia distingue-se da 
Psiquiatria e da Pedagogia, segundo o 
Parecer 412/57 e amplia seu campo de 
atuação. Mais de mil pessoas neste 
período atuam com Psicologia Aplicada.
1957 – Criação do curso de Psicologia 
da USP, por Annita Cabral, dentre 
outros.
1960
Mudança da capital federal para 
Brasília – Governo JK
Período Profissional
(1962 até hoje)
1962 – Aprovação, no dia 27 de Agosto 
deste ano, da Lei n° 4119 que 
regulamenta a profissão e a formação do 
psicólogo brasileiro. 
De acordo com a lei são funções privativas do 
psicólogo: o diagnóstico psicológico, a 
orientação e seleção de pessoal, a orientação 
psicopedagógica, a solução de problemas de 
ajustamento e a colaboração em assuntos 
psicológicos ligados a outras ciências. No 
mesmo ano o Conselho Federal de Educação 
(CFE) emite o Parecer 403/62 que fixa o 
currículo mínimo de formação em Psicologia 
no Brasil. Colaboraram para este parecer os 
professores Lourenço Filho, Nilton Campos, 
Carolina Bori, dentre outros. 
1964
Golpe Militar depõe João Goulart
1964 – Psicologia humanista emerge 
como a "terceira força" da psicologia. 
1964 – Criação do primeiro mestrado 
em Psicologia, na PUC-Rio.
1965 - O regime militar dissolve o 
Departamento de Psicologia da UNB.
1971 – Realização do I Encontro 
Nacional de Psicologia, em São Paulo.
1971 – Criação, através da Lei n° 5.766, 
do Conselho Federal e dos Conselhos 
Regionais de Psicologia. Estes teriam 
como objetivo de regulamentar, orientar, 
disciplinar e fiscalizar o exercício da 
profissão. 
1974 – Criação do primeiro doutorado 
em Psicologia, na USP.
1975 – Aprovação do Primeiro Código 
de Ética Profissional. Elaborado 
inicialmente pela Associação Brasileira 
de Psicólogos, em 1967, foi modificado e 
aprovado em resolução do CFP somente 
em Fevereiro de 1975. Quatro anos 
depois, em 1979, foi reformulado; em 
1987 foram acrescidas resoluções 
complementares; e em 2005 foi 
aprovado o atual Código de Ética 
Profissional do Psicólogo.
Disponível em: www.pol.org.br
1984 – Lançamento do primeiro número 
da revista Psicologia: Ciência e 
Profissão
1985
Tancredo Neves é eleito, indiretamente, 
o primeiro presidente civil em 20 anos. 
Morre antes da posse e José Sarney 
assume.
1988
Promulgação da 7ª Constituição Federal 
Ulisses Guimarães e a Constituição 
1988 – Publicação do importante 
livro/pesquisa “Quem é o Psicólogo 
Brasileiro?”.
 
Compre em: www.estantevirtual.com.br
1994 – Realização do primeiro 
Congresso Nacional de Psicologia 
(CNP), em Campos do Jordão.
1999 – Aproximadamente 100.000 
psicólogos encontram-se legalmente 
reconhecidos para praticar Psicologia no 
Brasil.
Nossa história acaba aqui. Mas a 
História continua... Desvende-a!
Personalidades psi
Waclaw Radeki
(1887-1953)
Nasceu na Polônia. Formou-se como violoncelista e 
maestro de orquestra no Conservatório de Florença. Foi professor 
catedrático da Universidade de Varsóvia, chefe do laboratório de 
psicologia experimental da Universidade de Cracóvia e assistente de 
Claparède na Universidade de Genebra, onde obteve o grau de 
doutor, realizando pesquisa sobre Les phénomènes psycho-
électriques, cujos resultados foram apresentados em monografia 
editada em 1911
. Tendo emigrado para o Brasil, fixou-se no Paraná, e, em 
curta visita ao Rio de Janeiro, tomou conhecimento do livro de Manoel 
Bomfim, Pensar e Dizer, publicado em 1923, e logo se aproximou do 
autor. Sua presença no Rio atraiu a atenção do neuro-higienista 
Gustavo Riedel, então diretor da Colônia de Psicopatas do Engenho 
de Dentro, que o convidou a organizar e dirigir o laboratório de 
psicologia experimental que já estava sendo montado. Aceito o 
convite, Radecki passou a residir no próprio local em que se instalara 
o laboratório e, já em 1924, iniciou suas atividades, formando um 
dedicado grupo de colaboradores. Sua capacidade de trabalho foi 
assinalada pelo Dr. Oswaldo N. de Souza Guimarães: "Ele trabalhava 
como operário em ásperos trabalhos manuais, ora comohábil 
mecânico, em paciente montagem de delicadas máquinas, ora 
fabricando, adaptando e aperfeiçoando aparelhos, muitos dos quais 
de sua invenção" (Annaes, 1928, p. 389).
Inicialmente, integraram o corpo de assistentes do 
laboratório Halina Radecka, esposa e ex-aluna de Radecki; Nilton 
Campos, médico-psiquiatra que se entregou ao estudo da psicologia 
e figurava como segundo assistente na equipe; Gustavo de Rezende, 
também médico-psiquiatra, voltado para os estudos psicológicos; 
Lucília Tavares, professora municipal; A. Ubirajara da Rocha, capitão-
médico do Serviço de Aviação do Exército, que presidiu a comissão 
encarregada dos exames psicológicos dos candidatos à Escola de 
Aviação Militar; Arauld Brêtas e Alberto Moore, primeiros tenentes-
médicos do mesmo Serviço e que integravam a citada comissão de 
exames, e Oswaldo N. de Souza Guimarães, assistente do 
Ambulatório Rivadávia Corrêa, da Colônia de Psicopatas do Engenho 
de Dentro. Os médicos militares citados estavam sendo preparados 
para realizar a primeira seleção de pilotos para a aviação militar em 
nosso país.
Em decorrência do vínculo com oficiais do Exército, Radecki 
realizou extenso curso na Escola de Aplicação do Serviço de Saúde 
do Exército, resumido em 17 fascículos e convertido no Tratado de 
Psicologia, editado pela Imprensa Militar, em 1928. O tratado, com 
443 páginas, contém mais de 300 citações dos mais importantes 
textos publicados pelos grandes psicólogos que antecederam ou 
foram contemporâneos do autor, revelando a sua imensa 
competência.
No período em que permaneceu na direção do laboratório, 
Radecki ministrou um significativo número de cursos em grandes 
sociedades científicas. As pesquisas que realizou com seus 
assistentes constam dos números dos Annaes da Colônia, 
encontrados na Biblioteca da Academia Nacional de Medicina. Como 
contribuição teórica, legou-nos o Sistema do Discriminacionismo 
Afetivo. Em 1932, conseguiu a criação do Instituto de Psicologia no 
Ministério da Saúde, que substituiu o Laboratório de Psicologia. 
Faleceu no Uruguai.
 
M. B. Lourenço Filho 
(1897-1970)
Natural da Vila de Porto Ferreira - São Paulo, formou-se na Escola 
Normal de Pirassununga, realizou estudos complementares na Escola 
Normal de São Paulo e formou-se em 1929 na Faculdade de Direito do 
Largo São Francisco. Lecionou na Escola Complementar de Piracicaba e na 
Escola Americana; nessa época, iniciou suas pesquisas sobre leitura e 
escrita, o que resultou na publicação dos Testes ABC.
Em 1922/1923, empreendeu a Reforma do Ensino do Ceará, 
criando um laboratório de Psicologia na Escola Normal de Fortaleza, cuja 
finalidade era empreender pesquisas que subsidiassem a formação de 
professores. Em 1925, sucedeu a Sampaio Dória na cátedra de Psicologia 
da Escola Normal de São Paulo e na direção de seu laboratório, no qual 
revigorou as atividades de pesquisa (dentre as quais testes mentais, jogos, 
aprendizagem, maturidade para leitura e escrita) e constituiu um grupo de 
pesquisadores. Em 1930, assumiu a Direção Geral do Ensino do Estado de 
São Paulo, implantando classes homogêneas com base em resultados de 
testes e criando o Instituto Pedagógico, no qual foi instalado um serviço de 
Psicologia Aplicada e oferecida a disciplina Psicologia da Educação, pela 
primeira vez ministrada como matéria de ensino superior.
Em 1932, colaborou com Anísio Teixeira na Escola Normal do Rio 
de Janeiro/Instituto de Educação, como professor de Psicologia. Foi também 
catedrático de Psicologia na Faculdade Nacional de Filosofia e na 
Universidade do Brasil. Com a criação do Instituto Nacional de Estudos 
Pedagógicos - INEP, em 1938, foi nomeado seu diretor; aí foram realizadas 
atividades de pesquisa, ensino, aplicação e difusão da Psicologia.
Colaborou com o Departamento Administrativo do Serviço Público 
- DASP, implantando um serviço de seleção de candidatos ao serviço 
público civil. Foi co-fundador da Associação Brasileira de Psicologia; 
também foi membro das associações: Société Française de Psychologie, 
American Educational Research Association e Institut d’Études 
Pédagogiques. Foi um dos mais importantes militantes na luta pelo 
reconhecimento da Psicologia como profissão, sendo nomeado presidente 
das comissões de registro profissional e de implantação do ensino de 
Psicologia. Presidiu a comissão que organizou o Curso de Pós-graduação 
em Psicologia do Instituto de Seleção e Orientação Profissional - ISOP da 
Fundação Getúlio Vargas - FGV e foi diretor do periódico Arquivos 
Brasileiros de Psicotécnica, desse instituto.
Foi autor de significativo número de publicações em Psicologia, 
dentre as quais: Teste ABC, Orientação e seleção profissional, "A psicologia 
no Brasil" e Estado atual da Psicologia da Motivação; traduziu obras de 
Claparède, Binet-Simon e Walther, dentre outras; como diretor da Biblioteca 
de Educação (Ed. Melhoramentos), incentivou a publicação de obras em 
Psicologia e Educação e planejou a tradução de autores estrangeiros. Foi 
membro ativo da Associação Brasileira de Educação - ABE, signatário dos 
"Manifestos dos Pioneiros" das décadas de 30 e 50; um dos criadores e 
colaboradores do Instituto de Organização Racional do Trabalho - IDORT e 
um dos fundadores da efêmera Sociedade Psicanalítica Brasileira. Mais do 
que pioneiro, Lourenço Filho foi um dos mais importantes artífices da 
consolidação da Psicologia no Brasil, atuando em ensino, pesquisa, 
aplicação, publicando artigos e livros, criando e atuando em instituições que 
basearam suas atividades na Psicologia e liderando o processo que 
culminou com a regulamentação da profissão e a implementação dos cursos 
específicos para a formação de psicólogos. 
Maiores informações: www.bvs-psi.org.br – Dicionário Biográfico da Psicologia no Brasil: Pioneiros
Helena W. Antipoff
(1892-1974)
Nascida na Rússia, Helena Antipoff formou-se em São 
Petesburgo, Paris e Genebra. Em Paris (1910-1911), estagiou 
no Laboratório Binet-Simon. Entre 1912 e 1916, cursou o 
Insitut des Sciences de lÈducacion, em Genebra, onde obteve 
o diploma de psicóloga. Entre 1915 e 1924, voltou à Rússia, 
tendo trabalhado em estações médico-pedagógicas e no 
Laboratório de Psicologia Experimental em Petesburgo. Em 
1924, deixou a Rússia, e foi se encontrar com seu marido 
Viktor Iretsky, então exilado em Berlim. Em 1926, publicou 
numerosos artigos em periódicos especializados. Seu trabalho, 
nesse período, revela a influência da psicologia sócio-histórica 
russa, e da abordagem interacionista elaborada por Claparède 
e Piaget.
Em 1929, a convite do governo do Estado de Minas 
Gerais, foi lecionar Psicologia na Escola de Aperfeiçoamento 
de Professores, onde promoveu extenso programa de 
pesquisa sobre o desenvolvimento mental, ideais e interesses 
das crianças mineiras, visando subsidiar a reforma do ensino 
local. Em 1932, liderou a criação da Sociedade Pestalozzi de 
Belo Horizonte, e, a partir de 1940, da Escola da Fazenda do 
Rosário, Ibirité, Minas Gerais, com a finalidade de educar e 
reeducar crianças excepcionais ou abandonadas utilizando os 
métodos da Escola Ativa. Na mesma época, tornou-se 
professora fundadora da Cadeira de Psicologia Educacional da 
Universidade de Minas Gerais.
Em 1944 e 1949, no Rio de Janeiro, Antipoff trabalhou 
junto ao Ministério da Saúde na institucionalização do 
Departamento Nacional da Criança, e na criação da Sociedade 
Pestalozzi no Brasil. Em 1951, obteve a cidadania brasileira, e 
retornou a Minas Gerais. Liderou então extensa obra educativa 
a partir da Fazenda do Rosário, nasáreas de educação 
especial, educação rural, educação para a criatividade e de 
superdotados, tendo participado ativamente na formação de 
várias gerações de psicólogos educadores.
Lourenço Filho e Helena Antipoff em 1930
Francisco Franco da Rocha
(1864-1933)
Psiquiatra brasileiro natural de Amparo - São Paulo. Foi um 
dos primeiros a divulgar algumas das concepções de Freud no Brasil, 
juntamente com Arthur Ramos, Júlio Porto-Carrero e Juliano Moreira. 
Apesar de nunca ter praticado a clínica psicanalítica, ofereceu 
importante incentivo para aquele que pode ser considerado o pai 
fundador do desenvolvimento psicanalítico no Brasil: Durval 
Marcondes.
Reinaldo LOBO (1994) relaciona o surgimento da 
Psicanálise, no Brasil da década de 20, às transformações substanciais 
da sociedade: aceleração da industrialização, redução do poder dos 
latifundiários, substituição das importações, maior participação política 
da classe operária, surgimento de uma nova classe média e expansão 
do mercado consumidor interno. Junto a essas mudanças, 
desencadearam-se inúmeros movimentos populares e convulsões 
políticas e observou-se uma mudança cultural e ideológica entre as 
elites intelectuais, cuja expressão mais saliente foi, provavelmente, o 
Movimento Modernista. Nesse contexto, um grupo de intelectuais 
interessou-se pela Psicanálise: "A modernização burguesa propiciou o 
aparecimento de projetos iluministas, como a criação da USP, no início 
dos anos 30, e mesmo a chegada 'das coisas freudianas' ". (LOBO, 
1994, p. 50). Durval Marcondes, ele próprio integrante do Movimento 
Modernista, será o principal condutor do projeto de inauguração da 
Psicanálise no Brasil. Terá a colaboração e o peso da autoridade deste 
neuropsiquiatra consagrado, 35 anos mais velho, ligado às elites da 
Velha República.
Formado em 1890 na Faculdade de Medicina do Rio de 
Janeiro, Franco da Rocha foi o idealizador e fundador do Hospital 
Psiquiátrico do Juqueri (1898), primeiro asilo da cidade de São Paulo 
fundamentado em uma orientação médica para o tratamento de 
indivíduos com distúrbios psíquicos. Inspirado em idéias humanistas, o 
Juqueri procurou ser um hospital psiquiátrico modelo. Buscava-se 
desenvolver a parcela sadia da vida psíquica dos pacientes, por meio 
de condições favoráveis materiais, sociais, psíquicas e morais de 
acolhimento. Empregavam-se terapias psicossociais, como a 
laborterapia, a arteterapia e a assistência psicológica aos familiares 
dos internos. Franco da Rocha mantinha-se aberto aos 
desenvolvimentos da psiquiatria européia e, assim, veio a conhecer as 
concepções freudianas.
Primeiro professor catedrático de Psiquiatria da Faculdade 
de Medicina de São Paulo, proferiu sua aula inaugural, em 1919, sobre 
o tema "A doutrina de Freud", cujo conteúdo foi publicado pelo jornal O 
Estado de São Paulo, em 20/03/1919. Segundo SAGAWA (1985), esse 
artigo e sua obra O pansexualismo na doutrina de Freud, de 1920, 
despertaram o interesse de Marcondes, então aluno da Faculdade de 
Medicina, pela Psicanálise. Franco da Rocha apoiou a iniciativa de 
Marcondes de fundar, em 1927, a primeira instituição latino-americana 
voltada para o estudo e a divulgação da Psicanálise - a Sociedade 
Brasileira de Psicanálise, da qual, além de co-fundador, foi o primeiro 
presidente. Com a aposentadoria de Franco da Rocha, dificultaram-se 
as relações, que já não eram favoráveis, entre Marcondes e o meio 
psiquiátrico oficial de São Paulo. Adversa, por um lado, essa má 
receptividade da psiquiatria oficial favoreceu a autonomia do campo 
psicanalítico e possibilitou o acolhimento de membros não médicos em 
instituições psicanalíticas brasileiras, notadamente na Sociedade 
Brasileira de Psicanálise de São Paulo.
Maiores informações: www.bvs-psi.org.br – Dicionário Biográfico da Psicologia no Brasil: Pioneiros
Ulisses Pernambucano 
(1892-1943)
Nasceu no Recife, em 1892. Com apenas 
20 anos forma-se em Medicina, no Rio de Janeiro. 
Nos últimos anos do curso, foi acadêmico interno 
do Hospital Nacional de Alienados recebendo forte 
influcência intelecual e empreendedora do Dr. 
Juliano Moreira. Já formado, reside alguns anos no 
Paraná e retorna a Pernambuco. A vida e a obra de 
Ulisses Pernambuco tem a marca do pioneirismo.
Em 1948, é criada, no Recife, a cadeira 
de "Psicologia e Pedagogia" na Escola Normal 
Oficial do Estado e que, em sua avaliação, marca o 
início oficial da Psicologia em Pernambuco. Ulisses 
concorre com a monografia Classificação das 
crianças anormais: a parada do desenvolvimento 
intelectual e suas formas; a instabilidade e a 
asteria mental, tida como a primeria tese brasileira 
no campo da deficiência mental. De 1932 a 1927, 
exerce a sua direção e funda, 1925, uma escola 
pioneira para crianças excepcionais, anexa à 
Escola Normal e que, em outra estrutra 
organizacional, continua em funcionamento.
Outro pionerirsmo relevante foi a 
fundação, em 1925, do Instituto de Psicologia do 
Recife, considerado como a primeira instituição 
cientificamente autônoma a funcionar regularmetne 
no Brasil. O Instituto realiza um amplo programa de 
padronizaçãode testes, avaliações psicológicas, 
seleção e orientação profissionais. É de pouco 
depois dessa época a confecção local das lâminas 
de Rorschach, seguindo orientações em artigo 
assinado do próprio autor suiçõ. Essas lâminas, 
hoje, estão em mãos do psicólogo Paulo Rosas. 
Nos primeiros anos da década de 1930, Ulisses 
implementa um audacioso projeto de 
reestruturação de todo o serviço de Assistência a 
Psicopatas de Pernambuco.
Tanto no Instituto de Psicologia quanto 
na Assistência a Psicopatas, forma um 
multidisciplinar grupo de pesquisadores e funda 
alguns periódicos ("Neurobiologia" fundado em 
1938, continua a ser editado), onde ele e seus 
colaboradores publicam centenas de trabalhos. 
Alguns títulos: "Baes fisiopsicológicas da 
ambidestra" (1924); "Estudo psicotécnico de alguns 
testes de aptidão" (1927); "O vocabulário das 
crianças das escolas primárias do Recife"(1931); 
"Revisão pernambu
Paralelamente, desenvolve atividades 
docentes na Faculdade de Medicina do Recife 
"Clínica Neurológica e Psiquiátrica". Em 1934 
preside, no Recife o "1ª Congreso Afro-brasileiro" 
idealizado por seu primo e amigo, Gilberto Freyre. 
A sua intransigente defesa de minorias 
marginalizadas - crianças excepcionais, doentes 
mentais, adeptos de seitas africanas começa a 
incomodar e é denunciado como "subversivo". É 
arbitrariamente preso e fica detido por 60 dias na 
Casa de Detenção do Recife, além de ser 
aposentado compulsoriamente do ensino públio. 
Vem a falecer prematuramente - enfarto fulminante 
- em 1943, no Rio de Janeiro. Tinha 51 anos. 
Museu psi
Cronoscópio de Hipp
Schallhammer de Wundt
Extensiômetro
Metronom-Kontaktuhr
Schallschlussel de Romer
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Manoel José do Bomfim
(1868-1932)
Nasceu em Sergipe. Formou-se na Faculdade de 
Medicina do Rio de Janeiro em 1890. Em 1898, ingressou 
no magistério, lecionando Educação Moral e Cívica na 
Escola Normal do Rio de Janeiro, na qual assumiu logo 
depois a cátedra de Pedagogia e Psicologia. Em 1902 foi a 
Paris com a finalidade de desenvolver seus estudos em 
Psicologia, tendo freqüentado o Laboratório de Psicologia 
anexo à Clínica Jouffroy, em Saint’Anne, e estudado com 
Georges Dumas e Alfred Binet, com quem planejou a 
instalação do primeiro Laboratório de Psicologia brasileiro, 
instalado em 1906 no Pedagogium, do qual foidiretor por 
quinze anos; poucas informações há sobre a produção 
desse laboratório, embora suas atividades sejam citadas 
nas obras publicadas pelo autor. De volta ao Brasil, foi 
nomeado diretor da Instrução Pública.
Autor de vasta obra, escreveu sobre História do 
Brasil e da América Latina, Sociologia, Medicina, Zoologia 
e Botânica, além de vários livros didáticos, dos quais 
alguns de Língua Portuguesa, em co-autoria com Olavo 
Bilac; em Psicologia e Educação escreveu Lições de 
pedagogia (1915) e Noções de psychologia (1916), obras 
utilizadas como suporte para suas aulas na Escola Normal; 
Pensar e dizer: estudo do symbolo no pensamento e na 
linguagem (1923), obra em que demonstra vasta cultura 
geral e domínio das mais importantes correntes de 
Psicologia na época; O methodo dos testes (1926) e 
Cultura do povo brasileiro (1932), além de outras 
publicações como: Critica à Escola Activa, O fato psychico, 
As alucinações auditivas do perseguido e O respeito à 
criança.
Sua obra escrita revela um pensador original e 
não articulado às idéias correntes na época; sua 
interpretação de Brasil apóia-se na análise histórica da 
colonização empreendida pela metrópole, na exploração e 
na espoliação das riquezas brasileiras, com conseqüências 
sobre as condições culturais do povo; assim, defende a 
expansão da educação pública como meio privilegiado para 
a construção de uma sociedade democrática, calcada na 
liberdade, que só poderia ser atingida pelo acesso de todos 
ao saber.
Suas concepções de Psicologia, fenômeno 
psicológico e método para seu estudo também seguem 
caminho diverso do corrente na época. Considera o 
fenômeno psicológico como eminentemente histórico-
social, constituído nas relações entre consciências, 
mediatizadas pela linguagem, compreendida como produto 
e meio da socialização. Critica a pesquisa realizada em 
laboratório, considerando que a complexidade do 
psiquismo não seria passível de ser apreendida em 
condições tão restritas e artificiais; propõe o método 
interpretativo para o estudo do psiquismo, baseado no 
estudo das múltiplas manifestações humanas, no qual 
deveria ser incluído o estudo da história forjada pela 
humanidade ao longo do tempo, expressão maior da 
inteligência e fonte para sua compreensão. É possível dizer 
que Bomfim antecipou algumas idéias posteriormente 
correntes na Psicologia, como as de Vigotski e Piaget, 
assim como teria antecipado as idéias de Ernst Bloch e 
Antonio Gramsci em sua interpretação da sociedade. 
Entretanto, Bomfim permaneceu "esquecido" na 
historiografia brasileira, fenômeno esse que pode ser 
parcialmente explicado por suas diferenças e contraposição 
aos pensamentos hegemônicos da época.
Maiores informações: www.bvs-psi.org.br – Dicionário Biográfico da Psicologia no Brasil: Pioneiros
Camisa-de-força
Livros
A Psicologia no Brasil: leitura 
histórica sobre sua constituição
Mitsuko A. M. Antunes
Unimarco/Educ. 
2003
Aventuras do Barão de Münchhausen 
na Psicologia
Ana Mercês Bahia Bock
Educ/ Fapesp/ Cortez Editora
1999
História da Psicologia no Brasil: 
primeiros ensaios
Mitsuko A. M. Antunes (Org.) 
EdUERJ/CFP
2004
História da Psicologia no Brasil: 
novos estudos
Marina Massimi (Org.)
Educ/ Cortez
2004
História da psiquiatria no Brasil: um 
corte ideológico
Jurandir Freire Costa
Garamond
2007
Guardiões da ordem: uma viagem 
pelas práticas psi no Brasil do 
“milagre”
Cecília Coimbra
Oficina do Autor 
1995
História da Psicologia Brasileira: da 
época colonial até 1934
Marina Massimi
EPU
1990
O mundo psi no Brasil
Jane Russo
J. Zahar
2003
História da Psicologia no Rio de 
Janeiro
Antonio Gomes Penna
Imago
1992
História da Psicologia: rumos e 
percursos 
Ana Maria Jacó-Vilela (Org.)
Nau Editora
2006.
Artigos
Pesquisar títulos no site: 
http://scholar.google.com.br
O psicólogo no Brasil: notas sobre seu 
processo de profissionalização 
F. M. Pereira e A. Pereira Neto
Psicologia em Estudo
2003
A psicologia a caminho do novo 
século: identidade profissional e 
compromisso social 
Ana M.B. Bock
Estudos de Psicologia
1999
Práticas “Psi” no Brasil do “milagre”: 
algumas de suas produções 
Cecília M. B. Coimbra
Revista Mnemosine
2004
Helena Antipoff: razão e sensibilidade 
na psicologia e na educação
Regina Helena de Freitas Campos
Estudos Avançados
2003
Mais artigos em www.scielo.br
Sites
GRUPO CLIO-PSYCHÉ E REVISTA 
MNEMONSINE
www.cliopsyche.uerj.br
www.cliopsyche.cjb.net/mnemosine
REVISTA MEMORANDUM
www.fafich.ufmg.br/~memorandum
DICIONÁRIO BIOGRÁFICO DA 
PSICOLOGIA NO BRASIL: PIONEIROS
www.bvs-psi.org.br
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA 
PSICOLOGIA NO MUNDO
www.geocities.com/athens/delphi/6061
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA 
PSICOLOGIA NO BRASIL
www.crpsp.org.br/linha
LINHA DO TEMPO DA HISTÓRIA DA 
FORMAÇÃO EM PSICOLOGIA NO 
BRASIL
www.abepsi.org.br/abep/linha.aspx 
EXPOSIÇÃO MEMÓRIA DA LOUCURA
www.ccs.saude.gov.br
Indicações
Personalidades na capa: 1- Ulisses Pernambucano; 2- Helena Antipoff; 3- Lourenço 
Filho; 4- Juliano Moreira; 5- Gustavo Riedel; 6- Ugo Pizzolli; 7- Carolina M. Bori; 8- Mira y 
Lopez; 9- Silvia Lane; 10- Roberto Mange; 11- Manoel Bomfim; 12- Medeiros e Albuquerque; 
13- Annita Cabral; 14- Anísio Teixeira; 15- Dante Moreira Leite; 16- Arthur Ramos; 17- 
Franco da Rocha; 18- Durval Marcondes; 19- Waclaw Radecki.
Fórum de Entidades 
Nacionais da Psicologia 
Brasileira (FENPB) 
Associação Brasileira de Ensino de 
Psicologia – ABEP 
www.abepsi.org.br
Associação Brasileira de Orientação 
Profissional – ABOP 
www.abop.org.br
Associação Brasileira de Psicologia 
Jurídica – ABPJ 
psicologiajuridica@uol.com.br
Associação Brasileira de Psicoterapias - 
ABRAP
www.abrap.org
Associação Brasileira de Psicologia do 
Esporte - ABRAPESP
www.abrapesp.org.br
Associação Brasileira de Psicoterapia e 
Medicina Comportamental - ABPMC
www.abpmc.org.br
Associação Brasileira de Neuropsicologia - 
ABRANEP
abranep@uol.com.br
Associação Brasileira de Psicologia 
Escolar e Educacional - ABRAPEE
www.abrapee.psc.br
Associação Brasileira de Psicologia Social 
- ABRAPSO
www.abrapso.org.br
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-
Graduação em Psicologia - ANPEPP
www.anpepp.org.br
Associação Brasileira de Rorschach - 
ASBRo
www.sbro.usp.br
Conselho Federal de Psicologia - CFP
www.pol.org.br
Coordenação Nacional dos Estudantes de 
Psicologia - CONEP
conepcom@yahoo.com.br
Federação Nacional dos Psicólogos - 
FENAPSI
www.fenapsi.org.br
Instituto Brasileiro de Avaliação 
Psicológica - IBAP
www.ibapnet.org.br
Sociedade Brasileira de Psicologia do 
Desenvolvimento - SBPD
www.sbpd.org.br
Sociedade Brasileira de Psicologia 
Hospitalar - SBPH
www.sbph.org.br
Sociedade Brasileira de Psicologia 
Organizacional e do Trabalho - SBPOT
www.sbpot.ufsc.br
Sociedade Brasileira de Psicologia Política 
- SBPP
www.fafich.ufmg.br/~psicopol

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