Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Melhoramento animal básico ▪ Desafio da produção de alimentos ▪ Aumentar a produtividade ▪ FAO “ A produção agrícola mundial precisa crescer 60% antes de 2050 para cobrir as necessidades de alimentação de uma população ▪ Implica que 200 milhões a mais de toneladas de carne devem ser produzidas (em relações aos níveis de 2017) ▪ A produção deve crescer mas deve ser uma atividade sustentável ▪ Melhoramento zootécnico tem um papel muito importante na produção agropecuária ▪ Genético -> ambiente -> produção animal = precisa ter uma evolução simultânea de genética e ambiente •Melhoria a CURTO prazo. •Rápido •Permanente NUTRIÇÃO MANEJO SANIDADE REPRODUÇÃO •Melhoria a LONGO PRAZO • lento e permanente • incrementos na produção de ordem milhotes de t/ano MELHORAMENTO GENÉTICO ENGENHARIA GENÉTICA Melhoramento genético Genética mendeliana Genética quantitativa Esttística Genética molecular ▪ Genética quantitativa – relaciona as características de maiores importâncias – produção de carne- leite, ovos (são determinadas por muitos genes) difícil saber os efeitos de cada um dos alelos que afetam cada característica MELHORAMENTO GENÉTICO ▪ Área da produção animal que objetiva ajudar o criador a aumentar a produção e a eficiência reprodutiva de seu rebanho. – Identificar os indivíduos de maior mérito genético para que sejam pais da próxima geração; – Determinar a intensidade de uso de cada animal; – É prever problemas, sempre buscando alcançar objetivos. ▪ É um conjunto de processos seletivos e de direcionamento de acasalamentos que visam aumentar a frequências dos genes desejáveis ou combinações genéticas favoráveis em uma população – Conhecimento do controle genético – Variabilidade genética – Melhoramento genético consegue transformar uma população em outra (amentar o peso do rebanho ao desmame) maior viabilidade e precocidade do animal Importância do melhoramento ▪ Produzir mais em menos tempo -> produzir mais com menos recurso -> com qualidade -> lucro ▪ Novas exigências e demandas dos consumidores ▪ Necessidade de aumento da eficiência do processo produtivo ▪ Competitividade do mercado (produção com baixo custo e alta qualidade) ▪ Direcionar acasalamentos entre animais provados ▪ Disseminação de material genético (animais, sêmen, embriões) de rebanhos de leite ▪ Utilização de cruzamentos entre raças para exploração da heterose geralmente refletida em aumento da produção ▪ Aumento de rendimento de carne (animal tipo banha para animal tipo carne) EQUAÇÃO BASICA DO MELHORAMENTO GENETICO: ▪ Precisa escolher o animal com base no genótipo (animal pode ter uma produção elevado não por causa do genótipo, mas sim por causa do ambiente) ▪ As diferenças entre os indivíduos são devidas as diferenças genéticas e de ambiente FENÓTIPO ▪ Expressão física do genótipo ▪ Características morfológicas, fisiológicas, comportamentais ▪ Influenciada pelo ambiente GENÓTIPO ▪ Definição 1 – todos os genes e combinações genicas que afetam uma característica ▪ Definição 2- constituição alélica para um determinado gene do individuo ▪ Característica fixa de um organismo ▪ Célula somática – par de cromossomas ▪ Células reprodutivas – apenas um cromossomo GENE ▪ Segmento de DNA que ocupa uma posição especifica de um determinado cromossomo (loco) e que participa a manifestação do fenótipo de uma determinada característica ALELOS ▪ São formas alternativas de um mesmo gene ▪ Ocupam o mesmo loco em cromossomos homólogos – Espécies diploides existem dois alelos para cada gene, sendo que cada alelo herdado de um dos seus progenitores (pais) – Podem afetar a mesma característica de maneiras diferentes ▪ Beta caseína – 12 formas alélicas – nos rebanhos leiteiros as formas que mais se manifestam soa os A1, A2 e A3 (alelos mais frequentes na espécie bovina) ▪ Ambiente – fatores não genéticos ▪ Manejo – Anotações de informações – Ex: tratamento preferencial, sanidade, etc ▪ Duração da lactação – Alta associação com a produção de leite – Ajusta-se para os 305 dias (proporcionar 1 bezerro/ano) ▪ Idade da vaca – Idade (idades diferentes tem produtividades diferentes) – Existe idade ótima de produção (4 a 6 anos em média) ▪ Número de ordenhas – 2x é o padrão das avaliações – Existe uma associação entre o número de ordenhas e a produção de leite DUAS QUESTOES FUNDAMENTASI QUE NORTEIAM OS MELHORISTAS ▪ Qual é o melhor animal – Melhor animal – perguntas e respostas não são fáceis (respostas vão depender de qual mudança se deseja no rebanho) ▪ Como é possível melhorar geneticamente as populações de animais? ▪ Melhor para quem? Para que? ▪ Precisa saber quais os genótipos e fenótipos desejáveis para determinado sistema de produção (sistemas de produção dependem de vários fatores de meio – clima, tipo de produção, prevalência de parasitos/doenças etc) FERRAMENTAS PARA O MELHORAMENTO ▪ SELEÇÃO – Escolha dos indivíduos que serão os pais da próxima geração • Objetivo de seleção • Critérios de seleção ▪ SISTEMAS DE ACASALAMENTO – Estratégias de formação dos casais – Reprodutores de mesma raça ou raças diferentes ▪ COMBINAÇÃO SELEÇÃO E ACASALAMENTE (Mating selection) -> utilizada em peixes ▪ Colaterais – primos e tios ▪ Mudança dos genes e alelos é consequência da escolha dos pais ▪ A seleção pode ser natural ou artificial: ▪ NATURAL: ocorre sem a intervenção do homem, base da Teoria da ,evolução proposta por Darwin em 1859. ▪ ARTIFICIAL OU DIRIGIDA: realizada pelos criadores baseado em CRITÉRIOS que refletem seus INTERESSES FORMAÇÃO DAS RAÇAS ▪ Seleção dirigida no sentido de um ideal particular; – População de animais ligados por relação de parentesco – Origem comum – Estrutura de pedigree – Especificações de pelagem, tipo, conformação exterior – padrão racial ▪ Exemplos: – Raça Aberdeen Angus: selecionada para produção de carne; – Raça holandesa: selecionada para produção de leite – Raça Jersey: selecionada para produção de leite e gordura – Raça Merino Australiano: selecionada para produção de lã ▪ Erro -> medir o genótipo observando o fenótipo CRUZAMENTOS ▪ Acasalamento entre machos e fêmeas de raças ou linhagens diferentes ▪ 1. Completariededade genética ▪ Angus + nelore = desempenho + resistência MELHORAMENTO GENÉTICO ANIMAL: BREVE HISTÓRICO ▪ A história do melhoramento genético animal inicia-se com a domesticação ▪ Antes mesmo do conhecimento da escrita ▪ Começou no final do paleolítico (inicio da era da pedra polida) ▪ Em termos de evolução pode ser dividido: 1. Fase do melhoramento inconsciente 2. Fase do melhoramento empírico 3. Fase do melhoramento cientifico FASE DO MELHORAMENTO INSCONCIENTE – DOMESTICAÇÃO DAS ESPÉCIES ▪ Final do periodo paleolítico (idade pedra lascada) ▪ Seleção para características comportamentais ▪ O cão deve ter sido a espécie mais primitiva domesticada ▪ A expressão doméstico (latim domus= casa) refere-se todo animal que criado e reproduzido pelo homem, perpetua tais condições através de gerações por hereditariedade, oferecendo utilidades e prestando serviços e mansidão (TORRES, 1990) ▪ Status de domesticidade: mansidão hereditária, dependência do homem para sobreviver, utilidade para o homem, capacidade de se reproduzir em cativeiro, crescimento e reprodução controlados pelo homem. FASE DO MELHORAMENTO EMPÍRICO – FORMAÇÃO DE RAÇAS ▪ Robert Bakewell (1725-1795) criador e melhorista ▪ Primeiro a usar de registros de produção como base para estratégias de melhoramento ▪ Criação seletiva e sistemática de gado ▪ A consanguinidade produz prepotência e refinamento: acasale melhor com o melhor ▪ Prepotência: os filhos parecem os pais ▪ Seus avanços resultaram em melhorias especificas de ovinos, bovinos e cavalos, e contribuiu parao conhecimento geral da seleção artificial FASE DO MELHORAMENTO CIENTIFICO – Aplicação da estatística ▪ Gregor Mendel (1822 – 1884) Austria ▪ O pai da genetical ▪ 1866: leis da hereditariedade ficaram desconhecidas até 1900 quando pesquisadores puderam verificar importâncias das descobertas de Mendel para o mundo da genética ▪ Jay Lush (1896- 1982) Desenvolvimento da genética de populações ▪ Conotação pratica aos conceitos de melhoramento ▪ Calculo da capacidade provável de produção (CMPP) ▪ NOS ANOS 70: Handerson foi pioneiro dos métodos modernos de avaliação genética ▪ Modelo animal -> BLUP ▪ Valores DEPs de reprodutores com alta acurácia ▪ Ter noção de todas as fazes da produção ▪ Saber que produto quer vender/ qual é a demanda ▪ Que características relacionadas com preço que o animal é comercializado PASSOS RECMENDADOS PARA DELINEAMENTO DE PROGRAMAS DE MELHORAMENTO 1. Descrição do sistema de produção 2. Formulação dos objetivos de seleção 3. Escolha do sistema de acasalamento e raças 4. Estimação de parâmetros genéticos e pesos econômicos relativos 5. Sistema de avaliação animal 6. Desenvolvimento de critérios de seleção 7. Acasalamento de animais selecionados 8. Delineamento do sistema de multiplicação dos animais selecionados 9. Comparação das alternativas ▪ 5 valor genético dos animais (qual animal que vai fenotipar e genotipar) qual metodologia usar (não é realizada em todos os animais) DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE PRODUÇÃO ▪ Produto (carne, leite, ovos, etc) – Entender o sistema de produção (saber qual o produto etc) ▪ Condições de criação – Qual ambiente, clima, fertilidade de solo, localização, etc – Qualidade do leite e saúde mamaria – Gado de corte – velocidade de crescimento e qualidade da carne, conversão alimentar, ▪ Insumos ▪ Índices zootécnicos de referência e metas ▪ Custos e receitas – Quais tecnologias utilizadas (observar se terá lucro) FORMULAÇÃO DO OBJETIVO DE SELEÇÃO ▪ Objetivo de seleção auxilia na identificação de quais animais são mais lucrativos ▪ Qual animal tem melhor composição de fenótipos ▪ Ranqueia animais de acordo valor H ▪ Objetivo de seleção é uma função dos valores genéticos das características ponderadas pelos seus valores econômicos – Representado por uma função contendo receitas e despesas – As equações de lucro podem considerar a empresa como um todo, o animal e sua progênie ou a unidade de produto ▪ Predito na unidade da característica (kg de leite, percentual de carne na carcaça, peso no desmame, etc) ▪ Características incluídas em H – Importância econômica – Receita (crescimento, rendimento, qualidade) – Custo (consumo, mortalidade, resistência) ▪ Variabilidade de mensuração – Fácil de ser mesurado, medido ou coletado à campo – Custo de medir – Característica muito difícil de medir – atrapalha a rotina da fazenda ▪ Variabilidade e resposta a seleção – Herdabilidade – Não apresenta correlações genéticas desfavoráveis Características que afetam um mesmo gene (interferem nos resultados) Correlação negativa (desfavorável) numero de ovos/ peso de ovos (aumento dos números de ovos / ovos mais leves) Função que comtempla características que envolvem lucro e despesas Azul – lucro Vermelho – despesas Valores negativos = custos Vantagens da utilização H ▪ Considera as condições do sistema de produção – Receitas despesas, nível de produção ▪ Indica a direção para programa de melhoramento – Direciona quais características devem ser medidas – Quais animais serão medidos – Como as características serão combinadas para identificar quais animais serão selecionados ESCOLHA DO SISTEMA DE ACASALAMENTO E RAÇAS ▪ Raças puras ou cruzados ▪ Gir e holandês só avaliam touros pelas progênies puras ▪ Importante: se uma raça é muito usada para cruzamentos os reprodutores deveriam ser avaliados para as progênies putas e cruzadas (1/2, 3/4 , 5/8) ESTIMAÇÃO DE PARAMETROS GENÉTICOS E PESOS ECONOMICOS ▪ Covariâncias ▪ Herdabilidade ▪ Correlações ▪ Efeitos não aditivos (heterose, epistasia) se o sistema de acasalamento for cruzamentos ▪ Resposta a seleção (ganho em kg, litros de leite, n de ovos) ▪ Peso econômico é mudança no lucro do sistema de produção atribuída a mudança em uma unidade de características de interesse – Dependem do sistema de produção (preços, produtividade) – Instabilidade econômica ▪ Obtenção dos pesos econômicos – Equação de lucro – Modelos bioeconomicos (mais usados) SISTEMA DE AVALIAÇÃO ANIMAL ▪ Quais características devem ser medidas? – Características indicativas ▪ Quando medir os animais – Pensar na logística para que seja fácil adoção na fazenda sem mudar rotina de manjo ▪ Quais animais serão medidos – Nos candidatos a seleção parente – Seleção em múltiplos estágios – cria (peso na desmama) recria ( peso aos 12m) DESENVOLVIMENTO DE CRITÉRIOS DE SELEÇÃO ▪ Como ranquear os animais – Avaliações genéticas (valores genéticos) – BLUP -> analises estatísticas dos fenótipos – Modelo animal ▪ Índices de seleção -> combinação de critérios individuasi I = 52PL – 164PD + 5.295PE – 11PS PL = produção de leite PD= peso a desmama PS = peso de serviço PE = perímetro escrotal ACALAMENTOS DOS ANIMAIS SELECIONADOS ▪ Definir percentuais de animais selecionados em cada gêneros (intensidade de seleção) ▪ Relação femea:macho ▪ Número de gerações deacasalamentos (intervalo de geração) ▪ Sistema de acasalamento – Endogamia – Acasalamento semelhante – Aleatórios Meth seletion (em peixes acasalamento e seleção juntos) Pirâmide do fluxo gênico (como se da a difusão do material genético) Rebanho núcleo elite – melhoramento, seleção- animais de mais valor Multiplicadores -expandir a população, distribuir animais Comercial – produzir a bastecer a cadeia produtiva, em contato com o mercado consumidor e de forma geral, de onde vem as informações que vão nortear os critérios e objetivos de seleção DISSEMINAÇÃO DO MELHORAMENTO GENÉTICO Núcleo – pequena quantidade de animais machos, empresas de semen, Muitas fazendas atuam como comercial e multiplicadores ao mesmo tempo 19/07 Coeficiente de endogamia ▪ Parâmetro de grande importância – referência para considerar no momento de planejar os acasalamentos entre os indivíduos selecionados, de forma a evitar que os individuais sejam parentes muito próximos. ▪ É a probabilidade de que alelos (de um mesmo locus) presentes nos gametas dos dois pais sejam idênticos por descendência ▪ É a probabilidade de que esses alelos serem copias de um único alelo em um dos ancestrais comuns aos dos pais ▪ Porque o gametas dos pais podem ser idênticos? NÚCLEO COMERCIAIS Objetivos de seleção Critérios de seleção Avaliações genéticas Acasalamentos Retorno economico BOVINOS DE LEITE → não há multiplicadores BOVINOS DE CORTE → divisão não é bem definida → muitas fazendas atuam nos três estratos ao mesmo tempo Tecnologias reprodutivas Machos: fêmeas Predição VG - Pedigree - Fenótipos - Teste de progênies - Marcadores genéticos ▪ O valor do coeficiente de endogamia (F) representa o provável aumento de homozigose resultante do acasalamento de indivíduos aparentados do que a média da população. CASO ▪ X é endogamico pois seus pais possuem pelo menos um ancestral comum (B) ▪ Então uma cópia de uma mesmo alelo de B pode ser transferido pelos gametas D e E para X ▪ Se B é heterozigoto (A1A2) X pode receber cópia de A1 por meio de D e outra cópia de A1 por meio de E ▪ X também pode receber uma cópia de A2 por meio de D e outra cópia por meio de E. COENFICIENTE DE ENGOGAMIA (Fx) ▪ Qual a probabilidade de X ser A1A1? B → D → X e B → E → X Probabilidade de B transmitir uma cópia de A1 para D Probabilidadede D transmitir uma cópia de A1 para X Probabilidade de B transmitir uma cópia de A1 para E Probabilidade de E transmitir uma cópia de A1 para X = (1/2)4 = 1/16 ▪ Qual a probabilidade de X ser A2A2? B → D → X e B → E → X Probabilidade de B transmitir uma cópia de A2 para D Probabilidade de D transmitir uma cópia de A2 para X Probabilidade de B transmitir uma cópia de A2 para E Probabilidade de E transmitir uma cópia de A2 para X = (1/2)4 = 1/16 ▪ Fx = 1/16 + 1/16 = 1/8 COEFICIENTE DE ENDOGAMIA (Fx) ▪ É a probabilidade de que alelos de um mesmo locus presentes nos gametas dos pais sejam idênticos por descredencia 𝐹𝑋 = ∑( 1 2 )𝑛1+𝑛1+1 n1 = número de gerações partindo-se de um dos pais até ancestral comum n2 = número de gerações partindo-se de um dos pais até ancestral comum Σ = usado quando há mais de um ancestral comum aos pais de X ▪ Acasalamento entre MEIO-IRMÃO Ancestral comum é C, Fac = 0 n1 = número de gerações partindo-se de um dos pais até ancestral comum Pai1 até ancestral comum = 1 geração n2 = número de gerações partindo-se de do outro pai até ancestral comum Pai2 até ancestral comum = 1 geração 𝐹𝑋 = 1 2 3 = 1 8 ▪ Acasalamento entre IRMÃOS COMPLETOS Ancestral comum é C Pai 1 até ancestral comum = 1 geração Pai 2 até ancestral comum = 1 geração Ancestral comum é D Pai 1 até ancestral comum = 1 geração Pai 2 até ancestral comum = 1 geração 𝐹𝑋 = [( 1 2 )1+1+1] + [( 1 2 )1+1+1 = 1 8 + 1 8 = 1 4 ▪ Acasalamento entre PAI-AVÔ Ancestral comum é K, Fac = 0 n1 = número de gerações partindo-se de um dos pais até ancestral comum Pai1 até ancestral comum = 0 gerações n2 = número de gerações partindo-se do outro pai até ancestral comum Pai2 até ancestral comum = 1 geração 𝐹𝑋 = 0,5 0+1+1 = 1 4 COEFICIENTE DE ENDOGAMIA (Fx) ▪ A probabilidade de que alelos presentes nos gametas dos dois pais sejam idênticos por descendência é maior se o ancestral (responsável pelo parentesco entre pais) também for endogamico ▪ Deve-se incluir uma correção apropriada para o coeficiente de endogamia do ancestral endogâmico 𝐹𝑋 = ∑ ( 1 2 ) 𝑛1+𝑛2+1 × (1 + 𝐹𝑎𝑛𝑐) FX = coeficiente de consanguinidade do indivíduo X n1 = número de gerações partindo-se de um dos pais até ancestral comum n2 = número de gerações partindo-se de um outro pai até ancestral comum Fac = coeficiente de consanguinidade do ancestral comum Ancestral comum → R, Fac = 0 Pai 1 até ancestral comum = 1 geração Pai 2 até ancestral comum = 1 geração Ancestral comum → S, Fac= ? Pai 1 até ancestral comum = 2 geração Pai 2 até ancestral comum = 2 geração Épossivel calcular Fac para S pois seus pais são irmaos Ancestral comum N, Fax = 0 Pai 1 até ancestral comum = 1 geração Pai 2 até ancestral comum = 1 geração 𝐹𝑠 = ∑(0,5) 1+1+1 = 1 8 𝐹𝑋 = [( 1 2 ) 1+1+1 × (1 + 0)] + [( 1 2 ) 2+2+1 × (1 + 1 8 )] = 1 8 + 9 256 𝐹𝑋 = 32 256 + 9 256 = 41 256 INTERPRETAÇÃO DO COEFICIENTE DE ENDOGAMIA ▪ O valor do coeficiente de endogamia (F) representa o provável aumento de homozigose resultante do acasalamento de indivíduos aparentados do que a média da população – O valor de F varia de 0 a 1, ou seja, 0 a 100% – O grau de endogamia medido pelo F é relativo a uma dada população em um dado momento. ▪ Depois de várias gerações precisa calcular o grau de endogamia, para ver se está aumentando ou não ▪ É um parâmetro individual ▪ Aumento relativo do percentual de locus em homozigose ▪ Se for calculado com base no pedigree, apenas, representa uma expectativa do aumento relativo de lócus em homozigose ▪ Os locus em homozigose não estão distribuídos de maneira aleatória ao longo do genoma -> genotipagem dos animais ▪ O conhecimento do genoma permite estimar o coeficiente de endogamia com mais precisão CONSEQUÊNCIAS DO AUMENTO DO COEFICIENTE DE ENDOGAMIA: ▪ A média do coeficiente de endogamia aumenta ao longo das gerações ▪ O aumento do coeficiente de endogamia influencia na redução de variabilidade genética e por consequência reduz o ganho genético ▪ Reduz a oportunidade de melhoramento ▪ Controlar endogamia = introduzir novos indivíduos (machos) ▪ Redução da variabilidade genética -> aumento de semelhança de indivíduos da mesma família ▪ Depressão endogamica -> redução da média fenotípica do caráter decorrente aumento F ▪ Coeficiente de endogamia médio >5% é preocupante COEFICIENTE DE PARENTESCO Parentesco Relação entre 2 individuos que tenham pelo menos um ancestral em comum É média do percentual de alelos idênticos por descendência entre 2 individuos PARENTESCOS FUNDAMENTAIS ▪ Relaçao de parentesco mais simples -> progênie e um dos pais – Este grau de parentesco é fundamental para a determinação de outros graus – Os filhos tem em média 50% dos seus genes em comum com seu pai e 50% em comum com sua mãe – Um neto tem 25% de parentes com cada um dos 4 avós. ▪ Pais não são endogâmicos ou aparentados ▪ 𝑅𝐴𝐶 = qual a média do percentual de alelos idênticos por descendência entre A e C indivíduos. R (A1A2, A1A3) = ½ R (A1A2, A2A3) = ½ R (A1A2, A1A4) = ½ R (A1A2, A2A4) = ½ 𝑅𝐴𝐶 = ½ ▪ ENTRE DOIS IRMÃOS COMPLETOS COENFICIENTE DE PARENTESCO ▪ Segundo Wrigth (1992) e consiste na contagem do número de gerações existentes entre 2 indivíduos (cujo o parentesco está sendo determinado) e seus descendentes comuns. 𝑅𝑋𝑌 = ∑(0,5) 𝑛1+𝑛2 Em que, 𝑅𝑋𝑌 = coeficiente de parentesco entre dois indivíduos X e Y 𝑛1 = número de gerações entre ascendentes comum e o animal X 𝑛2 = número de gerações entre ascendentes comum e o animal Y O grau de parentesco reflete maior/menor probabilidade de que 2 indivíduos tenham mesmos genes, logo o conhecimento dos parentes é útil na ponderação de informações dos parentes, quando se avalia o mérito EXEMPLO 1 ▪ MEIO-IRMÃOS 𝑅𝐷𝑋 = ∑(0,5) 𝑛1+𝑛2 𝑅𝐷𝑋 = ∑(0,5) 1+1 = 0,52 = ¼ = 0,25 ▪ Significa que D e X tem 25% dos seus genes idênticos, pelo fato de serem cópias dos mesmos genes presentes em B. EXEMPLO 2 𝑅𝐷𝑋 = ∑(0,5) 𝑛1+𝑛2 𝑅𝐷𝑋 = ∑(0,5) 2+2 = (0,5)4 = 0,0625 𝑋 100 = 6,25% ▪ Significa que X e Y têm 6,25% de genes idênticos a mais do que os dois indivíduos quaisquer da mesma população, por apresentarem um ascendente em comum. ▪ X e Y são primos. EXERCÍCIO: ▪ Qual o coeficiente de parentesco entre os indivíduos 5 e 6? ▪ Qual a probabilidade do alelo a ter sido transmitido por um ou outro ancestral comum aos dois primos? IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS COEFICIENTES DE APRENTESCO E ENDOGAMIA 1. Monitoramento da variabilidade genética → progresso genético 2. Planejamento de acasalamentos → pares menos aparentados 2.1 PMG é imprescindível monitorar o coeficiente de parentesco e endogamia dos produtos dos acasalamentos 3. Avaliação genética → informações dos parentes são essenciais para predição do valor genético do individuo 4. Aproveitamento do patrimônio genético de indivíduos que não estão disponíveis para reprodução → touro com idade avançada ou que já não existe → usa-se seus parentes 26/07 Parâmetros genéticos Fenótipo Genótipo Ambiente IGxA Os indivíduos são avaliados pelos seus desempenhos fenotípicos. O fenótipo dos indivíduos são o resultado de seu genótipo, manifestado segundo o ambiente em que este indivíduo está exposto. ▪ Problema = natureza poligênica, impossível precisar o número de pares de genes que afetam características como produção de leite, ganho de peso, etc (conhecem alguns poucos genes) ▪ Quanto mais o ambiente influenciar nos genes menos exata será a estimativa do fenótipo do indivíduo (o ambiente queinfluenciou o animal ter um melhor desenvolvimento) MODELO GENÉTICO ▪ F = valor fenotípico (valor observado ou mensurado de uma caraterística) ▪ A= soma dos efeitos aditivos (efeitos independentes) dos genes ▪ D = efeitos dos desvios de dominância ▪ E = efeitos dos desvios de epistasia ▪ M= efeitos dos desvios causados pelo ambiente ▪ GxM = efeitos da interação genótipo x ambiente ▪ Todas as características apresentam herdabilidade genética 𝜎2 = 𝜎𝐺 2 + 𝜎𝑀 2 𝜎2 = 𝜎𝐴 2 + 𝜎𝐷 2 + 𝜎𝐼 2 + 𝜎𝑀 2 A variabilidade fenotpipica de um caracter é causada por diferenças genéticas e ambientais entre os individuos Quanto maiores as diferenças ambientas nos quais os animais são criados num rebanho Maior efeito do ambiente, menos exata será a estimativa do genotipo dos animais PRODUÇÃO ANIMAL ANIMAL AMBIENTE F = A + D + I + M + GxM Não faz sentido perguntar se uma dada característica é de origem hereditária ou ambiental. Variância fenotípica Variância genética Variância ambiental Variância aditiva Variância dominância Variância epistasia Variância ambiental • Climáticos • Nutricionais • Condições fisiológicas (idade, gestação, nº de ordenhas) • Outras fontes desconhecidas ▪ A variabilidade entre indivíduos é medida pela variância de seus desempenhos, isto é pela variância de seus valores fenotípicos. HERDABILIDADE ▪ Fração da variância fenotípica que é devida às diferenças genéticas aditivas. ▪ Indica a confiabilidade do fenótipo na predição do valor genético de um animal ▪ Expressa a fração herdavel de um caráter, ou seja, o quanto do desempenho de um animal é transmitido à sua progênie. ▪ Válida para a população usada no cálculo ▪ Parâmetro de maior importância para determinar a estratégia de melhoramento. SENTIDO RESTRITO ▪ É um coeficiente genético que expressa a proporção da variância fenotípica causada pela variação dos valores genéticos aditivos ▪ Indica o ganho genético possível de ser atingido através da seleção 𝒉𝑹 𝟐 = 𝝈𝑨 𝟐 𝝈𝑷 𝟐 ▪ As interações não são preservadas no processo de gametogênese ▪ É um coeficiente genético que expressa o quanto da variância fenotípica é determinada pela variação genotípica ▪ Mede o grau de correspondência entre fenótipo e o genótipo 𝒉𝒂 𝟐 = 𝝈𝑮 𝟐 𝝈𝑭 𝟐 = 𝝈𝑨 𝟐 + 𝝈𝑫 𝟐 + 𝝈𝑰 𝟐 𝝈𝑨 𝟐 + 𝝈𝑫 𝟐 + 𝝈𝑰 𝟐 + 𝝈𝑬 𝟐 ▪ Da a correspondência que existe entre genótipo e fenótipo ▪ Mais próximo de zero – grande parte da variação não é de origem genética aditiva ▪ Quanto mais perto de 1 – indica que maior parte da variação seria de origem genética aditiva VALORES ENTRE 0 E 1 OU 0% A 100% ▪ Zero ou perto de zero → variação fenotípica observada entre os animais não é de origem genética aditiva ▪ Mais perto de 1 → variação fenotípica observada → origem genética aditiva SUPONHA QUE UMA DADA CARACTERÍSTICA TENHA h2 = 1 ▪ Significa que a variação fenotípica da característica só depende das variações dos fatores genéticos aditivos. Quanto da variabilidade da característica é devido origem genética? Extrapolação para outras populações depende de como se assemelham as estruturas genéticas, condições de meio, dentre outros fatores. Variância aditiva Variância fenotípica ▪ Acontecem nas características qualitativas, pelagem em bovinos, tipos de cornos, tipos sanguíneos em coelhos CLASSIFICAÇÃO ▪ Herdabilidade baixa – Entre 0 e 20% (0,00 e 0,20) – Inclui características de adaptabilidade (fitness) – Ex: sobrevivência, reprodutivas, resistência a doenças ▪ Herdabilidade média – Entre 20 e 40% (0,20 e 0,40) – Principalmente características de produção ▪ Herdabilidade alta – Acima de 40% (>0,40) – Características de conformação e carcaça FATORES DE VARIAÇÃO DA HERDABILIDADE a) Variabilidade genética b) Espécie animal c) Na mesma espécie em condições de criação diferentes d) Com o tempo (gerações) e) População panmítica X população consanguínea Grandes variações de meio carater muito influenciado por caracteristicas do meio decréscimos H2, visto que aumentam a variancia fenotípica Não existe herdabilidade de um indivíduo! COMO INTERPRETAR? Característica estudada onde as varações de meio sejam estáveis Formação de grupos comtemporaneos estimativas H2 maiores Herdabilidade baixa Herdabilidade alta SELEÇÃO POUCO EFICIENTE SELEÇÃO EFICIENTE Grande parte da variação da característica é devida às diferenças ambientais entre os indivíduos Diferenças genéticas entre indivíduos são responsáveis pela variação da característica avaliada Herdabilidade baixa Baixa correlação entre fenótipo e genótipo, logo fenótipo pode não refletir no genótipo Herdabilidade alta Alta correlação entre fenótipo e genótipo, logo o fenótipo indica seguramente o genótipo do animal Se a H2↑ esperamos que as diferenças de produção sejam devidas aos alelos que os indivíduos possuem e então serão transmitidos a sua progênie Se a H2 ↓ o desempenho dos pais revela muito pouco sobre o desempenho da progênie Interações de dominância e epistáticas não são herdáveis Herdabilidade baixa O desempenho dos pais ou parentes revela muito pouco sobre o desempenho produtivo do indivíduo. Herdabilidade alta Animais cm desempenho elevado tendem a produzir filhos igualmente bons e vice-versa ▪ Para uma vaca produzindo média de 7.000kg de leite e considerando-se uma H2 de 0,30 isso significa que h2 é a proporção da variância fenotípica que é devida a fatores genéticos aditivos IMPROTÂNCIA ▪ Indicador do método de seleção a ser utilizado ▪ H2 alta: seleção baseada no VP do próprio individuo ▪ H2 baixa: informações de parentes do animal irão contribuir para melhor resposta à seleção. ▪ Qual é a correlação entre valor gênico do indivíduo (“breeding value”) e o seu fenótipo? 𝒓𝒙𝒚 = 𝒄𝒐𝒗𝑨𝑭 √𝝈𝑨 𝟐× 𝝈𝑭 𝟐 Cov (A,F) = cov (A, µ + A + D + I + E) ▪ Covariância: medida da associação ou semelhança entre variáveis ▪ A, D, I representam as formas de atuação aditiva, dominância, epistasia dos genes, os quais conjuntamente expressa, o genótipo (G) do indivíduo. ▪ Valendo-se regra: a covariância de uma variável aleatória com a Cov (A,F) = cov (A,µ) + cov (A,A) + cov (A,D) + cov (A,I) + cov (A,E) ▪ Assumindo independência entre os efeitos: cov (A,D)= 0 Cov (A,F) = cov (A,A) = 𝜎𝐴 2 𝒓𝑨𝑭 𝟐 = 𝒄𝒐𝒗 (𝑨, 𝑨) 𝝈𝑨 × 𝝈𝑭 = 𝝈𝑨 𝝈𝑷 Para uma vaca com média de 7.000kg de leite e considerando-se uma h2 = 0,30 isso significa que 30% da variação na produção de leite entre os indivíduos são devidos fatores genéticos aditivos Assim se a média da população for µ = 6.500kg Pode-se afirmar que: 0,3 x (7.000 – 6500_ = 150kg pode ser devido a fatores genéticos A precisão por meio da qual o valor fenotípico representa o valor genético do indivíduo é a herdabilidade ou heritabilidade Papel preditivo do valor genético, expressando a confiança do valor fenotípico reflete o valor genético Somente os valores fenotípicos são conhecidos ▪ Definido com a regressão do valor genético aditivo (A) e função do fenótipo (F): EXEMPLIFICANDO 1. Admitindo ser razoável a comparação de animais de mesma raça testados em diferentes grupos. Calcule o valor fenotipico com desvio da média, e o valor genético dos animais A e B. Qual deles deve ser escolhido e por que? Considere h2 = 0,3 B – ganho de peso superior a média do seu rebanho EXERCÍCIO • A taxa de ganho de peso diário de animais em confinamentos apresentah2 = 0,50. Um novilho 1,5kg/dia em um lote de média igual a 1kg. Outro novilho ganho 1,4kg/dia em um lote de média 0,8kg. Qual deles é superior geneticamente? MÉTODOS DE ESTIMAÇÃO DA HERDABILIDADE 1. Experimentos de seleção (método direto) 2. Covariancia (semelhança) entre parentes MÉTODO DIRETO Herdabilidade efeitva → sentido amplo ℎ2 = ∆𝐺 ∆𝑆 Assim: Uma predição do valor genético dos indivíduos pode ser obtida A (esperado) = h2 x VOP Animal A Ganho de peso 1200g Média de ganho de grupo 900g A(esperado) = h2 x VP A = 0,30 x (1200 – 900) = 90g Animal B Ganho de peso 1200g Média de ganho de grupo 700g A(esperado) = h2 x VP A = 0,30 x (1200 – 700) = 150g Ganho genético ou superioridade da progênie em relação à geração dos pais Diferencial de seleção = diferença entre a média dos indivíduos selecionados para serem pais e a média da população da qual eles foram selecionados Pode apresentar viés na sua estimação caso a geração parenteral tenha ambiente diferenciado e na presença de efeitos maternos MÉTODOS DE ESTIMAÇÃO DA HERDABILIDADE CONSIDERANDO ACASALAMENTOS AO ACASO ▪ Métodos empregados em populações experimentais usando-se experimentos delineados ▪ Baseia-se → covariância genética entre parentes 1. Regressão do valor fenotípico da progênie sobre um progenitor 2. Regressão do valor fenotípico da progênie sore média dos pais 3. Famílias de meio-irmão ou irmãos completos - Correlação intraclase (t) ▪ Se baseiam na similaridade dos rebanhos ▪ Os componentes de variância são estimados por: - Analise de variância (modelo misto) - Analise de regressão - Analise de correlação ▪ Nos três casos é possível utilizar os métodos: - Mínimos quadrados - Máximo verossimilhança - Método bayesiano Repetibilidade ▪ Mede o grau de similaridade entre as mensurações repetíveis de uma mesma característica em um mesmo individuo ▪ O termo repetibilidade refere-se a expressão de um mesmo caráter em épocas distintas na vida do animal CARACTERÍSTICAS REPETÍVEIS ▪ Produção de leite ▪ Produção de ovos ▪ Pesos em diferentes idades ▪ Tamanho da prole ▪ Os desempenhos iniciais tendem a se repetir sendo que tem que avaliar até que ponto a similaridade pode acontecer A semelhança entre genitores e descendentes Expressão de um mesmo fenótipo em diferentes épocas da vida do mesmo animal Algumas características apresentam repetições na vida do animal Por que em cada mensuração de caráter feita no mesmo indivíduo encontra-se intensidade de expressão diferente? As diferenças entre os fenótipos repetidos de um animal refletem um efeito especial de ambiente já que o genótipo não muda O valor fenotípico do mesmo indivíduo tende a repetir-se e depende, parcialmente, do GENÓTIPO, que é constante durante a vida do animal e das CIRCUSNTÂNCIAS AMBIENTAIS CARACTERIZAÇÃO DA REPETIBILIDADE ▪ F = desempenho produtivo (valor fenotípico dado como desvio da média do grupo contemporâneo) do animal ▪ VG = valor genético do animal (soma dos efeitos aditivos dos genes) do animal ▪ VCG = valor de combinação gênica (efeitos de dominância e epistasia) no desempenho do animal (D + I) ▪ Ep = efeito de ambiente permanente (efeito das diferenças ambientais afetando todas as produções do animal) ▪ Et = efeito do ambiente temporário (efeito das diferenças ambientais) ▪ Temporário = só atua em determinado momentos, afeta cada produção em momentos específicos (ex: suplementação oferecida ou não em cada ciclo de lactação das vacas) ▪ Permanente ex: primeira lactação, perde um teto do úbere por mastite – afeta todas as lactações adianta VARIÂNCIA FENOTÍPICA DE UMA CARACTERÍSTICA REPETÍVEL 𝜎𝑃 2 = 𝜎𝐺 2 + 𝜎𝐸𝑃 2 + 𝜎𝐸𝑇 2 𝝈𝑷 𝟐 = 𝝈𝒃 𝟐 + 𝝈𝒘 𝟐 ▪ 𝜎𝑏 2 = variância entre as médias de produção dos indivíduos e que é devida às diferenças entre os genótipos dos indivíduos associados às diferenças entre efeitos permanentes de ambiente desses indivíduos ▪ 𝜎𝑏 2 = variância entre as produções do mesmos indivíduos em diferentes períodos → efeito ambiente temporário. ESTIMAÇÃO DA REPETIBILIDADE ▪ O grau de similaridade entre os desempenhos produtivos da mesma característica em períodos diferente na vida do animal, pode ser: 𝒕 = 𝝈𝑮 𝟐 + 𝝈𝑬𝑷 𝟐 𝝈𝑷 𝟐 = 𝝈𝑮 𝟐 + 𝝈𝑬𝑷 𝟐 𝝈𝑮 𝟐 + 𝝈𝑬𝑷 𝟐 + 𝝈𝑬𝒕 𝟐 = 𝝈𝒃 𝟐 𝝈𝒃 𝟐 + 𝝈𝒘𝟐 REPETIBILIDADE ▪ Assume-se valores de 0 a 1 ou 0 a 100% ▪ Repetibilidade alta → maior possibilidade de uma única medida representar sua real capacidade de produção F = VG + VCG + Ep + Et Variância entre indivíduos Variância dentro de indivíduos Os melhores animais, na primeira produção, continuam melhores nas próximas produções Baixa – esperar mais lactações para avaliar e ver se vai descartar o animal ou não CAPACIDADE PROVÁVEL DE PRODUÇÃO ▪ Comparação e seleção de animais de acordo com a sua capacidade provável de produção (CPP) 𝑪𝑷𝑷 = 𝝁𝑹 + 𝒏𝒕 𝟏 + (𝒏 − 𝟏)𝒕 𝝁𝒊 − 𝝁𝑹 ▪ µR = média de produção do rebanho ▪ n = número de desempenhos do individuo ▪ t= repetibilidade da característica ▪ µi = média de produção do indivíduo i IMPORTÂNCIA DA REPETIBILIDADE Pode ser usada para predição do desemprenho futuro do animal, com base a produção anterior Indicar o ganho em acurácia pelo uso de medidas múltiplas, se a repetibilidade é alta pouco se ganha com a observação de mais de uma medida, podendo descartar animais com base em apenas um desempenho REPETIBILIDADE Envolve o conceito de capacidade (habilidade) de produção, ou seja, o potencial de desemprenho de um animal para uma característica repetível Útil para comparar animais de acordo com CPP EXEMPLO: ▪ o quadro abaixo demonstra as médias de produção de 3 vacas retiradas de um rebanho que apresenta média igual a 5.000kg de leite onde a repetibilidade é igual a 0,40. MIMOSA 𝑪𝑷𝑷 = 5000 + 4 𝑥 0,4 1+(4−1)𝑥 0,4 600 = 5.436,36 SORVITA 𝑪𝑷𝑷 = 5000 + 1 𝑥 0,4 1+(1−1)𝑥 0,4 1000 = 5.400 CLARISSA 𝑪𝑷𝑷 = 5000 + 3 𝑥 0,4 1+(3−1)𝑥 0,4 600 = 5.400 EXEMPLO: ▪ Se uma porca, oriunda de um rebanho cuja a média é 8 leitões por leitegada, produziu 8 e 12 leitões respectivamente na 1ª e 2ª leitegadas, qual será sua capacidade provável na 3ª leitegada supondo que a repetibilidade é igual a 0,20? 𝑪𝑷𝑷 = 8 + 2 𝑥 0,2 1 + (2 − 1)𝑥 0,2 𝑥 10 − 8 𝑪𝑷𝑷 = 8 + 0,40 1 + (1)𝑥 0,2 𝑥 2 𝑪𝑷𝑷 = 8 + 0,33 𝑥 2 = 8,66 CPP = aproximadamente 9 leitões/leitegada ESTIMAÇÃO DA REPETIBILIDADE ▪ Mesmo método -> decomposição da variação total e ANOVA ▪ Os valores observados da característica em estudo devem ser inicialmente corrigidos para alguns fatores de ambiente conhecidos como: – Idade ao primeiro parto (IPP) – Período de lactação – Número de ordenhas ▪ As características repetíveis apresentadas pelos animais domésticos permitem dois tipos de mensurações: – Repetem no tempo – lactações, tamanho de leitegada – Repetem no espaço – espessura de toucinho PROCESSOS PARA ESTIMAR A REPETIBILIDADE ▪ Método – decomposição da variação total e ANOVA 𝒕 = 𝝈𝑮 𝟐 + 𝝈𝑬𝑷 𝟐 𝝈𝑷 𝟐 = 𝝈𝑮 𝟐 + 𝝈𝑬𝑷 𝟐 𝝈𝑮 𝟐 + 𝝈𝑬𝑷 𝟐 + 𝝈𝑬𝒕 𝟐 = 𝝈𝒃 𝟐 𝝈𝒃 𝟐 + 𝝈𝒘𝟐 Variância entre indivíduos Variância dentro de individuo
Compartilhar