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Laminas de Patologia

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Roberto Eduardo – ENF UFRJ 
 
Laminas de Patologia – Bloco 2 
 
Apoptose 
 
A apoptose é um tipo de morte celular 
programada, pela ativação de uma cascata 
enzimática (caspases). Caracteriza-se pela 
redução acentuada do volume celular e picnose 
nuclear. Usualmente há fragmentação dos 
constituintes celulares, que envoltos com 
membrana citoplasmática, constituem os corpos 
apoptóticos, os quais são prontamente 
fagocitados pelos macrófagos e células 
parênquimas próximas. Ocorre em células 
isoladas, ou em pequenos grupos, e não 
desencadeia reação inflamatória. Às vezes, as 
células em apoptose podem permanecer apenas 
reduzidas em volume, com hipereosinofilia 
citoplasmática e picnose nuclear, sem a formação 
de corpos apoptóticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Acumulo de Bilirrubina (fígado) 
 
- A bilirrubina é um pigmento normal importante 
encontrado na bile. 
- É derivada da hemoglobina, mas não contém 
ferro. 
- Suas formação e excreção normais são vitais 
para a saúde, e a icterícia é um distúrbio clínico 
comum causado por excessos desse pigmento 
dentro das células e tecidos. 
Patologia: 
Icterícia: produção excessiva de bilirrubina, 
redução da captação da bilirrubina pelo fígado, 
falha na produção do glicuronato de bilirrubina, 
necrose hepática, redução da excreção para os 
canais biliares e obstrução do canal biliar. 
Classificação: 
▪ Pré-hepática: decorrente do alto teor de 
hemólise, o que aumenta a concentração 
plasmática de bilirrubina não conjungada. 
Ex.: Anaplama ap., Ehrlichia canis, Babesia sp., 
anemia infecciosa equina. 
▪ Hepática: redução na captação, conjugação e 
transporte de bilirrubina pelos hepatócitos para 
os canais biliares. 
Ex.: Hepatite, cirrose 
▪Pós-hepática: obstrução dos canalículos biliares 
para a passagem de bilirrubina conjugada 
Ex.: Neoplasia 
 
 
 
Roberto Eduardo – ENF UFRJ 
 
Necrose Caseosa 
 
A necrose caseosa é assim chamada porque as 
áreas de necrose, macroscopicamente, 
assemelham-se com massa de queijo (do latim, 
caseus, queijo). Ocorre secundariamente nos 
granulomas, que se formam nos processos 
inflamatórios crônicos relacionados, 
especialmente, com a tuberculose (infecção 
bacteriana por Mycobacterium tuberculosis). 
Pode também ser observada em granulomas na 
histoplasmose (infecção fúngica por Histoplasma 
capsulatum), na paracoccidioidomicose (infecção 
fúngica por Paracoccidioides brasiliensis) e na 
tularemia (infecção bacteriana por Francisella 
tularensis). Microscopicamente o granuloma 
apresenta área amorfa, acidófila, de células 
necróticas, com restos nucleares basofílicos 
(fragmentos e núcleos picnóticos). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Necrose de liquefação 
 
 SNC e das infecções por microrganismos 
piogênico;  Área necrótica de consistência mole 
(pus)/abscesso;  Macroscopicamente: 
 Area necrosada tem consistência mole; 
 Semifluida ou liquefeita 
 Microscopicamente: 
 Dissolução total do tecido; 
  Leucócitos PMN degenerados (neutrófilo). 
Necrose por coagulação 
 
Na necrose de coagulação as células mostram 
citoplasma corado mais intensamente pela 
eosina, núcleo picnose, cariorrexe pela 
fragmentação nuclear, ou cariólise pelo 
esmaecimento nuclear,Os contornos celulares 
ainda são visíveis e o núcleo de picnótico tende a 
desaparecer pela lise nuclear. 
Uma causa frequente de necrose de coagulação é 
a isquemia, ou seja, a redução parcial ou total do 
Roberto Eduardo – ENF UFRJ 
 
fluxo sanguíneo para um órgão ou região do 
corpo, comprometendo as funções metabólicas 
celulares, pela hipoxemia ou anoxia, falta de 
nutrientes e a não eliminação dos excretos. A 
isquemia pode ocorrer nas obstruções vasculares 
arteriais e venosas. 
Esteatonecrose (pâncreas) 
 
 Indica lesão no tecido adiposo; 
 Comum na cavidade abdominal; 
 Ação da lipase → adipócitos liberam ácidos 
graxos livres + ions Ca, K ou Na do plasma = 
saponificação (sabão); Pancreatite ou por lesão 
através da liberação de ácidos graxos. 
 Macroscopicamente: 
 Área necrosada, esbranquiçada com manchas 
em “pinga de vela”. 
 Microscopicamente: 
 Dissolução do tecido; 
 Deposito de material basofilico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tuberculose - Calcificação Distrófica 
 
É encontrada em áreas de necrose, sejam estas 
do tipo coagulativa, caseosa ou liquefativa, e em 
focos de necrose enzimática da gordura; 
Os sais de cálcio aparecem macroscopicamente 
como grânulos ou grumos finos brancos, muitas 
vezes palpáveis como depósitos arenosos; 
Morfologia: 
- Histologicamente, com a coloração rotineira de 
hematoxilina e eosina, os sais de cálcio exibem 
aparência granular, amorfa e basofílica, algumas 
vezes agregada. 
Patogenia: 
- Na patogenia da calcificação distrófica, a via 
comum final é a formação de mineral fosfato de 
cálcio cristalino na forma de uma apatita 
semelhante à hidroxiapatita do osso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Roberto Eduardo – ENF UFRJ 
 
Hemossiderose (fígado) 
 
- A hemossiderina é um pigmento granular ou 
cristalino, amarelo a castanho-dourado, derivado 
da hemoglobina, sendo a principal forma de 
armazenamento do ferro; 
- Quando há um excesso local ou sistêmico de 
ferro, a ferritina forma grânulos de 
hemossiderina; 
- As principais causas de hemossiderose são: 
(1) absorção aumentada de ferro alimentar; 
(2) anemias hemolíticas, nas quais quantidades 
anormais de ferro são liberadas dos eritrócitos; e 
(3) transfusões repetidas porque os eritrócitos 
transfundidos constituem uma carga exógena de 
ferro. 
Morfologia 
- O pigmento aparece como uma substância 
granular; 
- Pode ser visualizado nos tecidos através da 
reação histoquímica pelo azul da Prússia; 
- Quando a causa básica é a degradação 
localizada das hemácias, a hemossiderina é 
encontrada inicialmente nos fagócitos na área. 
- Na hemossiderose sistêmica, é encontrado 
primeiro nos fagócitos mononucleares do fígado, 
medula óssea, baço e linfonodos e em 
macrófagos dispersos em outros órgãos, como a 
pele, pâncreas e rins. 
 
 
 
 
 
 
 
Antracose (pulmão) 
 
A antracose pulmonar deve-se à inalação de 
micropartículas de carbono presentes no ar 
poluído, as quais são fagocitadas pelos 
macrófagos, sendo observadas como pigmento 
negro no citoplasma. Os pulmões normais têm 
tonalidade rosada, uniforme. Com a inspiração de 
ar poluído, com o tempo, os pulmões vão ficando 
acinzentados e com múltiplas manchas negras, as 
quais representam os agregados de macrófagos 
com o pigmento.

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