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Psicoterapia breve

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Psicoterapia Breve
Técnica terapêutica que dá para usar em diversos locais e
diversos grupos. Usada também em situação de
emergências e desastres.
- Surge a partir da psicanálise;
- Faz muito sentido dentro da psicanálise;
Discussão da psicoterapia breve:
- T. mentais responsáveis por 34% do total de doenças nas Américas.
- Dependência química: 10% consomem abusivamente.
- Depressão: 300 milhões de pessoas são afetadas. Brasil tem a maior taxa de
depressão da América latina. Principal causa de morte.
- Suicídio: 800 mil pessoas dão fim a vida, 75% ocorrem em países de baixa
média renda.
- Ansiedade: 264 milhões, Brasil tem a maior taxa.
- Há até perda econômica devido aos transtornos mentais, ou seja, é lucrativo
investir em saúde mental.
Freud: coloca em foco o sujeito que sofre, e não a doença. Fala do sujeito ganha
lugar central no tratamento - vai além da redução dos sintomas e investiga o que
tem por trás deles.
- Na saúde mental não basta somente medicar, mas sim escutar o sujeito e o
que está por trás dos sintomas.
- Precisamos aplicar as diretrizes do SUS (equidade, universalidade e coerência)
no nosso trabalho com os pacientes, para trabalhar a prevenção do
adoecimento e a promoção da equidade e saúde
Perspectiva histórica da psicoterapia breve
• A psicoterapia breve é tão antiga quanto o trabalho de Freud com as neuroses.
O próprio Freud relata casos que foram atendidos de forma breve em relação ao
tempo.
• O conceito de psicoterapia breve tem raízes e origens na teoria psicanalítica.
• Inicialmente, Freud procurou uma cura rápida). Ele acreditava que o conhecimento da causa
de uma neurose conduziria à sua solução e cura.
• Buscava-se um rápido diagnóstico da psicodinâmica (como que era o funcionamento psiquico
do indivíduo) do sujeito e a anulação do sintoma através da forma ativa de interpretar (Small,
1974). É ATRAVÉS DA INTERPRETAÇÃO QUE ELE CONSEGUIRIA CHEGAR AO INCONSCIENTE DA
CAUSA DESSA NEUROSE.
Alguns casos clínicos apresentados por Freud (o tratamento em si durou pouco tempo em
comparação ao habitual da psicanálise clássica):
• Emmy von N. (15 semanas) • Luvy R. (9 semanas) • Elisabeth von R. (outono e verão de
1893) • Gustav Mahler (4 horas) • Sandor Ferenczi (4 semanas)
• Em seu início, a questão da duração da terapia não era um problema relevante. Essa questão
surge com o desenvolvimento da Psicanálise, quando Freud ampliou sua compreensão teórica
do desenvolvimento da personalidade e da formação das neuroses.
• Enquanto procurava uma solução para os problemas da resistência, a terapia psicanalítica
dilatou-se consideravelmente (Small, 1974). As resistências dos pacientes fazem com que a
terapia se expanda.
Retomando…
Segundo Freud, o termo Psicanálise se refere a três aspectos:
● Um método de investigação e pesquisa dos processos mentais;
● Um método especial de tratamento (uma psicoterapêutica) dos distúrbios mentais;
● Um corpo de conhecimento psicológico, a teoria psicanalítica.
Psicanálise
•Modo específico de tratamento que tem como foco o INCONSCIENTE e no qual o
descobrimento de conflitos reprimidos na infância é atingido através da resolução gradual da
resistência.
•Este objetivo é atingido através de um intenso relacionamento terapeuta-paciente (sessões
frequentes), pelo emprego da associação livre, análise de sonhos e o desenvolvimento da
elaboração de uma neurose de transferência.
•O objetivo do processo psicanalítico, não é ‘dissipar’ todas as peculiaridades do caráter
humano, nem tampouco exigir que a pessoa que foi ‘completamente analisada’ não sinta
paixões nem desenvolva conflitos internos. A missão da análise é garantir as melhores
condições psicológicas possíveis para as funções do ego.
Psicanálise como Psicoterapia
Segundo Hegenberg, médico psiquiatra psicanalista (2004):
•espaço vivencial não aleatório (artificialmente construído) experienciado dentro de um
enquadre com sessões regulares, como um empreendimento que busca a reflexão (elaboração)
sobre si mesmo e sobre a relação com o analista, por meio da ressignificação da história do
analisando (transformação da compreensão sobre ela), da elucidação de suas características de
personalidade, da investigação do campo transferencial, da interpretação da
transferência/contratransferência, dos lapsos, das repetições, dos sonhos, do discurso do
paciente, a partir de suas associações livres.
•Ainda durante a vida de Freud alguns psicanalistas tentaram introduzir modificações teóricas e
técnicas no processo psicanalítico, visando abreviá-lo, especialmente Sandor Ferenczi e Otto
Rank.
Sandor Ferenczi
•1921, artigo “Prolongamentos da técnica ativa em psicanálise”
•Ferenczi: precursor da Psicoterapia Breve. Aprofundou a discussão e questionamento da
técnica psicanalítica. Propôs variações do enquadre do tratamento padrão.
* Ferenczi é o pai da Psicoterapia Breve, retratou a relação do paciente-terapeuta na
prática e no par analítico
•Frente a casos difíceis, ele propõe uma técnica mais ativa, ou seja, ordens e proibições para o
paciente, com o objetivo de acelerar o processo terapêutico e vencer a reação terapêutica
negativa (agravamento dos sintomas).
● O rígor é diferente do dogma, o primeiro é mais tradicional e carregado de
prestígio. Os dogmas são os mandamentos de Freud.
•1941 – 1° simpósio sobre Psicoterapia Breve no Instituto Psicanalítico de Chicago
(Franz Alexander). Busca-se um tratamento mais adequado e mais eficaz para cada
indivíduo.
- Surge a terapia de grupo como uma tentativa de eficiência (bem estruturada) e
rapidez (finalidades principais)
Hermann (1979)
● Falo sobre o par freudiano em relação com a associação livre e a atenção
flutuante
Kenberg (2001)
● Fala sobre a interpretação, análise transferencial e neutralidade técnica
Psicoterapia Dinâmica Breve (ou psicoterapia breve):
•O termo breve surge em oposição à ideia de uma psicoterapia dinâmica longa.
•Franz Alexander e Thomas French (década de 40) verificaram que seria possível
aplicar os princípios da Psicanálise em abordagens mais flexíveis e breves. Eles
buscaram ajustar a teoria e a técnica a finalidades terapêuticas mais específicas e
formas mais eficientes e rápidas.
Com relação ao tratamento psicanalítico tradicional a PB, questiona-se:
● O fato de que a profundidade da terapia é necessariamente proporcional à
duração do tratamento e à frequência das sessões;
● A afirmação de que os resultados terapêuticos obtidos após um número
pequeno e sessões são necessariamente superficiais e temporários, enquanto
que os resultados terapêuticos obtidos mediante tratamento prolongado são
necessariamente mais estáveis e profundos;
● A alegação de que a longa duração do tratamento é necessária para superar a
resistência do paciente, pois isso conduzirá, finalmente, aos resultados
almejados.
As psicoterapias breves servem de resposta a uma variedade de questões:
● Aumento da demanda pública por serviços terapêuticos sem que haja um
aumento proporcional de pessoal especializado nos serviços.
● Grande parte das pessoas não pode arcar com as despesas de uma
psicoterapia a longo prazo, nem com o tempo que esta necessita.
● O tipo de uso que a população mais pobre faz da psicoterapia, muitas vezes
não se adequa ao enquadre psicanalítico tradicional.
● A inserção do atendimento psicológico nos planos de saúde também passa por
uma questão da duração do tratamento.
● Os métodos breves têm um papel preventivo ou limitador em relação a
distúrbios menores, agudos ou crônicos;. Pode evitar que esses casos evoluam
a quadros psicopatológicos.
● Crises e tensões comuns à vida da maioria dos seres humanos produzem uma
demanda urgente de intervenção rápida;
● Uma intervenção rápida e eficaz é sempre solicitada em acontecimentos
catastróficos; (alto índice de estresse pos traumatico)
● Certas circunstâncias exigem uma terapia breve e eficaz porque só permitem
um período de contato muito curto com o paciente;
● Algumas pessoas só aceitam ajuda em circunstâncias associadas a um
procedimentode emergência, de forma breve, como o que é oferecido por uma
clínica médica geral.
Trabalho com a Prevenção:
Pode-se pensar a Psicoterapia Breve como instrumento dentro dos níveis de
prevenção:
● Primária, evitando que um problema menor e temporário se transforme num
desajustamento maior e mais bem estruturado; (tem muitas pessoas que não
tem um diagnóstico mas tem um mal estar, por isso é bom tratar no início)
● Secundária, restringindo e minimizando os efeitos de um distúrbio
completamente desenvolvido; (ambulatório por exemplo, já tem um transtorno,
já tem um diagnósticos) - evitar uma recaída
● Terciária, controlando e limitando os efeitos de um distúrbio crônico. (Small,
1974)
Psicoterapia Breve
● A PB pode se dar em algumas sessões ou em alguns meses, pode ser
psicanalítica, egóica, psicodramática, comportamental-cognitiva, pode ser de
caráter individual, casal, grupal, familiar, pode ocorrer em consultórios,
hospitais, instituições diversas, pode ser destinada a crianças, adultos ou
idosos. (Hegenberg, 2005, p.20) Ela pode ter como base teórica uma
diversidade de linhas, públicos..
● O que distingue uma PB de uma psicoterapia de longa duração não é sua
brevidade, mas, dependendo do autor, é sua focalização em torno de uma
questão específica, são os objetivos limitados, ou é o prazo definido em
terapia.
● Por convenção, o prazo máximo para uma PB é de um ano, podendo durar
alguns meses ou algumas sessões. Muitos serviços estipulam o número de
doze; outros, vinte sessões – o número é variável. (Hegenberg, 2005, p.29)
● Segundo Mauro Hegenberg, a PB tem a Psicanálise como referência, segue a
definição geral para Psicanálise, acrescida de dois elementos constitutivos: o
limite de tempo previamente estabelecido para a terapia e a presença de um
foco, ligado à angústia que leva o paciente a consultar-se.
*A PB tem possibilidade de diversidade de linhas, públicos e locais com um objetivo
limitado em uma questão específica
- Limite de tempo
- Foco
Psicoterapia Breve, alguns autores
•Leopold Bellak e Leonard Small: PB: tratamento psicológico limitado a algumas
sessões e que se utiliza de técnicas características para alcançar uma finalidade
terapêutica específica.
•Edmond Gilliéron: Tratamento de natureza psicológica, de inspiração psicanalítica,
cuja duração é limitada. O terapeuta é mais diretivo, ativo e continente.
•Eduardo Alberto Braier: PB possui características técnicas próprias como:
focalização, planejamento e objetivos limitados

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