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linfadenomegalias e hepatoesplenomegalia

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Vitória Santos Fraulob – T4A MAUÁ 
 
LINFADENOMEGALIAS E 
HEPATOESPLENOMEGALIA 
Tecido linfoide → O corpo humano possui em 
torno de 600 nódulos linfáticos. 
- Baço, amigdalas, adenoides e as placas de 
Peyer → tecido linfoide. 
- Papel → realizar a depuração dos antígenos 
provenientes do fluido extracelular. 
O tecido linfoide aumenta rapidamente na 
infância. Com pico máximo de crescimento no 
período pré puberal. 
No período neonatal geralmente os linfonodos 
não são palpáveis, pois esta é uma fase em que 
há pouca estimulação antigênica. 
Na infância a resposta hiperplásica do linfonodo 
tende a ser mais imediata e intensa que no 
adulto. 
À medida que a criança cresce os mecanismos 
de defesa tornam-se mais específicos e a 
reatividade ganglionar tende a ser menos intensa 
e, comumente, mais localizada. 
Nem todos os linfonodos palpáveis estão 
aumentados por doença maligna; a maioria é 
secundária à etiologia benigna. 
LINFONODOMEGALIA 
Condição no qual os linfonodos apresentam 
aumento no tamanho, podendo estar associada 
a alterações na consistência ou em número. 
 
LINFONODOMEGALIA LOCALIZADA 
x 
GENERALIZADA 
- Localizada → envolvimento de linfonodos de 
regiões anatômicas contíguas. 
- Generalizada → comprometimento de mais do 
que duas cadeias não contíguas. E podem estar 
associadas a diversas doenças e as localizadas 
estão comumente relacionadas com infecção 
ou neoplasia maligna. 
 
Evolução: 
- Aguda → duração menor que duas semanas. 
- Subaguda → Duas a seis semanas. 
- Crônica → caso persista por mais de seis 
semanas. 
EXAME FÍSICO 
Inspeção: 
- Procurar hiperemia e avaliar região anatômica 
drenada, que pode apresentar ferimentos que 
funcionam como porta de entrada para um 
micro organismo. 
Palpação: 
- Procurar por calor local, avaliar a consistência 
do linfonodo e verificar a regularidade da sua 
superfície. 
 
Etiopatogenia: 
- Proliferação de células intrínsecas, como os 
linfócitos T e B, plasmócitos, células dendríticas 
e/ou por infiltração de células extrínsecas. 
- Linfonodomegalias de etiologia maligna podem 
ocorrer por proliferação dos componentes 
intracelulares, como nos linfomas de Hodgkin (LH) 
e não-Hodgkin (LNH) ou por proliferação de 
células que infiltram ou determinam metástases, 
como no caso das leucemias e diversos tumores 
sólidos (neuroblastoma, rabdomiossarcoma, 
carcinoma de nasofaringe e carcinoma de 
tireoide). 
- Linfomas representam o terceiro mais frequente 
câncer nas crianças, após as leucemias e os 
 Vitória Santos Fraulob – T4A MAUÁ 
 
tumores do sistema nervoso central → 
malignidade mais comum da região de cabeça 
e pescoço. 
COMO AVALIAR E QUANDO SUSPEITAR QUE 
A LINFODOMEGALIA PERIFÉRICA ESTEJA 
ASSOCIADA AO CÂNCER? 
Tempo de duração e aspecto evolutivo: 
- A linfodomegalia que dura menos que duas 
semanas ou que não aumenta de tamanha há 
mais que um ano: probabilidade de malignidade 
é muito baixa. 
- A maioria dos estudos utiliza como ponto de 
corte arbitrário quatro semanas para indicação 
de biópsia do linfonodo. 
LOCALIZAÇÃO, CONSISTÊNCIA, TAMANHO, 
MOBILIDADE E PRESENÇA DE SINAIS 
FISIOLÓGICOS 
- Localização não habitual (regiões epitrocleares, 
supraclaviculares , pré auriculares, poplíteas e em 
outros locais). 
- Linfonodomegalia supraclavicular e cervical 
baixa em criança. 
- Linfonodo maior que 2 – 3cm. 
- Linfonodos endurecidos, firmes e indolores. 
- Ocasiões raras → linfonodos dolorosos e 
fibroelásticos podem ser resultantes de 
hemorragia dentro de um centro necrótico 
neoplásico ou pela pressão na capsula do 
linfonodo determinada pela rápida expansão 
tumoral ou, ainda, por estimulação imunológica 
dos receptores da dor. 
- Linfonodos fixos à pele ou aos tecidos vizinhos. 
SINAIS/SINTOMAS CONSTITUICIONAIS 
SUGESTIVOS DE DOENÇA SISTÊMICA 
▪ Febre inexplicada 
▪ Perda de peso 
▪ Astenia 
▪ Sangramentos 
▪ Palidez 
▪ Dor óssea ou articular inexplicadas 
▪ Sudorese noturna 
▪ Prurido constante 
▪ Dor abdominal recorrente e inexplicada 
▪ Hepatoesplenomegalia 
 
 
 
Exames complementares: 
- Hemograma → neutropenia com ou sem 
blastos, bicitopenia ou pancitopenia (podem 
sugerir diagnóstico de leucemia), bicitopenia ou 
anemia Normocrômica e normocítica 
inexplicada, alterações leucoeritroblásticas 
(podem sugerir infiltração metastática). 
Indicações de mielograma: 
- Diminuição significativa e inexplicada no 
numero de células, de uma ou mais séries no 
hemograma. 
- Blastos ou alterações leucoeritroblásticas no 
sangue periférico. 
- Citopenias ou leucocitose associadas a 
linfonodomegalia ou hepatoesplenomegalia não 
infecciosa. 
- Citopenias ou leucocitose associadas a massa 
mediastinal. 
Desidrogenase láctica (LDH): 
- Elevação durante dano tecidual inespecífico. 
- Neoplasias malignas (marcador do turnover 
celular), miocardites, distrofia muscular, 
mononucleose infecciosa, hepatopatias, 
pneumopatias, anemia hemolítica, pancreatite, 
falência renal, uso de determinados 
medicamentos entre outros... 
Ácido úrico: 
- Causas de produção excessiva incluem CA 
metastático, leucemias, linfomas, anemias 
hemolíticas, Policitemia, quimioterapia, 
radioterapia, alguns medicamentos, dieta rica 
em proteínas e alguns distúrbios hereditários. 
- No momento do diagnóstico pode estar 
aumentado principalmente nas 
linfonodomegalias por leucemias e linfomas. 
Radiografia de tórax: 
- Fornece informações acerca da 
linfonodomegalia generalizada e hilar, além de 
evidencias a presença de possível massa 
mediastinal. 
- Em relação a localização das massas 
mediastinais: 
✓ ✓Neoplasias malignas mais frequentes do 
mediastino anterior são os linfomas e 
tumores mesenquimais; 
✓ No mediastino médio são linfomas e 
sarcomas. 
✓ ✓No mediastino posterior são 
neuroblastoma, tumor neuroectodérmico 
primitivo, sarcomas e tumores das células 
germinativas; 
 Vitória Santos Fraulob – T4A MAUÁ 
 
USG com doppler: 
- Exame operador dependente; 
- Avaliação do número, dimensões, forma, hilo, 
córtex, presença de necrose, calcificação, 
disseminação extracapsular, padrão vascular, 
resistência vascular, resistência vascular e índice 
pulsatilidade. 
 
 
Biópsia do linfonodo: 
- Padrão ouro na avaliação das 
linfonodomegalias periféricas. 
- Preferencialmente: biópsia excisional, de maior 
linfonodo e do mais profundo (linfonodos mais 
periféricos podem geralmente ser racionais). 
- Caso nenhum seja predominante: optar em 
ordem decrescente pelos linfonodos 
supraclaviculares, cervicais baixos, axilares e 
inguinais. 
- Biópsia excisional é o padrão ouro, pois remove 
os linfonodos inteiros, fornecendo tecido 
suficiente e permitindo o exame microscópico de 
todas as regiões do linfonodo. 
Quando biopsiar? 
R: Linfonodomegalia localizada em que a 
pesquisa clínica e laboratorial (incluindo aspirado 
de medula óssea) foi inconclusiva, e o linfonodo 
continua aumentando de tamanho após duas 
semanas de observação, ou não apresente 
regressão em 4 a 6 semanas. 
- Linfonodomegalia com características 
sugestivas de malignidade: Linfonodo aderido à 
planos profundos ou à pele, de crescimento 
rápido, coalescente e endurecido. 
- Linfonodomegalia em região cervical inferior ou 
supraclavicular e/ou associada a 
linfonodomegalia profunda. 
- Linfonodomegalia associada à sintomatologia 
sugestiva de doença grave (presença de 
sinais/sintomas sistêmicos persistentes e 
inexplicados). 
- Linfonodomegalia associada a anormalidades 
radiológicas ou alterações no hemograma 
inexplicadas pela avaliação de medula óssea 
- Linfonodomegalia generalizada associada a 
hepatomegalia e/ou esplenomegalia 
inexplicada. 
- Linfonodomegalia sem sinais de involução após 
tratamento específico. 
LINFADENITE BACTERIANA 
É a infecção do linfonodo por bactéria trazida 
pelosvasos linfáticos. 
- Sinais flogísticos importantes. 
- Pode ocorrer fistulização. 
- Sinais sistêmicos infecciosos inespecíficos. 
 
LINFONODO REACIONAL 
Relacionados à drenagem linfática de local 
inflamado / infectado próximo à cadeia. 
- Tamanho variável. 
- Móveis e indolores. 
- Ausência de sinais flogísticos. 
- Regressão após tratamento do foco infeccioso. 
- Ex: amigdalite bacteriana, DSTs, infecções de 
pele. 
DOENÇA DA ARRANHADURA DO GATO 
Infecção pela Bartonella henselae. 
- Gatos infectados são assintomáticos. 
- Transmissão aos humanos por saliva ou 
arranhões. 
- Lesão de inoculação → adenomegalia. 
- Sinais flogísticos e possibilidade de fistulização. 
- Normalmente auto limitada. 
 Vitória Santos Fraulob – T4A MAUÁ 
 
- Complicações neurológicas em idosos e 
imunocomprometidos. 
- TTO → Azitromicina. 
HEPATOESPLENOMEGALIA 
O rebaixamento do fígado, sem aumento do 
órgão, ocorre por elevação da pressão 
intratorácica (derrame pleural direito, 
pneumotórax direito, enfisema e asma). 
Quando o exame clínico for duvidoso, deve-se 
utilizar métodos complementares de diagnóstico, 
como ultrassonografia de abdome, que na 
grande maioria dos casos eliminará tal dúvida. 
Se a indefinição persistir, a tomografia de 
abdome com contraste se faz necessária. 
 
Hipertrofia discreta → O maior desafio para o 
clínico é decidir se esse aumento de tamanho 
justifica uma avaliação laboratorial imediata ou 
requer apenas uma observação clínica 
cuidadosa. 
- Em um terço dos neonatos sadios e em 10% de 
crianças maiores, pode-se palpar o baço sem 
nenhum significado patológico. 
- Baço palpável a mais de 2 cm do rebordo 
costal representa definitivamente um achado 
patológico. 
- O fígado da criança é relativamente maior que 
o do adulto. . 
- Durante o primeiro ano de vida, é palpável 
como uma massa superficial de borda fina entre 
1 e 2 cm abaixo do rebordo costal direito, na 
linha hemiclavicular direita; no recém-nascido 
normal, pode alcançar até 3 cm. 
Funções: 
- Fígado e baço → colaboram para defesa do 
organismo com a depuração de 
imunocomplexos e microrganismos opsonizados, 
na produção de fatores imunológicos além de 
iniciar as respostas imunológicas adaptativas aos 
antígenos capturados no sangue. Tendem a se 
hipertrofiar em todas as situações em que 
reagem o tecido linfoide e o sistema fagocítico 
mononuclear, como nas infecções agudas ou 
crônicas, nos tumores, nas colagenoses e nas 
doenças de hipersensibilização. 
Baço → Destruição de elementos circulantes 
envelhecidos ou anormais, estando, portanto, seu 
aumento de tamanho presente nas anemias 
hemolíticas e nas síndromes histiocíticas. 
- Na vida intrauterina, assumem um papel na 
hematopoiese. Nas situações em que se exige do 
organismo notável esforço regenerador do 
sangue, persiste ou reaparece essa capacidade 
hematopoiética extramedular, podendo-se 
encontrar hepatoesplenomegalia nas anemias 
hemolíticas ou mesmo nas anemias carenciais 
graves. 
- Devido à sua abundante rede vascular, 
distúrbios circulatórios gerais (ICC, pericardite) ou 
locais (hipertensão portal) também podem 
determinar aumento do tamanho do fígado e do 
baço. 
 
 Vitória Santos Fraulob – T4A MAUÁ 
 
 
O QUE AVALIAR NA CRIANÇA COM 
HEPATOESPLENOMEGALIA? 
Sintomas gerais: 
✓ Emagrecimento 
✓ Febre 
✓ Hiporexia 
✓ Sangramentos 
✓ Diarreia 
Antecedentes: 
✓ Infecções de repetição; 
✓ Fatores epidemiológicos 
✓ Condições de vida; 
✓ Antecedentes familiares; 
✓ Cirurgias prévias; 
✓ Estado vacinal; 
Exame físico: 
✓ Tamanho e consistência 
✓ Dor 
✓ Adenomegalias 
✓ Icterícia 
✓ Antropometria 
✓ Estado nutricional 
Sinais de ALARME!! 
 
 
 
 
 
 
ETIOLOGIAS IMPORTANTES 
LEISHMANIOSE VISCERAL (CALAZAR): 
- Várias apresentações clínicas. 
- Calazar → doença sistêmica causada pela 
Leishmania donovani. 
- Parasita intracelular. 
- Cão como fonte de infecção (zoonose) → 
mosquito palha como transmissor. 
- Febre com esplenomegalia, associadas ou não 
a hepatomegalia. 
- Comprometimento do estado geral, 
hemorragias, ascite, icterícia, imunodeficiência e 
infecções bacterianas secundárias associadas → 
causa de óbito. 
- Exames inespecíficos: Hemograma, VHS, 
enzimas e marcadores hepáticos. 
- Detecção do parasita: Localização das formas 
amastigotas em gânglios, medula e baço. 
- Tratamento: Suporte + anti-leishmania. 
- GLUCANTIME e ANFOTERICINA B. 
ESQUISTOSSOMOSE: 
- Infecção parasitária causada pelo gênero 
Schistosoma. 
- Grande importância epidemiológica: Segunda 
maior infecção parasitária no mundo. 
- “Lagoas de coceira “. 
- Forma aguda. 
- Forma crônica: Hipertensão portal → varizes 
esofágicas e esplenomegalia importante 
- Tratamento: Praziquantel 
MONONUCLEOSE INFECCIOSA: 
- VírusEpstein-Barr 
- Altamente linfonotrópico: Edema difuso do 
tecido linfático (linfadenopatia em várias 
cadeias) com hipertrofia importante das tonsilas 
palatinas, inclusive com exsudato, 
esplenomegalia e hepatomegalia. 
- Diagnóstico difícil. 
- Normalmente suspeitado após falha do 
tratamento com antibióticos. 
- “Monoteste" e sorologias podem ajudar, mas 
são de difícil interpretação em crianças menores 
de 5 anos. 
- Rash cutâneo após uso de amoxicilina é 
característico do quadro. 
- Sem tratamento específico 
CAUSAS NEOPLÁSICAS: 
- Linfomas de Hodgkin e não Hodgkin. 
- Leucemias. 
 
 
 
 Vitória Santos Fraulob – T4A MAUÁ

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