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Laringologia 1 Laringologia Partes do sistema vocal Respiratória - pulmões, diafragma, músculos intercostais, respiração (fluxo de ar) Vibratória - caixa vocal (laringe), criação do tom na forma e onda sonora Ressonantes - (faringe), boca/lábios, dentes, nariz, modificações do som em tons com cores variadas (timbre) ANATOMIA Laringe é uma estrutura músculo-ligamentar e cartilaginosa localizada na região infra hioidea, no nível das vertebras C3 a C6 =. no 41º dia gestacional, a laringe está completamente construída Apesar de função fonadora para produção de voz, sua função mais importante é proteger vias respiratórias durante a deglutição - serve como “esfincter” ou “válvula” do sistema respiratório inferior mantendo a perviedade OSSO HIOIDE Na altura de C2, inserção musculares: processo estiloide, genioglossos, gênio hioideo, milo hioideo, omo hioideo, hioglosso ESQUELETO LARÍNGEO Formada por 9 cartilagens ⇒ 3 ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e 3 pares (aritenóidea, corniculada e cuneiforme) Cartilagem tireoide ⇒ a maior e possui margem superior oposta à vértebra C4 Os dois 1/3 inferiores de suas lâminas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a proeminência laríngea (pomo de adão) A margem posterior de cada lâmina projeta-se em sentido superior, como o corno superior, e inferior, como o corno inferior. A margem superior e os cornos superiores fixam-se ao hioide pela membrana tireo-hióidea. A parte mediana espessa dessa membrana é o ligamento tireo-hióideo mediano; suas partes laterais são os ligamentos tireo-hióideos laterais Os cornos inferiores articulam-se com a cartilagem cricoidea Cartilagem cricoide ⇒ rotação e deslizamento da cartilagem tireoide que modificam o comprimeto das pregas vocais Tem formato de anel de sinete com o aro voltado anteriormente - essa abertura permite passagem de um dedo médio A parte posterior é a lâmina e a parte anterior é o arco Laringologia 2 Embora menor, é mais espessa e mais forte Fixa-se à margem inferior da tireoidea pelo lig cricotireoideo mediano (pode ser sentido como um ponto mole durante a palpação da tireoidea) e ao primeiro anel traqueal pelo lig cricotraqueal Cartilagens aritenoides - são piramidais pares com 3 lados - se articulam com as partes laterais da margem superior da lâmina da cricoidea Cada uma tem um ápice sup, um processo vocal anterior e um grande processo muscular e um grande processo muscular que se projeta lateralmente a partir da sua base O ápice das aritenoides tem a cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica O processo vocal permite a fixação posterior do lig vocal e o processo muscular atua como alavanca à qual estão fixados os mm. cricoaritenoideos posterior e lateral As articulações cricoaritenoideas - entre as bases das cartilagens aritenoideas e as faces superolaterais da lâmina da cricoidea - permitem que as aritenoideas deslizem ⇒ aproximando-se ou afastando-se, inclinem- se anterior e posteriormente e girem (mov importantes na aproximação, tensionamento e relaxamento das pregas vocais) Lig vocais elásticos - estendem-se da junção das lâminas da tireoidea anteriormente até o processo vocal da aritenoidea posteriormente ⇒ formam o esqueleto submucoso das pregas vocais São a margem superior livre espessada do cone elástico ou membrana cricovocal Lig cricotireoideos laterais Cartilagem epliglótica - elástica - flexibilidade à epiglote (cartilagem em forma de coração coberta por túnica mucosa) Situada posteriormente à raiz da língua e ao hioide e anterior ao ádito da laringe ⇒ forma a parte superior da parede anterior e a margem superior da entrada Sua extremidade superior é larga e livre; a inferior afilada, o pecíolo epiglótico está fixada pelo lig tireoepiglótico ao ângulo das lâminas da tireoidea Lig hioepiglótico - face anterior da epiglótica ao hioide Margem inferior → prega vestibular - acima da prega vocal e vai da tireoidea até aritenoidea Margem superior → lig ariepiglótico → prega ariepiglótica Cartilagens corniculada e cuneiforme - pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas Fixam-se aos ápices das aritenoideas OBS: a abertura/fechamento dos rima do vestíbulo pelas pregas vestibulares é importante durante a deglutição impedindo aspiração na traqueia mas também ajustando levemente o tamanho do vestíbulo (região acima das pregas vestibulares) durante a fonação - melhora a qualidade do som A laringe pode ser dividida, anatomofuncionalmente, em 3 regiões: supraglótica, glórica e subglótica. Na região glótica é onde se encontram as pregas vocais As pregas vocais vestibulares (também chamadas de pregas vocais falsas) são duas pregas espessas contituidas de fibras do m. tireoaritenoideo. E ficam localizadas acima das pregas vocais verdadeiras Rima da glote, ou fenda glótica é espaço entre as pregas vocais que varia de acordo com a posição delas Laringologia 3 A comissura anterior é representada pela união anterior das pregas vacais verdadeiras ABDUÇÃO X ADUÇÃO Abdução - as cordas vocais se afastam (quando executam movimento respiratório) Adução - as cordas vocais se aproximam (associado na fala) Ação muscular Adutores (fecham): aritenoideo transverso, cricoaritenoideo, cricoaritenoideo lateral, tireoaritenoideo Abdutores (abrem): : cricoaritonoideo posterior Musculatura intrínseca - aderem às cartilagens da laringe e agem para ajustar a tensão nas pregas vocais, abrir/fechar a rima glótica, abrir/fechar os rima do vestíbulo - tireoaritenoideo, aritenoideo, cricoaritenoideo, cricoaritenoideo lateral, cricotireoideo Musculatura extrínseca - movem a laringe como um todo - músculos supra hioides (elevam o hioide) e infra hioides (abaixam o hioide) As pregas vocais controlam a fonação como uma palheta pode funcionar num instrumento - as vibrações das dobras produzem sons à medida que o ar passa através da rima da glote Os m. cricoaritenoideos posteriores são os únicos músculos laríngeos que abduzem as pregas vocais e mantém a abertura da rima da glote As pregas vestibulares tem função protetora mas podem alterar levemente a qualidade do som A rotação das aritenoideas move as pregas vocais medialmente (adução) pelo m. cricoaritenoideo lateral e aritenoideo transverso e oblíquo ⇒ reduz o espaço entre as pregas Laringologia 4 Em repouso - respiração Descanso, formato em V (espaço glótico), dividido em porções vibratórias (membranosa) e porção não vibratoria (cartilaginosa) Fechadas - Fonação Cordas vocais divididas em terço anterior, médio e posterior Com relação à fonação, divididas em lábios vibratórios altos (tracejados) e lábios vibratórios baixos (pontilhados) Laringologia 5 Inervação São ramos laríngeos superior e inferior dos nervos vagos (NC X) OBS: O n. laríngeo superior origina-se do gânglio vagal inferior na extremidade superior do trígono carótico e divide-se em interno e externo Toda inervação é feita pelo nervo laríngeo recorrente ou inferior, com excessão do musculo cricotireoideo que a inervação é pelo nervo laríngeo superior Nervo laríngeo superior: ramo interno (inervação sensorial), ramo externo (motor - musculo cricotireoideo). É ramo do nervo vago (X) Nervo laríngeo inferior (continuação do recorrente) - divide-se em anterior (mm. cricotireoideo lateral, tireoaritenoideo, vocal, ariepiglótico e tireoepiglótico) e posterior (mm. cricoaritenoideo posterior e aritenoideos transverso e oblíquo) É o nervo motor primário da laringe pois supre todos os músculos intrínsecos (exceto cricotireoideo) Nervo laríngeo recorrente: sensorial para áreas subglóticas e motor para músculos remanescentes. O trajeto desse nervo é diferente do lado esquerdo e do lado direito. Nervo vago desce junto com feixe vasculonervoso e chega em um ponto da subclávia direita e entra próximo da tireoide Patologias do lado esquerdo são mais comuns que do lado direto. Em cirurgias de tireoidectomia – nervo laríngeo recorrente pode ser lesado levando a voz disfônicaOBS: Lesão dos nervos laríngeos causa paralisia da prega vocal → inicialmente a voz é insatisfatória pois não há adução da prega vocal para encontrar a prega vocal normal → em semanas a prega contralateral cruza a linha mediana quando há compensação pela ação muscular Na paralisia bilateral a voz está quase ausente pois as pregas estão imóveis em uma posição um pouco mais estreita do que a posição respiratória (neutra) - não podem ser aduzidas para fonação e abduzidas para aumentar a respiração ⇒ resulta em estridor e ansiedade semelhante a um episódio de asma Em lesões progressivas do n. laríngeo recorrente → perda da abdução dos lig. vocais antes da adução - na recuperação, a adução retorna antes da abdução → rouquidão é o sinal de distúrbios graves da laringe (carcinoma) Paralisia do n. laríngeo superior → anestesia da mucosa laríngea superior → inatividade do mecanismo protetor para evitar entrada de corpos estranhos na laringe ⇒ voz monótona (músculo cricotireoideo paralisado não consegue variar o comprimento e a tensão da prega vocal) Para evitar lesão do ramo externo do n. laríngeo superior (ex tireoidectomia), a A. tireóidea superior é ligada e seccionada em posição superior à glândula, onde não está tão próxima do nervo. Como o aumento da glândula tireoide (bócio) pode comprometer a inervação da laringe por compressão dos nervos laríngeos, as pregas vocais são examinadas por laringoscopia antes de uma cirurgia nessa área ⇒ desse modo, a lesão da laringe Laringologia 6 ou de seus nervos em um acidente cirúrgico pode ser distinguida de uma lesão preexistente causada pela compressão do nervo Sistema arterial A. laríngea superior, inferior e cricotireoidea Sistema venoso V. laríngea superior e laríngea inferior HISTOLOGIA A propriedade vibratória é quanto mais externa - epitélio vibratório Epitélio escamoso - estratificado, não queratinizado Lâmina própria superficial - consistência gelatinosa da matriz de tecido fibroso frouxo permite onda mucosa Lâmina própria intermedia - elastina Lâmina profunda - fibroblastos e colágeno Complexo muscular tireoaritenoideo - tireoaritenoideo e músculo vocal Epitélio de revestimento da laringe deriva do endoderma Superfície da cavidade laríngea é revestida pelo epitélio respiratório - pseudoestratificado ciliado. Porém algumas regiões com mais atrito (como epiglote e pregas vocais) são revestidas por epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado. FISIOLOGIA LARÍNGEA Reflexos polissinápticos - troncocerebral Proteção - reflexas e involuntárias Respiração - voluntárias e involuntárias Fonação - totalmente voluntária Diversas funções fisiológicas: previne aspiração, tosse eficaz - defecção - parto, permite estabilização do tórax, circulação Proteção da via aérea: se faz necessária em diversas situações, sendo a mais importante a deglutição. Essa situação envolve dois mecanismos: elevação e fechamento da laringe Respiração - repouso - As cordas vocais em descanso, formato em “V” (espaço glótico), dividido em porções vibratórias (membranosa) e porção não vibratória (cartilaginosa) LARINGE: regula fluxo aéreo respiratório (Esse controle ocorre principalmente a nível glórico pela atividade da musculatura intrínseca da laringe.) Deglutição - musculatura supra-hioidea Laringologia 7 Laringe sobe e vai para frente Anteriorização da laringe - epiglote para posterior Reflexo de fechamento glótico Apneia momentânea Passagem bolo alimentar Comum em pacientes neurológicos Fonação Menos vital das funções 3 processos Produção → cordas vocais Ressonância → cavidades paranasais e tecidos Articulação → língua e boca Aerodinâmica → acústica Teoria mioelástica 1958 ⇒ transforma a energia aerodinâmica (fluxo do ar) em energia acústica Atividade neuromuscular - controle físico da laringe Fenômeno vibratório - forças do fluxo expiratório Mecanismo da fonação Inalação de ar → fechamento glótico Exalação → aumenta pressão subglótica até pregas vocais se movimentarem lateralmente Pregas vocais retornam a linha média Diminuição da pressão subglótica Fecha-se primeiro a parte de baixo Forças elásticas na prega vocal Efeito de Bernoulli do fluxo de ar Laringologia 8 Onda mucosa Em vozes graves ela fica mais larga e mais agudas mais fina OU SEJA, inalação do ar e fechamento glótico (quando inicia fonação) → com a pressão exercida pela força do pulmão abre a parte de baixo das cordas vocais (aumenta pressão subglotica até pregas vocais de movimentarem lateralmente) → Pregas vocais retornam a linha media (diminuição da pressão subglótica, forças elásticas na prega vocal, efeito de bernoulli do fluxo de ar) → onda mucosa Ciclo glótico Fluxo aéreo cortado Ondas regulares Compressão e rarefação do ar Traduz em ondas sonoras Frequência fundamental: Número de ciclos de vibração das pregas vocais por segundo (PITCH VOCAL) Homem 65 a 260 hz – média de 130 Mulher 130 a 520 hz – média de 260 hz Variação de acordo com: propriedades viscoelásticas, pressão subglótica, musculatura extrínseca Ciclo glótico patológico Fechamento incompleto Corte do fluxo em pulsos Menor definição Diminuição harmônicos Fluxo turbulento Perda da periodicidade Voz rouca Laringe sofre muita influência hormonal: Puberdade ocasiona mudanças no Pitch. Laringologia 9 Durante ciclo menstrual podem se observar mudanças epiteliais e histológicas nas pregas vocais Gravidez: elevação dos níveis de progesterona fazem que ocorra maior retenção hídrica e aumento da fragilidade vascular, podendo ocasionar hemorragia submucosa Menopausa pode levar a fadiga vocal, perda da qualidade vocal, além de disfonia Hipotireodismo congênito: produz voz infantil. Já o adquirido pode levar ao aumento da massa das pregas vocais DM também pode afetar a voz direta ou indiretamente LARINGO-ESTROBOSCOPIA O que se move é a parte membranosa, mas os músculos tracionam ou relaxam QUEIXAS CLÍNICAS “Não consigo falar direito...”, “Sinto um pouco de falta de ar”, “Fazem mais de 2 meses que estou rouco” A principal é disfonia Percepção na saudação inicial, característica do surgimento, tempo de início, sintomas associados, evolução dos sintomas. Características Início e duração Tempo corrido Periodicidade (AM vs PM) Fatores contribuintes IVAS recente, febre, dor de garganta Tosse, congestão Abuso da voz, tabaco, alcool Problemas médicos - DM, DRGE, tireoide, doenças neurológicas Cirurgia recente ou trauma HMP Doençaspregressas ou em tratamento - IVAS/rinites Patologias gastroesofágicos - principalmente mulheres Patologias sindrômicas ou congênitas Patologias neurologicas Cirurgia ou trauma HCV Profissão - abuso vocal Ambiente de trabalho - abuso vocal Tabagismo, alcoolismo e drogas Semiologia da cabeça e pescoço Atenção especial à massas de pescoço, tireoide Inspeção - malformações, fístulas, neoplasias Palpação - delimitação, pontos dolorosos, tumefações Exame neurológico completo Laringoscopia indireita e direta (espelho e nasofaringoscopia) Videostroboscopia Laringologia 10 Eletromiografia Laringoscopia óptica rígida Laringoscopia fibra óptica flexível DISFONIA Percepção na saudação inicial Características do surgimento Tempo de início Sintomas associados Evolução Causas orgânicas: laringite aguda, laringite crônica inefcciosa, lesões inflamatórias benignas, lesões estruturais mínimas, manifestações laríngeas das doenças sistêmicas, lesões neurológicas, lesões tumorais IVAS Laringites Abuso vocal com edema e inflamação Paralisias Granulomas com tosse Trauma Deslocamento aritenoide Paralisia nervosa Fraturas laríngeas Lacerações de mucosa3 LARINGITE AGUDA Laringologia 11 Laringite é todos os processos inflamatórios que acometem a mucosa laríngea que se associam com congestão, edema. Vasodilatação, edema e infiltrado leucocitário Se for há mais de 3 meses -> laringite crônica As formas agudas e benignas duram em média 8 dias, são autolimitadas e de etiologia viralLARINGOTRAQUEÍTE AGUDA Infecção viral subaguda - parainfluenza 1 e 2, influenza tipo A Tosse tipo latido de cachorro, febre e estridor Mais no outono e inverno, crianças de 1 e 2 anos, duração de 2 a 7 dias Edema da área subglotica IVAS seguida de tosse, piora a noite Radiografia cerical: excluir corpo estranho TTO: humidificação, hidratação – se dispenia severa usa corticoides. SUPRAGLOTITE PEDIÁTRICA Quadro inflamatório intenso supraglote (epiglote, pregas aeriepiglóticas, falsas pregas vocais - obstrução respiratória) Haemophilus influenzae B 2-4 anos Evolução rápida, febre alta, salivação, posição, estridor, voz abafada, obstrução respiratória Radiogradia lateral cervical Emergência com visualização de vias aéreas e manutenção de via respiratória NO ADULTO: quadro obstrutivo, menos frequente que na criança, diagnostico com sintomas e investigação semelhante, indicado laringoscopia, abscesso epiglótico, vias aéreas seguras LARINGITES CRÔNICAS Processo inflamatório granulomatoso TUBERCULOSE Mycobacterium tuberculosis 2º a tuberculose pulmonar ativa Rouquidão, tosse, escarro sanguinolento, otalgia Biopsia essencial para diferenciar lesão maligna Comum laringe posterior e epiglote Diagnóstico e tratamento de patologia Predomínio no sexo masculino, em idosos. Paciente apresenta: odinofagia, disfagia, disfonia progressiva, estridor e dispneia. TTO: traqueostomia, quimioterapia, corticosteroides podem ajudar em casos de comprometimento e ou dor intensa. SIFILIS Treponema pallidum Acometimento laríngeo - forma secundária - supraglote Lesões eritematosas, edemas e úlceras superficiais, linfadenopatia cervicais Alterações laríngeas ocorrem na sífilis congênita, e nos estágios secundário e terciário da sífilis adquirida. Sintomas laríngeos predominantes são disfagia e disfonia. Tem preferência por acometer a epiglote e as pregas vocais. Laringologia 12 Acometimento laríngeo de forma secundária – supraglote Lesões eritematosas, edemas e ulceras superficiais, linfadenopatia cervical Diagnostico pelo VDRL e FTA abs Atenção com ulcerações e infiltrações FÚNGICAS Histoplasmose: É uma micose sistêmica no qual os sintomas dependem da exspoição ao antígeno e da imunidade do hospedeiro Sintoma inicial mais frequente está associado a alteração do padrão vocal Lesões ulceradas são dolorosas e dificultam a deglutição e a fonação Diagnostico pela história, radiografia e crescimento do histoplasma capsulatum em cultura TTO: itraconazol é o fármaco mais potente e com menos efeitos colaterais. Paracoccidioidomicose: Micose sistêmica de evolução aguda, subaguda e crônica Forma crônica é a mais comum, diagnostico diferencial é câncer em virtude da clinica Incidência maior em pacientes do sexo masculino, idade entre 30 e 50 anos. Parasita é P. brasiliensis As lesões laríngeas são enantema difuso, ulcerações em áreas restritas, áreas de mucosa com pontilhado hemorrágico descritas como “picada de pulga”, além de sintomas gerais: tosse, dispneia, expectoração muco purulenta, odinofagia, disfagia, disfonia Deve-se biopsias a laringe (histopatológico) TTO consiste em antifúngiocos (itraconazol é o mais usado) PARASITÁRIAS Leishmaniose: Doença infecciosa crônica por protozoário → as lesões mucosas podem aparecer precocemente, porém surgem um ou 2 anos após início da infecção Observam-se eritema, infiltração do septo nasal - do nariz as lesões progridem para laringe A manifestação inicial da laringe é a disfonia e disfagia, comprometimento de porções inferiores pode causar insuficiência respiratória Diagnóstico: laboratorial TTO: antimonial N-metilglucamina, na dose de 20 mg/kg/dia até o máximo de 1.500 mg via IM. REFLUXO FARINGOLARÍNGEO Aceita-se uma diferenciação entre a doença do refluxo gastroesofagiano (DRGE) e o refluxo laringofaríngeo (RLF) Pacientes com DRGE apresentam mais azia e dispepsia (sintomas típicos e noturnos), e os portadores de RLF desenvolvem manifestações denominadas atípicas de refluxo, como necessidade de limpar a garganta, sensação de corpo estranho, pigarro, disfonia e tosse (predominantemente diurnas), odinofagia, disfagia, apneia, sialorreia Diagnóstico: anamnese + exame endoscópico e biopsia de esôfago + Ph metria + videoesofagografia + cintilografia. TTO: doença crônica que visa controlar os sintomas + medidas comportamentais + antiácidos + bloqueadores dos receptores H2 + procineticos + inibidores da bomba de prótons + tto cirúrgico. LESÕES INALATÓRIAS (TERMO OU QUÍMICO) Por amônia Trauma na laringe geralmente acompanhado de lesões em outras regiões como na face e tórax Traumas podem ser externos ou internos Traumas externos podemos ter os contusos e penetrantes Laringologia 13 Até 1/3 dos pacientes com lesão laríngea podem estar assintomáticos, por isso manter suspeita em casos de aparecimento de lesão no pescoço Sintomas: rouquidão, mudança na voz, disfagia, odinofagia Diagnóstico: anamnese + exame físico + raio x + tomografia TTO: depende do grau de comprometimento das vias aéreas LESÕES INFLAMATÓRIAS BENIGNAS Nódulos vocais - lesões protuberantes bilaterais - bordo livre Diferentes aspectos NÓDULOS DE CORDAS VOCAIS Fenda glótica Cansaço ao falar Piora ao fim do dia Nódulo vocal é inflamatório, porém não doi. Abuso vocal incorreto Ataque glótico intenso Ocorre no bordo livre do terço anterior e médio das cordas vocais. Caracterizam-se por espessamento epitelial localizado na borda livre de ambas as pregas vocais – nessa região que a prega vocal apresenta maior amplitude e maior atrito Nódulos são mais frequentes na população feminina Lesões protuberantes geralmente bilaterais Diferentes aspectos (tamanho, formato, coloração) Infância (dos 7 aos 9 anos) mulheres na fase adulta Estresse mecânico na fonação – região central da prega vocal membranosa Abuso vocal, infecções das vias aéreas superiores, refluxo gastroesofagia Disfonia, melhora com repouso vocal TTO: Fonoterapia – redução do trauma vibratório + Cirurgia em casos sintomáticos persistentes PÓLIPOS Sésseis ou pedunculados Fibroticos, vasculares ou mistos Não incomum achar nódulos contralaterais. Geralmente unilateral Lesão menos densa Pólipo está relacionado a um trauma vocal excessivo o qual provocou sangramento na camada superficial da lamina própria. Disfonia de início súbito, disfonia é constante, podendo ser progressiva. TTO: exclusivamente cirúrgico, em casos de pólipos iniciais minúsculos e pouco vascularizados com pouca repercussão vocal pode ter conduta mais conservadora + seguimento fonoterapico DOENÇAS SISTÊMICAS COM MANIFESTAÇÕES LARÍNGEAS Laringologia 14 Sintomas de acometimento laríngeo podem ser decorrentes de uma manifestação inicial de uma doença sistêmica. Sintomas podem ser: disfonia, disfagia, estridor, dispenia (variam de intensidade e gravidade) Sarcoidose: Doença granulomatosa crônica que pode levar acometimento de qualquer órgão do corpo Granulomatose de Wegener: Vasculite de pequenos e médio calibre, formando granulomas necrotizantes Amiloidose: Deposição de proteínas amiloides. Angioedema Penfigo L.E.S: Disfonia, tosse, globus faríngeo, odinofagia, estridor, dispneia Policondrite recidivante: Doença rara que acomete cartilagens (incluindo da laringe) Artrite da articulação crico aritenoidea PARALISIA LARINGEAS Classificadas de acordo com o local da lesão nervosa em periféricas ou centrais. Podem ser uni ou bilaterais. Anamnese e exame otorrinolaringológico. Na história deve-se definir o quadro vocal e a deglutição do paciente. Exame físico: palpação da laringe + avaliação dos pares cranianos. Procedimentos na base do crânio Endarterectomia carótidas Tireoidectomias Reparo de aneurismas da aorta. LESÕES TUMORAIS BENIGNAS Papilomas: Lesão de origem epitelial. No adulto é isolada, nas crianças pode ser múltipla e confluentes. Pode comprometer supra e subglote. Condromas, leimiomas, angiofibromas, hemangiomas e quemodectomas Agente viral Região glótica e supraglótica Afoniaou choro fraco/dispneia Cirurgias LESÕES PRÉ MALIGNAS: leucoplasias, hiperceratoses. DISFONIAS FUNCIONAIS Diagnóstico de exclusão Distúrbio vocal sem alterações anatômicas, neurologia ou outras causas orgânicas Alteração vocal causada pelo uso da voz, sem lesões nas pregas vocais 10% dos casos de disfonia PSICOGÊNICAS: fatores piscicoemocinais
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