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Laringologia (1)

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Laringologia 1
Laringologia
Partes do sistema vocal
Respiratória - pulmões, diafragma, músculos intercostais, respiração (fluxo de ar)
Vibratória - caixa vocal (laringe), criação do tom na forma e onda sonora
Ressonantes - (faringe), boca/lábios, dentes, nariz, modificações do som em tons com cores variadas (timbre)
ANATOMIA
Laringe é uma estrutura músculo-ligamentar e cartilaginosa localizada na região infra hioidea, no nível das vertebras 
C3 a C6 =. no 41º dia gestacional, a laringe está completamente construída
Apesar de função fonadora para produção de voz, sua função mais importante é proteger vias respiratórias durante 
a deglutição - serve como “esfincter” ou “válvula” do sistema respiratório inferior mantendo a perviedade
OSSO HIOIDE
Na altura de C2, inserção musculares: processo estiloide, genioglossos, gênio hioideo, milo hioideo, omo hioideo, 
hioglosso
ESQUELETO LARÍNGEO
Formada por 9 cartilagens ⇒ 3 ímpares (tireóidea, cricóidea e epiglótica) e 3 pares (aritenóidea, corniculada e 
cuneiforme)
Cartilagem tireoide ⇒ a maior e possui margem superior oposta à vértebra C4
Os dois 1/3 inferiores de suas lâminas fundem-se anteriormente no plano mediano para formar a 
proeminência laríngea (pomo de adão)
A margem posterior de cada lâmina projeta-se em sentido superior, como 
o corno superior, e inferior, como o corno inferior. A margem superior e os cornos superiores fixam-se ao 
hioide pela membrana tireo-hióidea. A parte 
mediana espessa dessa membrana é o ligamento tireo-hióideo mediano; suas partes laterais são os 
ligamentos tireo-hióideos laterais
Os cornos inferiores articulam-se com a cartilagem cricoidea
Cartilagem cricoide ⇒ rotação e deslizamento da cartilagem tireoide que modificam o comprimeto das pregas 
vocais
Tem formato de anel de sinete com o aro voltado anteriormente - essa abertura permite passagem de um 
dedo médio
A parte posterior é a lâmina e a parte anterior é o arco
Laringologia 2
Embora menor, é mais espessa e mais forte
Fixa-se à margem inferior da tireoidea pelo lig cricotireoideo mediano (pode ser sentido como um ponto 
mole durante a palpação da tireoidea) e ao primeiro anel traqueal pelo lig cricotraqueal
Cartilagens aritenoides - são piramidais pares com 3 lados - se articulam com as partes laterais da margem 
superior da lâmina da cricoidea
Cada uma tem um ápice sup, um processo vocal anterior e um grande processo muscular e um grande 
processo muscular que se projeta lateralmente a partir da sua base
O ápice das aritenoides tem a cartilagem corniculada e se fixa à prega ariepiglótica
O processo vocal permite a fixação posterior do lig vocal e o processo muscular atua como alavanca à qual 
estão fixados os mm. cricoaritenoideos posterior e lateral
As articulações cricoaritenoideas - entre as bases das cartilagens aritenoideas e as faces superolaterais da 
lâmina da cricoidea - permitem que as aritenoideas deslizem ⇒ aproximando-se ou afastando-se, inclinem-
se anterior e posteriormente e girem (mov importantes na aproximação, tensionamento e relaxamento das 
pregas vocais)
Lig vocais elásticos - estendem-se da junção das lâminas da tireoidea anteriormente até o processo vocal 
da aritenoidea posteriormente ⇒ formam o esqueleto submucoso das pregas vocais
São a margem superior livre espessada do cone elástico ou membrana cricovocal
Lig cricotireoideos laterais
Cartilagem epliglótica - elástica - flexibilidade à epiglote (cartilagem em forma de coração coberta por túnica 
mucosa)
Situada posteriormente à raiz da língua e ao hioide e anterior ao ádito da laringe ⇒ forma a parte superior 
da parede anterior e a margem superior da entrada
Sua extremidade superior é larga e livre; a inferior afilada, o pecíolo epiglótico está fixada pelo lig 
tireoepiglótico ao ângulo das lâminas da tireoidea
Lig hioepiglótico - face anterior da epiglótica ao hioide
Margem inferior → prega vestibular - acima da prega vocal e vai da tireoidea até aritenoidea
Margem superior → lig ariepiglótico → prega ariepiglótica
Cartilagens corniculada e cuneiforme - pequenos nódulos na parte posterior das pregas ariepiglóticas
Fixam-se aos ápices das aritenoideas
OBS: a abertura/fechamento dos rima do vestíbulo pelas pregas vestibulares é importante durante a deglutição 
impedindo aspiração na traqueia mas também ajustando levemente o tamanho do vestíbulo (região acima das 
pregas vestibulares) durante a fonação - melhora a qualidade do som
A laringe pode ser dividida, anatomofuncionalmente, em 3 regiões: supraglótica, glórica e subglótica. Na região 
glótica é onde se encontram as pregas vocais
As pregas vocais vestibulares (também chamadas de pregas vocais falsas) são duas pregas espessas contituidas 
de fibras do m. tireoaritenoideo. E ficam localizadas acima das pregas vocais verdadeiras
Rima da glote, ou fenda glótica é espaço entre as pregas vocais que varia de acordo com a posição delas
Laringologia 3
A comissura anterior é representada pela união anterior das pregas vacais verdadeiras
ABDUÇÃO X ADUÇÃO 
Abdução - as cordas vocais se afastam (quando executam movimento respiratório)
Adução - as cordas vocais se aproximam (associado na fala)
Ação muscular
Adutores (fecham): aritenoideo transverso, cricoaritenoideo, cricoaritenoideo lateral, tireoaritenoideo
Abdutores (abrem): : cricoaritonoideo posterior
Musculatura intrínseca - aderem às cartilagens da laringe e agem para ajustar a tensão nas pregas vocais, 
abrir/fechar a rima glótica, abrir/fechar os rima do vestíbulo - tireoaritenoideo, aritenoideo, cricoaritenoideo, 
cricoaritenoideo lateral, cricotireoideo
Musculatura extrínseca - movem a laringe como um todo - músculos supra hioides (elevam o hioide) e infra hioides 
(abaixam o hioide)
As pregas vocais controlam a fonação como uma palheta pode funcionar num instrumento - as vibrações das dobras 
produzem sons à medida que o ar passa através da rima da glote
Os m. cricoaritenoideos posteriores são os únicos músculos laríngeos que abduzem as pregas vocais e mantém 
a abertura da rima da glote
As pregas vestibulares tem função protetora mas podem alterar levemente a qualidade do som
A rotação das aritenoideas move as pregas vocais medialmente (adução) pelo m. cricoaritenoideo lateral e 
aritenoideo transverso e oblíquo ⇒ reduz o espaço entre as pregas 
Laringologia 4
Em repouso - respiração
Descanso, formato em V (espaço glótico), dividido em porções vibratórias (membranosa) e porção não vibratoria 
(cartilaginosa)
 
Fechadas - Fonação
Cordas vocais divididas em terço anterior, médio e posterior
Com relação à fonação, divididas em lábios vibratórios altos (tracejados) e lábios vibratórios baixos (pontilhados)
Laringologia 5
Inervação
São ramos laríngeos superior e inferior dos nervos vagos (NC X)
OBS: O n. laríngeo superior origina-se do gânglio vagal inferior na extremidade superior do trígono carótico e 
divide-se em interno e externo
Toda inervação é feita pelo nervo laríngeo recorrente ou inferior, com excessão do musculo cricotireoideo que a 
inervação é pelo nervo laríngeo superior
Nervo laríngeo superior: ramo interno (inervação sensorial), ramo externo (motor - musculo cricotireoideo). É ramo 
do nervo vago (X)
Nervo laríngeo inferior (continuação do recorrente) - divide-se em anterior (mm. cricotireoideo lateral, 
tireoaritenoideo, vocal, ariepiglótico e tireoepiglótico) e posterior (mm. cricoaritenoideo posterior e aritenoideos 
transverso e oblíquo)
É o nervo motor primário da laringe pois supre todos os músculos intrínsecos (exceto cricotireoideo)
Nervo laríngeo recorrente: sensorial para áreas subglóticas e motor para músculos remanescentes. O trajeto 
desse nervo é diferente do lado esquerdo e do lado direito.
Nervo vago desce junto com feixe vasculonervoso e chega em um ponto da subclávia direita e entra próximo da 
tireoide
Patologias do lado esquerdo são mais comuns que do lado direto.
Em cirurgias de tireoidectomia – nervo laríngeo recorrente pode ser lesado levando a voz disfônicaOBS: 
Lesão dos nervos laríngeos causa paralisia da prega vocal → inicialmente a voz é insatisfatória pois não há 
adução da prega vocal para encontrar a prega vocal normal → em semanas a prega contralateral cruza a linha 
mediana quando há compensação pela ação muscular
Na paralisia bilateral a voz está quase ausente pois as pregas estão imóveis em uma posição um pouco mais 
estreita do que a posição respiratória (neutra) - não podem ser aduzidas para fonação e abduzidas para 
aumentar a respiração ⇒ resulta em estridor e ansiedade semelhante a um episódio de asma
Em lesões progressivas do n. laríngeo recorrente → perda da abdução dos lig. vocais antes da adução - na 
recuperação, a adução retorna antes da abdução → rouquidão é o sinal de distúrbios graves da laringe 
(carcinoma)
Paralisia do n. laríngeo superior → anestesia da mucosa laríngea superior → inatividade do mecanismo protetor 
para evitar entrada de corpos estranhos na laringe ⇒ voz monótona (músculo cricotireoideo paralisado não 
consegue variar o comprimento e a tensão da prega vocal)
Para evitar lesão do ramo externo do n. laríngeo superior (ex tireoidectomia), a A. tireóidea superior é ligada e 
seccionada em posição superior à glândula, onde não está tão próxima do nervo. Como o aumento da glândula 
tireoide (bócio) pode comprometer a inervação da laringe por compressão dos nervos laríngeos, as pregas 
vocais são examinadas por laringoscopia antes de uma cirurgia nessa área ⇒ desse modo, a lesão da laringe 
Laringologia 6
ou de seus nervos em um acidente cirúrgico pode ser distinguida de uma lesão preexistente causada pela 
compressão do nervo
Sistema arterial
A. laríngea superior, inferior e cricotireoidea
Sistema venoso
V. laríngea superior e laríngea inferior
HISTOLOGIA
A propriedade vibratória é quanto mais externa - epitélio vibratório 
Epitélio escamoso - estratificado, não queratinizado
Lâmina própria superficial - consistência gelatinosa da matriz de tecido fibroso frouxo permite onda mucosa
Lâmina própria intermedia - elastina
Lâmina profunda - fibroblastos e colágeno
Complexo muscular tireoaritenoideo - tireoaritenoideo e músculo vocal
Epitélio de revestimento da laringe deriva do endoderma
Superfície da cavidade laríngea é revestida pelo epitélio respiratório - pseudoestratificado ciliado. Porém algumas 
regiões com mais atrito (como epiglote e pregas vocais) são revestidas por epitélio pavimentoso estratificado não 
queratinizado.
FISIOLOGIA LARÍNGEA
Reflexos polissinápticos - troncocerebral
Proteção - reflexas e involuntárias 
Respiração - voluntárias e involuntárias
Fonação - totalmente voluntária
Diversas funções fisiológicas: previne aspiração, tosse eficaz - defecção - parto, permite estabilização do tórax, 
circulação
Proteção da via aérea: se faz necessária em diversas situações, sendo a mais importante a deglutição. Essa 
situação envolve dois mecanismos: elevação e fechamento da laringe
Respiração - repouso - As cordas vocais em descanso, formato em “V” (espaço glótico), dividido em porções vibratórias 
(membranosa) e porção não vibratória (cartilaginosa)
LARINGE: regula fluxo aéreo respiratório (Esse controle ocorre principalmente a nível glórico pela atividade da 
musculatura intrínseca da laringe.)
Deglutição - musculatura supra-hioidea
Laringologia 7
Laringe sobe e vai para frente 
Anteriorização da laringe - epiglote para posterior
Reflexo de fechamento glótico
Apneia momentânea
Passagem bolo alimentar
Comum em pacientes neurológicos
Fonação
Menos vital das funções
3 processos
Produção → cordas vocais
Ressonância → cavidades paranasais e tecidos
Articulação → língua e boca
Aerodinâmica → acústica
Teoria mioelástica 1958 ⇒ transforma a energia aerodinâmica (fluxo do ar) em energia acústica
Atividade neuromuscular - controle físico da laringe
Fenômeno vibratório - forças do fluxo expiratório
Mecanismo da fonação
Inalação de ar → fechamento glótico
Exalação → aumenta pressão subglótica até pregas vocais se movimentarem lateralmente 
Pregas vocais retornam a linha média
Diminuição da pressão subglótica
Fecha-se primeiro a parte de baixo
Forças elásticas na prega vocal
Efeito de Bernoulli do fluxo de ar
Laringologia 8
Onda mucosa
Em vozes graves ela fica mais larga e mais agudas mais fina
OU SEJA, inalação do ar e fechamento glótico (quando inicia fonação) → com a pressão exercida pela força do 
pulmão abre a parte de baixo das cordas vocais (aumenta pressão subglotica até pregas vocais de 
movimentarem lateralmente) → Pregas vocais retornam a linha media (diminuição da pressão subglótica, forças 
elásticas na prega vocal, efeito de bernoulli do fluxo de ar) → onda mucosa
Ciclo glótico
Fluxo aéreo cortado
Ondas regulares
Compressão e rarefação do ar
Traduz em ondas sonoras
Frequência fundamental:
Número de ciclos de vibração das pregas vocais por segundo (PITCH VOCAL)
Homem 65 a 260 hz – média de 130
Mulher 130 a 520 hz – média de 260 hz
Variação de acordo com: propriedades viscoelásticas, pressão subglótica, musculatura extrínseca
Ciclo glótico patológico
Fechamento incompleto
Corte do fluxo em pulsos 
Menor definição
Diminuição harmônicos
Fluxo turbulento
Perda da periodicidade
Voz rouca 
Laringe sofre muita influência hormonal: Puberdade ocasiona mudanças no Pitch.
Laringologia 9
Durante ciclo menstrual podem se observar mudanças epiteliais e histológicas nas pregas vocais
Gravidez: elevação dos níveis de progesterona fazem que ocorra maior retenção hídrica e aumento da fragilidade 
vascular, podendo ocasionar hemorragia submucosa
Menopausa pode levar a fadiga vocal, perda da qualidade vocal, além de disfonia
Hipotireodismo congênito: produz voz infantil. Já o adquirido pode levar ao aumento da massa das pregas vocais
DM também pode afetar a voz direta ou indiretamente
LARINGO-ESTROBOSCOPIA
O que se move é a parte membranosa, mas os músculos tracionam ou relaxam
QUEIXAS CLÍNICAS
“Não consigo falar direito...”, “Sinto um pouco de falta de ar”, “Fazem mais de 2 meses que estou rouco”
A principal é disfonia 
Percepção na saudação inicial, característica do surgimento, tempo de início, sintomas associados, evolução dos 
sintomas.
Características
Início e duração
Tempo corrido
Periodicidade (AM vs PM)
Fatores contribuintes
IVAS recente, febre, dor de garganta
Tosse, congestão
Abuso da voz, tabaco, alcool
Problemas médicos - DM, DRGE, tireoide, doenças neurológicas
Cirurgia recente ou trauma
HMP
Doençaspregressas ou em tratamento - IVAS/rinites 
Patologias gastroesofágicos - principalmente mulheres
Patologias sindrômicas ou congênitas
Patologias neurologicas
Cirurgia ou trauma
HCV
Profissão - abuso vocal
Ambiente de trabalho - abuso vocal
Tabagismo, alcoolismo e drogas
Semiologia da cabeça e pescoço
Atenção especial à massas de pescoço, tireoide
Inspeção - malformações, fístulas, neoplasias
Palpação - delimitação, pontos dolorosos, tumefações
Exame neurológico completo
Laringoscopia indireita e direta (espelho e nasofaringoscopia)
Videostroboscopia
Laringologia 10
Eletromiografia
Laringoscopia óptica rígida
Laringoscopia fibra óptica flexível
DISFONIA
Percepção na saudação inicial
Características do surgimento
Tempo de início
Sintomas associados 
Evolução
Causas orgânicas: laringite aguda, laringite crônica inefcciosa, lesões inflamatórias benignas, lesões estruturais 
mínimas, manifestações laríngeas das doenças sistêmicas, lesões neurológicas, lesões tumorais
IVAS
Laringites
Abuso vocal com edema e inflamação
Paralisias
Granulomas com tosse
Trauma
Deslocamento aritenoide
Paralisia nervosa
Fraturas laríngeas
Lacerações de mucosa3
LARINGITE AGUDA
Laringologia 11
Laringite é todos os processos inflamatórios que acometem a mucosa laríngea que se associam com congestão, 
edema. Vasodilatação, edema e infiltrado leucocitário
Se for há mais de 3 meses -> laringite crônica
As formas agudas e benignas duram em média 8 dias, são autolimitadas e de etiologia viralLARINGOTRAQUEÍTE AGUDA
Infecção viral subaguda - parainfluenza 1 e 2, influenza tipo A
Tosse tipo latido de cachorro, febre e estridor
Mais no outono e inverno, crianças de 1 e 2 anos, duração de 2 a 7 dias
Edema da área subglotica
IVAS seguida de tosse, piora a noite
Radiografia cerical: excluir corpo estranho
TTO: humidificação, hidratação – se dispenia severa usa corticoides.
SUPRAGLOTITE PEDIÁTRICA
Quadro inflamatório intenso supraglote (epiglote, pregas aeriepiglóticas, falsas pregas vocais - obstrução 
respiratória)
Haemophilus influenzae B 2-4 anos
Evolução rápida, febre alta, salivação, posição, estridor, voz abafada, obstrução respiratória
Radiogradia lateral cervical
Emergência com visualização de vias aéreas e manutenção de via respiratória
NO ADULTO: quadro obstrutivo, menos frequente que na criança, diagnostico com sintomas e investigação 
semelhante, indicado laringoscopia, abscesso epiglótico, vias aéreas seguras
LARINGITES CRÔNICAS
Processo inflamatório granulomatoso
TUBERCULOSE 
Mycobacterium tuberculosis
2º a tuberculose pulmonar ativa
Rouquidão, tosse, escarro sanguinolento, otalgia
Biopsia essencial para diferenciar lesão maligna
Comum laringe posterior e epiglote
Diagnóstico e tratamento de patologia
Predomínio no sexo masculino, em idosos.
Paciente apresenta: odinofagia, disfagia, disfonia progressiva, estridor e dispneia.
TTO: traqueostomia, quimioterapia, corticosteroides podem ajudar em casos de comprometimento e ou dor intensa.
SIFILIS
Treponema pallidum
Acometimento laríngeo - forma secundária - supraglote
Lesões eritematosas, edemas e úlceras superficiais, linfadenopatia cervicais
Alterações laríngeas ocorrem na sífilis congênita, e nos estágios secundário e terciário da sífilis adquirida.
Sintomas laríngeos predominantes são disfagia e disfonia.
Tem preferência por acometer a epiglote e as pregas vocais.
Laringologia 12
Acometimento laríngeo de forma secundária – supraglote
Lesões eritematosas, edemas e ulceras superficiais, linfadenopatia cervical
Diagnostico pelo VDRL e FTA abs
Atenção com ulcerações e infiltrações
FÚNGICAS
Histoplasmose: É uma micose sistêmica no qual os sintomas dependem da exspoição ao antígeno e da imunidade 
do hospedeiro
Sintoma inicial mais frequente está associado a alteração do padrão vocal
Lesões ulceradas são dolorosas e dificultam a deglutição e a fonação
Diagnostico pela história, radiografia e crescimento do histoplasma capsulatum em cultura
TTO: itraconazol é o fármaco mais potente e com menos efeitos colaterais.
Paracoccidioidomicose: Micose sistêmica de evolução aguda, subaguda e crônica
Forma crônica é a mais comum, diagnostico diferencial é câncer em virtude da clinica
Incidência maior em pacientes do sexo masculino, idade entre 30 e 50 anos. Parasita é P. brasiliensis
As lesões laríngeas são enantema difuso, ulcerações em áreas restritas, áreas de mucosa com pontilhado 
hemorrágico descritas como “picada de pulga”, além de sintomas gerais: tosse, dispneia, expectoração muco 
purulenta, odinofagia, disfagia, disfonia
Deve-se biopsias a laringe (histopatológico)
TTO consiste em antifúngiocos (itraconazol é o mais usado)
PARASITÁRIAS
Leishmaniose: Doença infecciosa crônica por protozoário → as lesões mucosas podem aparecer precocemente, 
porém surgem um ou 2 anos após início da infecção
Observam-se eritema, infiltração do septo nasal - do nariz as lesões progridem para laringe
A manifestação inicial da laringe é a disfonia e disfagia, comprometimento de porções inferiores pode causar 
insuficiência respiratória
Diagnóstico: laboratorial
 TTO: antimonial N-metilglucamina, na dose de 20 mg/kg/dia até o máximo de 1.500 mg via IM.
REFLUXO FARINGOLARÍNGEO
Aceita-se uma diferenciação entre a doença do refluxo gastroesofagiano (DRGE) e o refluxo laringofaríngeo (RLF)
Pacientes com DRGE apresentam mais azia e dispepsia (sintomas típicos e noturnos), e os portadores de RLF 
desenvolvem manifestações denominadas atípicas de refluxo, como necessidade de limpar a garganta, sensação 
de corpo estranho, pigarro, disfonia e tosse (predominantemente diurnas), odinofagia, disfagia, apneia, sialorreia
Diagnóstico: anamnese + exame endoscópico e biopsia de esôfago + Ph metria + videoesofagografia + cintilografia.
TTO: doença crônica que visa controlar os sintomas + medidas comportamentais + antiácidos + bloqueadores dos 
receptores H2 + procineticos + inibidores da bomba de prótons + tto cirúrgico.
LESÕES INALATÓRIAS (TERMO OU QUÍMICO)
Por amônia
Trauma na laringe geralmente acompanhado de lesões em outras regiões como na face e tórax
Traumas podem ser externos ou internos
Traumas externos podemos ter os contusos e penetrantes
Laringologia 13
Até 1/3 dos pacientes com lesão laríngea podem estar assintomáticos, por isso manter suspeita em casos de 
aparecimento de lesão no pescoço
Sintomas: rouquidão, mudança na voz, disfagia, odinofagia
Diagnóstico: anamnese + exame físico + raio x + tomografia
TTO: depende do grau de comprometimento das vias aéreas
LESÕES INFLAMATÓRIAS BENIGNAS
Nódulos vocais - lesões protuberantes bilaterais - bordo livre
Diferentes aspectos
NÓDULOS DE CORDAS VOCAIS
Fenda glótica
Cansaço ao falar
Piora ao fim do dia
Nódulo vocal é inflamatório, porém não doi.
Abuso vocal incorreto
Ataque glótico intenso
Ocorre no bordo livre do terço anterior e médio das cordas vocais.
Caracterizam-se por espessamento epitelial localizado na borda livre de ambas as pregas vocais – nessa região que 
a prega vocal apresenta maior amplitude e maior atrito
Nódulos são mais frequentes na população feminina
Lesões protuberantes geralmente bilaterais
Diferentes aspectos (tamanho, formato, coloração)
Infância (dos 7 aos 9 anos) mulheres na fase adulta
Estresse mecânico na fonação – região central da prega vocal membranosa
Abuso vocal, infecções das vias aéreas superiores, refluxo gastroesofagia
Disfonia, melhora com repouso vocal
TTO: Fonoterapia – redução do trauma vibratório + Cirurgia em casos sintomáticos persistentes
PÓLIPOS
Sésseis ou pedunculados
Fibroticos, vasculares ou mistos
Não incomum achar nódulos contralaterais.
Geralmente unilateral
Lesão menos densa
Pólipo está relacionado a um trauma vocal excessivo o qual provocou sangramento na camada superficial da lamina 
própria.
Disfonia de início súbito, disfonia é constante, podendo ser progressiva.
TTO: exclusivamente cirúrgico, em casos de pólipos iniciais minúsculos e pouco vascularizados com pouca 
repercussão vocal pode ter conduta mais conservadora + seguimento fonoterapico
DOENÇAS SISTÊMICAS COM MANIFESTAÇÕES LARÍNGEAS
Laringologia 14
Sintomas de acometimento laríngeo podem ser decorrentes de uma manifestação inicial de uma doença sistêmica. 
Sintomas podem ser: disfonia, disfagia, estridor, dispenia (variam de intensidade e gravidade)
Sarcoidose: Doença granulomatosa crônica que pode levar acometimento de qualquer órgão do corpo
Granulomatose de Wegener: Vasculite de pequenos e médio calibre, formando granulomas necrotizantes
Amiloidose: Deposição de proteínas amiloides.
Angioedema
Penfigo
L.E.S: Disfonia, tosse, globus faríngeo, odinofagia, estridor, dispneia
Policondrite recidivante: Doença rara que acomete cartilagens (incluindo da laringe)
Artrite da articulação crico aritenoidea
PARALISIA LARINGEAS
Classificadas de acordo com o local da lesão nervosa em periféricas ou centrais. Podem ser uni ou bilaterais.
Anamnese e exame otorrinolaringológico. Na história deve-se definir o quadro vocal e a deglutição do paciente.
Exame físico: palpação da laringe + avaliação dos pares cranianos.
Procedimentos na base do crânio
Endarterectomia carótidas
Tireoidectomias
Reparo de aneurismas da aorta.
LESÕES TUMORAIS BENIGNAS
Papilomas: Lesão de origem epitelial. No adulto é isolada, nas crianças pode ser múltipla e confluentes. Pode 
comprometer supra e subglote.
Condromas, leimiomas, angiofibromas, hemangiomas e quemodectomas
Agente viral
Região glótica e supraglótica
Afoniaou choro fraco/dispneia
Cirurgias
LESÕES PRÉ MALIGNAS: leucoplasias, hiperceratoses.
DISFONIAS FUNCIONAIS
Diagnóstico de exclusão
Distúrbio vocal sem alterações anatômicas, neurologia ou outras causas orgânicas
Alteração vocal causada pelo uso da voz, sem lesões nas pregas vocais
10% dos casos de disfonia
PSICOGÊNICAS: fatores piscicoemocinais

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