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Considerações sobre o tipo e seu uso em projetos de arquitetura -TEXTO 4_Perdigão, Ana Kláudia de Almeida Viana

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19/02/2015 arquitextos 114.05: Considerações sobre o tipo e seu uso em projetos de arquitetura | vitruvius
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arquitextos ISSN 1809­6298
Considerações sobre o tipo e seu uso em projetos de
arquitetura
Ana Kláudia de Almeida Viana Perdigão
A abordagem tipológica da arquitetura foi disseminada no Sec. XX a partir
da década de 60, especialmente por Aldo Rossi e Giulio Carlo Argan.
Bastante explorada nas décadas de 70 à 90 por Alan Colquhoun, Alfonso
Corona Martinez, Carlos Martí Arís, Giafrancesco Caniggia, Rafael Moneo,
Micha Bandini, Leandro Madrazo, até hoje continua sendo objeto de estudos
teóricos, pesquisas acadêmicas e novas edições de importantes publicações
(YOUNES, 2000; PEREIRA, 2008; MONEO, 2004).
A abordagem do tipo no enfoque projetual como princípio gerador da
intencionalidade do arquiteto será apresentada pelo uso que se
particulariza em projetos de arquitetos como os de Aldo Rossi, Álvaro Siza
e Milton Monte. Objetiva­se aproximar o discurso do arquiteto de questões
de natureza cognitiva e operativa no processo de concepção arquitetônica.
Se o tipo preexiste nas obras onde se manifesta, de onde surge? Como é
possível atribuir­lhe um papel decisivo na concepção arquitetônica?
A relação entre a ciência que maneja conceitos abstratos e leis universais
e o campo da arquitetura que organiza e analisa a materialização de
elementos físicos caracterizados por sua particularidade e singularidade,
traz uma questão epistemológica central: como organizar idéias subjacentes
a esses elementos e com isso permitir o desenvolvimento sistemático da
concepção arquitetônica? (1)
A iniciativa em retomar o contexto de abordagens sobre o tipo objetiva
chamar atenção para o processo de concepção arquitetônica através da
essência da arquitetura e não apenas de sua aparência, uma vez que o tipo é
a própria idéia de arquitetura, aquilo que está mais próximo de sua
essência (2). O conceito de tipo possibilita o uso da história como fonte
de pesquisa e inspiração quando resgata princípios, e não formas literais,
de antecedentes arquitetônicos (3). Mesmo a arquitetura moderna que
defendia um discurso de ruptura com a história, manifesta herança clássica
do ponto de vista tipológico.
O retorno à tipologia defendida pelos neo­racionalistas faz parte de uma
crítica pós–moderna mais geral, que enfatiza a continuidade histórica
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Itália. Aldo Rossi. [Revista AU, 1987]
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representada pela existência de ‘tipos’, a priori, associada a formas
ideais de significados que repercutem na memória coletiva (4). A retomada
do conceito de tipo evidenciou um momento no qual questões conceituais e
práticas da profissão do arquiteto buscavam revisão, em decorrência da
crise do pensamento moderno e da tentativa de recuperar o respeito ao lugar
nos projetos de arquitetura.
O momento foi propício a uma maior disseminação do uso do tipo pela
abordagem espacial da arquitetura. O conceito de ‘espaço’ alcançou maior
abrangência epistemológica na teoria da arquitetura face à consistente
abordagem advinda das ciências humanas pelas várias vertentes reflexivas
polarizadas entre “espaço vivido” e ”espaço físico” (5). A essência do
espaço arquitetônico encontra­se na espacialidade inerente ao ser humano e
a dimensão espacial fazendo parte da própria experiência do homem no mundo
já que todas as ações humanas ocorrem no espaço (6).
A literatura tradicional distingue o espaço como geometria tridimensional e
o espaço como campo perceptual. O espaço geométrico tem sido a referência
mais convencional no campo da arquitetura, historicamente encontra­se na
gênese das formas euclidianas, na essência mecânica da percepção. O espaço
topológico surge na arquitetura com vários conceitos que contribuem para
uma compreensão da vivência do espaço e para uma realização eficaz do
projeto, no sentido de fazer sobressair essa vivência (7). A topologia não
trata de distâncias, ângulos e áreas permanentes, baseia­se em relações de
proximidade, separação, sucessão, clausura (interior­exterior) e
continuidade (8).
No conjunto das representações espaciais envolvidas no processo de projeto,
além do espaço geométrico e topológico incorpora­se também o espaço
pulsional (9), apoiado no conceito de pulsão de Freud, como um fenômeno
somático­energético. A pulsão é uma força poderosa, indeterminada,
atemporal, arcaica e própria do ser vivo que se manifesta continuamente de
forma fisiológica, vivida corporalmente, e de forma sensorial, afetiva e
cognitiva, vivida psiquicamente. No modelo freudiano, os pensamentos e
afetos seguem uma lógica própria, movimentando­se numa matriz de
significações e alternando­se numa dinâmica entre consciente e inconsciente
(10).
Rossi cita a definição de Jung em sua correspondência com Freud para
compreensão dos fundamentos da concepção da arquitetura analógica: “o
pensamento ‘lógico’ é aquele que se expressa em palavras dirigidas ao mundo
exterior na forma de discurso. O pensamento ‘analógico’ é percebido ainda
que irreal (...) não é um discurso, mas uma meditação sobre temas do
passado, um monólogo interior. O pensamento lógico é um ‘pensar em
palavras’. O pensamento analógico é arcaiaco, inexplícito e praticamente
inexprimível em palavras” (11). A abordagem do tipo no projeto de
arquitetura fortalece a discussão sobre método de projeto, pela
possibilidade de integração entre pensamento lógico e analógico.
O tipo revela­se como peça integrante do desenvolvimento cognitivo e
operativo do projeto, integrando pensamento lógico e analógico,
apresentando conteúdos transmissíveis e não transmissíveis conforme seu
caráter de princípio elementar do instinto e da razão (12), firmando­se no
universo da projetualidade (13). As partes não transmissíveis podem ser
elaboradas pela interpretação da experiência no uso do tipo como fundamento
do fazer arquitetônico de arquitetos, indicando um caminho para conexão
entre espaço geométrico, espaço topológico e espaço pulsional.
A questão do tipo em arquitetura pode ser vista de dois ângulos diferentes:
o especificamente projetual, de dentro da arquitetura como forma aplicável
ao trabalho de projeto, e, por outro lado, o tipo – a tipologia – como um
território de encontro entre arquitetos e habitantes. O primeiro desses
aspectosfoi exaustivamente tratado e recebe atenção privilegiada dos
arquitetos (14).
Como instrumento cognitivo de caráter operativo ao processo projetual, o
tipo é um princípio que desempenha o papel de organizador da concepção
arquitetônica baseada em precedentes que se destacam na história da
arquitetura pelos valores culturais agregados. Revigora uma atitude
metodológica que tende à adoção de princípios lógicos, forças ordenadoras,
expressando uma idéia de arquitetura geral e permanente, capaz de ser
profundamente ativa nos processos cognitivos de projetistas (15) pela
contribuição a novas associações de idéias pelo significado existencial.
Como premissa humanista na concepção arquitetônica, o tipo é capaz de
validar referências e significados no espaço arquitetônico com a integração
do espaço da vivência e espaço geométrico através de analogias. O tipo
atualiza o tempo no espaço com sutis semelhanças, oportunizando a
ocorrência de variações sobre o princípio gerador e resultando em soluções
peculiares à demanda espacial em questão agregando significado cultural e
afetivo.
Um dos primeiros a colocar em circulação novamente o conceito de tipologia
foi Argan em 1965, quando defendia a tipologia como processo criativo e não
como um mero sistema de classificação (16). Adotando a distinção entre tipo
e modelo, conforme Quatremère de Quincy, Argan enfatiza que apenas o tipo
deveria ser o ponto de partida do projeto (17).
Pelo campo discursivo complexo e preciso, inicialmente demarcado na
Renascença pela síntese de Alberti, a teoria clássica da imitação encontra
na obra de Quatrèmere seu ponto culminante e, ao mesmo tempo, sua
superação. Em termos significativamente novos, reconstrói a noção clássica
de mimesis adotando o tipo arquitetônico como o conceito que esclarece a
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distinção entre imitação e cópia (18).
Quatremère estabeleceu uma diferença entre modelo que é uma coisa, e tipo,
que é uma idéia que constitui a única base válida para imitação, cuja
essência é um princípio elementar, uma espécie de núcleo, que se apresenta
diferente em cada cultura (19). A imitação do tipo, diferentemente da cópia
de um modelo, pode conduzir a inúmeras possibilidades de finalização,
dependendo da intencionalidade do projetista e das contingências do
contexto de projeto.
O tipo vai se constituindo de acordo com as necessidades e com as
aspirações de beleza. Variadíssimo em sociedades diferentes, porém único em
determinada manifestação cultural, está ligado à forma e ao modo de vida. O
tipo pela definição de Quatrèmere não representa a imagem de uma coisa a
ser copiada ou a ser imitada perfeitamente, e sim a idéia de um elemento
que deve, ele mesmo, servir de regra ao modelo (20). Portanto, encontra­se
como metaprincípio do desenvolvimento cognitivo nela espelhado ­ o processo
de abstração (21).
Argan comenta ainda que o tipo arquitetônico retomado por Bettini e König
como um “esquema de articulação espacial”, está ligado a um conjunto de
exigências práticas e ideológicas da existência humana. O recurso do tipo
ocorreria assim na medida em que a exigência atual, a qual o artista é
chamado a responder, tem suas premissas no passado (22).
Assim, o tipo na concepção arquitetônica testemunha o aprofundamento de um
saber operativo implícito ao processo projetual que transpõe o fazer
arquitetônico a partir da cópia de modelos, consolidando um princípio que é
anterior à materialidade do próprio objeto (23).
O surgimento de um tipo é condicionado pela existência de uma série de
edifícios que têm entre si uma evidente analogia formal e funcional. A
produção tipológica expressa permanência de padrões espaciais consolidados
na memória. Em outros termos, quando um tipo se fixa na prática e na teoria
da arquitetura, ele já existe numa determinada condição histórica da
cultura, como resposta a um conjunto de exigências ideológicas, religiosas
ou práticas da sociedade. As correntes críticas mais inclinadas a admitir o
valor e a função dos tipos na produção arquitetônica são aquelas que
interpretam o espaço arquitetônico em relação ao caráter simbólico (24).
A exploração das tipologias no universo do projeto de arquitetura é
legítima e ainda apresenta lacunas teóricas sobre o exercício projetual,
principalmente do ponto de vista operativo, visto que o tipo como ponto de
partida do projeto não é acolhido de forma consensual pelos códigos formais
da arquitetura, caracterizando­se uma lacuna também no ensino. Destaca­se a
abordagem que relaciona criatividade e método na teoria para prática da
arquitetura pelo método tipológico em combinação com outros métodos de
geração formal através de analogias no campo da arquitetura, como o
inovativo, normativo e mimético (25).
Rossi ressalta a emergência do tipo nas escolas de arquitetura na década de
60, influenciada por Rogers, editor da Casabella­Continuitá entre 1953 e
1964, o qual defendia que mais do que reproduzir propostas formais dos
mestres modernistas, devia­se aprender seus ensinamentos morais e
metodológicos (26). A noção de tipo para Rossi não corresponde a um sistema
de operação formal, o tipo é o registro de uma estrutura persistente, ponto
de vista em sintonia com as idéias de Argan (27). Nesses termos, o tipo se
trata de um arquétipo, de um princípio lógico e imutável (28).
A obra de Aldo Rossi apresenta marco contemporâneo nos estudos teóricos de
tipo que resultaram em projetos relacionados com a cidade, como o Conjunto
Habitacional Gallatarese, construído de 1969 a 1973, em Milão. Para Rossi,
o momento criativo é individual e se dá através de um modo peculiar de
interpretação e de educação. Pensa a arquitetura no contexto e nos limites
de uma grande diversidade de associações, correspondências e analogias
(...) pensa em objetos familiares cuja forma e posição já são fixas, mas
cujos significados podem ser modificados, como objetos arquetípicos cujo
apelo emocional desvenda preocupações eternas. Esses objetos situam­se
entre o inventário e a memória (29).
Para o Conjunto Habitacional Gallaratese (Figura 1), parte de um complexo
habitacional projetado por Carlo Aymonimo, Rossi propõe uma organização
espacial apoiada no conceito de ‘galeria’, restituindo o tradicional
habitat rural da Lombardia (Figura 2). Utiliza o mecanismo tipológico para
análise e desenvolvimento (Figura 3), referenciando­se no modelo de rua
interior contemporâneo de Le Corbusier (30).
Além da obra de Rossi, apresenta­se o uso do tipo nas obras dos arquitetos
Álvaro Siza e Milton Monte, conforme seus respectivos contextos,
referências culturais e demandas projetuais. As variações do tipo na casa­
pátio do Projeto Habitacional da Malagueira (Évora) de Siza (Figuras 4 e 5)
e as variações do tipo casa­pátio (varanda) nas obras de Monte (Figura 6)
na Região Norte do Brasil, são alguns exemplos.
Siza ganha destaque eminente na cultura arquitetônica européia com uma nova
e estimulante combinação de fidelidade ao patrimônio local e à disciplina
intelectual moderna. Iniciado em 1977, o Conjunto é gradualmente
incrementado e avaliações gerais acompanham no projeto a complexidade do
passado, medindo a eficácia dos novos métodos de intervenção e a
durabilidade dos resultados no tempo (31). O projeto revela a relação entre
a modernidade e a tradição, utilização de instrumentos conceituais e
operativos desenvolvidos pela cultura moderna bem como soluções
características dos modos de vida que sedimentadas ao longo do tempo
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constituem a cultura arquitetônica do lugar (32).
A produção arquitetônica de Monte é interpretadapelas variações do tipo
casa­pátio (varanda), com a proteção de grandes coberturas e adoção de
avarandados com declaradas referências à morada espontânea amazônica, como
uma espécie de espelho cultural da vida na floresta em associação com os
barracões, residências (Figuras 7 e 8) e habitações indígenas. Destaca­se a
concepção de um beiral, denominado beiral quebra­sol/quebra­chuva, com
inclinação, forma e projeção pouco tradicionais ao vocabulário
arquitetônico, inspirado na habitação indígena Waiãpi (Figura 9), sendo o
primeiro exemplar proposto no projeto da Residência Kalume em 1979, na Ilha
do Mosqueiro (PA), Brasil (Figura 10).
Assim sendo, a iniciativa de utilização do tipo no projeto de arquitetura
por Rossi revigorou uma postura de continuidade crítica da tradição
disciplinar, colocando o ‘lugar’ no centro do processo de projeto ao
pretender que a arquitetura voltasse a se situar entre os bens culturais do
homem pela criação de espaços significativos (33).
Siza com o tipo casa­pátio na Malagueira dissemina a personalização
habitacional em programas de baixa renda e adiciona demandas e parcelas
espaciais no tempo. Monte através do tipo casa­pátio (varanda) elabora na
prática arquitetônica as analogias feitas com os barracões dos Seringais,
valorizando as manifestações culturais, a biodiversidade e as condições
atmosféricas da Amazônia através da prática arquitetônica (34).
A abordagem do tipo no projeto de arquitetura relaciona os níveis de
representação espacial de forma integrada, ou seja, permite a
transcendência do espaço geométrico pelo projeto de arquitetura, alcançando
a manifestação espacial de conteúdos significativos para o usuário final
através de representações topológicas e pulsionais. O espaço pulsional
revela as pulsões relacionadas ao espaço físico através de representações e
afetos.
A Dimensão Afetiva da Arquitetura (35) se expressa no espaço pulsional
orientando a prática projetual por meio da equivalência com imagens
mentais, objetos do desejo e histórias pessoais dos usuários, estimulando
associações, correspondências e analogias nas decisões do projetista e
integrando­se na prática arquitetônica aos espaços geométrico e topológico.
As representações pulsionais demarcam um território de encontro entre
arquitetos e habitantes na dimensão afetiva da arquitetura, compondo as
operações cognitivas complexas inerentes ao ofício da arquitetura.
O tipo em essência opera no espaço topológico nas relações evocadas entre
elementos arquitetônicos e se combina a outros modos de representação
espacial, ora com ênfase no espaço geométrico (ex. Siza) ora com ênfase no
espaço pulsional (ex. Rossi e Monte), pela associação de experiências
pessoais dos próprios arquitetos.
Além de fortalecer uma mudança paradigmática nos critérios e processos
envolvidos na concepção arquitetônica, tradicionalmente assentada em
representação geométrica, o uso do tipo orienta contribuições didáticas ao
ensino, proporcionando maior transmissibilidade ao procedimento de projeto,
pela possibilidade de representar um elo de integração entre representação
geométrica, representação topológica e representação pulsional na prática
arquitetônica.
Como ponto de partida intencional rumo a uma prática arquitetônica mais
comprometida com a totalidade de representações espaciais, o uso do tipo
estabelece decisões espaciais resultantes de dois saberes, ‘saber formal da
arquitetura’ e ‘saber culturalmente acumulado pela sociedade’. Portanto,
reforça a compreensão sobre a presença da representação pulsional na
constituição do espaço arquitetônico, visto que ainda é pouco explorada
teoricamente no campo da arquitetura.
“Toda invenção gratuita é removida (...) a emergência de relações
entre as coisas, mais do que as próprias coisas, sempre dá
nascimento a novos significados” (Aldo Rossi).
notas
1
ARÍS, C. M. Las variaciones de la identidad: ensayo sobre el tipo en
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10
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11
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12
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13
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31
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33
MONTANER, J. M.: Op. Cit.
34
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Monte revela a sua inspiração. O período de infância no então Território
Federal do Acre até os cinco anos de idade é marcante e delineia de maneira
explícita os contornos e as referências familiares e culturais do arquiteto
em sua trajetória profissional.
35
PERDIGÃO, A. K. de A. V. A dimensão afetiva da arquitetura de espaços
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Arquitextos, Texto Especial n. 047, São Paulo, Portal Vitruvius, jan.2001
<http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp047.asp>.
sobre o autor
Doutora em Arquitetura e Urbanismo (FAUUSP/2005). Professora de Projeto de
Arquitetura na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal
do Pará (FAU­UFPA).
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