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Resumo dos Recursos Ordinário e Extraordinário.

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Recurso ordinário
O que será julgado pelo recurso ordinário está descrito nos Arts. 539 e 540. A finalidade do Recurso Ordinário é garantir o duplo grau de jurisdição para os processos de competência originária dos Tribunais, ou seja, garantir a todos a reanálise dos seus processos, em regra, por uma instância superior. Os fatos, mesmo não sendo necessariamente apurados pelo tribunal, o recurso ordinário permite o exame tanto de matéria de direito quando de fato, a primeira sendo o que é fundado a partir de um princípio de direito ou numa norma jurídica e o segundo é referente a uma questão fatídica, acontecimentos registrados os quais existe controvérsia. 
Importante também destacar a competência do Superior Tribunal Federal e o Superior Tribunal de Justiça em relação ao julgamento do recurso ordinário. O STF conforme o Art. 102, II da CF, julga nos casos de denegação do mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção, quando decididos em única instância pelos tribunais superiores (Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Superior do Trabalho, Tribunal Superior Eleitoral e Superior Tribunal Militar). Já o STJ, de acordo com o Art. 105, II da CF, julga o recurso ordinário em casos de denegação de processos envolvendo litígio entre o Estado Estrangeiro ou Organismo Internacional e Município ou pessoa residente ou domiciliada no país. Da mesma forma, nas situações de denegação de mandado de segurança em processos de competência originária dos tribunais regionais federais, dos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e territórios. 
O recurso ordinário deve ser interposto em 15 dias e terá efeito devolutivo, ou seja, volta para a apreciação do judiciário e terá efeito suspensivo, pois enquanto volta para apreciação do judiciário, os efeitos da decisão recorrida serão suspensos.
Recursos Extraordinários
O recurso extraordinário é um mecanismo processual que viabiliza a análise de questões constitucionais pelo Supremo Tribunal Federal. Mas para que chegue até determinado local para julgamento, o jurisdicionado deve ter passado em todos os meios ordinários, ou seja, percorrido as demais instâncias judiciais do País e preenchido alguns requisitos. Pede-se, também, que esteja de acordo com as hipóteses dispostas no Art. 102, III, da Constituição Federal:
a) contrariar dispositivo desta Constituição; b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal; c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição; d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal”.
Em relação aos requisitos, visando priorizar o interesse coletivo, ou seja, selecionar casos que tenha importância para a sociedade em geral e não só para um indivíduo, criou-se a Emenda Constitucional 45/04, que adicionou o parágrafo 3º ao Art. 102 da CF: ‘’ § 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá-lo pela manifestação de dois terços de seus membros’’. A “crise” do STF traduziu-se, ao fim e ao cabo, no excessivo número de processos sujeitos a julgamento naquele tribunal. Esse problema obscureceu a avaliação objetiva do STF no seu aspecto decisivo – na institucionalização e preservação do Estado democrático de direito. No entanto, a política não importa e sim a ordem jurídica; e, neste particular, os termos delineados à competência recursal, na CF/1891, e na qual o STF funcionava como tribunal de segundo grau para a Justiça Federal, já havia uma quantidade extremamente grande de recursos – fato que os eventos posteriores confirmaram de modo dramático. A amplíssima competência originária e recursal do STF desencadeou crise de natureza funcional. E as mudanças posteriores jamais lograram erradicar ou amenizar o fenômeno nocivo. Dessa forma, é importante a demonstração da repercussão geral para que sejam selecionados os recursos importantes para um todo. Outro quesito é o do prequestionamento da matéria constitucional, o recorrente deve arguir a controvérsia constitucional em todas as instâncias, de forma que a matéria já tenha sido discutida pelos demais órgãos jurisdicionais antes de chegar ao Supremo Tribunal Federal. Além das hipóteses de ofensa direta à Constituição Federal, o recurso extraordinário também poderá ser interposto quando houver discussão relativa à interpretação do texto constitucional dada pelo Supremo Tribunal Federal em súmula ou jurisprudência dominante, isso é o entendimento do §3, do artigo 543-A do CPC.

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