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Toxicologia Veterinária Unidade I: intoxicação por COBRE Introdução · Acumulo de cobre no fígado (fase subclínica), seguido de liberação do cobre na circulação e hemólise (fase aguda). · Primária: · Ingestão de alimentos com altos níveis de cobre · Pastagens · Ração · Secundária · Fitógena: baixos níveis de molibdênio na pastagem · Hepatógena: lesão hepática crônica (alcalóides pirrolizidínicos) Epidemiologia Intoxicação crônica por cobre em ovinos · Espécies mais susceptíveis · Pequena diferença entre requerimentos nutricionais e concentrações tóxicas · Diferente susceptibilidade entre raças de carne (Texel e Suffolk) e lã (merino) · Intoxicação primária: · Alimentos com + de 15 mg/kg · Consumo de pastagens onde foram utilizadas pesticidas, fumigantes e fungicidas contendo cobre · Aplicação nos solos de fertilizantes, cama de galinha ou dejetos de suínos com altos níveis de cobre · Aplicação nos solos de fertilizantes, cama de galinha ou dejetos de suínos com altos níveis de cobre · Consumo de forragens de áreas próximas a fundições ou locais de mineração · Uso de misturas minerais ou rações para outras espécies · Consumo de água tratada para controle de algas e lesmas com o uso de produtos à base de cobre · Uso de pedilúvios com sulfato de cobre · Alimentos concentrados, que não contenham inibidores da absorção de cobre, apresentam um risco potencial para a intoxicação por cobre em ovinos · Intoxicação secundária fitógena: inter-relação entre cobre e molibdênio · Sulfato reduzido a sulfito (rúmen) -> sulfito +Mo -> tiomolibdato -> tiomolibdato + Cobre -> tiomolibdato de cobre · O tiomolibdato de cobre í um complexo altamente insolúvel e não utilizável, não previne a absorção de cobre, inibe o acumulo de cobre no fígado · Aumento nas concentrações de Mo e sulfatos na dieta resulta em uma maior excreção urinaria e biliar de cobre, deslocando o cobre estocado do fígado · Gramíneas forrageiras são ricas em Mo e mais pobre em Cobre que as leguminoses cultivadas nas mesmas condições. · Pastagens ou grãos com concentração normais de cobre e Mo baixo · Dieta -> Cobre:Mo -> 10:1, por período prolongado -> acúmulo de grandes quantidades de Cobre no fígado · Mínimo recomendado de Cobre:Mo é 4:1 · Trifolium subterraneum é a planta mais importante nesse tipo de intoxicação, pois contém, principalmente nas plantas jovens e em fase de crescimento, quantidade normal de cobre, mas pouco molibdênio · Fatores estressantes que podem desencadear a crise hemolítica em animis que tenham altas concentrações de Cobre no fígado: · Práticas de manejo: desinfecção dos cascos, vacinação e tosquia · Mudanças de clima como exposição súbita ao frio · Fome, prenhes e parto · Transporte · Exercícios forçados, principalmente em ovinos pesados · Doenças intercorrentes Patogenia · Ingestão de altos níveis de Cobre -> sequestro do Cobre nos lisossomos -> aumento de cobre lisossomal (>200 a 300 ppm) -> perda da integridade da membrana lisossomal -> liberação do cobre no citoplasma e hidrolises lisossomais -> necrose de hepatócitos (aumento de AST e ALT) -> aumenta taxa de mitose. · Tx mitose < tx necrose -> liberação de cobre na circulação -> hemólise -> aceleração da necrose hepatocelular -> aumento na liberação de cobre -> anemia aguda e nefrose hemoglobínca -> morte Lesões macroscópicas · Edema subcutâneo · Icterícia generalizada · Fígado alaranjado e friável · Rins marrom-escuro · Urina vermelha-escura Diagnóstico · Epidemiologia · Sinais clínicos · Patologia · Determinação dos níveis de cobre · Hepático: >500 ppm (lobo caudal) · Renal: >80ppm · Biópsia hepática Tratamento · Fase pré-hemolítica: · Retirar fonte de Cobre · 50-100 mg de molibdênio de amônia · 1g de sulfato de sódio via oral · Durante 10 dias · Tetratiomolibdênio de amônia · 3 doses em dias alternados · Reduz níveis de Cobre durante crise hemolítica Profilaxia · Utilizar ração com níveis adequados de Cobre e Mo · Fertilização de pastagens carentes em molibdênio · Gramínea em consorciação com pastagens de trevo
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