Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Agradecimentos A Deus por me dar inspiração e sabedoria para escrever livros a fim de abençoar milhares de pessoas. Obrigado por ter me escolhido para este propósito. Não tenho palavras para agradecer! Ao meu esposo, Osmildo Sirino. Meu ministério não seria possível sem seu amor, seu apoio e sua presença tão marcante ao meu lado. Você é 70% do que sou. Amo você! Aos meus maravilhosos filhos por me compreenderem e me apoiarem. Vocês são demais! Orgulho-me em poder ser sua mamãe! E a todos vocês, amados leitores, que apreciam minhas obras. Sumário Introdução Capítulo 1 Por que é tão difícil entender as diferenças entre homem e mulher? Capítulo 2 Por que os casais têm problemas sexuais? Capítulo 3 Descobrindo as origens orgânicas dos problemas sexuais e tratando-os Capítulo 4 Descobrindo as origens emocionais dos problemas sexuais e tratando-os Capítulo 5 Descobrindo as origens psicossociais dos problemas sexuais e tratando-os Conclusão Oração Bibliografia Introdução Costumo dizer que o AMOR é o alimento no casamento, e que o SEXO é o tempero... "O povo fracassa por falta de conhecimento." Oséias 4:6a Não se assuste com o versículo citado na introdução deste livro, até porque parece que ele não tem nada a ver com o tema que abordaremos, que é a “sexualidade do casal”, e sobre como Deus, através dela, projetou alegria e prazer para a vida a dois. Todos nós precisamos nos alimentar diariamente, pois é imprescindível para nossa sobrevivência física. Mas o que é melhor? Uma comida temperada ou sem tempero? Na verdade, muitos elementos são alimento, mas o que traz prazer ao paladar é o tempero que se dá. Semelhantemente, Deus criou o ser humano com a necessidade de se alimentar emocionalmente através de seus relacionamentos, e a mais sublime destas relações é o casamento, pois o Senhor disse: “Não é bom que o homem viva só”, depois acrescentou: “Multiplicai e enchei a terra”, e ainda completou: “Goza a vida com a mulher que amas”. Isso se cumpre no matrimônio. Um casamento precisa de amor, que é o que sustenta o relacionamento, mas precisa do sexo como um tempero prazeroso! Antes de citar o texto Bíblico, quero ver se você concorda comigo. É bem verdade que, para tudo que se faz na vida, é necessário conhecimento. Certamente, antes de pegar a direção de um carro, o condutor precisou conhecer regras básicas de direção, bem como regras de trânsito. Afinal o melhor motorista é aquele que se aperfeiçoa no que faz. Da mesma forma para ser um excelente profissional em uma determinada profissão, a pessoa precisa se preparar minuciosamente, estudar detalhes, muitas vezes desconhecidos, e ainda se reciclar esporadicamente. É claro que, quanto mais capacitada a pessoa se torna, mais probabilidade de sucesso ela possui na sua profissão, estendendo suas habilidades a todas as áreas de sua vida. Isto nos faz entender então que “conhecimento” é primordial para o sucesso em qualquer área de nossa vida. Entretanto, como se adquire conhecimento? Simples! É através de leitura de livros e cursos, nos quais descobrimos novas opiniões, ou que ainda reforçam nossas ideias sobre o assunto em questão. Resumindo: adquirimos conhecimento através de fatos e informações, que se desenvolvem pela percepção e pela imaginação, e o conhecimento vai sendo formado e enriquecido pelo acumulo de experiências somadas às informações. Uau!!! Vamos tratar de aprender! Quem conhece uma estrada dificilmente erra o caminho, por isso, procure conhecer o máximo sobre casamento, vida a dois, direitos e deveres do marido e da mulher, sexualidade no casamento e outras questões, pois este conhecimento te conduzirá a um matrimônio cheio de alegria, prazer e sucesso! Consequentemente, seus filhos serão alcançados por tudo isso. Conta-se que, certa vez, um filósofo que muito se gloriava de suas teorias estava de férias e atravessava de barco um largo e belo rio. Enquanto espraiava o olhar pelo atraente panorama ao seu redor, travava uma animada conversa com o alegre, simples e simpático barqueiro, que ao seu lado remava com vigor e destreza. – Então, meu jovem, você sabe alguma coisa? – Perguntou o filósofo. – Eu? Sei remar, nadar e orar. – Respondeu o barqueiro. – Mas você não sabe filosofia? – Nunca ouvi falar disso. – Ah, meu amigo! Então você perdeu um quarto da sua vida. E o filósofo continuou perguntando: – E você, já estudou física? Química? Prontamente, o humilde barqueiro respondeu, rindo: – Também não, eu só preciso entender bem daquilo que faço, que é navegar por este rio adentro. Sem pensar no peso de suas palavras, mais uma vez o pensador filosofou: – Perdeu, pois agora se foram dois quartos da sua vida. Insistindo novamente, o filósofo fez uma terceira pergunta: – Já aprendeu matemática? Com tom de irritação na voz, o barqueiro respondeu-lhe: – Não, mas sei quantas braçadas tem de um lado ao outro deste rio! Encabulado, o filósofo manifestou: – E astronomia? E gramática? Para todas essas perguntas o pobre barqueiro dava sempre a mesma resposta: – Não! Só conheço de remar e nadar... Por isso sou o mais respeitado barqueiro da redondeza. – Então, meu caro, você já perdeu três quartos da sua vida. Navegavam assim, distraídos pela conversa, e o barqueiro já estava muito irritado com tantas questões banais para ele, que sem perceber não viu que se aproximava uma tempestade de vento forte, assim como também não viu que o barco avançava com rapidez na direção de um rochedo. Devido à força daquela tempestade, houve um choque violento, o barco rachou-se e começou a afundar. A margem do rio estava ainda bem distante. O barqueiro, cheio de “conhecimento” daquilo que ele fazia, sabia que nada mais tinha a fazer do que nadar até a margem do rio. Então lançou-se na água sem qualquer hesitação, lutou contra a tremenda correnteza e contra a força da tempestade, e conseguiu chegar são e salvo ao outro lado do rio. O mesmo, porém, não aconteceu com o filósofo sabichão que, segurando em um pequeno e inseguro pedaço de madeira, muito aterrorizado, olhava ora para a água, ora para a margem, sem saber o que fazer para livrar-se daquela perigosa situação. Fazia cálculos matemáticos e filosóficos, também teóricos, mas nada lhe dava uma luz do que poderia fazer para se salvar. Então gritou-lhe o barqueiro, exausto, mas já bem seguro em terra firme. – Senhor filósofo, o senhor sabe nadar né? – Não! Nunca aprendi nada sobre nadar e nem remar! – Ah, pobre infeliz, o senhor perdeu a vida inteira... Até chegar o socorro, acho que matematicamente e “carculadamente” o sinhô num aguenta, não! Desesperado, o filósofo afundava juntamente com o barco, enquanto ouvia de longe um último conselho do humilde e ignorante remador: – Está vendo? Na hora do aperto de nada lhe serviram suas filosofias e teorias! Se o senhor vinha para essa região de muita água, tinha que pelo menos saber o básico: saber nadar! Como o simples barqueiro tinha conhecimento de seu ofício, era fácil sair de qualquer tempestade ou risco de fracasso nas viagens pelo rio. AFINAL, ELE CONHECIA MUITO BEM O QUE FAZIA!!! Isso também acontece em vários casamentos. Pessoas se afundam nos mares de problemas e dificuldades, sejam esses problemas de natureza emocional ou sexual. São inúmeros os casais sendo engolidos pelas ondas de sua própria inteligência. Não buscam “CONHECIMENTO” de como melhorar a vida a dois. Casais que muitas vezes estão casados há 20, 30 ou 40 anos, que por falta de conhecimento perderam o melhor da vida de casados. Homens e mulheres que deixaram de desfrutar do prazer sexual no relacionamento conjugal, que é algo que aflora por todas as áreas da vida a dois dentro da legitimidade do casamento. Dizem sabiamente que o AMOR é o alimento do casamento, mas que o SEXO é o tempero!!! Imagine uma comida sem sal, alho e cebola? Uns dizem que é comida de gente doente! Da mesma forma, tente imaginar um casamentosem sexo prazeroso, sendo esse ato meramente uma obrigação ou um ofício a ser cumprido, muitas vezes pressionado dolorosamente! Porque frisei tanto a palavra “conhecimento”? Pois bem, gosto muito de um versículo bíblico que está em Oseias 4:6, que diz o seguinte: “O meu povo perece por falta de conhecimento”. Nesta passagem, o Senhor exortava o sacerdote que havia rejeitado a sua lei, porque ele não levou conhecimento de quem era Deus, de seus princípios e de seus propósitos ao povo de Israel, que por “falta de conhecimento” estava caminhando a passos largos para a destruição e fracasso em suas vidas, em todos os aspectos. Conhecer a Palavra e descobrir o seu propósito para todas as áreas das nossas vidas é primordial para termos uma existência abundante em Cristo. “POIS O CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS E A PRÁTICA DE SEUS ENSINOS NOS LIBERTAM FÍSICA, EMOCIONAL E ESPIRITUALMENTE PARA VIVERMOS EM NOVIDADE DE VIDA. NÃO MAIS COMO ESCRAVOS DE VÃS FILOSOFIAS E FALSOS ENSINAMENTOS, MAS LIVRES EM CRISTO JESUS”. Evitando assim sofrimentos em algumas áreas de nossa vida, pois entendemos que a mãe do sofrimento tem apenas um nome: a “ignorância”. Não importa qual seja a área, quase sempre sofremos devido à falta de conhecimento somada à falta de sabedoria. No casamento, é comum encontrarmos pessoas que estão completamente apaixonadas uma pela outra, mas que, no entanto, vivem mal. Por quê? O problema não é a falta de amor, mas sim a falta de conhecimento de detalhes que podem fazer toda a diferença no relacionamento de ambos. Neste livro, abordaremos detalhes bíblicos maravilhosos que lhes ajudarão, como casal, a desfrutar dos propósitos que Deus planejou para a vida a dois. Marido e mulher vivendo uma só carne!!! Lembro-me que, após ministrar em uma palestra só para mulheres sobre sexualidade em uma Igreja em Brasília (DF), uma senhora de aproximadamente 65 anos de idade procurou-me e disse: – Oi, pastora, que palestra maravilhosa! Pena que deixei de desfrutar do meu marido por falta desses conhecimentos bíblicos acerca da sexualidade. Casei muito jovem, frequentávamos uma igreja tradicional, e recordo-me que até gostei das primeiras noites com meu esposo e sentia um calorão! Eu era fogosa! Mas um dia fomos a uma palestra para casais onde o pregador, um homem renomado naquela época, começou a palestra bem sério, cumprimentando os irmãos e dizendo: “O assunto aqui hoje é sério. Leiamos a Bíblia: Lucas 17:34, ‘Digo-vos que naquela noite, dois estarão deitados numa cama, um será tomado, e deixado o outro’. (Fecha a bíblia). Vocês entenderam, não é?! Isso significa que quem gosta de fazer na cama aquilo que só é para ter filho FICARÁ, e quem não gosta, SUBIRÁ!”. Ela deu um leve sorriso e disse que, depois daquele dia, entendeu que sexo, mesmo dentro do casamento, era apenas uma obrigação para encher e povoar a terra, e que toda vez que o marido a procurava, mesmo depois que ela não poderia ter mais filhos, com muita insistência ela cedia, achando que estava “pecando”. Se ela começava a sentir prazer com o marido, ela se auto punia, e dizia a si mesma: – Sai de mim, desejo carnal!!! Quando me procurou ela já estava viúva há 5 anos e, com os olhos marejando em lágrimas, mas ao mesmo tempo com um leve sorriso no rosto, disse: – Deixei de amar e me deleitar com meu marido somente por não conhecer o que a Bíblia fala sobre este assunto. Contudo, a senhora afirmou que já estava ali orando: – Senhor, me dá uma segunda chance de ter prazer no casamento, tô velha mais num tô morta. Me dê um marido, de preferência um criolo!!! – concluía ela – Dizem que são mais fogosos (é mito, viu! Rsrsrsrs)! Eu arregalei os olhos, impressionada com tanta fogueira reprimida na irmãzinha. Esta foi uma das inúmeras razões pelas quais este livro foi escrito, a fim de levar vocês, como casal, a conhecerem algumas informações que os ajudarão a melhorar o desempenho sexual de vocês. Para outros casais, este livro reacenderá a chama do relacionamento sexual, ou os ajudará a superar problemas. Meu intuito é ajudar outros casais a desfrutarem do prazer na vida a dois. Desejo que este livro seja uma bênção, de tal maneira que vocês estejam cientes e de que, ainda que surjam ventos de ensinos contrários à beleza da sexualidade no casamento, que sua mente esteja totalmente respaldada no conhecimento do que a Palavra diz sobre o assunto em questão. Desejo e oro para que o seu casamento seja muito bem temperado, saboroso e delicioso, com um gosto de quero mais! Com carinho, em Cristo Jesus! Ângela Sirino e Osmildo Sirino (meu amado esposo, que me ajudou a escrever este livro!). CAPÍTULO 1 Por que é tão difícil entender as diferenças entre homem e mulher Para fazer sexo, a mulher precisa de um bom motivo, já o homem precisa apenas de um lugar... Uma pesquisa constatou que, para 85% dos homens, a expressão “uma só carne” lembra a prática do SEXO. Enquanto que, para as mulheres, a mesma expressão significa casamento, amor e cumplicidade. Para apenas 40% delas, a expressão diz respeito a fazer AMOR, ou seja, SEXO. Para a mulher, ser casada significa ter uma casa, filhos, cortinas nos cômodos, um fogão de seis bocas, etc. Geralmente para o homem, casamento significa SEXO com fartura. Para o homem, casamento é sexo!!! Sexo!!!! Gostaria de compartilhar com vocês algo que li recentemente e que nos faz entender esta verdade de uma forma cômica. Conta-se que um casal cuidava do zoológico da cidade onde moravam, e eles amavam a profissão. Uma equipe limpava o zoológico pela manhã, e à tarde os dois apenas conferiam os reparos finais. Eles eram fascinados pelo mundo animal, e cuidar do zoológico era mais do que um trabalho para eles: era algo prazeroso. Eles já estavam ali há anos e, no dia da limpeza, dia no qual os dois ficavam à tarde a sós no zoológico, os dois gostavam de “fazer amor na natureza”, além de é claro, serem bons parceiros no recanto de seu lar. Só que os anos de casados já estavam longos, o casamento já estava caindo na rotina e sua esposa estava meio enfadonha. Em alguns dias ela queria sexo, em outros não, e Carlão, o marido, andava meio chateado com essa situação. Nenhum diálogo, porém, mudava a cabeça da mulher. Até que, em um belo dia de vistoria, sozinhos no zoo após a limpeza, lá andam os dois organizando tudo. – Carlão! – Diz a mulher – Sabes que eu estava assistindo o mundo animal e disseram que os gorilas são os animais mais parecidos com o ser humano, no que está relacionado ao seu comportamento? Observa como vou lhe mostrar uma mama! Aproveitando que não há ninguém hoje no zoo, só nós, aposto que ele vai se excitar tal qual um homem. Ela mostra uma mama, e o gorila começa a ficar excitado, movendo as barras da jaula desesperadamente. Ela quase morreu de rir, e disse: – Vês, Carlão!? Nossa!!! Que é isso!!! – Agora dou conta porque és assim, os homens não podem controlar os seus instintos animais, tal como o gorila. E Carlão diz-lhe: – Agora mostra-lhe as duas, para ver o que se passa. A mulher levanta a blusa e mostra-lhe as duas mamas, e o gorila fica ainda mais excitado e desesperado para sair. Carlão, apaixonado como era pelo mundo animal, diz-lhe, encabulado: – É incrível como o gorila reage! Não posso acreditar!!! Já que estamos só nós no zoo, agora desce as calças e mostre-lhe seus belos quadris, só para ver o que se passa! A mulher mostra-lhe o quadril, ainda que bem tampado pela sua peça íntima, e mesmo assim o gorila fica completamente excitado. Com toda sua força, o animal consegue abrir as barras da jaula e sai. Ele agarra a mulher e começa a despi-la. Desesperada, assustada e totalmente em pânico, ela grita: – Carlão, homem!!! O que faço? Ajude-me! Socorro! O marido, aproveitando a situação para dar uma lição à mulher, diz-lhe: – Ué, mô!! Agora, explique ao gorila transtornado: Que não tens vontade... Que te dói a cabeça... Que estás cansada... Que hoje tiveste muuuuitoo trabalho... Que, tãodepressa, nãooooo... Que te entenda como mulher... Que estás deprimida... (a mulher, desesperada, gritava por socorro) Mas ele continuava lembrando de tudo que ouvia constantemente: Que estás nos teus dias difíceis... Que estás na tua semana complicada... Que só queres que eu te abrace... Que estás muito tensa... Que tens que levantar muito cedo... Que hoje caminhaste demais e que te doem os pés... Que hoje estás super carente, e que só queres muitos carinhos... Que estás muito tensa e só queres massagens de relaxamento... Que estás com vontade de ver TV... Que não queres perder o filme... Que hoje foste ao cabeleireiro e que não podes se mexer... ... Aí ocê vê se ele te entende... Isso eu quero ver... Quando li isso, quase passei mal de tanto rir! Mas essa é uma metáfora muito cômica, que possui um fundo de verdade. Para fazer sexo, a mulher precisa de “um motivo”, e existem outros “vários motivos” que aparentemente falam mais alto que o sexo, e a mulher priva o seu marido da sexualidade, enquanto, para a “maioria dos homens”, sexo só precisa de um lugar onde a mulher esteja, ainda mais se ele ver as duas mamas e os quadris despidos (rsrsrsrs), semelhantemente ao gorila desta metáfora. Para entendermos melhor um ao outro, analisem comigo. Homens e mulheres em situações completamente iguais, agem de formas completamente diferentes. É bom enxergarmos isso para conhecermos a natureza de cada um de nós e sabermos como agir e entender um ao outro. Veja só: Quando ambos dão apelidos, funciona mais ou menos assim: se o nome da pessoa é Roberta ou Leandra, e as amigas lhe colocarem um apelido, com certeza a chamarão de Rô e Lea. Mas se são amigos e o nome do camarada é Roberto ou Sandro, com certeza os apelidos serão: Gordo, Cabeção, Rato e Negão, ou ainda Robertão, sempre no aumentativo, e com certeza nunca Rô e Sam. Até os homens que ganharam apelidos na infância, no diminutivo, quando crescem lutam para mudar isso. A ideia que uma mulher faz de um bom filme é aquele em que uma só pessoa, morre bem devagarzinho, de preferência por amor. Já um homem considera um bom filme aquele em que muita gente morre bem depressa, se possível com balas de metralhadora ou em grandes explosões. Como pode sermos tão diferentes, não é? Se o marido e a mulher tiverem banheiros individuais, um homem tem seis itens em seu banheiro: 1. Escova de dente; 2. Creme dental; 3. Sabonete; 4. Pente ou escova de cabelo; 5. Espuma de barbear; 6. Uma toalha, daquelas bem simples. Isto vale para 95% dos homens. Já a quantidade média de itens em um banheiro feminino é de uns 100 itens (no mínimo), e um homem não consegue identificar a maioria deles. São vários cremes, perfumes e desodorantes, águas de cheiro, óleos perfumados, várias sombras para olhos e blush para destacar a cor das bochechas... (Estou explicando cada detalhezinho porque homens também estão lendo este livro). Sem falar nas toalhinhas específicas, coloridinhas e bordadinhas. Ah, tem escova de escovar o cabelo grande para todo o cabelo, e pequena para a franja, além de secador de cabelo, chapinha para alisar... Ixê! É tanta coisa... Tem até caixinha separadinha para guardar tudo. Se compram uma peça de roupa íntima, o homem paga em média de R$ 40,00 a R$ 100,00 reais em um pijama, (de acordo com o nível social de cada pessoa), enquanto a mulher pagará até 30 vezes mais do valor por uma camisola, e quando um homem questiona que o acessório é muito caro, pelo fato de ser uma simples camisola, ao ouvir isso qualquer mulher logo exclama “Não é uma simples camisola, é AAAAA camisola!” Quando as mulheres saem sozinhas, elas conversam o tempo todo sobre tudo e sobre todos. Quando os homens saem sozinhos, eles trocam entre si um máximo de vinte palavras durante todo o tempo, mas se tiver dois pescadores e alguns que gostem de futebol, o assunto dura um pouco mais. Conta-se que duas mulheres passaram 20 anos na cadeia compartilhando a mesma cela, e coincidentemente elas foram soltas no mesmo dia. Na saída, as duas batiam papo enquanto as famílias chegavam para levá-las de volta para casa, até que uma delas ganha de presente um celular com o número escrito em um papel, e, enquanto elas se despedem, a que ganhou o celular diz: – Toma aqui o número do meu fone, e me liga para a gente terminar o assunto (rsrsrsrs)! Mulher é assim, sempre tem o que conversar. As mulheres vestem-se elegantemente, e até colocam salto alto para ir às compras, regar as plantas, jogar o lixo fora, atender o telefone, ler um livro, ir ao shopping. Geralmente, um homem veste- se elegantemente apenas para casamentos, e olhe lá! O homem vê o celular como uma ferramenta de comunicação. Ele o utiliza rapidamente e envia mensagens curtas para outras pessoas. Uma mulher, depois de chegar da casa da amiga, onde passou duas semanas de férias, telefonará para essa mesma amiga e farão uma ligação de três horas. Quando um homem diz que está pronto para sair, quer dizer que está mesmo pronto para sair. Quando uma mulher diz que está pronta para sair, ela quer dizer que estará pronta assim que encontrar o outro brinco e acabar de pôr a maquiagem. Somos diferentes em vários outros aspectos. Uma mulher casa-se com um homem esperando que ele mude, isso pelo lado emocional da relação, mas ele não muda, geralmente não se torna mais doce ou mais romântico como ela achava. Ao questioná-lo, ela ouvirá: – Eu sempre fui assim. Um homem também casa-se com uma mulher esperando que ela não mude, mas ela muda, tanto fisicamente, prosperando para a direita, esquerda, para frente e para trás (ou seja, engordando compulsivamente), como emocionalmente. Muitas, ao perceberem que o homem não muda, se tornam rudes e amargas. A mulher encontra com outra na rua e logo diz: “Nossa, como você está linda!”, mas quando viram as costas, lá vem o comentário: “Nossa, como ela tá gorda. Só não disse nada para não magoá-la!”. Para elas, isso ainda soa com o tom de boa! “Coitadinha dela, né”. Mas quando um homem encontra com outro na rua e diz: “Fala cara, (fala gordo, ou careca)”, quando viram as costas, vem o comentário: “Poxa, esse cara é gente fina!”. Para terminar, não poderia deixar de registrar que as mulheres conversam sobre várias coisas e vários assuntos diferentes ao mesmo tempo, enquanto homens só conversam sobre um assunto por vez. Quando o homem vai ao banheiro, ele faz isso por uma razão óbvia: quer fazer o número 1 ou número 2. Já as mulheres, quando vão ao banheiro, é por estes dois motivos: elas podem ir somente para tomar um ar novo (Imagine só!! Como pode, né? Se for pensar bem, que ar novo tem ali?). Elas vão ao banheiro para acompanhar uma amiga, e então o banheiro se torna um espaço para uma reunião social ou uma terapia. Homens de posse de um controle de TV mudam de canal para canal, enquanto as mulheres veem os detalhes de cada comercial e ainda se emocionam por motivos e imagens aparentemente fúteis! Mulheres criticam os homens por sua insensibilidade, por só pensarem em sexo (a maioria, né?) e por sempre deixarem a tampa do vaso levantada. Homens criticam as mulheres porque elas falam demais, não tomam iniciativa sexual ou porque elas sempre deixam a tampa do vaso abaixado (para elas isso é organização e limpeza). Os homens se espantam por ver uma mulher entrar em uma festa e notar a cor e modelo de roupa de pelo menos 10 amigas naquele ambiente, mas não entendem porque elas não conseguem ver uma luz vermelha piscando no painel do carro. É apenas uma luz em proporção à quantidade de vestidos que elas notaram na noite passada. Isso tudo significa que somos diferentes!!! MUITO!!! Por outro lado, as mulheres se espantam com a forma como eles podem colocar um carro numa vaga apertadinha de um estacionamento, capaz de arrancar um “UAUHHH” de uma suposta plateia, mas a maioria deles não sabe onde é o ponto “G”, capaz de fazê-las enxergar estrelas no teto do quarto do casal. A mulher percebe claramente quando uma pessoa está aborrecidaou magoada, enquanto o homem só desconfia que algo está errado depois das lágrimas. A mulher convive dentro de casa com os filhinhos e percebe uma travessura de longe. Enquanto isso, o homem mal percebe que aquela gente miúda está dentro da mesma casa que eles. O homem abre a porta da geladeira, pergunta cadê a manteiga, ela diz, na geladeira! Ele procura 10 vezes e diz que não achou, mas a mulher abre a geladeira e, num passe de mágica, lá está a tão procurada manteiga!!!! Isso porque a visão da mulher é periférica, e a do homem é com um túnel. O homem lê a frase, a mulher lê as entrelinhas. Eu me lembro de uma determinada vez, quando trabalhava com meu esposo, tinha uma funcionária muito prestativa. Ela era secretária direta do meu esposo, muito eficiente! Mas um dia peguei um bilhete que ela deixara na mesa com um recado para meu esposo, e estava escrito assim: Sr. Sirino, Tive que sair, mas logo retorno. É para o Sr. ligar com urgência para o fulano de Tal, fone XXXX.XXXX assunto de seu interesse sobre compra de veículo, e para o Sr. Ciclano, assunto referente a ZRZRZRZR... etc e tal.... Ass: Sta. Viviane ***** Você, que acabou de ler, viu alguma coisa de mais no bilhete? Com certeza os homens não viram nada de mais, apenas a frase, mas alguma mulher viu, como eu naquele dia, “as entrelinhas”. Bom, neste caso, foram as “estrelinhas” (rsrsrsrs). Estava desenhado como acima, cinco estrelas abaixo do nomezinho dela! Que fofo, né? Li o bilhete, mas não espantei a moça, afinal de contas, eu poderia estar agindo tola e precipitadamente. Entretanto, passei a sondar o campo. Meu marido inocentemente não percebeu nada até então, só a eficiência da moça, porém, ao discretamente analisá-la depois daqueles dias, percebi que ela colocava bombons na sala dele, Coca-cola, Toddynho e iogurte na geladeira dele, mas na minha, nada! Ao sondar a vida da moça, descobri um passado imoral e errante nesta área, então, com sabedoria, a dispensamos da empresa. Felizmente ela soube de mim mesma o motivo, e eu lhe aconselhei a buscar um caminho digno. Até onde eu sei, ela hoje é uma mulher que acertou seus passos na vida. Mudou de rumo! Graças a Deus. Imagine só, como todas essas diferenças podem influenciar na sua vida sexual! Sabia disso? Elas podem contribuir ou atrapalhar, dependendo de como você vê e lida com elas. Por isso é importante você saber. Para fazer sexo, mulher precisa de um motivo, enquanto o homem precisa apenas de um lugar. Mulheres precisam e gostam em média de 30 minutos de preliminares, os homens preferem apenas 30 segundos. O homem considera procurar a mulher dentro de casa como parte das preliminares. Outro contexto importante a ser observado é que alguns dizem que a mulher tem uma grande responsabilidade de construir o relacionamento sexual, que ela é capaz de que erguer o homem e fazê-lo se sentir um verdadeiro Tarzan na cama. Isto é bem verdade, até falo sobre isto no meu livro “Geladeira ou fogão”. Até afirmo que Deus disse que a mulher sábia deve EDIFICAR A CASA, (Pv 14:1) e que na casa tem cozinha, sala e quarto! Friso: – Não se esqueça do quarto! Edifique o quarto! Mas, por outro lado, existem muitas mulheres que fazem de tudo daquilo que aprenderam que é correto, e trazem efeitos positivos para tentarem melhorar a vida a dois. Algumas chegam a dizer: “Fiz o que era possível e quase o impossível”, mas ainda assim o homem se recusa a aprender e a ceder no relacionamento sexual. Até esse é um dos motivos pelos quais este livro é para o casal. São dezenas e dezenas de mulheres que me procuram buscando ajuda, sendo que os problemas mais comuns são: • Homens brutos, sem romantismo e insensíveis à sexualidade. Usam a mulher como um mero objeto. • Homens que não tem um pingo de higiene íntima. • Homens que têm impotência sexual ou ejaculação precoce e que não procuram ajuda, quer seja clínica ou psicologicamente. Pior é que alguns deles ainda diminuem a mulher, dizendo que é porque não possuem desejo “por ela”, uma fuga para não encarar o problema. • Homens viciados em pornografia e internet. Também falaremos detalhadamente sobre causas e possíveis soluções para esses casos neste livro. Isso tudo acontece por falta de conhecimento! Fracassamos porque não buscamos conhecimentos que nos trazem soluções. Uma pesquisa recente apontou que os livros mais adquiridos pelos homens são de temas tais como: Enriqueça rápido, Torne-se um líder por excelência, Manual do pescador (meu marido até ganhou de presente, de um outro homem, é claro, um livro com o nome: "A Bíblia do pescador!"), e tantos outros temas desta natureza. Você pode procurar livros específicos para os homens com temas tais como: Proporcione prazer à sua mulher, super marido, Marido Maravilha... Imagina!? Esses temas de livros destinados aos homens são quase escassos das livrarias, temos alguns poucos. Porém, temos vários livros para casais sobre sexualidade no casamento à disposição em qualquer livraria, tais como os que usei como auxílio neste estudo, que estão na bibliografia deste livro. Livros assim são adquiridos e lidos, em sua grande maioria, “pelas esposas”, que procuram cada dia mais melhorar seu casamento. Parece que os homens foram ensinados desde a infância que eles são 100% machos, conquistadores, prazerosos! Afinal de contas eles são homens! Em grande parte dos aconselhamentos, quando procuramos o culpado nesta área do casamento, em 90% as respostas são: “É culpa da mulher que Deus me deu!”. É muito comum ouvirmos da parte masculina: – Ela é fria, uma geladeira, amarga, bruta e sem graça!!! Mas será que é bem assim? Será que as mulheres frias têm maridos experts na arte de fazer amor? Ou será que eles apenas as usam e depois friamente descartam? Precisamos entender que, para termos além do amor, que é o alimento no casamento, também precisamos do prazer saboroso do sexo, que é o tempero. Tanto o homem quanto a mulher, esposo e esposa, tem “sua parcela de obrigação” na sexualidade do casal. Embora eles sejam completamente diferentes, são as diferenças que fazem tudo ser tão bom! Não somos homens e mulheres, individualmente melhores ou piores, somos apenas diferentes, e isso reflete na sexualidade. CAPÍTULO 2 Por que os casais têm problemas sexuais? Sexo no casamento é algo tão bom e tão simples para uns e, ao mesmo tempo, tão complicado e tão complexo para outros. Um bom relacionamento sexual entre um casal não é simplesmente “ter química”, ou muito amor e paixão. Começa muito “antes” disso. Alguns detalhes que vem “antes” podem atrapalhar. Você, que agora lê este livro, pode estar se perguntando: “Antes?”. Sim, ANTES!!! Deixa eu te explicar melhor. A atividade sexual é muito mais complexa do que se pensa, envolve uma série de fatores muitas vezes desconhecidos pelo casal. Precisamos entender que para alguns casais que ainda não tem aquele tão sonhado clímax prazeroso na intimidade, muitas coisas precisam ser analisadas “antes do sexo”, para que possam compreender um ao outro, a fim de mudar seus conceitos e atitudes que forem necessárias para desfrutarem com alegria e prazer da vida sexual dentro do matrimônio. Por isso, esse livro vem recheado de informações para o melhor desempenho e prazer sexual entre os casais cristãos, de forma que o casamento de nenhum de nós venha a perecer por falta de conhecimento. Sabemos que sexo é algo vital no casamento, e ele é apontado como uma das principais causas do divórcio. As outras duas são: falta de vínculo afetivo e emocional entre ambos, mais conhecido como incompatibilidade de gênios, e outro fator são problemas financeiros que os parceiros podem vir a enfrentar juntos. Porém, particularmente entendo que, se o sexo for bom, “muito bom”, as demais coisas entram em sintonia, pois quando os cônjuges possuem momentos de muito prazer, é mais fácil “suportar um ao outro em amor”. É comprovado que casais que mantêm boa frequência de atividades sexuais prazerosas têm menos conflitos no lar e suportam melhor as tempestades dodia a dia, e também as crises financeiras comparadas aos casais que têm distanciamento sexual. Lembro-me de uma época em nossa vida que a crise financeira estava enorme. Naquela época, tivemos dias nos quais procurávamos moeda em casa para enterrar o dinheiro para comprar um pacote de arroz para as crianças comerem. Outro dia, o gás acabou pela manhã e só no fim da tarde tivemos gás para cozinhar em casa, ainda assim, procurei o que preparar e usei o micro-ondas mesmo. Cada dia era um novo problema originado pela crise financeira. Em uma determinada tarde, ligaram-me da portaria do condomínio onde resido pedindo uma liberação para entrar uma pessoa. De início, fiquei feliz, pensando ser alguma colega que viera me oferecer um ombro amigo em um momento tão delicado de crise financeira que se fazia ciente por tantos conhecidos. Mas, ao perguntar para quem era a liberação, tive a triste e desagradável notícia que era um representante da “central elétrica do estado de Goiás” (CELG), a fim de cortar a energia da nossa casa! Que vergonha! Mas fazer o quê, não é? O inevitável aconteceu! O moço cortou a energia mesmo! Na hora, o primeiro pensamento que veio a minha mente foi: – Marido irresponsável! Segundo pensamento: – Como ele pôde deixar cortar a energia de casa? Então vieram mais várias perguntas: – Temos três crianças, a casa é um sobrado e vai sair menino rolando na escada à noite! Imagine os gritos: “Mamãe tá escuro”, e a vergonha... Enfim, uma análise fria do fato em si. Corri para o telefone para cobrar dele o pagamento da energia o mais rápido possível. Enquanto meu dedinho teclava as teclas do fone, lembrei-me da noite anterior. Apesar de toda crise pela qual estávamos passando, tínhamos tido um “momento tão bom entre nós dois”. Recordei-me também de um compromisso que ele me fez prometer no início do nosso casamento (em meados de 1993), uma promessa de que nunca deixaríamos nada atrapalhar nossa vida sexual e sentimental. Ele dizia: – Meu bem, lá fora pode estar tudo desmoronando, mas aqui dentro, no nosso quarto, na nossa cama, sempre precisa estar bem, pois isto determinará como enfrentaremos as lutas do dia a dia nos anos que se seguem! Uauuuhhh! Que frase romântica para os primeiros dias e anos de casados, não é? Bom, como eu não tinha muita noção do que viria, graças a Deus fiz este juramento ao meu marido, de que procuraríamos ser assim e que eu faria a minha parte. Enquanto o esperava na linha, isso tudo me fez mudar a forma de lhe dar a notícia. Veio um temor no meu coração e mais uma vez o Senhor me auxiliou: – Filha, não cobre dele o milagre que só Eu posso fazer! Quando ele atendeu o telefone eu lhe disse: – Oi amor!!! Tudo bem? – Assim que ele me respondeu, continuei. – Aqui em casa aconteceu um pequeno probleminha... é que cortaram a energia, aí você paga para religar hoje, está bem? Assim que terminei de falar ele humildemente me respondeu: – Meu amor, não tem jeito, aqui na empresa não tem dinheiro para nada. – Então vou orar para aparecer dinheiro. –Disse com um nó na garganta, me despedindo – Beijinho! Mais tarde, ele chegou em casa, trazendo uma caixa de velas na mão, então eu entendi o mistério, fácil e óbvio. A energia não havia sido paga. Meu marido é muito forte emocionalmente, praticamente não o vejo com baixa autoestima, e os problemas não costumam afetar o seu humor. Ele sempre foi um homem de muita fé e persistência. Entretanto, naquela noite, percebi algo diferente. Ele havia acabado de abrir a geladeira e, sem muito o que se alimentar, ele se abateu ainda mais. Em seguida, meu esposo acendeu algumas velas na casa e se retirou para o nosso quarto. Procurei diálogo e percebi que era em vão. Coloquei as crianças para dormir e depois o procurei novamente para falar para ele que estava tudo bem, apesar da energia cortada. Mas ele continuava sério, triste, decepcionado consigo mesmo e muito fechado, não queria orar e nem ler a Bíblia. Então saí de perto dele, orei a Deus e pedi uma direção do que fazer, e Ele me disse: – Eleve sua autoestima na intimidade. Seja como uma corça amorosa! Então parti para o ataque, claro que sutilmente, desce e sobe mãozinha. Como quem não queria nada, deitada ali no cantinho. Nenhum de nós aparentemente tinha cabeça ou clima para isso, mas passado um momento, a mente relaxou e as coisas aconteceram! Após o banho ele voltou para o quarto alegrinho, cantando: “Uma nova história Deus tem pra nós... Um novo tempo... Tudo aquilo que perdido foi... Ouvirei de tua boca e te abençoarei...” Olhou para mim sorrindo e logo disse: – Obrigado, viu!! Vai passar... A crise vai passar. Sorri para ele e disse: – Não tenho dúvidas disso. Você é nota 10 em tudo que faz! Isso para você é só um teste de Deus. Percebi que a tensão daquela enorme crise financeira se amenizou naquela hora. Assim, procuramos fazer isso em todo tempo de dificuldade, não deixamos que ela afete a nossa intimidade, por mais que às vezes seja difícil pensar em sexo devido às pressões da crise sobre nossa vida emocional. Mas foi justamente naquela época que ele me disse: – Escreva livros sobre sexualidade para as mulheres e para os casais. Precisamos deixar que nossas próprias experiências e as experiências que você tem de aconselhamentos ajudem outras pessoas. E, quer saber, a luta foi um momento maravilhoso para nós dois, aprendemos a amar mais um ao outro na crise. Afinal, não nos sobraram palavras amigas para nos consolar, mas consolávamos um ao outro, e nada melhor do que a sexualidade para proporcionar isso. “Muitas vezes o entrelaçar de nossos corpos no ato sexual fala ao profundo da nossa alma o que palavras não conseguem expressar”. Por isso, pergunto: está tudo bem no quarto? Geralmente, tudo vai bem no resto! A menos que um dos dois seja tolo a tal ponto de não fazer sua parte para que tudo vá bem! Lembre-se do que vimos no capítulo anterior, para que seja bom, “cada um”, esposo e esposa, tem que fazer a sua parte. Desde os meus 22 anos trabalho com aconselhamento para as mulheres casadas, mesmo sendo recém-chegada à turma das esposas na época. Ainda cedo comecei a ministrar no assunto. Por causa do meu livro “Geladeira ou fogão”, publicado em 2009, foi solicitado em abundância a abordagem do tema sexualidade em minhas palestras, tanto para mulheres como para casais, e um fato passou a chamar muito a minha atenção. Por que o sexo entre marido e mulher é tão bom par uns e difícil para outros? Porque é tão difícil para alguns casais se ajustarem? Comecei a pesquisar sobre o assunto e em algumas palestras eu pincelava alguns tópicos que abordarei nesse capítulo. Com isto, mulheres e casais começaram a nos procurar, pedindo ajuda. Mulheres que tinham dificuldade de ter desejo pelo marido, apesar de amá-lo, esposas que eram frias e não conseguiam diagnosticar o problema, e muitas que com até mais de vinte anos de casadas, nunca haviam tido sequer um orgasmo! Haviam também as que o marido tinha dificuldade de ereção ou ejaculação precoce, e até mesmo falta de desejo sexual. O pior foi quando um casal cristão nos procurou, casados há 28 anos, mas que há uma década não tinham um momento de intimidade sexual no casamento e que não estavam procurando ajuda. Eles achavam ser um processo normal do tempo de casados, embora estivessem emocionalmente doentes e depressivos em função disso. Este é um dos casos que abordaremos a seguir dentro de cada tópico. Esta é a razão pela qual a introdução deste capítulo está frisando o “ANTES” do ato sexual, e falarei de alguns fatores que podem estar trazendo problemas sexuais ao casal. A medicina aponta que várias pessoas apresentam um problema, chamado pelos médicos de “desejo sexual hipoativo” (DSH), conhecido também por outros termos, sendo eles: falta de desejo sexual frequente, inapetência sexual, diminuição de libido ou frigidez (nas mulheres), e ao contrário do que se pensa, esse problemanão atinge apenas as mulheres, mas os homens também. Uma pesquisa recente feita por sexólogos, constatou que este problema atinge 26% dos brasileiros, sendo que somente 3% deles apresentam causas orgânicas, ou seja, causas ligadas ao aspecto físico-motor, mas apontaram que o restante, os 23% são devido às causas “psicológicas”, que abordaremos a seguir. O grande dilema é que as pessoas não verbalizam o problema da falta de desejo. Geralmente achamos mais fácil culpar o cônjuge, jogando toda a responsabilidade e frustração sobre o outro, do que procurar ajuda. Entretanto, essa fuga gera uma insatisfação sexual cada vez maior entre o casal, e pasmem, este problema não resolvido se agrega à depressão, somado a outras séries de doenças físicas e ainda, uma série de outros fatores complicadíssimos, chegando até em alguns casos ao adultério e ao divórcio. Meu objetivo com este tópico nesse capítulo, é levar você a entender melhor o assunto em questão e trazer “algumas receitinhas eficientes” para ajudar aqueles que passam por infortúnios dessa natureza. Sejam esses problemas de origem hormonal ou psicológica, as quais abordaremos detalhadamente, começando por esse capítulo. Para melhor compreendermos esse assunto, precisamos entender que a atividade sexual pode ser dividida em três fases: o impulso ou desejo sexual, o ato sexual e o prazer sexual (orgasmo - clímax). O desejo sexual do ser humano adulto e consciente, ao contrário do que pensam alguns, não é uma simples pulsão fisiológica, como é o caso da fome ou da sede, ou de como funciona nos animais. O desejo sexual para alguns é de fato tão rápido como acender uma lâmpada na tomada, não é!? Mas para outros é extremamente complexo, porque o impulso sexual trata-se de uma atitude mental formada por três componentes principais: a biologia, a psicologia e a socialização. Ou seja, ele vem pelos estímulos do corpo = biologia, pelo estímulo da mente = psicologia, e isso inclui lembranças de bons ou maus momentos ligados ao assunto, lembranças de alegrias ou traumas, isso tudo está depositado na psique do ser humano (psicologia) e a soma de informações que recebemos ao longo de nossa vida = socialização. Esses três fatores ficam interagindo continuamente uns com os outros, como um processador gerando alguns elementos para chegar a um produto final. O problema é que muitas pessoas travam uma batalha na mente, e o fim do processamento ainda não fica legal. Digamos que se um dos elementos acima, a biologia, que são os fatores hormonais, a psicologia, que são as lembranças vividas e a socialização, que se resume no que aprendemos, estiverem com um certo nível de deformidade, reproduzirão um resultado final muitas vezes negativo. Mas não se assuste, tanto para as mulheres como para os homens que tem problemas de desejo sexual, há solução! Veja só algumas das causas principais do transtorno de desejo sexual hipoativo, e entenda porque engloba a biologia, a psicologia e a socialização do ser humano. 1. Causas Orgânicas (biologia) Veja quais são os agentes causadores da falta de desejo sexual nesta área: • Diminuição ou falta de alguns hormônios responsáveis pelo desejo sexual feminino e masculino, principalmente a testosterona; • Enfermidades, tais como: insuficiência renal crônica, cirrose hepática, hipotireoidismo, diabetes e outras doenças debilitantes; • O uso de determinados medicamentos, tais como: antidepressivos, tranquilizantes, anticoncepcionais, anti- hipertensivos, antialérgicos e antigripais, e a maioria dos remédios para dietas; • O alcoolismo e o tabagismo, bem como o uso de drogas; • A obesidade agrava a impotência, porque o tecido gorduroso aumenta a produção do hormônio feminino. (E, aproveitando o tópico, é bom lembrar que a obesidade atrapalha a junção dos corpos do casal. Uma vez aconselhei uma senhora após uma palestra que disse que o tamanho da barriga dela e a do esposo era o que impossibilitava a penetração. Disse que era extremamente difícil aos dois encontrarem uma posição favorável ao ato, e que o cansaço do peso do corpo fazia constantemente o corpo pedir cama para um descanso); – Algumas fases naturais como gravidez, pós-parto, menopausa, podem diminuir esse desejo em muitas mulheres. 2. Causas emocionais (psicológicas e psicopatológicas, ou seja, ligadas à nossa mente). As mais comuns são: • Estresse; • Depressão. Como a depressão tem origem em vários problemas, se torna hoje um dos maiores vilões, pois ela pode vir de mágoas geradas por traição somadas à amarguras, falta de perdão, falta de aceitação, sentimento de culpa, etc; • Transtornos de ansiedade, relacionados a alguma ferida emocional, à sexualidade, incluindo pânico e fobias; • Valorização dos aspectos negativos da sexualidade; • Temor da intimidade; • Temor à respeito da natureza do sexo (se é bom ou ruim, santo ou profano). 3. Causas psicossociais. As principais são: • Reação insatisfatória da pessoa; • Atividade sexual insatisfatória; • Conceitos culturais; • Excesso de preocupações com a vida em geral; • Excesso de preocupações em proporcionar prazer ao cônjuge. Abordaremos nos capítulos a seguir alguns dos motivos que originaram os problemas sexuais entre os casais, assim como também estudaremos sobre as causas principais e como tratá-las para desfrutarmos do prazer projetado por Deus, vivendo em uma só carne dentro da legalidade do casamento. CAPÍTULO 3 Descobrindo as origens orgânicas dos problemas sexuais e tratando-os Causas orgânicas 1. Problemas de falta de desejo sexual ligados ao sistema hormonal. Dias atrás, um amigo de meu esposo, que consideramos como irmão, nos procurou pedindo ajuda. Há 25 anos bem casado, começou a enfrentar um sério problema. Sua esposa entrou na menopausa precoce, e esse processo hormonal se agravou bastante, gerando uma crise no casamento, até então ela, que era uma esposa ativa sexualmente, passou a ser totalmente fria e, além de afetar a vida sexual do casal, começou a afetar o relacionamento interpessoal familiar, afinal, quando o marido cobrava dela sua atitude de esposa, a resposta que ela dava, mesmo diante dos filhos, era agressiva, talvez pela própria alteração hormonal. Segundo ele, sua esposa dizia: – Você tem que entender que já passei dos 40 há tempos. Num tô com vontade. Problema seu! Tô sem paciência e mal humorada! Não durmo mais direito... Tenho filho e casa para cuidar! Essas eram suas reclamações. O nível de estresse entre o casal foi ao topo! Ele me pediu para que eu falasse com ela. Programamos um encontro entre as duas famílias, de forma que ela não percebesse que ele havia falado conosco. Então, preparei o ambiente e comecei a falar com ela sobre uma pesquisa que eu estava fazendo sobre mulheres na menopausa, e possíveis mudanças que isto trazia à vida do casal. Ela logo disse: – Que bênção! Precisa mesmo. Ela logo abriu o coração, reclamando para mim do marido que não a entendia nessa fase de mudança. Ela dizia: – Será que esse fogo masculino nunca acaba? Misericórdia, meu marido parece um tarado, eu já entrei na menopausa e lá em casa tá um pé de guerra! Ri bastante dela, levei o assunto com muito humor, mas disse a mulher do que a Bíblia diz em 1 Co 7:3-5. Segundo a Bíblia, é proibido negar o corpo ao marido, e lá não diz que na menopausa, na terceira idade ou na velhice poderíamos negar a sexualidade ao marido, mas está escrito que a mulher deve satisfazer o esposo “em todo tempo... e em todos os dias da tua vida” (Pv 5:18-19 e Ec 9:9A). É ordem e mandamento de Deus: sempre que o marido quiser a esposa, e quando quisermos usar o parque de diversões dele (rsrsrsrs), este deve estar à sua disposição. Assim, concluí: – Querida. Você é o parque de diversões do seu marido! É com você que ele vira os olhinhos, dá uns gritinhos, etc. – Ela riu meio sem graça, e eu continuei falando com ela amorosamente– Querida, muitos casos de adultério masculino acontecem nesta etapa, justamente porque a mulher acha que este tempo é hora de se aposentar na cama, e o parque de diversões do marido passa a ficar desativado na maioria dos dias. Falei sobre como é maravilhoso estarmos casadas, termos no esposo um amigo, um companheiro que nos ama, nos entende, cuida de nossos filhos e que paga as nossas contas! Ainda mais no caso dela, com 25 anos de casada! Disse a ela tudo isso, porque como amiga da família eu conhecia bem sua realidade. Ressaltei a ela, que satisfazer aos desejos sexuais do seu marido era o mínimo que ela poderia fazer para ele, e que era essa satisfação sexual que manteria seu marido tão bom líder da família como ele era. Entretanto, eu também tinha ciência que além de convencê-la emocionalmente, eu precisava ajudá-la a cuidar da sua reposição hormonal, isso é imprescindível na menopausa. Sugeri que ela procurasse uma médica colega minha, que é especialista em medicina ortomolecular. Ela fez todos os exames e constatou uma deficiência enorme de hormônios que ajudam na sexualidade. Diante do quadro, minha amiga decidiu fazer a reposição destes hormônios com o tratamento de hormônios bioidênticos, como tenho liberdade com a médica solicitei ainda que ela colocasse um pouquinho a mais de hormônio para garantir o serviço e a satisfação do marido no pagamento (rsrsrsrs). Dias se passaram e aquele amigo me ligou, dizendo: – Oi, colega! Só liguei para agradecer! Com todo respeito, Deus te abençoe! Depois que você levou minha esposa naquela médica, ela ficou boa demais, sô! Está melhor do que antes. Tô até pensando em fazer uma avaliação também, para eu não ficar para trás (rsrsrsrsrs). Ele é como um irmão para mim e para o meu marido, por isso teve liberdade de brincar comigo assim! Eu ri tanto! Porém, pensei que seria exagero dele para massagear o seu ego masculino. Na outra semana fui à casa dele, fiquei uma tarde com sua esposa e sua filha, e, para minha supressa, ela me disse: – Ângela, o remédio que a médica me passou é bom demais, depois que passei a usar até a minha cabeça mudou – prosseguiu – Sem mais nem menos, eu lembro do “fulano” (marido) e me dá um calorão. Tem dias que nem posso ver a foto dele na sala de casa que dá um negócio assim por dentro (gesticulando). Se ele estivesse em casa na hora, tenho certeza que eu avançaria nele. Gente, que mudança! A filha ainda concluiu: – Até camisola nova ela anda comprando, os dois estão num amor! Confesso que fiquei muito feliz em ver a solução do problema sexual deles, que começou por fatores hormonais, mas que foi diagnosticado e resolvido a tempo de não terem um problema mais sério no casamento. Depois disso, passei a indicar vários casais para esta médica, e tenho recebido inúmeros testemunhos positivos. Se você é mulher e se encontra nesta fase da vida, ou se você que lê é um homem e sua esposa está assim, procure com urgência ajuda médica, eles estão em consultórios e hospitais para isso! Se não for ortomolecular, procure ajuda da ginecologista. Agora, vamos falar de fatores hormonais, tanto para mulheres como para os homens. Deixa eu te explicar rapidinho como isto acontece em uma linguagem clínica: o sistema endócrino e o sistema nervoso atuam em interligação, sendo ambos vitais para a saúde física e mental do ser humano. Sexo é físico e mental! O sistema endócrino transmite as suas mensagens utilizando agentes químicos denominados hormônios, que são transportados pelo fluxo sanguíneo, podendo atingir todas as células do organismo. Os hormônios contribuem para a manutenção de um ambiente constante no interior do corpo humano, que reage no exterior, gerando ausência de desejo sexual espontâneo, ausência de pensamentos sobre o sexo, fuga do relacionamento sexual, resposta sexual insatisfatória em relação à excitação e ao orgasmo, provocando baixa frequência sexual cada vez maior, além de ansiedade. Em qualquer idade, tanto a mulher como o homem, podem apresentar deficiência hormonal. Mas chega um tempo da vida que esta análise e reposição hormonal deve ser cuidada sem falta, as mulheres precisam se cuidar com a proximidade da chegada da menopausa, que começa a surgir por volta dos 45 anos de idade. E o homem? Eles também têm a chamada “Andropausa”, que apresenta sintomas dos mais variados, desde a perda do tônus muscular, até sintomas depressivos, como baixa autoestima, irritabilidade, falta de memória, perda da libido e desinteresse sexual. Esses sintomas ocorrem tardiamente em relação às mulheres. Eles começam a surgir por volta dos 50-55 anos. São os sinais do tempo provocando principalmente déficit de hormônios também nos homens. Felizmente, com os avanços da Medicina e a descoberta da Terapia de Reposição Hormonal Masculina, é possível equilibrar tudo isso com visitas periódicas ao médico que cuida desta área. Estes e outros problemas que afetam o homem são tratáveis em quase 100% dos casos, porém requerem coragem de procurar ajuda, desejo de mudança e prática do que é receitado pelo especialista ou terapeuta. Segundo uma pesquisa feita pelo Projeto Sexualidade (ProSex), 54% das brasileiras se queixam de dificuldades para atingir o orgasmo durante a relação sexual. O remédio pode mudar a vida de muitas que sofrem por problemas hormonais e tornar-se um grande aliado no combate à disfunção sexual feminina. O nome é VIATOP Gel AM, apelidado como o Viagra da mulher. Já para os homens que apresentam problemas de falta de ereção ou ejaculação precoce, os remédios mais comuns são o Cialis e Viagra. (Fonte: Hospital das Clínicas, Rio de Janeiro, Projeto PROSEX). Em um de nossos aconselhamentos, me deparei com um caso preocupante. Uma mulher, casada há quinze anos, veio me procurar. Disse que ela e seu marido sempre tiveram uma vida sexual muito boa, mas que de repente passaram por uma tempestade. A empresa onde o esposo trabalhava há anos o dispensou, felizmente, na outra semana ele conseguiu trabalho, porém com uma queda salarial de 60%. Como se não bastasse, o pai daquele homem ficou doente, e toda carga financeira do tratamento do pai recaiu sobre o filho, e os dois tiveram que se adequar ao novo ritmo de vida. Essa tempestade afetou a vida sexual de ambos. Nesse caso, para a mulher é fácil, basta colocar uma porção de óleo e tudo bem, mas para o homem, nem sempre é assim. Aquela esposa me contava, chorando: – Numa determinada noite, fomos nos deitar, ele me procurou e não funcionou pela primeira vez. Ele ficou sem graça, eu não cobrei e até fiz de conta que não vi, mas ele não me procurou durante a semana toda. Depois tentou de novo, falhou, e já faz três meses que ele não me procura mais. Está muito agressivo comigo e com nossas filhas. Após me relatar isso, ela se cobrava e dizia: – Não sei o que fazer, talvez o problema seja eu mesma. Estou me sentindo um lixo, não sei mais como agir! – Então coloquei minhas mãos em seu ombro e disse a ela para os dois procurarem um psicólogo ou um médico, porém ela disse que ele era muito orgulhoso e que jamais faria isso. Realizo um trabalho com mulheres em Goiânia, e tenho uma amiga ginecologista, que quando pode está conosco. Levei essa mulher em busca de ajuda e compartilhamos o problema dela. A médica, muito esperta, deu a ela umas amostras grátis de um comprimido. Sugeriu que nossa amiga dissolvesse o remédio no suco, desse ao marido e que depois ficasse por ali, como quem só estava fazendo um carinho sem segundas intenções. A especialista ainda ressaltou que ela deveria esperar por uns vinte minutos, até o “instrumento de trabalho sexual do seu marido” se levantar e armar automaticamente. Então deveria aproveitar e fazer a festa, que duraria no máximo uns 20 minutos. A médica disse à nossa amiga que ela poderia dar o medicamento até duas vezes por semana, até o trauma dele ser curado, ressaltando que o caso do seu marido certamente não era hormonal. A esposa fez conforme o solicitado. Dias depois, ela nos disse: –Meninas, Glória a Deus! Bendito remédio, que devolveu o vigor do meu marido. – Segundo ela, seu marido ficou tão bem que só foi necessário utilizar o medicamento durante três semanas. Eu estava em uma determinada cidade, após uma palestra só para mulheres, quando uma mulher me pediu ajuda. Ela disse que, quando contei o caso acima, acendeu uma esperança em seu coração. Ela estava casada há dez anos, e só havia tido relações sexuais com o marido no máximo umas 12 vezes. Eu fiquei em estado de choque, mas achei que havia entendido errado. Perguntei a ela: – Doze em cada ano? – Seria menos mal, não é? Ela respondeu: – Não... Ficamos juntos em média uma vez por ano. – Ela começou a chorar incontrolavelmente. Como eu ficaria ainda mais um dia naquela cidade, me dispus a ir até sua casa, a fim de atendê-la. No outro dia, tomamos um café juntas e descobri algo muito triste no aconselhamento. Embora ela fosse uma mulher cristã e temente a Deus, bem como o marido, e em razão disso procuravam se respeitar e amar um ao outro, havia uma tristeza na alma de ambos. Eles nunca haviam procurado ajuda, tinham medo, achavam que Deus os permitiu serem assim. Ela achava que a falta de desejo do marido era o seu espinho na carne, e que em nome do amor ao Senhor e um ao outro, eles poderiam viver assim o resto da vida. Não tinham filhos, até porque a probabilidade para a fecundação em um caso assim é mínima. O fato que me entristeceu ainda mais foi quando vi suas fotos antigas, percebi que de uma mulher linda e, pelo sorriso, certamente alegre, ela se tornou triste, obesa. Descobrindo também que ela se entregava a comer compulsivamente para engordar, a fim de ser uma mulher menos atraente. Ela estava com depressão, tomava uma série de remédios diários, tinha síndrome do pânico e outras enfermidades, todas originadas de uma vida sexual mal resolvida. Ela havia ouvido o fato que relatei anteriormente, disse que o marido de forma alguma aceitaria procurar ajuda, que ele nem poderia saber que ela havia me contado. Mas ela decidiu tentar fazer a mesma coisa que a amiga do relato acima fez. Passou a dar remedinhos uma vez por mês para o marido, e Glória a Deus!!! Segundo ela me informou, ele está reagindo. Hoje, quando escrevo esse depoimento neste livro, dei uma paradinha e liguei para ela, dizendo que escreveria sua história, omitindo, é claro, seu nome e onde mora. Com alegria, ela me falou: – Acho que vou passar a dar o remédio a ele de 15 em 15 dias. – Com tom de alegria na voz, completou: – Estou tão feliz! Obrigada! Está funcionando! Ele está se sentindo um super-homem e eu a mulher maravilha. Naquele momento, desliguei o telefone com lágrimas nos olhos e agradeci a Deus pela coragem que Ele tem me proporcionado para falar sobre esse assunto, que não é nada fácil, e pelo privilégio de poder ajudar aos outros. O casamento deles tinha amor, por isso ainda duraram tantos anos a trancos e barrancos, mas faltava algo, por isso, afirmo: no casamento o amor é o alimento, mas o sexo sem dúvida alguma é o tempero!!! Os aspectos psicológicos podem prevalecer sobre os físicos. Isso significa que, mesmo que os hormônios estejam no pico, a mulher pode não sentir vontade de fazer sexo e, às vezes, nem o homem, e abordaremos esse assunto a seguir. CAPÍTULO 4 Descobrindo as origens emocionais dos problemas sexuais e tratando-os (Dr. Pr. Dag Heward-Mills) Vimos que o impulso ou desejo sexual tem estreitas ligações com as nossas emoções. Algumas pessoas, sejam homens ou mulheres, não possuem tanto interesse pelo sexo porque podem ter problemas emocionais relacionados à intimidade. Os mais comuns são: as marcas de fatos acontecidos na infância, experiências do passado que trazem uma mistura de medo e rancor, ou seja, que trazem algum tipo de lembrança que colide com o prazer sexual, gerando um tipo de bloqueio ao desejo sexual. Quando isso acontece, muitas vezes sem perceber a pessoa rejeita o próprio desejo ao sexo, ela instintivamente bloqueia esse impulso. A mente trabalha como um mecanismo de defesa para que nada, nenhuma experiência mexa com o seu passado e com sua ferida emocional. Dessa forma, a pessoa controla o desejo, muitas vezes bloqueia o prazer, e, se isso não for tratado, corre o risco de perder totalmente o desejo sexual pelo cônjuge. Como disse muitas vezes, essas barreiras são fundadas em causas inconscientes, que são muitas vezes diagnosticadas como raízes profundas de feridas emocionais, geralmente precisando de um conselheiro ou terapeuta conjugal. Neste capítulo, escreveremos alguns dos inimigos mais comuns do desejo sexual ligados às nossas emoções. 1. Problemas de falta de desejo sexual ligados a traumas de abusos sexuais vividos no passado. Não deixe que a lembrança do seu passado amargure o presente e estrague o seu futuro. Lembre-se que o seu futuro está intacto, e depende das suas escolhas de hoje. “Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que estão adiante de mim, prossigo para o alvo.” (Filipenses 3:13b) É impressionante o número de pessoas destruídas, limitadas e paralisadas no campo das emoções, presas por situações vividas no passado ou, ainda, no presente. É certo que as experiências traumáticas do passado podem influenciar o desejo e a liberdade sexual de uma pessoa com seu cônjuge. Esse fato pode acontecer por várias origens, especialmente em pessoas que quando crianças sofreram algum tipo de abuso, foram molestadas ou violentadas sexualmente. Uma criança ou adolescente que vive um fato assim, fica confuso quanto às dimensões do sexo na vida, até porque geralmente esse tipo de violência sexual, na maioria dos casos, quem praticou é pessoa amiga e próxima, infelizmente, são pessoas que convivem no mesmo ambiente, em muitos casos: pais, irmãos, tios, primos, avós e amigos íntimos da família. Esses fatos acontecem próximos de nós, mais do que podemos imaginar! Isso gera no abusado, sentimentos de culpa, amargura, raiva, revolta e pensamentos depressivos. Na fase adulta, 95% dos casos não tratados geram problemas sexuais. As marcas mais comuns das consequências do abuso são: 1. Falta de desejo sexual ou completa aversão ao sexo, gerada pela amargura e pela mágoa. O abusado passa a “evitar” o sexo, pois aquele momento lhe traz uma lembrança amarga e dolorosa. É como se revivesse o passado outra vez. 2. Interesse excessivo pelo sexo, levando-o à prostituição. Isto é gerado pela baixa autoestima e pelo sentimento de não ter mais valor (autocomiseração). O abusado acredita que passou a ter o corpo sujo, contaminado, que não serve para mais nada a não ser para este fim. 3. Tornam-se abusadores. É uma forma de vingança. “Fizeram comigo, farei com outros!” 4. Tornam-se homossexuais pela decepção pelo sexo oposto, ou por achar que nasceram com um destino: se relacionar com pessoas do mesmo sexo. 5. Buscam ajuda psicológica e espiritual, são curados e usam sua ferida cicatrizada para ajudar os outros. Quero destacar nas linhas abaixo alguns casos comuns em nosso meio. Com o consentimento das pessoas, que me permitiram compartilhar suas histórias de vida a fim de ajudar você que agora lê este livro, vou apenas usar um nome diferente para protegê-las. Pena que nosso espaço para escrever acaba sendo pequeno diante de tamanha riqueza do assunto, pois para cada atitude acima citada, temos acompanhado pessoas em aconselhamentos que puderam ser mudadas e retomaram suas vidas com alegria no casamento. Neste capítulo, falaremos mais sobre o primeiro tópico: “a frieza ou repugna sexual”, por ser o conteúdo abordado neste livro e por ser o mais comum entre os traumas gerados em consequência de abuso sexual. Um casal me procurou após ter assistido nosso programa de TV exibido em Goiânia, onde resido. Naquele dia, a mensagem que foi ao ar foi sobre casamento e falou diretamente aos seus corações, motivando-os a irem em busca de aconselhamento. A princípio, o problema deles parecia incompatibilidade de gênios. Depois do primeiroatendimento, solicitei que na próxima reunião comparecesse apenas a esposa. Quando chegou o dia, conversamos e percebi que ela estava bastante fria e calculista até mesmo naquilo que me responderia. Com jeitinho fui perguntando sobre a vida sexual dos dois. Imediatamente, mudou o semblante, o tom de voz e o humor que já estava pouco. Deus ministrou ao meu coração, e sem mais rodeios eu lhe disse: – Querida Marta, mulheres que foram abusadas sexualmente tomam algumas direções na sexualidade, e uma delas é a frieza e a aversão ao sexo. E você se enquadra nisto! Pelo seu tipo de aversão, com certeza você foi abusada por uma pessoa muito próxima! Aos prantos, ela me disse: – É! Realmente é isto! Fui abusada por volta de 13 anos de idade pelo meu irmão! – Naquela hora veio à tona a mágoa, a raiva, a decepção, a vergonha, etc. Ela disse que já tinha feito tratamento com terapeuta conjugal, mas nunca tinha tido coragem de contar por medo da reação do marido. Então eu a orientei: – Primeiro vamos tratar você, o marido é outro caso, ele nem era nada seu na época e com certeza nem te conhecia! – Falei sobre a importância do perdão. Ela relutou e disse: – Mas eu sofro e ainda tenho que perdoar aquele vagabundo, ele acabou com minha vida. Toda vez que meu marido vem me pegar pelos braços e me deitar na cama para me despir, me sobe uma raiva, um ódio inexplicável, e eu me lembro do vagabundo do meu irmão. Seu semblante mudou completamente, parecia uma criança indefesa chorando e gesticulando na minha frente. Fui aos poucos acalmando-a, insistindo no perdão e mudando o seu conceito a respeito do marido, passei a mostrar a importância do sexo no casamento e disse-lhe: – O amor é o alimento no casamento, mas o sexo é o tempero. O amor precisa constantemente de sexo, e de sexo bom, tempero! Por exemplo, se alimentar diariamente de arroz, feijão e carne sem alho, sal e cebola é uma coisa muito ruim, a gente engole! Mas se os três tiverem temperados de sal, alho e cebola, nos alimentamos saborosamente a vida toda, e ainda com gosto de quero mais! – Frisei – O amor tudo suporta, tudo espera e tudo crê. O amor faz nosso casamento permanecer firme, ainda que tempestades surjam, mas o sexo traz tempero, traz sabor ao casamento, e este sabor pode ser “sem graça”, como tem sido no seu casamento, ou apetitoso com gosto de quero mais. Ou seja, com aquela sensação de alegria e prazer. Conclui falando sobre a diferença entre chupar um limão puro e tomar uma saborosa limonada. Com amor, lhe mostrei que o abuso havia sido, sem dúvida, apenas um limão em sua vida, mas que o perdão adoçaria isso e poderia mudar a sensação que ela tinha na intimidade. Demoraram algumas semanas, mas ela procurou o irmão, o perdoou e foi um momento muito lindo. Ele se ajoelhou aos pés dela e disse que não conseguia dormir uma única noite sentido remorso do mal impensado que ele fez. Depois ela decidiu contar ao marido, poupou o restante da família para os dois não se exporem, mas para nossa surpresa o marido lhe abraçou, protegeu-a como uma criança em seus braços e lhe disse: – Porque não me contou antes? Eu teria tido mais paciência com você, teria te compreendido e tentado de ajudar, teríamos poupado tantas brigas em nosso casamento. Foi muito lindo. Os dois vivem mais alegres sexualmente, sorrindo à toa, e você sempre os encontra perto um do outro. O mais lindo é que Marta permitiu que Deus usasse sua história para ajudar outras mulheres. Estes dias estávamos em uma reunião de mulheres e ela estava comigo quando fomos surpreendidas por uma jovem mulher casada, com apenas 23 anos de idade, que estava entre nós. A menina resolve abrir o coração e disse que havia sido abusada por um diácono da igreja que era muito amigo do seu pai. O caso desta moça ainda havia sido mais grave do que o de Marta, mas ela se retirou de onde estava, saiu do seu cantinho, atravessou as mulheres em direção àquela jovem e a abraçou com muito amor, consolando-a: – Amada, entendo a sua dor! Passei por isso, mas o caminho é o perdão, levantar a cabeça e saber que o seu passado não pode ser mudado, mas o futuro pode e precisa ser transformado. Não delongue em procurar ajuda. Estamos juntas acompanhando aquela jovem, crendo que daqui a pouco ela também estará curada e que em breve ajudará o outras. Outro caso eu não aconselhei, mas escutei na rádio o testemunho de um homem. Ele já era casado, um homem com seus 40 anos de idade, mas que teve alguns sérios bloqueios até conseguir desfrutar de sexo com prazer com a esposa. Ele não entendia porque tinha uma mistura de prazer, nojo e medo do sexo. Vez por outra, tinha uma falta de desejo pela esposa e a rejeitava por dias. Tinha também muita dificuldade em acariciar as partes íntimas da mulher, ela reclamava e ele não sabia como lidar com essa situação e nem onde procurar ajuda, parecia vergonhoso falar neste assunto, as pessoas poderiam achá-lo menos homem! Afinal, ele era um homem que sentia nojo e medo do ato sexual com sua esposa. Foi quando ele ouviu um palestrante falar justamente sobre a força das lembranças do passado em nossa vida presente. Ao ouvir alguns depoimentos, ele mesmo identificou o seu problema. Quando ele era apenas uma criança, entre uns 7 para 8 anos de idade, seus pais trabalhavam e ele ficava em casa com a babá. Ele se lembrou que um dia, a babá pegou a mãozinha dele e colocou debaixo da sua roupa entre a sua calcinha, depois a babá gritou como se sentisse dor, tirou a mãozinha dele e disse: – Háaa... Aiaiaiai!!! Você me machucou, seu malvado, seu taradinho! Vou contar para sua mãe e seu pai!! Aiaiaiai!!! Quando ele chorava em pânico sem entender o que aconteceu, e ela dizia: – Então eu faço uma troca, você fica quieto, brinca de assistir televisão o dia todo ou então vou contar para sua mãe e para seu pai que o que você fez comigo! Ele ainda disse que, durante o tempo que aquela babá trabalhou em sua casa, esta era a arma da chantagem dela para lidar com ele. Só então ele descobriu por que tinha uma mistura de medo, nojo e de muitas vezes falta de desejo ao sexo. Ele testemunhou que reprogramou sua mente, orou a Deus para que perdoasse aquela babá que ele nem mesmo se lembrava da face e do nome, e também a perdoou. Lutou contra seus medos até que pôde ser completamente liberto de seus traumas. Com certeza a coragem daquele homem de compartilhar tem ajudado muitos. Este fato é um tipo de abuso. Para terminar este tópico, quero contar a história de Mara, uma jovem mulher que me procurou para aconselhamento. Ela estava casada há nove anos, na sexualidade ela corria do marido dia após dia com medo de não corresponder suas expectativas sexuais, pois, embora amasse o marido e procurasse ser feliz ao seu lado, ela nunca havia tido um orgasmo sequer e isto era percebido por seu esposo. Aquela frustração a levou a ter, além da frieza sexual, completa aversão ao sexo. Com minha experiência em aconselhamentos, eu sabia que o fato dela nunca ter tido um orgasmo não era a origem de tamanha aversão. Então a perguntei: – Quando se fala em sexo, o que te lembra? De bom e de ruim? Ela respondeu: – Bom, nada! Só a vontade de descobrir algo bom para ver se eu salvo meu casamento! Minha mãe me teve solteira, ouvi até meus 12 anos de idade, tempo em que ainda morava com meu avô e minha mãe, ele me mandando ter juízo quando crescer para não dar a ele o mesmo desgosto que minha mãe lhe deu. Quando cresci, entendi que isso estava relacionado ao sexo antes do casamento, porque meu avô calculista dizia: “Sexo é igual a uma barriga, que é uma gravidez, e você veio de uma gravidez inesperada, errada e que envergonhou nossa família.” Sei que ele falava assim para eu não cometer o mesmo erro, mas o que eu aprendi é que sexo traz problemas. A jovem mulher prosseguiu: – Depois minha mãe casou com um peão de uma fazenda, fui morar com eles, mas minha mãe apanhava e brigavaconstantemente com o seu marido e comigo. Falava que eu trouxe fracasso para vida dela, que depois que eu nasci ela perdeu o seu corpo, a sua juventude, a sua vida. Enfim, ela alegava que o meu padrasto não valia nada, e de repente, parece que eles resolviam as coisas deles, os desentendimentos, ele procurava minha mãe e ela ficava com ele na sala, lá em cima do sofá fazendo as coisas (sexo), gemendo, até que ela chorava e balançava a cabeça. Eu escutava, às vezes olhava entre a brecha da porta e pensava: “Que pouca vergonha, como pode! Depois de tudo que ele fez e ela falou dele, ela ficar ali, naquele fingimento”. Eu não sabia se achava ele sem vergonha e vagabundo ou minha mãe. A longa história de Mara ainda possuía um grande enredo. – Quando eu fiz 15 anos, me mandaram para a escola na capital, fui morar com uma tia maravilhosa, e meu tio era um paizão! Mas de repente, o tio começou a querer passar as mãos em mim longe da minha tia. Queria me levar para todo canto, no carro tentava passar as mãos em minhas pernas e me olhava mordendo os lábios. Corria dele até minha tia, mas ela implicava comigo e dizia: “Minha filha, seu tio só quer te ajudar, ser o pai que você nunca teve! Vai passear com ele!” Pobre tia, nem sonhava que dormia com um tarado! Neste momento, um choro com muitas lágrimas interrompeu seu depoimento, ela me olhou e disse: – Por que isso sempre atrapalhou minha vida? Lá fomos nós, outro processo de cura, perdão e restauração. Ainda bem que Deus é poderoso para curar as nossas mais profundas feridas e restaurar nossas emoções. Um dia, o ladrão de emoções, que é Satanás, talvez tenha tentado roubar seus mais belos sonhos e feriu sua vida usando uma ou mais pessoas com um abuso para tentar matar e destruir suas emoções, mas entenda que Jesus vem sobre nossas emoções e nos traz uma vida com abundância de paz e alegria. São inúmeros os casos. Temos recebido muito resultado em tratar casos de mulheres que foram para a homossexualidade depois de serem abusadas e tomarem aversão ao sexo masculino, mas que na verdade desejavam encontrar um “príncipe” e terem filhos, e que haviam se perdido neste caminho por repugnar a atitude de um homem para com elas no passado. Casos que já foram tratados e hoje são testemunhos de que nada é impossível para Deus. Se você, que agora lê esse livro, viveu algum fato que bloqueia sua mente para os prazeres que Deus projetou para o casal dentro do casamento, procure imediatamente ajuda. Não perca mais tempo. 2. Frustrações com o cônjuge e incompatibilidade de gênios Precisamos ser pessoas mais “bem resolvidas” na vida. Precisamos ter atitude de otimismo e não de pessimismo diante dos problemas que afetam o nosso casamento e nossa vida sexual. O maior problema da humanidade hoje é que as pessoas são mal resolvidas e de difícil relacionamento. Vivem cheias de mágoas, são egocêntricas, remoem o passado, reclamam de tudo, perturbam os outros, são críticos, apontam defeitos em tudo, nada está bom, e, se está bom, queriam que fosse melhor, são perfeccionistas ao extremo, etc. Precisamos fazer uma auto avaliação para enxergarmos se nossas atitudes contribuem ou não para “nossa felicidade como casal”, e não para a “minha felicidade”. Precisamos rever nossos conceitos e nossas atitudes. O importante é descobrirmos qual é a melhor forma de nos relacionarmos um com o outro. Nossas atitudes podem ser amigas ou inimigas, podem nos aproximar das pessoas ou nos afastar delas, inclusive do nosso cônjuge. Nossas atitudes são a biblioteca do nosso passado, porta- vozes do nosso presente e profeta de nosso futuro. Portanto, seja mais bem resolvido(a) e projete suas atitudes para desfrutar de uma vida conjugal plena e satisfatória. 3. Feridas geradas pela infidelidade conjugal O verdadeiro homem não é aquele que conquista uma mulher por dia, e várias no mês ou anos... e sim aquele que conquista “a mesma mulher todos os dias”. E a mulher virtuosa é aquela que sabe que ser fiel é uma questão de caráter... Ela mantém-se firme! É fiel a Deus, ao cônjuge, à família e aos filhos... Ela sabe que a maior de todas as virtudes é temer a Deus e honrá-lo. E quem teme a Deus e deseja honrá-lo sabe que a traição é pecado. Veja só: A infidelidade é um grande causador de mágoas que afeta o casamento e o desejo sexual. Ela traz sérias consequências para a família. Em Provérbios 6:32, o que adultera, está fora de si; só quem quer se arruinar é que pratica tal coisa. A infidelidade é uma falta de lealdade, é a incapacidade de receber uma confiança. Geralmente, casais que passaram por esta decepção, sendo vítima ou o causador, sofrem as consequências geradas pela mágoa, pois o cônjuge traído sente raiva, vergonha, falta de desejo e muitas vezes “nojo do corpo” do outro, pois foi possuído por outra pessoa. Gera uma mistura de ressentimentos que só o tempo, muito amor e paciência podem minimizar. Outros, pela culpa e a vergonha, tem inibidos a ação sexual. Infelizmente, nossa sociedade tem sido atacada por um tipo de mídia onde parece ser culturalmente normal para o homem praticar a infidelidade e ainda tentam mostrar que é permitido até para a mulher trair quando por força de alguma situação ruim isso vir a acontecer, como por exemplo, quando o marido é ruim, ou quando ele já traiu ou quando é impotente. Da mesma forma, quando um homem adultera, se justifica dizendo que teve motivos para tal, ainda que realmente existam fatos que em alguns casos é mais fácil ver o que originou. A Bíblia diz em Provérbios 6:30-31: “Não é certo que se despreza o ladrão quando furta para saciar-se tendo fome? Pois este quando encontrado pagará sete vezes tanto, entregará os bens de sua casa”. Continuando o versículo 32 do mesmo capítulo, dentro do contexto do que este versículo quer exemplificar, diz: “o que adultera com uma mulher (mas com um homem também) está fora de si, só mesmo quem quer se arruinar pratica tal coisa”. Aqui Salomão usa uma metáfora sobre o ladrão para dizer que mesmo por necessidade não é admissível o ladrão roubar, bem como o cônjuge adulterar. Mas o pior disso tudo, é que muitos cônjuges se tonam para sempre frios sexualmente um com o outro por causa de um erro cometido por um deles no passado. Casos e casos chegam ao meu gabinete de cônjuges que traíram há 10 anos, mas que a mágoa, o ressentimento e a falta de confiança tomaram conta do relacionamento a ponto de não conseguirem mais terem desejo e prazer sexual pela parte de quem traiu. Muitos homens querem que suas esposas sejam fogosas e extremamente sensuais na cama, mas quando elas sabem que são traídas, eu te pergunto: “Como?”. Troque os lados? Imagine como você se sentiria numa situação assim. Então cultive a fidelidade no seu casamento, seja você homem ou mulher. Se seu casamento foi acometido por isso, não tem outra saída a não ser o perdão. A separação não é a solução. Procurem fechar as brechas juntos, e peçam para Deus restaurar o seu relacionamento. Lembre-se que perdão implica em não cobrar mais do outro e em não sentir mais dor. É como olhar para uma ferida cicatrizada, mas só ver a marca. 4. Decepções da primeira vez... “Na lua de mel”. Para jovens cristãos, esta é a forma correta de se consumar o casamento: na noite de núpcias, e não antes. Essa noite foi projetada para ser um período para os recém-casados de perfeita harmonia, descontração, felicidade, lazer e prazer sexual. A própria Bíblia incentiva a ter uma “lua de mel”, veja só em Deuteronômio 24:5: “Quando um homem for recém-casado não sairá à guerra nem lhe imporá cargo público; por um ano inteiro ficará livre na sua casa, para se regozijar com a sua mulher que tomou”. Que lindo, não é? Fico encantada em como Deus deseja que os casais sejam alegres e felizes no casamento, inclusive na vida sexual. Como é interessante observar que, desde a Antiguidade, casais se separam nos primeiros dias e meses do casamento a fim de se regozijarem na vida a dois. O que acontece é que muitos casais trazem decepções e frustrações da lua
Compartilhar