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Instituto Federal do Pará Professor: Hilton Prado de Castro Disciplina: Medidas Elétricas Equipe: Discípulos do Macico Alunos: Arthur Nascimento da Câmara – 2010210011 Claucio da Silva Ferreira – 2010210022 Daniel Gomes Araujo - 2011210069 Gabriel Oliveira de Almeida – 2010210010 Israel Hidai Lobato Lemos – 2010210013 Leandro dos Santos Martins – 2010210016 MEDIÇÃO DE POTÊNCIA Belém – PA Maio / 2011 INTRODUÇÃO Para a medição de potência determinada por uma carga, utiliza-se o wattímetro (instrumento que mede potência ativa ou reativa). O instrumento pode ser o mesmo, quer a fonte seja de corrente continua ou alternada. Este instrumento é chamado eletrodinâmico, pois duas grandezas elétricas estão relacionadas. Estes instrumentos são baseados na ação múltipla de dois campos magnéticos criados por duas bobinas, através das quais circulam correntes elétricas e eles podem ser construídos com ou sem núcleo de material ferromagnético no interior da bobina móvel. MEDIÇÃO DE POTÊNCIA Método direto: O método direto de medição de potência caracteriza-se pelo fato do instrumento ser ligado diretamente no circuito, ou seja, não há necessidade do uso de transformadores de corrente (TC’s) ou transformadores de potencial (TP’s). Medição de potência monofásica e bifásica Na medição de potência monofásica: Usamos apenas um wattímetro onde ligamos a bobina de corrente (BC) em série com a carga e a bobina de potencial (BP) em paralelo com a carga, ou seja, entre fase e neutro como demonstra a figura as seguir. Bobina vermelha: Bobina amperimétrica Bobina azul: Bobina voltimétrica O wattímetro mostrado na figura indicará a potência consumida pela carga que poderá ser calculado pela seguinte expressão: P = U I Medição de potencia elétrica trifásica Nesse tipo de medição podemos usar três métodos: o método de dois wattímetros, método dos três wattímetros e podemos medir também com apenas um wattímetro. Medição de potência trifásica a partir de um wattímetro: Se á carga for uniforme, ou seja, Z1 = Z2 =Z3, e estendo na conexão estrela podemos medir toda a potência do circuito mediante a um wattímetro conectado conforme o esquema acima. Mas, devemos ter cuidado, pois o wattímetro estará medindo apenas a potencia de uma fase, ou seja, para ser obter o valor da potencia trifásica necessitaremos multiplicar a potencia lida no instrumento por três como vemos a seguir: Se a carga é uniforme, a potência total da carga trifásica será: Se a carga é uniforme e está conectada em triângulo, não se tem acesso às fases, tornando-se difícil conectar a bobina de corrente do wattímetro. É preciso também não esquecer a relação entre a tensão composta U (tensão entre fases) e a tensão simples V (entre fase e neutro) nos circuitos trifásicos equilibrados: U= Método dos três wattímetros: circuitos de 3 fases e um neutro Este método é usado para circuitos trifásicos a quatro fios equilibrados ou não (mais usado em circuitos trifásicos desequilibrados). P= V1 I1 cos + V2 I2 cos + V3 I3 cos Aplicando então três wattímetros, como mostra a figura abaixo, temos que a soma das suas indicações respectivas representa a potência ativa total absorvida pela carga “Z”. De acordo com o diagrama fasorial temos: As indicações dos wattímetros serão: a) W1= V1 I1 cos (V1, I1) b) W2= V2 I2 cos (V2, I2) c) W3= V2 I2 cos (V3, I3) Assim temos: a) Cos (V1, I1) b) Cos (V2, I1) c) Cos (V2, I1) A indicação total será: W = W1 + W2 + W3 E a potência ativa total: P = w Se o circuito é equilibrado, isto é, existem igualdades: a) V1 = V2 = V3 = V b) I1 = I2 = I3 = I c) Teremos: P = 3VI cos Para este caso podemos empregar apenas um wattímetro e multiplicar a sua indicação 3 para termos a potência ativa total P. Método dos dois wattímetros: circuitos de três fases Este método é aplicável para os circuitos trifásico a três fios, equilibrado ou não, sendo todos os três fios de fases. Poderá ser aplicado ao circuito de 4 fios se o mesmo for equilibrado, o que significa não circular corrente no neutro. Nos circuitos trifásicos a três fios, duas condições são sempre satisfeitas: 1) A soma das correntes de linha é sempre igual á zero I1+I2+ I3 = 0 2) A soma das tensões compostas é sempre zero: U12 + U23 + U31 = 0 Explicitando I3 na expressão (1-1)obtemos: P = V1 I1 + V2 I2 – V3(I1 +I2) Ou ainda: P = (V1 – V3) I1 + (V2 – V3)I2 Podemos ainda escrever asa seguintes relações: V1 – V3 = U13 que é a tensão composta entre fases 1 e 3 V2 – V3 = U23 que é a tensão composta entre as fases 2 e 3. Então: P = U13 I1 + U23 I2 P = U 13 I1. cos (U13 , I1) + U23 I2 cos (U23 , I2) A figura acima mostra a montagem a realizar com os dois wattímetros para a obtenção de P. Cada wattímetro indicará: a) W1 = U13 I1. cos (U13 , I1) b) W2 = U23 I2. cos (U23 , I2) Só circuito é equilibrado, temos do diagrama acima: a) U13, I1= 30 b) U23, I2 = 30 Acarretando como consequência: a) W1 = U I. cos 30 b) W2 = U I. cos 30 Sobre as expressões faremos as seguintes observações: 1ª) acarreta um cos Neste caso temos W1 e W2 positivos, isto é, os dois wattímetros dão indicação para frente. 2ª) acarreta em um cos O 1º wattímetro dá indicação para frente, mas o 2º dá indicação para trás. 3ª) acarreta em um cos = 0,5 O 1º wattímetro indica sozinha a potência ativa total da carga, pois o 2º indica W2 = 0. Os dois wattímetros sempre darão indicações diferentes entre si. Somente para é que teremos: W1 = W2. A potência ativa total P = W1 + W2 é assim a soma algébrica das respectivas indicações dos dois wattímetros. Se acontecer o 2º caso num circuito, devemos inverter a bobina de corrente Bc do 2º wattímetro de modo que o mesmo dê uma indicação para frente e este valor será subtraído da indicação do 1º instrumento para termos a potência total P . Medição de potência Reativa A potência reativa solicitada por uma carga monofásica, de fator de potência cos , é expressa como: Q= VI. sen Para carga trifásica está potência será: Q = V1 I1 . sen + V2 I2 . sen + V3 I3 . sen Se a carga trifásica for equilibrada, está expressão, ficará: Q = 3 VI. sen Embora existam instrumentos especiais para medição de potência reativa, eles são pouco empregados. Para os circuitos monofásicos emprega – se o wattímetro e mais um voltímetro e um amperímetro. Daí deduzimos: cos = e consequentemente sen e ainda : Q = VI. sen Para os circuitos trifásicos empregamos o wattímetro tendo o cuidado de alimentar a sua bobina de potencia Bp com uma tensão defasada de 90 em relação à tensão aplicada na carga. Montagem de medição da potência reativa em circuitos trifásicos. Os circuitos trifásicos podem ser a 3 ou a 4 fios, equilibrados ou não, a montagem é mostrada abaixo o fio neutro não é utilizado. As indicações dos wattímetros serão: A ) W1 = U23 I1 cos (U23 ,I1) B) W2 = U31 I2 cos (U31, I2) C) W3 = U31 I2 cos (U31, I2) Figura fasorial:Do diagrama temos: a) Cos (U23, I1) = cos (90 b) Cos (U31, I2) = cos (90 c) Cos (U12, I3) = cos Assim a soma das indicações será: W= U23 I1. sen + U31 I2. sen + U12 I3. Como as tensões são supostas sempre equilibradas, temos: U23 = U31 = U12 = U = . V Assim a expressão toma forma: W = Assim também podemos obter a seguinte relação: W = Q = A potência reativa total Q da carga é igual à soma das indicações dos três wattímetros dividida por . Sendo um circuito equilibrado trifásico, podemos usar apenas o 1º wattímetro como mostra á figura abaixo conclui-se: W1 = UI. sen = . VI sen E neste caso temos a potência reativa total Q: Q = ·. W1, ou seja, Q = 3VI sen Podemos aplicar o método de dois wattímetros para circuitos trifásicos equilibrados como mostra a figura abaixo: W = W1 + W2 E a potência reativa total reativa será: Q = Emprego dos transformadores para instrumentos Usam-se também transformador de potencial (TP - capaz de reduzir a tensão do circuito para níveis compatíveis com a máxima suportável pelos instrumentos de medição) e transformador de corrente (TC - fornecem correntes suficientemente reduzidas e isoladas do circuito primário de forma a possibilitar o seu uso por equipamentos de medição, controle e proteção) como outras formas de medições de potência. Transformador de Potencial Transformador de Corrente Devemos tomar duas precauções em relação aos transformadores para instrumentos, que são: 1- Observar a polaridade 2- Aterrar o secundário e o núcleo Método dos três wattímetros para potência ativa com TP’s e TC’s. A figura abaixo esquematiza a montagem a ser realizada. Sendo assim temos a expressão para a potência: P = Kc . Kp (W1 + W2 + W3) Sendo Kc a relação nominal dos TC’s e Kp a relação nominal dos Tp’s. Método dos dois wattímetros para potencia ativa com TP’s e TC’s. O esquema abaixo mostra como realizar a montagem. Portanto a potência total P será: P = Kc . Kp (W1 + W2) Método dos dois wattímetros para potência reativa com TP’s e TC’s. A figura seguir mostra a montagem. A potência reativa poderá ser calculada pela expressão abaixo: Q = Kc . Kp . CONCLUSÃO O trabalho desenvolvido teve como objetivo esclarecer alguns conceitos de medidas de potências monofásicas, bifásicas e trifásicas de um circuito, mostrar quando e onde se utilizar o método de três wattímetros, o método de dois wattímetros e apenas um wattímetro. Foi visto que para medir potência precisa-se basicamente do módulo da tensão e do módulo da corrente multiplicados entre si. Também se verifica que quando se obtêm tensões e correntes muito elevadas, ou seja, que as bobinas BP e BC não conseguem suportar tais grandezas deve-se utilizar os transformadores TC’s e TP’s, para ocasionar uma queda de tensão e diminuir a intensidade da corrente elétrica, pois o instrumento pode danificar e não conseguir mostrar os valores da tensão e da corrente, sendo que esses módulos serão multiplicados pelas constantes m e k respectivamente, para que sejam determinados os valores corretos dos mesmos. Referências Bibliográficas FILHO, Solon de Medeiros. Medição de Energia Elétrica. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Dois S.A, 1983. TORREIRA, Raul Peragallo. Instrumentos de Medição Elétrica. São Paulo: Editora Hermus, 2004. www.google.com/. 12/05/11
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