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Inflamação Crônica AULA 3 Pode ser associada à figura de um relógio, pois decorre ao longo do tempo e tem arranjo arquitetônico circular; ● Inflamação de duração prolongada (dias, semanas, meses e anos); ● Tem cunho proliferativo; ● Alguns pacientes têm processos inflamatórios decorrentes ao longo de toda sua vida; ● Doenças comuns e incapacitantes que fazem parte do processo inflamatório crônico: Aterosclerose, Artrite reumatóide, Tuberculose, Doenças pulmonares crônicas - podem perdurar por muito tempo; ● A lesão tecidual e as tentativas de reparo coexistem em várias combinações; ● A inflamação crônica é acionada quando a primeira fase do processo inflamatório agudo não foi capaz de destruir o agente agressor, a inflamação crônica se prolonga o quanto for necessário para que o agente agressor seja destruído, podendo haver lesão tecidual; ● Quanto mais prolongada for a inflamação crônica maior é a chance de haver um reparo por cicatrização do que por regeneração; ● Pode haver existido um processo inflamatório agudo que se tornou crônico, ou pode ser que a inflamação tenha começado crônica muito incipiente, e por isso não deu alardes. Causa� ● Infecções persistentes por microorganismos que são difíceis de eliminar (muito resistentes a destruição, são exemplos de fungos, bactérias relacionadas à tuberculose e o microrganismo associado a sífilis - são microrganismo de baixa toxicidade); ● Doenças de hipersensibilidade (algumas reações imunes são criadas contra os tecidos do hospedeiro - dano causado por reação imunológica, associado a doenças autoimunes em que são criados antígenos contra as próprias células, ex. Artrite reumatóide e Lúpus eritematoso); ● Exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos, tanto exógenos quanto endógenos (Ex. aterosclerose causada por um processo inflamatório crônico na parede arterial induzido por componentes lipídicos tóxicos); Quando o agente lesivo não é destruído, ele é circunscrito ou restrito a uma área do organismo para que ele não fique livre para causar lesões pelo corpo todo; Principai� característica� ● Infiltração de células mononucleares (macrófagos - célula chave - os linfócitos e plasmócitos também são ativados); ● Destruição tecidual; ● Tentativas de reparo (já se iniciou desde o processo agudo começado por citocinas e mediadores químicos que produzem o estimulam a fibrose no local); A inflamação aguda que veio de um processo de lesão tecidual (ex. infarto, infecções bacterianas, trauma) tem como característica as alterações vasculares, principalmente a exsudação plasmáticas, o recrutamento de polimorfonucleares neutrófilos e o início de produção de mediadores que já estavam armazenados nas células ou que são produzidas no local do processo inflamatório → esse processo inflamatório agudo pode se resolver através da remoção dos estímulos nocivos ou da remoção dos mediadores e das células e a substituição das células lesadas. Quando isso não acontece, a infecção aguda pode se exacerbar e formar áreas de pus/ abscesso, podendo seguir, mais dificilmente, para um processo de reparo, também, como fibrose; Progressão da inflamação aguda → Inflamação crônica (é produtiva, pode haver lesão tecidual, mas pode chegar ao processo de reparo. Quando mais tempo a inflamação crônica perdurar, maior a chance de haver um processo de fibrose com perda de função da área); ● Infiltrado de células mononucleares, é produtiva (proliferam as células - angiogênese) e pode haver fibrose (cicatrização da área); ● Algumas lesões, como infecções virais, crônicas, lesões persistentes e doenças autoimunes, nem sempre passam pelo processo da inflamação aguda, o processo crônico se instala sem alarde clínico, mas tornam-se muito debilitantes; Características da inflamação aguda e crônica Ativaçã� d� macrófag� ● Clássica: forma uma célula mais aparelhada para a destruição do agente agressor, faz a inflamação e os produtos celulares recrutam mais células - através do interferon gama (a célula ativada faz ações microbicidas de morte e fagocitose dos fungos e bactérias) ● Via alternativa: ativação por interleucinas (macrofagos M2 - papel de reparo e resolução do processo inflamatórios - produz fatores de crescimento e efeitos antinflamatórios); Diferentes estímulos ativam monócitos/macrófagos que se diferenciam em populações funcionalmente distintas. Os macrófagos ativados classicamente são induzidos por produtos microbianos e citocinas, particularmente o IFN-γ. Eles fagocitam e destroem microrganismos e tecidos mortos e podem potencializar as reações inflamatórias. Macrófagos ativados de forma alternativa são induzidos por outras citocinas e são importantes no reparo tecidual e na resolução da inflamação. Interaçã� d� macrófag� � d� linfócit� n� inflamaçã� crônic� Os macrógafos Interagem intimamente com os linfócitos Os macrófagos depois de ativados produzem muitos produtos - monocinas - que recrutam novos macrofragos, ativam os linfócitos e apresentam o antígeno. Os linfócitos ativados produzem citocinas e novos produtos celulares que produzem o interferon gama, que ativa o macrógrafo através da via clássica - Retroalimentação; As células T ativadas produzem citocinas que recrutam macrófagos (TNF, IL-17, quimiocinas) e outras que ativam macrófagos (IFN-y). Os macrófagos ativados, por sua vez, estimulam as células T por meio da apresentação de antígenos e citocinas, como a IL-12. Encefalit� vira� Não há alteração vascular exsudativas, mas no vaso sanguíneo há o recrutamento de células mononucleares (linfocitos, plasmocitos, macrófagos), as células virais serão destruídas e isso causará a perda de tecido e o estímulo a fibrose reparatória; Aort� sifilític� Presença do conjunto de células mononucleares (infiltrado crônico), os plasmócitos podem estar presentes por produzirem anticorpos contra antígenos persistentes e contra componentes teciduais alterados pelo agente etiológico; Tecid� d� granulaçã� Na formação do tecido de granulação as células mononucleares estimulam/ produzem o reparo, a fibrose, os fibroblastos a produzirem fibras colágenas e as células endoteliais a se reproduzirem e fazerem angiogênese - não tem alterações vasculares, as células mononucleares têm distribuição aleatória); Inflamaçã� crônic� granulomat�� É uma inflamação crônica caracterizada por coleções de macrófagos ativos (morfologia diferente), frequentemente com linfócitos T, e, em algumas vezes, associada a necrose central; Não tem nada a ver com tecido de granulação ● Tem arranjo arquitetural especial que as células inflamatórias se agrupam para tentar destruir o agente agressor de forma mais eficiente; ● Os macrógrafos ativados (células epitelióides) são muito mais secretores e tem aparência de células epiteliais - morfologia e justaposição, têm citoplasma granular com limite não muito distinto, essas células podem se fundir umas com as outras formando células multinucleadas; Tipos ● Granulomas imunes: alta renovação celular, estimulados a interação imunológica com seu agente agressor. ● Granuloma de corpo estranho: presente quando os macrófagos se reúnem para englobar ou tentar destruir um agente do tipo inerte - não têm grande renovação celular → células gigantes multinucleadas (necessitam de muitas células para que sejam fagocitados); Ao redor da estrutura granulomatosa é comum haver a presença de fibroblastos produzindo fibra colágena ao redor, na tentativa de iniciar uma fibrose e impedir que o agente se espalhe; A diferença entre o granuloma caseoso e não caseoso é a presença da necrose central A tuberculose é um exemplo de necrose central Mal de hansen, sífilis e Paracoccidioidomicose A tuberculose e a Paracoccidioidomicose tem manifestação na cavidade bucal. Células gigantes multinucleadas - células de Langhans ● A célula é diferente no granuloma imunogênico e no tipo corpo estranho (não têm uma distribuição regular dos seus núcleos - os núcleos ficam aglomerados de forma aleatória e ficam fagocitando partículas inertes - não têm renovaçãointensa); ● As células gigantes multinucleadas tem distribuição dos núcleos na periferia (em forma de ferradura) - reunião de macrófagos e fusionamento de seus citoplasmas; Tubercul�� Granuloma caseoso granuloma caseoso do tipo tuberculóide linfócitos macrófagos modificados - células epitelioides - apresentadores de antígeno (células altamente secretoras, com núcleos alongados, justapostos); granuloma não caseoso (formato circular - conjunto de células que se unem - macrófagos e linfóctios com estímulo a fibrose)) Granulomas do tipo corpo estranho conglomerados de macrofagos e células gigantes que tentam fagocitar o agente agressor ● O granuloma de corpo estranho não tem alta renovação celular, tem baixa taxa linfocitária - ficam tentando circunscrever as células que devem ser fagocitadas; Granulomas de infecções parasitárias Diferenças entre inflamações aguda e crônica ● células (polimorfonucleares - aguda e mononucleares - crônica) ● modificações teciduais (edema/ alterações vasculares - aguda e fibrose/ proliferação - crônica); Hiperplasi� fibr�� inflamatóri� (n� cavidad� buca�) ● A inflamação crônica tem cunho proliferativo; ● O processo inflamatório instalado por de baixa intensidade e longa duração tem caráter traumático, e induz a proliferação dos fibroblastos e pelo crescimento do tecido fibroso o epitélio se adapta e recobre a proliferação formando nódulos; ● Causa: má adaptação da prótese do paciente; ● A gengivite e a periodontite são exemplos de inflamações crônicas. Destruição do agente agressor no processo inflamatório A função mais importante da inflamação é a destruição dos agentes agressores ● As células são chamadas dos vasos até o local alterado; ● Os mediadores químicos fazem a atração para o meio extravascular; Destruição do agente agressor por fagocitose e digestão Se dá pela identificação desses agentes pelas células fagocitárias, facilitada se houver a presença de opsoninas associadas aos agentes microbianos, e as células realizam modificações no citoplasma para emitir pseudópodes que englobam os agentes patogênicos através da endocitose, a fusão dos pseudópodes forma uma estrutura chamada fagossomo, e os agentes são interiorizados para estruturas mais íntimas da células. Quando os agentes agressores são englobados, o vacúolo é fusionado com os lisossomos pré formados (ricos em material enzimático) formando o fagolisossomo, e nesse ambiente os componentes tóxicos e enzimas lisossômicas destroem o agente patogênico e seus restos são excretados por exocitose;
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