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ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 1 ROTINA DE CÁLCULO PASSO A PASSO PARA AS TUBULAÇÕES PREDIAIS DO TIPO RAMIFICADAS - ÁGUA FRIA EM PVC SOLDÁVEL Passos válidos somente no transporte de água fria por gravidade e de forma ramificada em instalações prediais... 1º Passo: Ter em mãos o desenho isométrico da tubulação com todos os comprimentos e desníveis defi- nidos, assim como a distribuição espacial de válvulas e registros com numeração de 1 a “n” para todos os nós [montante e jusante] indicando-se com “1” na flange do reservatório (entrada de borda) até “n” no úl- timo ponto de consumo. 2º Passo: Calcular trecho a trecho a vazão de projeto hipotética, “Qd”, podendo ser: • de uso simultâneo dos aparelhos; • de uso não simultâneo dos aparelhos; • ambos. A NBR 5626 que prescreve as recomendações de projeto e cálculo para as tubulações prediais de água frias, cita para o cálculo da vazão de projeto de uso não simultâneo a equação 1. Qd = 0,3 ( ∑ pesos dos aparelhos)1/2 1 Junto a página 28 dessa norma se apresenta a tabela 1 onde constam os pesos por aparelho, as- sim como as vazões unitárias, por acaso, na apreciação do uso simultâneo. Segue na sequência essa ta- bela, todavia é interessante ao aluno que pretende programar sua calculadora gráfica ou até mesmo cons- truir sua própria planilha de cálculo que o peso relativo de cada aparelho sanitário pode ser determinado a partir da própria vazão nominal conforme a equação 2. Peso = (Vazão nominal do aparelho / 0,3)2 2 O valor 0,3 da equação 2 corresponde a uma vazão de referência em [l/s] estabelecida pela NBR 5626, os quais esta norma aproximou para valores apresentados na tabela 1 ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 2 Tabela 1 - Pesos relativos nos pontos de utilização identificados em função do aparelho sanitário e da pe- ça de utilização. Aparelho Sanitário Peça de utiliza-ção Vazão de Projeto [l/s] Peso relati- vo Bacia Sanitária Caixa de des- carga 0,15 0,30 Válvula de des- carga 1,70 32 Banheira Misturador (á-gua fria) 0,30 1,0 Bebedouro Registro de Pressão 0,10 0,10 Bidê Misturador (á-gua fria) 0,10 0,10 Chuveiro ou ducha Misturador (á-gua fria) 0,20 0,40 Chuveiro elétrico Registro de Pressão 0,10 0,10 Lavadora de pratos ou rou- pas Registro de Pressão 0,30 1,0 Lavatório Torneira ou Misturador (á- gua fria) 0,15 0,30 Mictório Cerâ- mico com sifão integrado Válvula de des- carga 0,50 2,80 sem sifão integrado Caixa de des- carga, registro de pressão ou válvula de des- carga 0,15 0,30 Mictório tipo calha Caixa de des- carga ou regis- tro de pressão 0,15 /metro de calha 0,30 Pia Torneira ou Misturador (á- gua fria) 0,25 0,70 Torneira elétrica 0,10 0,10 Tanque Torneira 0,25 0,70 Torneira de Jardim ou lava- gem em geral Torneira 0,20 0,40 ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 3 3º Passo: Para cada trecho determina-se o diâmetro interno da tubulação considerando-se uma velocida- de ideal equacionada após vários testes que levaram em conta uma velocidade máxima de 2,5 m/s para tubulações de 100mm e 1,25m/s para tubulações de 13mm, ainda uma velocidade intermediária de 1,8m/s para 38mm deduzindo-se a equação 3 que em diâmetros prediais não coloca em risco funcionamento das tubulações. Vr = 5,471 x Dᵢ 0,34 3 da qual... Vr = velocidade recomendada [m/s] Dᵢ = diâmetro interno da tubulação [m] A mesma equação ajustada para [mm] apresenta-se na equação 4. Vr = 0,522476 x Dᵢ 0,34 4 da qual... Vr = velocidade recomendada [m/s]. Dᵢ = diâmetro interno da tubulação [mm]. Tendo a equação da continuidade em 4, pode-se deduzir desta uma inequação que limite a vazão à velocidade recomendada pela equação 2. Q = V A 5 Desenvolvendo... Qd ≤ Vr A Qd ≤ 5,471 Dᵢ 0,34 pi Dᵢ² 4 ͟ ͟4͟ ͟Qd ͟ ≤ Dᵢ 2,34 5,471pi Dᵢ ≥ ͟ 4͟ Q͟d ͟ 1/2,34 5,471pi Dᵢ ≥ 0,53632 x Qd1/2,34 6 da qual... Dᵢ = diâmetro interno ideal [m]. Qd = vazão de projeto [m³/s]. Tanto na prática da execução como na rotina de cálculo as unidades adotadas são [mm] para diâmetro e [l/s] para vazão, por isso, ajustando-se essa equação 6 para [l/s] e [mm] encontra-se a inequação 7. ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 4 Di ≥ 28,04 Qd1/2,34 7 da qual... Di = diâmetro interno ideal para tubulação [mm]. Qd = vazão de projeto [l/s]. Para o 3º passo basta então aplicar trecho a trecho a equação (6) e em seguida selecionar o diâmetro no- minal comercial que tenha ao menos esse diâmetro ou algo ligeiramente superior. Observação: Ao se escolher um diâmetro nominal que tenha um diâmetro interno bem maior que o reco- mendado pela equação (7) ocorrerão dois fatos: Cairá a perda de carga unitária e a localizada assim como cairá o valor da velocidade de projeto para a qual nada se menciona por norma em condições mínimas. Será chamado Dia = Diâmetro interno adotado [mm] e seus valores dependem dos diâmetros nominais para cada material, aqui no caso, para PVC marrom soldável, cujos valores se apresentam no anexo A para PVC soldável entre outros materiais comerciais. Tomando-se a equação da continuidade 5 dar-se-á sequencia ao 4º passo na busca do valor numérico da velocidade de projeto. 4º Passo: Calcular a velocidade de projeto Vd tendo-se definido anteriormente Qd e Dia Aqui se deduz Vd indicando-se pela equação da continuidade 5... Qd = Vd A , logo Vd = ͟ ͟Qd ͟ = ͟ ͟ ͟ ͟Qd ͟ ͟ ͟ ͟ ͟ = ͟ ͟4͟ Q͟d ͟ A pi Dia² pi Dia² 4 Para Qd em [l/s] e Dia em [mm] então: Vd = 4Qd 10-3 = 4Qd 10-3 = 4Qd 10-3 10+6 pi(Dia 10-3)² pi Dia² 10-6 pi Dia² Finalmente a velocidade de projeto apresenta-se na equação 8 formatada para a vazão em [l/s] e o diâmetro interno adotado em [mm]. Vd = 1273,2395 ͟ ͟Qd ͟ 8 Dia² da qual... Qd = vazão do projeto [l/s]. Dia = diâmetro interno adotado [mm]. ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 5 5º Passo: Calcular a perda de carga unitária, conforme equaçãoempírica de F.W.H. recomendado pela NBR 5626, abaixo apresentada pela equação 9 ajustada para a vazão em [l/s] e Dia [mm] com resultado em [m/m]. J = 880087,003 Qd1,751313 / Dia4,753065 9 da qual... J = perda de carga unitária [m/m]. Qd = vazão de projeto [l/s]. Dia = diâmetro interno adotado [mm]. Antes do aparecimento das calculadoras científicas, programáveis e na sequência da grande popu- larização dos computadores pessoais juntamente com as planilhas eletrônicas, existia um ábaco para in- terpolação gráfica do valor de “J” fundamentado na fórmula de FWH, que tem pouca precisão mas ainda tem referência junto aos livros de hidráulica e de instalações prediais, assim como adotado por muitos pro- fessores. Apresentam-se no anexo B como uma alternativa a mais. 6º Passo: Calcular o comprimento equivalente em metro devido às conexões, válvulas e registros aqui designados pela abreviação “Leq.”. Existem dois modos de obter o valor numérico do comprimento equivalente, um deles é através de valores tabelados por tipo de peça e diâmetro nominal como apresentado na próxima tabela (2). Outra forma é multiplicando-se o diâmetro interno pelo número de diâmetros equivalentes. Obs.: O diâmetro utilizado para cálculo corresponde às tubulações coláveis classe 15. O diâmetro interno dos tubos depende da classe de pressão e é diferente nos tubos coláveis e roscáveis. Os valores da tabela podem ser utilizados para qualquer tipo de tubulação de PVC com pequena margem de erro. Os compri- mentos equivalentes das perdas de carga localizadas para tubulações de 200mm, 250mm e 300mm de diâmetro foram obtidas por extrapolação. Tabela 2 – Perda de carga localizada. Comprimento equivalente em metros de tubulação de PVC. Colável Ø [mm] 25 32 40 50 60 75 85 110 140 160 200 250 300 Roscável ¾" 1" 1¼" 1½" 2" 2½" 3" 4" 5" 6" Joelho 90° 1,2 1,5 2,0 3,2 3,4 3,7 3,9 4,3 4,9 5,4 7,1 8,7 10,0 Joelho 45° 0,5 0,7 1,0 1,0 1,3 1,7 1,8 1,9 2,4 2,6 3,4 4,2 5,0 Curva 90° 0,5 0,6 0,7 1,2 1,3 1,4 1,5 1,6 1,9 2,1 2,8 3,4 4,0 Curva 45° 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0 1,1 1,2 1,6 1,9 2,3 Tê 90° Dir 0,8 0,9 1,5 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 3,3 3,8 4,8 5,9 6,9 Tê 90° Lat 2,4 3,1 4,6 7,3 7,6 7,8 8,0 8,3 10,0 11,0 14,0 17,0 21,0 Reg. Gaveta Aber. 0,2 0,3 0,4 0,7 0,8 0,9 0,9 1,0 1,1 1,2 1,6 2,0 2,4 Válv. Globo Aber. 11,0 15,0 22,0 36,0 78,0 38,0 40,0 42,0 51,0 57,0 72,0 89,0 106,0 Saída Canal 0,9 1,3 1,4 3,2 3,3 3,5 3,7 3,9 4,9 5,5 6,9 8,6 10,0 Entrada Normal 0,4 0,5 0,6 1,0 1,5 1,6 2,0 2,2 2,5 2,8 3,8 4,7 5,6 Entrada de Borda 1,0 1,2 1,8 2,3 2,8 3,3 3,7 4,0 5,0 5,6 7,2 9,0 11,0 Válv. Pé Crivo 9,5 13,0 16,0 18,0 24,0 25,0 27,0 29,0 37,0 43,0 53,0 66,0 78,0 Válv. Reg. Horiz. 2,7 3,8 4,9 6,8 7,1 8,2 9,3 10,0 13,0 14,0 18,0 22,0 26,0 Válv. Reg. Vert. 4,1 5,8 7,4 9,1 11,0 13,0 14,0 16,0 19,0 21,0 28,0 34,0 41,0 ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 6 O número de diâmetros equivalentes “NDeq” é dado pela tabela 3. Tabela 3 – Número de diâmetros equivalentes para peças em PVC e cobre. da qual... FG = Ferro Galvanizado. FF = Ferro Fundido. Utilização: multiplicar o valor tabelado por Dia [m] para obter o Leq. 7º Passo: Calcular o comprimento virtual “Lv” pela equação 10. Lv = Lr + Leq 10 da qual... Lv = comprimento virtual [m]; Lr = comprimento real no projeto [m]; Leq = comprimento equivalente devido às conexões e válvulas [m]. Peça PVC / Cobre FG / FF Cotovelo 90° 69 36 Cotovelo 45° 28 16 Curva longa 90° 26 14 Curva longa 45° 15 11 Entrada Normal 23 13 Entrada de Borda 57 29 Saída de canalização 56 29 Registro de gaveta aberto 11 7 Registro de pressão globo aberto 706 354 Registro de ângulo aberto 366 184 Tê de saída lateral e bilateral 146 73 Tê de passagem direta 45 22 Válvula de retenção leve 58 84 Válvula de retenção pesada 233 126 Válvula de pé com crivo 511 286 ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 7 8º Passo: Calcular a perda de carga localizada a jusante pela equação 11. ∆H = J x Lv 11 da qual... ∆H = perda de carga localizada a jusante do trecho em estudo [m] ou [mca]. J = perda de carga unitária [m/m] visto antes pela equação 9. 9º Passo: Calcular a pressão dinâmica no ponto a jusante do trecho em estudo pela equação 12. P = P ± desnível local – ∆H 12 γj γm da qual... P/γj = pressão dinâmica no ponto a jusante do trecho em estudo [mca]; P/γm = pressão dinâmica no ponto a montante do trecho em estudo [mca]; Desnível local: entrar com valor positivo para descida da água e negativo para subida da mesma; ∆H = perda de carga localizada no ponto a jusante do trecho em estudo [mca] já visto antes pela equação 11. 10º Passo: Avaliar o cálculo do trecho observado por limites normativos como: Vd ≤ 2,5m/s P no topo de coluna ≥ 0,5 mca; γ J no barrilete ≤ 8% [ 0,08 m/m]; P no caso de aparelho comum ≥ 1mca; γJ P no caso de aparelho hidráulico < 40mca; γJ P no caso de aparelho de uso humano observar o nível de conforto. γJ OBSERVAÇÃO FINAL: Observe, meu caro aluno que o bom dimensionamento das tubulações prediais aqui vistas levaram em conta a vazão e a pressão dinâmica assim como os limites normativos. Também não se esqueça que esta rotina passo a passo aplicada-se a redes prediais RAMIFICADAS sob efeito da gravidade, não valendo para redes anelares passivas [por gravidade] ou anelares forçadas por conjunto moto-bomba. ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 8 CALCULO DE TUBULAÇÕES PREDIAIS COM ÁGUA QUENTE DO TIPO RAMIFICADAS Mudam-se os diâmetros internos conforme catálogo de materiais: cobre, CPVC ou PPR a rotina dos 10 passos é idêntica, apenas altera-se a equação 9 para 13. J = 709021,918652 ͟ Qd1,751313 ͟ 13 Dia4,75306 da qual... J [m/m] Qd [l/s] Dia [mm] OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 1. Esta rotina somente vale para transporte de água quente por gravidade em situação ramificada e não anelar ou malhada; 2. A equação 13 foi modificada da literatura para as unidades aqui apresentadas e ela se aplica para o cobre ou latão, no caso de outros materiais consulte o manual do fabricante. Exercício resolvido: Seja o projeto do barrilete de uma indústria, representado pela perspectiva isométri- ca sem escala: ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 9 Coluna � alimenta 5 duchas; Coluna � alimenta 6 bacias sanitárias com válvula de descarga,4 lavatórios, 2m de mictório tipo calha e 1 torneira de uso geral; Coluna � alimenta 5 duchas, 4 lavatórios e 1 torneira de uso geral; Coluna � alimenta 8 bacias sanitárias com caixa de descarga. Apresenta-se o calculo do trecho 1-2 do barrilete dado com seus 10 passos e em seguida os de- mais resultados se apresentam em tabela para efeito de conferência. TRECHO 1-2 1º Passo: Isométrico de um barrilete; 2º Passo: Aparelhos de uso simultâneo: 10 duchas Aparelhos de uso não simultâneo: todos os demais Qd12 = 10 x 0,2 + 0,3 ( ∑pesos )1/2 Qd12 = 2 + 0,3 (198,2)1/2 ≈ 6,22 l/s Aparelho Quantidade Peso Peso x Quantidade Bacia Sanitária com válvula de descarga 6 32 192 Lavartório 8 0,3 2,4 Mictório tipo Calha 2 metros 0,3 0,6 Torneira de uso geral 2 0,4 0,8 Bacia Sanitária com caixa de descarga 8 0,3 2,4 ∑ = 198,2 3º Passo: Di ≥ 28,04 x Qd1/2,34 Di ≥ 28,04 x 6,221/2,34 Di ≥ 61,25 mm Dia = 66,60 mm (75mm) 4º Passo: Vd = 1273,2395 ͟ ͟Qd ͟ Dia² Vd = 1273,2395 ͟ ͟6,22 ͟ 66,6² Vd = 1,785 m/s (Boa!) 5º Passo: J = 880087,003 Qd1,751313 / Dia4,753065 J = 880087,003 6,221,751313 / 66,64,753065 ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 10 J = 0,0465167 m/m (< 8% no barrilere, OK!) 6º Passo: Por tabela (II) Entrada borda 75mm (DN) = 3,3 x 1 = 3,3m 1 Joelho 90º 75mm (DN) = 3,7 x 1 = 3,7m 1 Registro gaveta aberto 75mm (DN) = 0,9 x 1 = 0,9m ∑ = 7,9m Leq = 7,9m Por diâmetros equivalentes (III) tabela 3: Entrada borda = 57x1 Joelho 90º = 69x1 Reg. Gaveta = ͟1͟1͟x1 NDE = Soma = 137 Leq = 135 x 0,0666 Leq = 9,2m O método dos diâmetros equivalentes aqui se mostrou a favor da segurança e resulta mais prático para programar-se em planilha eletrônica, por este motivo será adotado no restante dos trechos. Adota-se Leq = 9,12m 7º Passo: Lv = Lr + Leq Lv = 3m + 9,12 Lv = 12,12m 8º Passo: ∆H = J Lv ∆H = 0,0465167 12,12 ∆H = 0,564m 9º Passo: P = P ± desnível local – ∆H γ1 γ2 Obs.: Pode-se considerar a altura da lâmina d’água dentro da caixa (reservatório) considerando-se que o tempo todo permaneça cheio pela adução da concessionária (DAE), mas não é errado desconsiderar a mesma, nesta última opção o cálculo fica a favor da segurança, por outro lado, na maioria das edificações ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 11 onde por condições espaciais o reservatório fica acomodado sobre a laje de cobertura, a prática de cálculo tem demonstrado que se faz necessário considerar esta altura (lâmina) para obter a duras penas as pres- sões mínimas nos topos de colunas e pontos de consumo. (0,5 e 1 mca analogamente). Aqui será considerada uma lâmina de 0,5m contribuinte. Logo: P/γ2 = 0,5 + 2 – 0,564 ≈ 1,936 m.c.a. Positivo, pois a água descendo ganha energia potencial (gravidade). 10º Passo: avaliação do trecho 1-2 calculando: Vd < 2,5 m/s P/γ2 > 0,5 Cálculo aprovado !! Apresentam-se os resultados obtidos em planilha eletrônica com os mesmos passos e equações apresen- tadas. Lista de reduções sem perdas: Não se contabilizaram os joelhos finais nos topos de colunas TRECHOS DN (mm) Qp (l/s) DI (mm) V (m/s) LR (m) LE (m) LV (m) dH (m) PDM (mca) Desn. (m) J (%) PDJ (mca) 1 2 75 6,22 66,60 1,79 3,00 9,12 12,12 0,5504 0,50 2,00 4,54 1,95 2 3 50 1,60 44,00 1,05 2,00 6,42 8,42 0,2545 1,95 0,00 3,02 1,70 2 4 75 5,17 66,60 1,48 2,00 9,72 11,72 0,3851 1,95 0,00 3,28 1,56 3 5 50 1,38 44,00 0,91 1,50 6,42 7,92 0,1848 1,70 0,00 2,33 1,51 3 6 32 0,46 27,80 0,76 1,50 4,06 5,56 0,1679 1,70 0,00 3,02 1,53 4 7 40 1,00 35,20 1,03 1,50 5,14 6,64 0,2544 1,56 0,00 3,83 1,31 4 8 75 4,17 66,60 1,20 1,50 9,72 11,22 0,2531 1,56 0,00 2,26 1,31 DI 17 21,6 27,8 35,2 44 53 66,6 75,6 97,8 DI DN 20 25 32 40 50 60 75 85 110 17 20 0 0 0 0 0 0 0 0 21,4 25 0 0 0 0 0 0 0 27,8 32 0 0 0 0 0 0 35,2 40 0 0 1 0 0 44 50 0 1 0 0 53 60 0 0 0 66,6 75 0 0 75,6 85 0 97,8 110 ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 12 Lista de materiais sem perdas: DI => 17 21,4 27,8 35,2 44 53,4 66,6 75,6 97,8 DN => 20 25 32 40 50 60 75 85 110 Enorm 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Ebord 0 0 0 0 0 0 1 0 0 Scanal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 RGv 0 0 0 0 0 0 1 0 0 RPr 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Râng 0 0 0 0 0 0 0 0 0 VRlev 0 0 0 0 0 0 0 0 0 VRpes 0 0 0 0 0 0 0 0 0 VPcriv 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Jo90º 0 0 0 0 0 0 1 0 0 Jo45º 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Cu90º 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Cu45º 0 0 0 0 0 0 0 0 0 TÊ 0 0 0 0 2 0 2 0 0 Adapt Reg 0 0 0 0 0 0 2 0 0 Luva Reg P 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Tubos (m) 0,00 0,00 1,50 1,50 3,50 0,00 6,50 0,00 0,00 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BELINAZO, João Hélio. Dimensionamento das Tubulações de Água em Instalações Prediais Através do Computador. Dpto de Hidráulica e Saneamento – Centro de Tecnologia – Universidade Federal de Santa Maria RS. 1998. CREDER, Hélio. Instalações Hidráulicas e Sanitárias, 6ª Edição LTC Rio de Janeiro 2006. NBR 5626/98. Instalação Predial de Água Fria. Associação Brasileira de Normas Técnicas. MACINTYRE, Joseph Archibald, Instalações Hidráulicas Prediais e Industriais, LTC, Rio de Janeiro RJ. 1996. AGRADECIMENTO ESPECIAL: à aluna da graduação em Engenharia Civil do UNASP EC, Jayni Bertas- solli Camargo Vidoto pela gentileza na digitação da 1ª versão deste texto em Abril de 2013. ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 13 ANEXO A: DIÂMETROS NOMINAIS E INTERNOS DOS TUBOS COMERCIALIZADOS NO BRASIL PARA INSTALAÇÕES PREDIAIS ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 14 DN DI [E] DI [A] DI [I] 15 14,00 13,60 13 22 20,80 20,20 20 28 26,80 26,20 25,6 35 33,60 32,80 32,6 42 40,40 39,80 39,2 54 52,20 51,60 51,2 66 64,30 65,10 63,9 79 77,00 76,40 76,2 104 102,00 101,80 100,8 COBRE medidas em [mm] DN DI 20 17,00 25 21,60 32 27,80 4035,20 50 44,00 60 53,40 75 66,60 85 75,60 110 97,80 140 124,40 160 142,20 PVC MARROM SOLDÁVEL(mm) ENGENHARIA CIVIL IPHS II S = soldável R = rosqueável ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 15 ENGENHEIRO COELHO SP Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 16 � CL = Classe; L = Leve; M = Médio; P = Pesado; ø = Diâmetro Interno. ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 17 CPVC Aquatherm da Tigre especificado para água quente – Para diâmetro interno tomar DE – 2e ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 18 PPR da AMANCO especificado para água fria – Para diâmetro interno tomar Bitola – 2e ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 19 PPR da AMANCO especificado para água quente – Para diâmetro interno tomar Bitola – 2e ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 20 ANEXO B: ANTIGOS ÁBACOS PARA INTERPOLAÇÃO GRÁFICA DE “J” ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 21 PVC ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 22 AÇO GALVANIZADO ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 23 FWH – PARA ÁGUA QUENTE – COBRE E LATÃO ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 24 RESUMO PARA FÓRMULAS EMPÍRICAS DE “J” ESTUDADAS NA DISCIPLINA DE HIDRÁULICA ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 25 ANEXO C: LOCAÇÃO DOS APARELHOS SANITÁRIOS COM RELAÇÃO AO PISO ACABADO DO CÔMODO E DOS PONTO DE ADUÇÃO DE ÁGUA FRIA E QUENTE ENGENHARIA CIVIL – CAMPUS ENGENHEIRO COELHO SP IPHS II - Prof. Dr. Ítalo Alberto Gatica Ríspoli. 26 LOCAÇÃO DOS PONTOS DE CONSUMO DE AF E AQ
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