Buscar

RESUMO História do Serviço Social

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

História do Serviço Social - Resumão do Livro Relações Sociais e o Serviço Social no Brasil.
História do Serviço Social - Resumão do Livro Relações Sociais e o Serviço Social no Brasil. Esboço de uma Interpretação Histórico - Metodológica.
Autores: Marilda Iamamoro e Raul de Carvalho.
Fiz esse Resumão para auxiliar os estudantes das faculdades de Serviço Social de todo o Brasil e para pesquisa social cotidiana. O estudante e o profissional de Serviço Social devem sempre atualizar seus conhecimentos sobre os textos históricos da profissão. Não adianta só saber sobre a atualidade metodológica. Um verdadeiro Assistente Social também estuda sobre a trajetória histórica de sua profissão, sendo assim, construiremos um trabalho atual, ou seja, descentralizado, intelectual, digno e propositivo.
 Este livro é o produto dos trabalhos dos respectivos autores, vinculados ao projeto de Investigação do Centro Latino Americano de Trabajo Social - CELATS, sobre uma análise do Serviço Social como profissão, no contexto histórico da sociedade capitalista no período de 1930 à 1960. O objetivo básico da investigação, foi efetuar uma análise da profissão no Brasil, inicialmente, explicitando as articulações entre a gestão e desenvolvimento da profissão do Serviço Social e a dinâmica dos processos econômicos, sociais e políticos do país.
O trabalho de pesquisa foi levado a efeito durante o ano de 1978 como parte do projeto mais amplo sobre a História do Serviço Social na América Latina.
Os autores citam que ninguém afirmou e nem pode afirmar, que movimento de reconceituação foi coeso e único ao nascer, nem em seu processo de crescimento. As tendências em seu interior sempre foram claramente perceptíveis, sendo que para Herman Kruz, elas são sete e para outro são cinco, e para muitos um número indefinido e variável.
O livro é o resultado da pesquisa acima mencionada. A análise desta pesquisa baseia-se no materialismo dialético de Karl Marx.
Karl Marx - político e filósofo socialista alemão (1818 -1883). Definiu a sua filosofia em "O Capital" (1867).
Segundo os autores, o Serviço Social surge como um dos mecanismos utilizados pelas classes dominantes, como meio de exercício de seu poder na sociedade, instrumento esse que deve modificar-se constantemente, em função das características diferenciadas da luta de classes e ou das formas como são percebidas as sequelas derivadas do aprofundamento do capitalismo.
Os dados trabalhados, neste livro, referem-se aos Estados do RJ e SP. Coube a Marilda redigir a primeira parte do livro e a Raul de Carvalho a análise histórica do Serviço Social no Brasil. A introdução e a conclusão fórum elaborados por ambos.
Parte 1 - A produção capitalista é produção e reprodução das relações sociais de produção.
É na vida em sociedade que ocorre a produção. A produção é uma atividade social. Para produzir e reproduzir os meios de vida e de produção, os homens estabelecem determinados vínculos e relações mútuas, dentro e por intermédio dos quais exercem uma ação transformadora da natureza, ou seja, realizam a produção.
A produção sociall é essencialmente histórica. A produção não trata de produção de objetos materiais, mas de relação social entre pessoas, entre classes sociais que personificam determinadas categorias econômicas (Marx e Engels).
Capital e trabalho assalariado são uma unidade de diversos: um se expressa no outro, um recria o outro, um nega o outro. O capital pressupõe como parte de si mesmo o trabalho assalariado. O capital se expressa através de mercadorias (meios de produção e de vida e do dinheiro).
Parte 2 - O Serviço Social no processo de reprodução das relações sociais.
Reprodução das relações sociais é a reprodução da totalidade, do processo social, a reprodução de determinado modo de vida que envolve o cotidiano da vida em sociedade: o modo de vida, e de trabalhar de forma socialmente determinada, dos indivíduos em sociedade.
A totalidade concreta em movimento, em processo de estruturação permanente. Entendida dessa maneira a reprodução das relações sociais atinge a totalidade da vida cotidiana, expressando-se tanto no trabalho, na família, no lazer, na escola, no poder, etc, como também na profissão.
O Serviço Social se gesta e se desenvolve como profissão reconhecida na divisão do trabalho, tendo por passo de fundo o desenvolvimento capitalista industrial e a expansão urbana, processos esses aqui apreendidos, sob o ângulo das novas classes sociais emergentes - a constituição e expansão do proletariado e da burguesia industrial, e das modificações verificadas na composição dos grupos e frações de classes que compartilham o poder de Estado em conjunturas históricas - específicas.
Questão social afirma-se a hegemonia do capital industrial e financeiro - emerge novas formas a chamada "questão social", o Estado passa a intervir diretamente nas relações entre o empresariado e a classe trabalhadora, estabelecendo não só uma regulamentação jurídica do mercado de trabalho, mas gerindo a organização e prestação dos serviços sociais, como um novo tipo de enfrentamento da questão social.
Serviço Social no Brasil, afirma-se como profissão setor público em especial - face à progressiva ampliação do controle e do âmbito  da ação do Estado junto à sociedade civil. Vincula-se a organizações patronais privadas, de caráter empresarial, dedicadas às atividades produtivas propriamente ditas e à prestação de serviços sociais à população. A profissão se consolida, então, como parte integrante do aparato estatal e de empresas privadas, e o profissional, como um assalariado a serviço das mesmas. Não se pode pensar a profissão no processo de reprodução das relações sociais independente das organizações institucionais a que se vincula, como se a atividade profissional se encerrasse em si mesma e seus efeitos derivassem exclusivamente, da atuação do profissional.
Serviço Social  - Brasil - regulamentado como profissão liberal/ Portaria 35 de 19/04/1949, do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio - enquadra o Serviço Social ao décimo quarto grupo de profissões liberais - O Serviço Social não tem uma tradição de prática peculiar às profissões liberais na acepção corrente do termo.
Historicamente não é uma característica básica da profissão, não exclui integralmente certos traços que marcam uma prática liberal entre os quais se poderia arrolar:
- A reivindicação de uma deontologia (Código de Ética),
- O caráter não rotineiro da intervenção, viabilizando aos agentes especializados uma certa margem de manobra e de liberdade no exercício de suas funções institucionais, existência de uma relação singular no contato direto com os usuários, os "clientes", e que reforça um certo espaço para a atuação técnica, abrindo a possibilidade de se reorientar a forma de intervenção, conforme a maneira de se interpretar o papel profissional,
- A indefinição ou fluidez do que é ou do que faz o Serviço Social, abrindo ao Assistente Social a possibilidade de apresentar propostas de trabalho que ultrapassem meramente a demanda institucional,
- A definição jurídica do Serviço Social como profissão liberal abre possibilidades de seu exercício independente, apesar de serem restritas tais experiências face ao panorama do mercado de trabalho especializado.
Os assistentes sociais - divulgadores da riqueza intelectual existente, tradicionalmente acumulada / instrumento básico de trabalho a linguagem.
Século XX - expansão dos Serviços Sociais estreitamente relacionada ao desenvolvimento da noção de cidadania.
Relações Sociais e Serviço Social
Serviço Social situa-se no processo da reprodução das relações sociais fundamentalmente como uma atividade auxiliar e subsidiária no exercício do controle social e na difusão da ideologia da classe dominante/ junto à classe trabalhadora.
No desempenho de sua função intelectual, o assistente social, dependendo de sua oção política, pode configurar-se como mediador dos interesses do capital ou do trabalho, ambos presentes, em confronto, nas condições emque se efetua a prática profissional. Pode tornar-se intelectual orgânico a serviço da burguesia ou das forças populares emergentes; pode orientar a sua atuação reforçando a legitimação da situação vigente ou reforçando um projeto político alternativo, apoiando e assessorando a organização dos trabalhadores, colocando-se a serviço de suas propostas e objetivos.
A revisão da trajetória do Serviço Social no Brasil conduz s afirmar que, considerando o antagonismo da relação capital e trabalho , a tendência predominante, no que se refere à inserção  da profissão na sociedade, vem sendo historicamente, o reforço dos mecanismos do poder econômico, político e ideológico, no sentido  de subordinar a população trabalhadora às diretrizes  das classes dominantes em contraposição à sua organização livre e independente .O Assistente Social, no exercício de suas atividades vinculado a organismos institucionais estatais, para estatais ou privados, dedicado ao planejamento, operacionalização e viabilização de serviços sociais por eles programados para a população. Exerce funções tanto de suporte à racionalização do funcionamento dessas entidades, como funcções técnicas propriamente ditas. O Assistente Social é chamado a constituir-se no agente Institucional de 'linha de frente", nas relações entre a Instituição e a população, entre os serviços prestados e a solicitação dos interessados por esses mesmos serviços. Dispõe de um poder, atribuído institucionalmente, de relacionar aqueles que têm ou não direito de participar de programas propostos, discriminando, entre os elegíveis , os mais necessitados, devido à incapacidade da rede de equipamento os sociais existentes de atender todo o público que, teoricamente, tem acesso a eles. Nesse sentido, o profissional é solicitado a intervir como "fiscalizador da pobreza", comprovando-a  com dados objetivos e in loco, quando necessário, evitando assim que a instituição caiu  nas "armadilhas da conduta popular de encenação da miséria",, ao mesmo tempo em que procura garantir, dessa forma, o emprego racional dos recursos disponíveis.
Resumão do Livro Relações Sociais e o Serviço Social no Brasil (feito pela assistente social  Renata Godoy).

Continue navegando