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AULA 10
BEM-VINDO À DISCIPLINA
CONTABILIDADE BÁSICA
Prof. MST Marcos Vinícius Kucera
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OBJETIVOS DA AULA DE HOJE
Operações financeiras (continuação);
Compreender o conceito de compensação de impostos sobre compras e vendas;
Compreender e aplicar os procedimentos contábeis nas operações com impostos incidentes nas operações mercantis.
 
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Empréstimos com Correção Monetária Posfixada 
Neste tipo de empréstimo, a organização beneficiada somente sabe qual o montante dos encargos referentes à correção monetária incidente sobre a operação, quando da emissão do boleto para pagamento, próximo ao dia do vencimento das parcelas. 
Tratamento contábil
Liberação do empréstimo na conta corrente: Bancos Conta Movimento
Registro da obrigação: Empréstimos bancários (Dependendo do prazo do empréstimo - Circulante ou Longo Prazo)
Juros incidentes, multa, IOF e mora: Despesas Financeiras – Encargos sobre empréstimos bancários (Resultado);
Correção Monetária: Despesas Financeiras – Correção monetária sobre empréstimos bancários (Resultado).
	
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Exemplo: 
	Uma organização contratou um empréstimo junto a uma instituição financeira no valor de R$100.000 com vencimento em 12 meses e correção posfixada, à taxa de 2% ao mês, sob o Sistema Americano (o principal só é pago no final da dívida e ao longo dos 12 meses são pagos, os juros e correção monetária). 
	(1) Por ocasião da liberação do empréstimo na conta corrente da organização contratante:
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	(2) Pagamento da primeira parcela de encargos, supondo-se correção de 0,5%. O cálculo será: 
	Juros = R$100.000 x 0,02 = R$2.000; 
	Correção Monetária = R$100.000 x 0,005 = R$500.
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	(3) Pagamento da segunda parcela de encargos, supondo-se correção de 0,3% (2.000 + 0,003 x 100.000 =2.300)
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	(3) Pagamento da segunda parcela de encargos, supondo-se correção de 0,3% (2.000 + 0,003 x 100.000 =2.300)
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	(4) Todos os lançamentos ao longo dos 12 meses serão os mesmos explicados anteriormente, com diferença na correção monetária de cada período. Supondo-se que ao fim dos 12 meses, com correção de 0,2% e com o pagamento do principal serão feitos os seguintes lançamentos pela baixa do empréstimo e pagamento dos juros e correção do período. 
	
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Desconto de Duplicatas (já estudado em retificadoras)
 	
	A empresa transfere ao banco o direito de recebimento dos títulos. O valor do desconto é determinado em função do número de dias que faltam para que os títulos sejam liquidados. Neste tipo de operação, a empresa endossante é responsável, coobrigada pela liquidação dos títulos descontados. Assim sendo, a responsabilidade da empresa somente desaparece quando do pagamento do título pelo devedor. A operação é semelhante à cobrança simples, no que diz respeito à remessa dos títulos. 
	
Tratamento contábil
Crédito na conta corrente: Bancos Conta Movimento;
Registro do desconto (conta retificadora de Clientes ou Duplicatas a receber): Títulos ou duplicatas descontadas;
Juros incidentes, multa, IOF e mora: Despesas Financeiras – Encargos sobre duplicatas descontadas (Resultado).
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Caução de Duplicatas 
	Operação de empréstimo que a empresa efetua junto a um banco, na qual o banco exige que a beneficiada lhe entregue títulos como garantia. O valor dos títulos caucionados é sempre superior ao valor liberado. O banco poderá exigir a emissão de uma nota promissória no valor total do empréstimo. É lavrado um contrato entre a empresa e o banco, onde ficam estabelecidos, pelo menos: 
O valor do numerário que a empresa terá direito por um determinado período de tempo;
O valor de títulos que a empresa oferecerá ao banco, em cobrança caucionada, que, ao mesmo tempo em que representa a garantia da dívida assumida, é o termômetro para liberação do total do empréstimo;
O percentual que poderá sacar, o qual fica entre 70% a 80% dos títulos caucionados;
Os encargos da empresa em relação ao contrato e aos títulos caucionados. 
Neste tipo de operação, a empresa transfere a posse e a propriedade dos títulos ao banco. 
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Caução de Duplicatas 
Tratamento contábil (similar ao desconto de duplicatas):
Pela liberação na conta corrente: Bancos Conta Movimento; 
Na efetivação da caução (Retificadora de Clientes ou Duplicatas a receber): Títulos ou duplicatas caucionadas;
Juros incidentes, multa, IOF e mora: Despesas Financeiras – Encargos sobre títulos ou duplicatas caucionadas;
Correção Monetária: Despesas Financeiras – Correção monetária sobre títulos ou duplicatas caucionadas.
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FACTORING	
 	Compra de direitos creditórios resultantes de vendas e bens a prazo ou de prestação de serviços; esta, na prática é a principal atividade da factoring, que paga pelos títulos representativos de tais direitos um valor menor que seu valor de face, ou seja, adquire-os com deságio. 
	O que diferencia a operação de factoring da operação de desconto bancário de títulos, é que a instituição financeira compra o título sem direito de regresso, ou seja, há a transferência definitiva da propriedade e responsabilidade pela adimplência do título para o adquirente (comprador – instituição de factoring), em função disso, o deságio (valor descontado do valor de face do título na operação) cobrado pela instituição de factoring costuma ser maior que o desconto bancário, uma vez que ela 
assume integralmente o risco do crédito (inadimplência do devedor).
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Operações com Tributos Compensáveis	
 	 
Diretos - quando numa só pessoa reúnem-se as condições de contribuinte (aquele que é responsável pelo cumprimento de todas as obrigações tributárias previstas na legislação). Exemplo: Imposto de Renda;
Indiretos - é quando na relação jurídico-tributária que se estabelece entre o Estado e o sujeito passivo, este paga o tributo correspondente e recupera cobrando de terceiro através da inclusão do imposto no preço. Exemplos: IPI e ICMS.
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Tributos Compensáveis (não cumulativos)
São os passíveis de serem compensados nas operações de compra e venda. 
	
O comprador de um produto para revenda ou de matéria-prima para elaboração de um produto ou serviço, poderá compensá-lo pela diferença entre os montantes de tributos pagos nas operações de compra e venda. 
	
O consumidor no final da cadeia é que arca com este ônus, pois o total da nota fiscal contempla estes montantes. 
Os contribuintes que se encontram na cadeia mercantil e participam do repasse até o consumidor final são responsáveis (responsáveis tributários) pela arrecadação e pagamento ao governo. 
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Tributos Compensáveis (não cumulativos)
	Os principais tributos compensáveis são os incidentes nas vendas e compras:
O ICMS (Imposto dobre Circulação do Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicações);
O IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) – somente os estabelecimentos industriais ou equiparados podem compensar este tributo;
 O PIS (Programa de Integração social) – incidente sobre a obtenção de receitas;
E a COFINS (Contribuição para Financiamento da Seguridade Social) – também incidente sobre a receita obtida com a venda.
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	Exemplo: 
	Uma organização adquire R$2.000 de mercadorias para revenda, compra faturada com ICMS incidente à alícota de 18% destacada na NF (2.000 – 2.000 x 0,18 = 1.640):
1) No momento da aquisição:
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2) Na venda faturada por R$3.000, de todo o estoque de mercadorias, recebimento em cheque, com incidência de ICMS à alícota de 18% destacada na NF (0,18 x 3.000 = 540), conforme os seguintes lançamentos abaixo:
2.1) Apuração da Receita;
2.2) Apuração do ICMS sobre Vendas;
2.3) Baixa do Estoque e apuração do CMV
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Na apuração do resultado do período ficaria:
					DRE
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3) Ajuste das contas de ICMS a Recolher e a Recuperar (reconhecimento da obrigação com a Fazenda Pública):
4) Pagamento da obrigação junto à Fazenda Pública:
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IPI Compensável
 
O tratamento contábil para as organizações contribuintes
do IPI (organização industrial ou equiparada a industrial – essas organizações têm direito ao crédito do IPI para posterior recuperação) é o mesmo do ICMS, diferenciando-se apenas quanto à apresentação no resultado, que deve ser líquido do IPI, ou seja a Receita Bruta inclui o ICMS sobre as vendas, mas não inclui o IPI. 
A opção do contribuinte (empresa industrial ou equiparada), no resultado, em vez de partir da Receita Bruta, partirá do Faturamento Bruto, que manifesta a inclusão do IPI.
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Demonstração do Resultado do Exercício (DRE)
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Exemplo: 
	Considere-se uma organização industrial que adquire suas matérias primas para produção de seus produtos obtendo crédito de IPI de R$600 e de ICMS de R$800. Os Custos de Produção totalizaram e a empresa transferiu o montante de R$8.000 de custos para os seus estoques de produtos acabados. Posteriormente a empresa concretizou a venda faturada de 80% desses produtos por R$15.000, com incidência de IPI à alícota de 10% e ICMS de 20%. 
	
	O IPI incide por fora do preço faturado, portanto o total da fatura será de R$16.500 (15.000 + 15.000 x 0,10). 
	
	O ICMS incide por dentro do valor acordado de venda, totalizando uma obrigação de ICMS de 15.000 x 0,20 = 3.000. 
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	Na compra de matérias primas a empresa obtém um saldo de ICMS e IPI a recuperar, conforme abaixo:
	
	Estoques apurados e contabilizados:
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1) Contabilização das Vendas (considerando-se o faturamento bruto):
2) Baixa dos Estoques contra Resultado – Custo do Produto Vendido (8.000 x 80% = 6.400)
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3) Apuração e reconhecimento dos tributos a Recolher e sobre Vendas:
	3.1) ICMS
	3.2) IPI
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4) Ajustes para compensar os tributos e apurar os saldos para repasse à Fazenda Pública:
	4.1) ICMS
	4.2) IPI
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5) Pelo pagamento integral dos tributos devidos à Fazenda Pública
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6) Apuração do resultado da venda
Demonstração do Resultado 
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